História Minha Luz na Escuridão - Imagine RM - BTS - Oscilantes Sensações...

 Sai correndo da escola, não deu tempo nem de pensar direito no que havia acontecido. Oh my god eu beijei o professor.

Meu primeiro beijo foi com ele parece que minha vida está começando a dar certo. Mas ele é meu professor estou totalmente atordoada, pensando e amanhã como vai ser. Será que vamos continuar nossas vidas e fingir que nada aconteceu?! Ou será que vamos continuar nos encontrando as escondidas, até porque ele é meu professor isso traria muitos problemas para ele... Oh droga como você pode se apaixonar pelo professor?! É a primeira vez que se apaixona e ainda escolhe um amor proibido. Coração burro esse!

Cheguei à porta de casa e pude ouvir vidros e xingamentos de dentro, já posso imaginar que meu pai devia estar batendo em minha mãe. Merda não posso, ficar parada aqui enquanto minha mãe sofre.

Entrei com tudo, e ele a segurava pelos braços enquanto ela tentava se soltar sem sucesso.

- SOLTA ELA! – gritei e cheguei mais perto segurando ele pelo braço para que a soltasse. Pude sentir o cheiro do álcool de longe.

Minha mãe gritava para que eu saísse e deixasse-a ali sofrer sozinha, mas não sou uma covarde nunca que ia deixar minha mãe apanhar sozinha e também quase morrer.

Ele virou-se com tudo acertando um tapa em meu rosto, cai de lado. Ele pegou meu braço puxando-me.

- AGORA VOCÊ VAI APRENDER A NÃO SE METER!

Ele acertou outro tapa no mesmo lugar, pude sentir algo escorrendo perto da minha sobrancelha caindo pelo meu rosto que eu acredito que seja sangue.

Ele pegou meu pescoço entre seus dedos, apertando-o o mesmo.

- PARA, POR FAVOR, VOCÊ VAI MATA-LA!

Minha mãe se afastou um pouco, senti o impacto quando ela o acertou com um vazo de flores na cabeça.

Ele caiu ao meu lado desmaiado.

Minha mãe ajudou-me a levantar, tossi muito tentando recuperar o ar.

- venha filha vamos lá para cima.

- vamos deixar ele aí?

- ele nem vai se lembrar do que aconteceu está podre de bêbado!

Subi rapidamente apoiada em minha mãe.

- até quando mãe, vamos conviver com isso todos os dias?! – perguntei-a sentando na cama.

Ela não respondeu apenas abaixou a cabeça.

Fui para o banho tirar o sangue do meu rosto. Sabia que não conseguiria dormir, mas deitei-me igual.

[...]

Levantei de manhã e fui direto para o banheiro fitei o espelho e como imaginei o local onde aquele canalha bateu está um pouco roxo. Droga como vou fazer para esconder isso.

Botei uns óculos escuros, dessa vez não vou botar o capuz, porque vou parecer um E.T.

Coloquei uma calça rasgadinha, uma regata e uma jaqueta de couro preta por cima, meu tênis all star, deixei meu cabelo solto para tampar os hematomas do meu pescoço.

Não queria me arrumar, mas como ia botar os óculos não poderia ficar ridícula. E o bom é que o mostro do meu pai devia estar desmaiado ainda.

Desci as escadas lentamente tentando não fazer barulho, até que ouvi um som de panela na cozinha.

Avistei minha mãe saindo.

- uffa achei que era o “outro”!

- oh ele ainda está desmaiado.

- ixi será que ele não morreu?

- não, porque ele está deitado no sofá e não fui eu que o coloquei, acho que ele se acordou no meio da noite e deitou-se.

- ahh

- venha tomar seu café para não se atrasar! Ah é seu olho deve estar roxo por isso o óculos, não é?!

- é sim.

- desculpa minha filha querida!

- oh não mãe, não foi culpa sua, não se desculpe!

Ela olhou-me com um leve sorriso apertando minha mão.

Tomei meu café rapidinho para sair antes daquele canalha acordar.

Sai pela calçada tentando disfarçar meu olho com os óculos, botei um curativo próximo à sobrancelha, estava pensando em uma desculpa se alguém me perguntar.

- olá amiga... – Larry vinha ao meu encontro abraçando-me.

- cal..ma amiga você vai me sufocar..

- o desculpa, e você está bem?

- sim obrigada por me ajudar.

