História Minha Luz na Escuridão - Imagine RM - BTS - O castigo

A caminho da escola dessa vez não me atrasei. Andando um pouco distraída com a paisagem não notei que já estava perto da escola... Esbarrei com alguém de novo.

- você é um pouco distraída não? – ele fala com um sorriso.

- opa desculpa novamente. – Olhei novamente avistando o professor de matemática.

- tudo bem eu estou bem! E você se machucou?

- não...

- você está indo para aula?

- sim...

- vou te acompanhar então...

- o que?

- até a sala! Vai saber se você não vai esbarrar em alguém de novo. – Ele sorri dessa vez fechando mais os olhos ficando cada vez mais fofo.

- ah, tá. – Sorri um pouco nervosa.

Entramos lado a lado em silêncio na escola, havia poucas pessoas nos corredores.

- então... – eu não acredito que quebrei o silencio. – porque o senhor decidiu ser professor?

- por favor, não me chame de senhor me sinto um velho. – Sorri.

- oh desculpa.

- me chame de você é mais confortável.

- ok. – ele deu-me um leve sorriso fitando-me virei meu rosto devia já estar corada.

- e sobre sua pergunta... Bom minha mãe era professora então acho que me inspirei nela sabe?!

- hm interessante!

- e você... – o olhei surpresa. – o que pensa fazer quando terminar a escola?

- bom eu estava pensando em arqueologia ou paleontologia... – fitei o chão andando com as mãos em frente ao meu corpo.

- então você gosta de descobrir coisas do passado?! Interessante, muito interessante.

Sorri de canto enquanto ele me encarava.

Chegamos à porta e ele como cavalheiro deu-me passagem para entrar primeiro.

Sentei-me em meu lugar normalmente.

- Aishi matemática já?! – ouvi JungKook exclamar insatisfeito – porque tem que existir matemática?

- da mesma forma que as pessoas existem a matemática também existe para auxiliar as pessoas em suas relações interpessoais

- como assim?

- bem simples garoto nós simplesmente não conseguimos viver sem números... Tente passar no mínimo uma hora do seu dia sem estar ligado ou relacionado a números. Isso é impossível, pois estamos ligados a eles o tempo todo, desde o momento que acordamos. Temos que acordar com o despertador marcando um “número”, temos que calcular o tempo que levamos até chegar ao trabalho, escola, etc. e ai está mais números! – todos olhavam com a boca aberta escutando sua explicação – Outro exemplo bem simples é quando vamos a uma loja ou fazemos uma compra e o vendedor dá um desconto ou um acréscimo na compra. Se não soubermos como calculá-los vamos perdendo dinheiro durante a nossa vida sem nos darmos conta. Se ficarmos atentos a tudo que acontece ao nosso redor, iremos ver que a matemática não se trata apenas de uma simples diversão ou de uma simples aula chata na escola, mas sim, de um conteúdo bastante importante que faz parte de nossas vidas e que carregaremos pelo resto da vida! – Todos ficaram fascinados com a explicação dele. – Se vocês não se importarem vou começar a passar o conteúdo.  – Ele sorri.

Ele continuou com o conteúdo normalmente, até que o sinal tocou. Esperei os alunos saírem para eu sair em seguida.

- espera _________! – ouvi o professor me chamar, virei-me para ir a sua mesa.

- sim?

- pode me ajudar com meus materiais até a sala dos professores?

- oh... Sim... Claro! – na verdade eu não entendi porque ele pediu minha ajuda sendo que ele veio sozinho os carregando antes.. Hum quem sabe?!

Seguimos a sala dos professores ele me entregou seus cadernos que não estavam muito pesados.

- bom chegamos, muito obrigada por me ajudar! – entreguei seus cadernos, e ele deu um sorriso... Para com isso professor, não sabe como eu acho fofas essas covinhas.

- de nada professor!

Segui para o refeitório... Pensando no professor droga o que há comigo?!

Cheguei lá peguei meu lanche normal como sempre... O que eu não contava era com alguém me empurrando fazendo com que eu caísse de novo no chão.

- que droga – exclamei levantando-me e avistando a vagabunda da Sun Hee, sério essa garota não tem o que fazer.

- Eu percebi seu jeito com o professor novo...

- E daí o que tem?!

- o que tem? É que você não vai roubar meu lugar eu o vi primeiro!

- o que? Você só pode estar louca! Andou bebendo? Do que você está falando? – Ela solta uma risada perversa.

- não se faça de burra que eu sei que você não é! Pelo contrário você até que é bem espertinha!

- quer saber vou deixar você falando sozinha aqui – virei-me para ir embora, mas Hee segurou meu braço me fazendo voltar.

