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História Minha Dona - Força


Escrita por: Entrophya_ e Gizze

Notas do Autor


Hey panquecas ^^

Tudo bem?

Boa leitura :3

Capítulo 7 - Força


~*~ 16:00 Horas  / Sábado ~*~

 

O pequeno Kwami de gato estava sentado em cima da mesa de centro que ficava em frente a grande televisão quando Adrien terminou o banho. Assim que o viu, Plagg soltou um ruído de desgosto e virou de costas.

— Você ainda está bravo comigo? — O loiro perguntou se jogando no sofá de frente para o Kwami.

— Mas é claro! Eu quase morri de fome, já estava até vendo a luz. Tive que comer um daqueles biscoitos da Tikki. Eu podia ter morrido de diabetes com aquela coisa! Acho que vou fundar a ONG Protetora dos Kwamis por sua causa! — Respondeu fazendo drama enquanto terminava de comer o terceiro queijo do dia.

— Nem é pra tanto Plagg e você já comeu muito dessa sua coisa aí hoje. — Retrucou secando os cabelos e recebeu um olhar mortal.

— Não é pra tanto? Não é pra tanto!? — Repetiu indignado. — Tem noção de quanto tempo você ficou transformado? Você foi para a patrulha, na qual teve uma briga, depois foi para a casa da Ladybug e vocês ficaram se comendo por um tempão, aí você entrou em coma do lado dela e eu não podia nem berrar para te acordar, já que se ela acordasse e descobrisse quem você é ia começar uma briga e ia demorar ainda mais pra eu comer. Depois de tudo isso você ainda me diz que não é pra tanto!

— Você fala como se fosse a primeira vez, — falou sem se importar muito com o drama do companheiro e pegando o celular, — mas não se preocupe, foi só porque era a primeira vez dela, dá próxima eu volto para a casa. — Antes que pudesse abrir a primeira mensagem Plagg se enfiou na frente do celular com cara de bravo e os bracinhos cruzados.

— Olha lá o que você vai fazer Adrien, a Marinette não é essas menininhas que o Chat pega por aí, ela é sua amiga, praticamente sua melhor amiga, gosta de você como Adrien e é a Ladybug. E depois de tanto tempo trabalhando ao lado das Ladybugs tem uma coisa que eu sei bem sobre elas, — ele aproximou o rostinho do rosto do loiro, — elas sabem ser frias e más quando querem. Então se você a magoar como Chat Noir, quando ela descobrir quem você é, pode apostar que não vai ser bonito de se ver.

~*~

— Boa tarde Mari, será que podemos conversar? — Ela deu um pulo na cadeira com o susto.

— Nathanael? Aconteceu alguma coisa? — Olhou um tanto assustada para o garoto. Nathanael havia mudado muito em um ano, todos eles mudaram, mas ele teve mudanças bem notáveis, após ter tido um breve relacionamento com um dos garotos do clube de artes ele tinha começado a se cuidar mais, além da amizade com Marinette, que havia ficado mais forte.

— Não, é só que ontem eu vi que você estava meio pra baixo e resolvi vir aqui pra saber se você está bem. — O ruivo respondeu indo se sentar no divã e sendo acompanhado por Marinette.

— Eu tô bem sim, aquilo foi só um sonho que mexeu comigo mas já passou. Obrigada por se preocupar Nathan. — Falou sorrindo gentil.

— Que é isso Mari, você sabe que eu me importo com você. — Falou colocando a mão sobre a dela, que estava repousada ao seu lado. — Você foi uma das pessoas que mais me ajudou com tudo que eu passei, me ajudou com a minha sexualidade…

— Eu sei Nathan, mas realmente não foi nada demais…

—  E como vão indo seus desenhos? Muitos vestidos novos? — Disse tentando voltar ao clima agradável. Conversaram animadamente por muito tempo, afinal, desenho era uma coisa que ambos gostavam, foi o motivo de eles se tornarem amigos. 

Lá para umas sete horas da tarde Nathanael foi embora e Marinette se jogou em sua cama pensando na vida, em como ela havia mudado em um ano. Consequentemente lembrou-se de Alya, tivera sua primeira vez e nem mesmo poderia contar a amiga. Soltou um suspiro pesado enquanto pegava o celular e abria o aplicativo de mensagens.

Fora os vários grupos sem importância, como o grupo da sala e o grupo de “fofocas da Ladybug” no qual ela ficava apenas para monitorar o quanto sabiam de sua identidade, a maioria das mensagens era de Adrien e Alya.

O primeiro apenas queria saber se ela estava bem e se gabar da pontuação maravilhosa que havia conseguido no videogame, além de um breve lembrete para ela estudar física. Ela deu uma resposta breve sobre cada uma das coisas que ele havia dito e passou para as mensagens de Alya.