- amigas são para essas coisas. Soube que você está de castigo porque brigou com uma garota é verdade?

Abaixei minha cabeça confirmando-a.

- wow que legal!

- ué achei que você ia me dar uma bronca!

- que bronca? O que? Se você bateu nela é porque mereceu.

- você certamente é bem maluquinha. – Sorri.

- um pouco. – ela ri também. – Agora vamos entrar porque eu não quero me atrasar.

Andamos até entrarmos na escola e Larry com seu braço em volta do meu pescoço, como se fossemos melhores amigas. Bom... de certa forma somos...

Cheguei à sala, e o primeiro período é de química, outra matéria que eu odeio.

- ei ________ porque não tirou seus óculos? – Larry sussurrou-me atrás de mim. Oh droga tenho que inventar algo... Pensa ________, pensa...

- ahh... O... É porque eu bati meu olho na cabeceira da cama, é foi isso é...

- hmmmm “brincadeirinhas” com o namorado. – Ela ri maliciosa.

- a não, não tenho namorado.

- NÃO TEM NAMORADO?

- shiuuuu, Larry fala baixo!

- o... Desculpa é que meio difícil de acreditar que uma garota bonita como você não tenha namorado. E não se preocupe não sou lésbica. Só gosto de elogiar quando é verdade. – Ela ri.

- mas eu não falei nada...

- mas pensou.

- ah, tá você lê pensamentos agora? – Sorrimos.

- às vezes.

Rimos até a professora de química chegar com seus cadernos e livros.

- tem certeza que essa professora não vai cair ai e morrer? – Larry sussurra atrás de mim.

- porque faz essa pergunta?

- porque ela parece tão velha!  – escorei minha cabeça em meus braços em cima da classe tentando conter a gargalhada diante do que ela havia falado.

- então vamos começar a aula! – A professora começa, a passar o conteúdo no quadro.

Tivemos dois períodos de “tortura” com a professora de química.

A professora de artes estava falando de um trabalho em grupo de três para fazer um trabalho, que seja sobre musica, desenho, teatro e etc.

- e ai do que vamos fazer? – Larry me pergunta.

- ainda não sei, não sou boa nem em desenho, nem em música.

- eu sou boa só em desenho...

- então vamos fazer um desenho...

- é...

Avistei Jungkook pegar uma cadeira e sentar próximo a nós com as costas da cadeira para frente “aquela posição típica de homem”.

- e ai meninas, posso fazer o trabalho com vocês? – ele sorria maliciosamente.

AHAM eu sei né senhor Jeon que você só quer fazer o trabalho.

- você não vai fazer com seu grupinho? – Larry questionou apoiando a cabeça na mão e fitando-o.

- ah eles estão bem sem mim.

- ah hmm.

- e ai vão deixar ou não?

Larry me olha com um sorriso dando uma piscada. Entendi o recado.

- pode ser... Depende? O que você sabe fazer? – pergunto-o, e Larry alarga o sorriso.

- sei fazer muitas coisas... – ele olhou para Larry dando uma piscada. Sério eu estou sobrando nesse jogo de indiretas. – uma delas é cantar.

- hmm pode mostrar para nós?

- aqui na sala?

- aham! – eu Larry respondemos em uníssonos.

[...]- Eu preciso de você, garota

Porque eu me apaixono e digo adeus sozinho?

Eu preciso de você, garota.

Por que eu preciso de você mesmo sabendo que vou me machucar?[...]

Ele fitava Larry, jogando indiretas, até que isso estava ficando bem bonitinho.

Eu e Larry ficamos de boca aberta quando ele terminou de cantar. Os alunos da sala começaram a aplaudir. QUE VOZ MARAVILHOSA É ESSA MOLEQUE?!

- tudo bem! Bem vindo ao grupo!

Ele sorriu e fitou Larry mais uma vez. Sério, crianças parem com isso!

- nós vamos fazer sobre música mesmo?

- ainda não sabemos! eu não sei fazer nada e Larry só sabe desenhar...

- hmm acho que seria um pouco difícil você não saber fazer nada! Todos nós temos algum talento, você só está com dificuldade de descobrir isso.

- hmmm tomara que eu descubra logo meu talento!

- vai sim! – Larry afirma.

Ouvimos o sinal do intervalo, sai junto com Larry.

- nos vemos depois... – Jungkook diz piscando para Larry e saindo em seguida.

