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História Minha felicidade - Um


Escrita por: whatever_500

Notas do Autor


Já fiz tantas fanfics com Thomas Sangster que cheguei ao extremo ponto de esgotar as ideias de meu cérebro. Baseada em fatos reais, uma amiga me concedeu a ideia da história, e por isso, serei sempre grata à ela. Não, eu não vivi um romance com Thomas Sangster (pelo menos, não ainda). Grande parte das coisas são baseadas na maneira que conheci o ator e seu maravilhoso trabalho. Também estou no Wattpad, então pode me seguir, me chamar, ler minhas obras, etc. Meu usuário lá é @IsabellyFreitas308
Beijos estrelados com pontas de arco-íris de uma unicórnio totalmente demente.

Capítulo 1 - Um


Aos meus sete anos, lembro-me de ter visto um filme com minha prima, Anne. O filme se chamava "Nanny McPhee: A babá encantada" e na época, eu o considerava o melhor filme que já havia visto em toda a minha curta vida até aquele momento. Admito que grande parte disso era devido à um ator que interpretava o filho mais velho de sete crianças. Recordo-me de ter olhado para a televisão um pouco empoeirada da sala de estar de minha casa e ter visto um garoto de cabelos loiros escuros e os olhos tão castanhos quanto chocolate. Era tão lindo que confesso ter esperado por ele todos os dias, na esperança de que ele fosse meu príncipe encantado que viria me buscar em um belíssimo cavalo branco. Mas o tempo se passou, e meu príncipe encantado nunca chegou.

À medida que a vida seguia, acabei por esquecer-me de minha desilusão amorosa. Contudo, o que eu pensava ser um dia feliz, era o dia em que eu iria reencontrá-lo. Três anos após eu ter assistido "Nanny McPhee", minha mãe e meu pai haviam pedido o divórcio. Ela, por sua vez, estava muito abalada com o ocorrido e por isso, alugava todas as comédias românticas que via pela frente. Ocasionalmente, eu as assistia com minha mãe, enquanto devorávamos potes de sorvete de chocolate e ela, com a maquiagem completamente borrada por conta do choro excessivo, me dizia:

"Audrey, não há homem que preste nesta vida."

Foi assim por semanas e minha mãe custou a esquecer meu pai. E durante todo esse processo, eu fui seu ombro amigo; seu consolo enquanto passava por aquele tempo difícil. Me corroía por dentro ver minha querida mãe sofrer, mas particularmente, eu não entendia o motivo de tudo aquilo. Não via sentido em chorar por um outro indivíduo, fosse ele homem ou mulher, arrogante ou humilde, bonito ou feio. Eu tinha a intensa vontade de perguntar à ela por que chorava por um homem que hoje exibia feliz as fotos de sua colônia de férias no Havaí com sua nova esposa rica, uma senhora que mais parecia um buldogue com os músculos caídos. Me contive em fazer a pergunta, imaginando que ela se sentiria pior.

Entre filmes e mais filmes, assistimos a uma comédia romântica chamada "Simplesmente amor". De início, parecia um simples filme, no qual eu olharia para a tela e pensaria "Mas por que raios o amor é tão difícil para essas pessoas? Por que eles não se beijam logo?". Eu só não esperava encontrar meu príncipe encantado entre os atores do elenco principal. Seus cabelos estavam mais claros, e ele parecia mais novo, mas nem por isso deixava de ser lindo. O filme era perfeito, com exceção da garota que meu príncipe encantado tinha uma queda no filme. Na época, eu era uma criança ingênua que crescera lendo contos de fadas, achando que tais estórias se concretizariam em minha pacata vida. E por conta disso, concluí que meu príncipe estava realmente apaixonado pela garota, o que rendeu-me em dias tristes e monótonos. Durante tudo isso, minha mãe, Aurelie, logo percebeu que eu já não era mais a criança feliz e alegre que sempre fui. Lembro-me de a mesma ter ido até meu quarto em uma tarde chuvosa de terça-feira e se deparado com uma Audrey cabisbaixa.

"Filha, o que aconteceu?" falou a mulher dos cabelos cor de mogno que emolduravam-lhe o rosto, se aproximando de mim e envolvendo-me em um desajeitado abraço. Ela já não chorava mais pelo meu pai, uma conquista e tanto para ambas.

"Nada, mamãe. Nada." respondi, escondendo o rosto para ocultar as lágrimas.

"Audrey, me conte, por favor." pediu minha mãe.

Suspirei. Senti as lágrimas caírem com mais força e pingarem em minha coxa, fazendo uma pequena poça.

"Meu príncipe encantado tem outra princesa!" disse entre soluços, afundando meu rosto no peito de minha mãe. 

A mulher, por sua vez, apenas falou:

"Me explique direito."

Contei à ela, então, toda a história e ao final, minha mãe deu apenas uma risada. E abraçando-me, disse algo que jamais irei esquecer:

"Audrey, aquela garota não é realmente a namorada dele, filha. Ela é uma atriz e ele é um ator. São apenas os papéis que eles desempenham no filme. Eles não se gostam de verdade."

O alívio foi instantâneo, como se um enorme peso tivesse sido tirado de minhas costas. Abracei minha mãe com tanta força que quando a soltei, notei que ela solvia grandes lufadas de ar. Ela me ajudou a descobrir o nome de meu príncipe encantado. Acabei sabendo que o mesmo se chamava Thomas Brodie - Sangster e que tinha quinze anos na época, ao passo que eu  mal havia completado meus catorze anos. Cresci atrasada em relação às outras crianças. Enquanto muitas delas já sabiam de onde vinham os bebês com aquela idade, eu ainda achava que fadas madrinhas existiam. Por conta disso, sempre fui muito aloprada na escola.

Mas com o passar dos anos, fui amadurecendo. Percebi ao longo desse período que príncipes encantados não existiam, que um relacionamento entre mim e Thomas Sangster era tão possível quanto o de uma abelha e uma vaca. A realidade bateu à minha porta, e quando a abri, não sei se ficara muito feliz com o que recebera.



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