A amiga queria saber como ela estava, além de contar as maravilhosas novidades de sua estadia em NY.  Alya havia conquistado uma bolsa de intercâmbio nos Estados Unidos, e como lá ela poderia ficar mais perto de seu sonho de trabalhar como jornalista investigativa num grande jornal.

Apesar de Alya ser como uma irmã a azulada achou melhor não contar sua aventura da noite anterior. Envolveria muitas explicações e um sermão de brinde.

Checou as demais mensagens, nada que valesse a pena responder. Bloqueou o aparelho e ouviu sua mãe chamando para jantar.

— Mari, será que poderia trazer mais alguns cookies? De chocolate branco se tiver, por favor. — Tikki pediu. Passara a maior parte do dia escondida e por isso seus biscoitos murcharam.

— Trago sim, só não sei se vai ter de chocolate branco. Mas vou procurar.

~*~

Entrou no quarto com pressa, deixou o prato com os biscoitos de Tikki na cama e correu para o banheiro. Trancou a porta e escorou as costas ali com o rosto um tanto corado, sentindo um pouco de culpa e um aperto no peito.

Seus pais não passaram à noite em casa, graças ao bom Deus, ou a Chat Noir  — que parecia saber o que estava fazendo — Mas eles pareciam saber de alguma coisa, e sua mãe reparou em uma manchinha roxa em abaixo de sua orelha. 

Marinette jogou uma desculpa qualquer. Não que seus pais tenham engolido completamente, até haviam perguntado se ela estava em um relacionamento escondido com Luka… ou Adrien. 

Ela negou tudo, recebeu um discurso básico sobre responsabilidades e as coisas voltaram ao normal. A azulada morreria antes de admitir a qualquer um de seus pais que havia perdido a virgindade com Chat Noir. Principalmente depois de seu pai ser akumatizado por pensar que o gato preto havia dispensado sua filha. 

Apesar de tudo isso algumas questões rondavam sua mente. Ela não fazia a menor ideia de quem era Chat Noir. Sabia tão pouco sobre o parceiro, ao mesmo tempo que ele sabia tanto sobre ela.

Sabia que ele era um dos milhares de garotos loiros de olhos verdes de Paris, que era extremamente bonito, que perdeu a mãe e teve um relacionamento conturbado com o pai, o que o fez ser mantido sob muita proteção. Além de ela suspeitar de que se conheciam na vida civil.

Na verdade, foi a primeira vez que parou para pensar em quem seria Chat Noir.

Foi tomar banho com essas perguntas rodando em sua mente até que percebeu o motivo de nunca ter sequer questionado sobre a identidade do gato negro. Ela simplesmente não se importava com quem ele era, isso não faria diferença em nada. Mas agora, depois de admitir para si mesma que sentia algo por ele isso começou a importar. 

Se secou com a toalha branca e uma ideia fixa na cabeça: Descobriria a identidade a real dele. Poderia se desiludir, sofrer, sair muito machucada disso, mesmo assim iria tentar de tudo. Chat tinha duas enormes vantagens: sabia manipular qualquer um como ninguém, principalmente da forma sedutora da coisa, e sabia quem ela era por trás da máscara. Mas ela iria virar esse jogo, ainda tinha uma pontinha de esperança no parceiro. 

Terminou de se secar e pensou ter ouvido Tikki conversando com alguém, mas ignorou simplesmente e se enrolou na toalha para sair do quarto. Dando de cara com um gato preto de olhos verdes e sorriso malicioso que estava sentado confortavelmente em seu divã, travou na porta sentindo ansiedade e um certo frio de nervosismo subir por sua espinha, mesmo assim não pode conter um sorriso tímido.

— Ora ora, o que temos aqui, — a voz rouca mesmo de longe fez a cabeça dela revirar com as memórias da noite anterior, — está tentando me seduzir Princesa? — E como num passe de mágica ele estava atrás dela, o hálito fresco sempre cheirando a hortelã batendo contra sua nuca e as mãos espertas que rapidamente acharam a passagem para dentro da toalha ainda úmida.

— Sei que sou bom, mas não imaginava que fosse querer uma segunda vez tão rápido! — Ele sussurrou deslizando os lábios pelo pescoço cheio de “lembranças” da noite anterior. E Marinette sabia que teria de ser muito forte para resistir aos encantos do gato. Mas se isso fosse necessário para que pudesse tê-lo de volta em suas mãos, ela arranjaria essa força. 

Afastou-se do gato e foi em direção ao guarda-roupas, pegou tudo o que precisava e dirigiu-se para o banheiro novamente. De agora em diante Marinette e Ladybug teriam o mesmo comportamento com relação a Chat Noir. Ou pelo menos ela se esforçaria para tal.



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