- você não vai não! – por impulso virei-me dando um empurrão nela que se desequilibrou e caiu.

- não toca em mim! Você já me humilhou uma vez, mas desta vez não vou deixar barato! – falei firme de pé a frente dela.

- quem você pensa que é... – falou levantando a minha frente – para me empurrar sua inútil.

Ela veio para me dar um tapa, mas eu arquei minhas costas desviando, levei minha mão para revidar sua tentativa acertei o rosto dela com tanta força que ela caiu ao chão. Fui furiosa para cima dela peguei o cabelo dela montada em cima, ela tentava me bater, mas eu não deixava. Vi uma multidão de alunos a minha volta incentivando a briga.

Percebi alguém segurar minha cintura e levantar-me com facilidade tirando-me de cima da Hee.

- Chega _________! – é o professor.

Eu continuava segurando os cabelos de Hee com ela sentada no chão e eu nos braços de Namjoon.

- Solta ela _________! – disse-me próximo ao meu ouvido segurando minhas mãos, pude sentir o calor delas nas minhas. Comecei a soltar Hee devagar fitando Namjoon que estava próximo ao meu rosto.

Soltei-a. Que foi ajudada por suas amigas.

Ele levou-me para fora do refeitório, chegamos à saída de incêndio próximo às escadas.

Namjoon parou me olhando com as mãos na cintura, enquanto eu andava de um lado para o outro, nervosa ainda com a briga.

- acalme-se e me explique porque estavam brigando? – perguntou-me calmamente.

Parei olhando seu rosto.

- desde quando era pequena todos me ofendiam me ignoravam e muitas vezes me batiam e tudo isso porque.... Tudo isso porque sou quieta e tenho as melhores notas da turma eu simplesmente não aguento mais EU NÃO AGUENTO TUDO ISSO! – exclamei tentando segurar as lágrimas que insistiam em escorrer por meu rosto. Abaixei o olhar colocando minhas mãos no rosto senti as mãos dele por minha cintura aproximando-me para seu peito, depositou sua mão em minha nuca e deixou-me chorar como uma garotinha indefesa.

Comecei a me acalmar com seus toques acariciando-me.

- melhor? – ele me olhou segurando meus ombros.

- sim!

- temos que voltar garanto que você vai ter que falar com a diretora.

- oh não droga ela não pode ligar para meus pais.

- eles vão deixar você de castigo?

- não... É bem pior...

- o que? Do que você está falando?

- deixa para lá... – falei indo em direção à porta, senti sua mão segurar meu pulso impedindo-me de ir.

- por favor, pode confiar em mim!

- eu não posso falar...

- conta pra mim talvez eu possa te ajudar...

- não, ninguém pode me ajudar... – falei puxando minha mão e abrindo a porta.

Sai do lugar encontrando a diretora e Hee me fitando.

- por favor, me acompanhe senhorita__________!

Fui ao lado da diretora e Hee do outro lado com cara de debochada. Namjoon veio junto até a diretoria.

Sentei ao lado de Hee e a diretora a nossa frente. Percebi Namjoon se escorar na mesa atrás de nós.

- por favor, diretora se senhora não se importar queria ficar aqui para saber o destino das duas.

- tudo bem Senhor Kim.

A diretora olhou para cada uma de nós.

- por qual razão vocês começaram a brigar? E o mais importante quem começou.

- Foi ela! – falamos em uníssonos apontando uma para outra.

- deixe de ser mentirosa Hee você sabe muito bem que foi você que começou com aquela conversa estranha para meu lado.

- que conversa? – a diretora questionou.

- é mentira diretora ela começou... – ela começou a fingir suas lágrimas de crocodilo. – ela me bateu porque tem inveja de eu ser popular.

- mentira Hee é você que pega no meu pé desde que cheguei aqui.

- não seja falsa!

Começamos a discutir.

- SILÊNCIO VOCÊS DUAS! – a diretora grita nos dando um susto. – Eu não sei exatamente o que vou fazer com vocês duas, estou pensando em deixa-las depois da aula de castigo.

- não diretora a senhora não pode... Eu não posso ficar depois da aula tenho que voltar para casa o mais rápido possível... – falei aflita eu não podia ficar depois da aula deixar minha mãe mais tempo com aquele monstro...

- eu também não, tenho culto da igreja depois da aula – O QUE? VOCÊ É O DEMONIO EM PESSOA E TEM CULTO?

- eu sinto muito. Já que nenhuma das duas fala quem começou de verdade minha única solução é essa!

