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História Minha Dona - Memórias


Escrita por: Entrophya_ e Gizze

Notas do Autor


Hey panquecas ˆˆ

Tudo bem?

Boa leitura :3

Capítulo 8 - Memórias



~*~ 08:00 Horas / Segunda-Feira ~*~

Naquela manhã Adrien estava agindo literalmente como uma criança mimada quando seus pais lhe negam algum brinquedo. De certa forma fora isso mesmo que aconteceu. No sábado a azulada negou seus toques, voltou no domingo, praticamente no mesmo horário com esperança de ela se deixar levar mais uma vez; deu de cara com a janela trancada e uma Marinette recém-saída do banho que acenou um tchauzinho, voltou para o banheiro e largou ele lá, pendurado na janela.

Sua irritação era quase palpável de tão grande e apenas piorou quando a azulada entrou na sala, linda como sempre, mas acompanhada de Luka, com quem conversava animadamente sobre arte. O que o garoto de cabelos preto-azulados estava fazendo ali ele não sabia. Terminaram a conversa, Luka e Marinette, quando chegaram na porta da sala e a garota se dirigiu ao seu lugar, na primeira fileira e ao lado do loiro. 

No final do segundo ano Alya e Nino começaram a “ficar próximos” o que fez com que o loiro e a azulada se aproximassem por necessidade, até que surgiram as oportunidades de intercâmbios e as coisas saíram de controle: Nino queria Amsterdã e a música, Alya New York e o jornalismo. Ambos partiram, deixando apenas Marinette e Adrien.

— Bom dia, Adrien — ela falou animada enquanto se sentava e recebeu um olhar azedo como resposta.

— O que ele queria? — Falou apontando discretamente para a porta, onde ela e Luka estiveram a um minuto atrás. — Vocês voltaram a se aproximar?

— Ah eu estou bem, obrigada por perguntar, — falou irônica, irritada com o tom dele, que apenas fechou mais a cara, — nós conversamos bastante desde que Alya e Nino viajaram, e ele só estava me falando que queria me mostrar uma música nova que ele compôs. — Deu de ombros.

— Desculpa, — suspirou, finalmente olhando para ela de uma maneira mais calma. — É que eu não gosto muito dele se aproximando de novo de você, e você sabe disso…

— Sim, eu sei que tem medo de ele roubar a sua melhor amiga. Mas ele não é nenhum psicopata louco que vai me sequestrar, então relaxa. Sei que você acha isso, mas eu não sou inocente assim.

O loiro deu uma risada, sabia que ela já não era mais inocente e nem que ela iria trocá-lo para tornar Luka seu melhor amigo, mas algo ainda o deixava incomodado quando os garotos, que não eram poucos, se aproximavam dela. Dizia para si mesmo que era apenas preocupação de melhor amigo e tentava deixar para lá, apesar de, algumas vezes, ele ter sido o responsável pelos encontros fracassados dela. Resolveu mudar de assunto. Já fazia um tempo que não passavam um tempo juntos e isso ele não se envergonhava de admitir, adorava perder tempo fazendo nada com Marinette.

— Ei Mari, vai sair no sábado que vem? — Perguntou em tom animado, relaxando a postura e escorando as costas no encosto do assento. — Bem que você podia ir lá em casa, meus móveis já estão com saudade de ter você esbarrando neles a cada cinco minutos.

— Ha-ha muito engraçado Adrien. Mas não vai dar pra ir lá de qualquer forma, vai ter uma exposição e eu já prometi para o Nathan que ia com ele. Além de que, Luka acabou de me chamar para ir ver ele tocar lá. E de manhã vou arrumar as coisas em casa, — falou um pouco culpada e ele fechou a cara novamente.

— Fala sério Mari, você vai mesmo me trocar pra sair com eles? — Ela bufou e inflou as bochechas.

