Apresentação:
Olá, meu nome é Derek, tenho 18 anos e estou prestes a contar minha história a vocês. Desculpe se isso de certo modo não for o que você pretendia ler, mas é algo que preciso contar ou de um certo modo, desabafar com alguns de vocês. Começar esse breve texto com uma apresentação sairia um tanto clichê, mas faz parte das normas. Derek Collin, 18 anos, Inglaterra sendo mais preciso, alguma localidade de Londres, digamos que de uma altura considerada normal pra um adolescente da minha idade, tenho a pele branca, cabelos castanhos e caídos sobre a testa, corpo que nem de longe é de um garoto que se mata na academia e nem de perto de um que se mata em doces.
Já sou de maior, não preciso prestar deveres a ninguém, ao menos que essas pessoas sejam os meus pais, que pra ser sincero, eles não irão interferir em nada na minha vida, não nessa nova vida. Deve ser um pouco confuso pra você que está chegando agora entender, mas vou contar com calma e com todos os detalhes possíveis.
Hoje, dia 1 de janeiro de 2014, estou em meio esse papel, pra escrever tudo o que me vier a cabeça, estou prestes a encerrar todos os pontos de partida da minha vida até agora. Eu preciso que de hoje em diante, tudo seja diferente, não só o ano, não só minha localidade, não só as pessoas com que convivo, mas, eu, preciso mudar, preciso dizer que nada mais me prende aqui, a única coisa em que me prendia hoje não faz mais sentido algum. Espero que entenda, com carinho DEREK COLLIN.
Estava aqui relendo essa carta e vi que estou a quase 2 meses á deriva dentro de um quarto, não sei por onde começar, nem sei o que começar. Vim pra essa cidade pacata com um plano na cabeça e agora percebi que ele não passou de apenas um plano. Não conheço ninguém, minhas economias estão se acabando e eu não tenho ânimo pra nada. Talvez hoje seja o dia em que eu tenha que sair desse quarto, respirar um pouco de ar puro e vê pessoas novas, dá algum rumo a vida que eu tinha planejado a poucos meses atrás.
- Olá, deseja alguma coisa? - A senhora do balcão me perguntou com os olhos vidrados na TV em uma programação de notícias da região.
- Olá, vi logo na entrada que vocês estavam precisando de alguém para trabalho, já arranjaram alguém? - Perguntei torcendo que já tivessem pego a minha oportunidade, por mais que eu precisasse, não queria sair da minha vida monótona. A senhora logo gritou chamando por um tal de Charlie, ele se aproximou me encarou e nem se preocupou em mandar perguntas.
-É novo na cidade? Espero que não esteja aqui pra roubar minha loja. - O Charlie de começo não foi lá muito educado, mas algo me disse que eu o respondesse com um tom mais educado do que o dele.
-Sim, senhor, só estou querendo um trabalho, mas se não tiver mais a vaga que no cartaz diz ter, eu irei embora sem nenhuma problema. - Ele me olhou dos pés a cabeça, acho que dês desse momento ele começou a ir com minha cara, me chamou pra dentro do balcão e me disse a hora e o dia que eu iria começar.
-Tudo bem, começará amanhã, esteja aqui ás 08:30, e a dona Elis te dirá tudo que você precisa saber. - Ele deu um breve sorriso e foi pra um quarto nos fundos de onde teria saído. Assim que ele saiu a dona Elis tentou me dizer de um modo amigável que eu me adaptaria rápido ao local de trabalho e com o jeito grosso de ser do patrão, assenti a cabeça e então me despedi dela.
Sai daquela loja com um leve sorriso no rosto com uma esperança de que tudo iria ser diferente, eu tornaria as coisas diferentes, por mais complicadas que elas parecessem, nada disso teria acontecido se não fosse experiências do passado. Você deve tá se perguntando o que aconteceu comigo pra eu ter decidido tomar essas atitudes, mas eu contarei ao decorrer dos próximos capítulos.
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