- eu vi isso eim... – sussurro para ela rindo.

- isso o que?

- não se faz...

- não estou me “fazendo” – Ela ri nervosa.

- tá me engana que eu gosto.

- é melhor irmos rápido que a falta de comida está fazendo mau para seu cérebro.

Fomos rindo e conversando até o refeitório. Pegamos nossos lanches e sentamos no mesmo lugar que sentávamos.

- E aí _________ que horas você foi sair do colégio ontem? Percebi o professor entrando no banheiro para falar com você também.

Engasguei-me com o suco que estava tomando, tossi tentando me recuperar com sua pergunta.

- ah.... Sim.... Eu sai uns 15min depois, porque estou de castigo lembra. – sorri falsamente tentando disfarçar.

- hmmmmmm você não me engana não ___________....

- c...como assim?

- você se encontrou com alguém não é? – Arregalei os olhos com a pergunta dela.

- c..claro que não da onde você tirou isso?

- sei lá! E porque está gaguejando? – ela olhou-me com um olhar de malicia.

- eu estou um pouco chocada com sua pergunta.

- hmmm sei sério que você não vai me contar? Achei que fosse sua amiga...

- e eu sou! O que você quer que eu conte? Não aconteceu nada!

- e o que o professor Namjoon te falou?

- a...h.. – pensa __________, pensa... – ele só me pediu desculpa por ter gritado... – isso antes de me beijar.

- só isso? – ela chegou perto de mim como se estivesse me interrogando.

- sim!

- eu sei que está “caidinha” por ele! Admita!

- e.....u do que está falando? – DEUS, ela é a mãe Dinah?!

Ouvimos o sinal tocar para voltar à aula. Uffa salva pelo “gongo”

- você se salvou dessa vez querida _________! Mas você vai me contar tudo. Ah se vai.

- você é um pouco sinistra viu?! – Ela deu uma gargalhada assustadora.

Não sei se deveria contar para ela, mal a conheço...

Entramos na sala, e as aulas continuavam.

Até a Larry não aguentou e tirou um cochilo deitada na classe.

[...]

Finalmente as aulas acabaram o ruim é que eu tinha que continuar na escola. Mas será que seria tão ruim assim?

- Tchau __________ até amanhã!

- até Larry...

- e mais uma coisa... Lembre-se se você não contar o que aconteceu eu descubro. – Ela falou rindo novamente.

Ela é sinistra... Gostei dela.

Assim que os alunos saíram, fui logo sentar-me à classe da frente ao lado da classe do professor.

Peguei meu óculos, para ele não ver as marcas, não quero questionamentos.

Uns 2 min. Depois ele entrou com sua pasta.

- bom dia...

Ele falou sem nem ao menos olhar para mim. Apenas seguiu reto o percurso até sua classe.

- b...om dia – falo baixo quase como um sussurro.

- vou passar alguns dos conteúdos no quadro apenas copie que eu explico todos depois.

Ele falou ainda sem dirigir o olhar mexendo em seus cadernos.

O que há com ele? Será que já se esqueceu o que aconteceu ontem? Ou apenas sou mais uma aluna beijada no currículo dele?!

Droga, droga e mais droga tantas perguntas! Minha cabeça vai acabar explodindo.

Ele terminou de passar o conteúdo e sentou-se em sua cadeira.

Eu tentava copiar, mas a curiosidade tomava conta dos meus pensamentos. Olhava a todo instante para ele queria perguntar, mas o medo de ser rejeitada me tomava por inteiro.

- você quer perguntar algo? – droga ele percebeu que eu o fitava.

- n...ão, nada... Desculpe.

Ele voltou a olhar para a janela pensativo como antes. Merda, merda...

Vou tentar me concentrar...

- Porque você não tirou os óculos __________?

Ohh merda, o que faço, vou dar a mesma desculpa que dei para Larry.

- eu... – tenta não gaguejar. – bati meu olho na cabeceira da cama quando fui levantar. – dei uma leve risada tentando disfarçar meu nervosismo.

-hmm... – ele voltou a olhar a janela. Abaixei minha cabeça, exclamando um “ufa, que alivio” na minha mente. – porque eu tenho a leve impressão que você está mentindo?!

O que? O olhei com espanto.

- c...omo assim professor?

Ele levantou, andando em minha direção, umedecendo seus lábios. Parou em minha frente com as mãos no bolso.