— Primeiro que eu não estou te trocando, você me chamou depois deles. Segundo que não é nenhum tipo de encontro, vou a uma exposição ver os trabalhos de dois amigos… mas bem que um pouco de romance na minha vida não ia ser ruim, — falou o final um pouco mais baixo e o loiro soltou uma gargalhada alta. Na verdade não por humor, mas por sentir algo que ele jamais ia admitir que estava sentindo. Ela o olhou mais uma vez irritada, porém, antes que pudesse continuar a discussão, a professora chegou e ambos ficaram quietos para prestar atenção na aula.

~*~

As aulas passaram como sempre, de maneira lenta e quase torturante, enquanto o loiro e a azulada trocavam alguns recados escritos e faziam as pazes. Mesmo quando, na hora do intervalo, um amigo de Adrien que estudava em uma outra sala, foi pedir a ajuda dele para se aproximar de Mari. Mas após algumas respostas nervosas do loiro o garoto desistiu.

No momento Adrien estava de saco cheio. Era por volta das quatro da tarde e a sessão de fotos havia começado as duas e meia, ou seja, uma hora e meia de pura chateação e uma modelo irritante chamada Charlotte que não o deixava em paz. Terminou de abotoar a quarta calça jeans que ia ser usada no ensaio, uma calça escura e rasgada em alguns lugares, quando ouviu a porta ser aberta e uma garota que usava um short não muito curto, de cor clara e uma camiseta preta entrar no local onde ele se trocava.

— Adrien, tem certeza que não vai querer dar uma passada lá na minha casa quando acabarmos aqui? — Perguntou num tom manhoso enquanto se escorava na parede, os grossos cachos ruivos caindo pelos ombros e indo até abaixo dos seios e os olhos azuis focados no abdômen nu dele. Ele revirou os olhos enquanto passava os braços pela camisa xadrez, a deixando aberta e finalmente virou-se para a modelo.

— Sim eu tenho certeza que não vou na sua casa hoje Charlotte. Eu já disse isso para você, eu não quero me envolver com colegas de trabalho, além de já ter um compromisso hoje. — Respondeu usando um tom suave, quase encantador e já indo para fora da sala. — Vamos?

Mesmo com a modelo se insinuando toda hora para o loiro ele nem prestava atenção, sua mente estava longe, tentando adivinhar o que a garota de cabelos azulados estaria fazendo. Era para lá que ele ia quando saísse da sessão, fazer uma visita para sua melhor amiga, a única garota que, por mais que ele tentasse, nunca saia de sua cabeça.

Terminando a sessão ele correu antes que Charlotte o alcançasse e seu motorista o levou a padaria mais famosa da cidade dos apaixonados. Parou na porta e dispensou o motorista, já sabia que ia demorar e talvez até fosse caminhando para casa, tentando entender o motivo de Marinette sempre exercer um poder tão grande sobre ele.

— Ah, olá Adrien, tudo bem querido? — A chinesa cumprimentou o garoto com um sorriso enquanto terminava de atender um dos clientes.

— Boa tarde tia Sabine, a Mari tá ajudando vocês agora?

— Não não, ela está lá em cima, no quarto. — Sem nem mesmo ela precisar falar ele já havia começado a subir as escadas para a parte residencial do prédio. Viu Tom enquanto passava pela sala da casa e eles se cumprimentaram rapidamente. Subiu a escada que dava para o quarto dela e como sempre fazia ele abriu o alçapão sem cerimônia e nem aviso. Primeiro avistou a azulada sentada em frente ao computador, com a cadeira virada para o lado, o rosto corado e o braço estendido, então ele pode ver o reflexo azulado da outra pessoa que estava com ela no cômodo.

— É linda, sim, mas não tão linda quanto você, Mari... — O garoto falou depositando um beijo nas costas da mão dela, o que deixou o loiro nervoso e fez com que ele escancarasse o alçapão do quarto da garota, fazendo eles se assustarem com o barulho.





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