- não diretora, mas a senhora não pode eu não posso mesmo ficar aqui depois da aula... – levantei-me tentando convence-la.

- senhorita sente-se agora!

- mas senhora, por favor?

- sente-se agora!

- não posso a senhora tem que me entender...

- vou deixa-la de castigo sozinha! Por favor, senhorita Hee saia!

- O QUE? MAS A SENHORA NÃO PODE FAZER ISSO!

- SIM EU POSSO E VOU! SAIA AGORA MESMO SENHORITA HEE

Hee saiu com cara de debochada para mim.

- foi ela que começou como pode fazer isso comigo – falei com as lágrimas escorrendo novamente.

- eu a avisei, agora vou deixa-la depois da aula a partir de amanhã. Só não decidi qual professor irá ficar com você.

- diretora se a senhora não se importar eu fico com ela! – O QUE? NAMJOON VAI FICAR COMIGO? EU TO CHOCADA!

- tudo bem! Não a deixe sem fazer nada dê o conteúdo de sua matéria.

- ok senhora pode deixar.

Levantei-me e sai com raiva da sala.

- ___________! – ouvi a voz de Namjoon gritando meu nome – espera! Quero falar como você?

Continuei andando rápido, mas ele me alcançou.

- você não ouviu eu te chamar! – segurou meu braço.

- eu ouvi sim! Não sou surda e eu acho que meu castigo começa amanhã e não hoje, agora se me der licença tenho que ir! – falei rude, soltando meu braço de suas mãos e saindo.

Ele correu e se posicionou em minha frente. Eu desviei para o outro lado, mas ele voltava a minha frente não deixando passar.

- o que acha que está fazendo? – falei, e ele soltou um sorriso bobo.

- estou te impedindo de passar.

- você acha que estou brincando? – ele continuava a minha frente com as mãos no bolso. Ele deu um leve sorriso e... Caralho que boca maravilhosa.

- você sabe que sou seu professor e eu posso fazer você ficar mais tempo comigo no castigo não é?! – o fitei com certa raiva, mas acabei soltando um sorriso sarcástico.

- eu sei sim “querido” professor! – falei com sarcasmo e saindo rápido com meu lindo sorriso debochado. Ouvi sua risada atrás de mim, ele não ousou me seguir novamente.

- te vejo amanhã “coisa simpática”. – falou sarcástico

Eu só não virei e voltei para dar um chute nele, porque já estava atrasada.

Droga quem ele pensa que é para fazer isso... Ele e aquela vaca da diretora...

Cheguei em casa e estava tudo apagado, entrei devagar achando que estavam todos dormindo.

Entrei na sala e meu pai ligou a luz do abajur fitando-me com certa raiva. Droga!

- ONDE PENSA QUE ESTAVA GAROTA? – falou levantando-se e vindo em minha direção.

- E-eu estava na escola! – falei com as pernas bambas já.

- MENTIRA! VOCÊ É TÃO MENTIROSA QUANTO SUA MÃE.

- NÃO É MENTIRA! – da onde eu tirei tanta coragem para gritar com ele.

- ABAIXA O TOM PARA FALAR COMIGO SUA VAGABUNDA! – ele levantou sua mão contra meu rosto acabei caindo no chão com seu tapa.

Ele continuou me batendo, mas dessa vez com socos eu tentava proteger pelo menos meu rosto com os braços em volta da minha cabeça. Ele começou a chutar minha barriga sem parar.

- PARA VOCÊ VAI MATA-LA! – ouvi a voz da mãe.

Abri os olhos e vi-a puxando-o para longe de mim. Ele deu uma cotovelada em seu rosto deixando-a caída com as mãos no nariz.

Ele finalmente parou de me bater. Meu corpo não aguentava mais.

Ele subiu as escadas adentrando seu quarto fechando a porta com tudo.

Minha mãe chorando me olhando.

- F-filha fala alguma coisa? Pelo amor de Deus!

- m...e perdoe mãe – sussurrei com os olhos fechados.

- filha... – minha mãe chorou rastejando até mim abraçando-me. –venha deixa eu te ajudar a levantar.

- Aii – exclamei colocando minha mão em minha costela.

- devagar. Vou cuidar de você.

Ela me levou até meu quarto deitando-me em minha cama colocou gelo em meu rosto para tirar o inchaço.

- mãe seu nariz... Coloca gelo.

- já vou pegar antes tenho que cuidar de você!

- mãe? Dorme aqui comigo essa noite, por favor...  – falei chorando novamente

- é claro!

Ela sentou ao meu lado acariciando meus cabelos e cantando uma música, minha mãe tem uma voz linda... Adormeci...