- tire os óculos! – ordenou-me. O olhei assustada.

- não posso está muito feio.

- apenas tire!

- não!

Abaixei minha cabeça novamente. O vi pelo canto dos olhos caminhar até a porta fechando-a mesma.

Merda será que ele vai me matar? __________ pare com essas paranoias!

Ele voltou a sentar-se na cadeira.

Voltei minha atenção nos exercícios. Puta que pariu achei um exercício que não entendo vou ter que ir pedir explicação.

Levantei-me em e fui em direção a ele.

- Professor eu não entendi esse exercício! – exclamei mostrando em meu caderno o exercício em questão com um pouco de receio.

Ele olhou para o mesmo, curvei-me para ouvir sua explicação.

- você não vai tirar mesmo os óculos? – Sussurrou-me

Senti minha pele ouriçar com sua voz firme, ao mesmo tempo fiquei estática voltando à postura reta, encostada na parede próxima ao quadro.

Ele levantou-se bruscamente de sua cadeira, segurando meus braços acima da minha cabeça prensando-me a parede.

Tirando meus óculos e atirando-os longe.

Parte do meu cabelo foi para o lado do meu rosto onde ficam os machucados.

Encaramo-nos por um tempo podia sentir sua respiração próxima ao meu rosto. Seu hálito de menta me dava mais vontade de beija-lo. Droga essas sensações oscilantes...

Ele largou uma de minhas mãos, direcionou a mesma para meu rosto retirando meu cabelo de meu olho, colocando-o atrás de minha orelha, parando com sua mão em minha nuca.

Aos poucos a outra mão foi solta, descendo até sua nuca.

Puxou-me ferozmente para sua boca, pedindo passagem com sua língua. Passou suas mãos por meu corpo até chegar a meu quadril circundando o mesmo apertando-me contra seu corpo. Puxava levemente seus cabelos da nuca.

Nosso beijo continuava intenso. Ele passava sua mão por toda a extensão de minhas costas.

Ele começou a me puxar para frente em quanto ele andava para trás até escorar-se na minha classe. Abrindo suas pernas me posicionei por entre elas para poder chegar melhor em seu corpo e continuarmos próximos.

- droga, ____________ o que fez comigo? Eu estava louco para te agarrar quando a vi entrar na escola. – ele sussurrou próximo ao meus lábios olhando em meus olhos.

- então porque me tratou tão mal?

- porque, eu sou um completo babaca, droga você é minha aluna isso seria contra as regras... Eu preciso de você, mas isso seria errado.

- sim eu entendo...

- apenas me diga uma coisa?

- sim?

- você sente o mesmo? Eu sei que é meio precoce pergunta-la depois de apenas três dias, mas estou desesperado...

- Eu nunca havia beijado alguém... Assim como nunca havia amado...

- então eu vou lutar por seu amor...

- mas e sua vida seu emprego... Você pode até ser proibido de dar aulas...

- Talvez, mas é um risco que vale a pena correr...

Soltei um sorriso, recebendo o mesmo de seus lábios.

Selei seus lábios, levando um chupão em meu lábio inferior.

Começamos a nos beijar novamente, sua mão desceu até a curvatura de minha bunda sendo apertada ao mesmo tempo.

Soltei um leve suspiro entre o beijo que fez com ele desse um leve sorriso de satisfação.

- você não vai me contar mesmo como fez esse machucado? – o olhei assustada afastando-me um pouco.

- eu já te disse...

- você não me disse não!

- Namjoon eu já te disse que foi na cama.

- e essa cama tem mãos por acaso?

- por que essa pergunta?

- porque posso ver claramente as marcas em seu pescoço.

Oh droga esqueci-me do meu pescoço. Comecei a gaguejar tentando achar uma saída, mas não tive nenhuma reação apenas abaixei minha cabeça passando a mão em meu pescoço.

- se você não me contar, eu juro que descubro e mato o desgraçado que fez isso...

- não...

- porque não?

- porque foi meu pai...

Minhas palavras saíram arrastadas. Senti que Namjoon ficou assustado por um momento.

- olha para mim! – ele exclama pegando em meu queixo fazendo olha-lo. – a próxima vez que ele fizer isso com você, me avise eu juro que não vou deixar isso barato.

Ele abraçou-me passando suas mãos por meus cabelos. Pela primeira vez senti-me protegida em seus braços.