História Minha metade da Laranja - Terror Impregnado

 

 

 

  Enquanto olhava ao final do corredor sua perolada entrando no banheiro, sua expressão apenas caía em direção a mesa de madeira do estabelecimento. Vergonha, apenas isso rondava sua mente. Como fora ser tão estúpido? Tão odioso, afinal de contas ele mesmo se odiava nesse momento. Naruto sempre fora seu melhor amigo, e até mesmo um exemplo a ser seguido, quando era pequeno sempre afastava as pessoas com seu jeito, e em contrapartida o Uzumaki apenas arrecadava amor. Seu jeito, seu carinho e afeto, o amor, fidelidade aos amigos e conhecidos. Era como se fosse uma meta, a personalidade do loiro era algo a ser seguido, felizmente conseguiu ser como ele, mas de maneira triste, aquele Naruto já não existia mais. O mundo fez isso, e nesse pequeno instante, Sasuke olhava o reflexo das janelas sabendo que em parte, grande era sua culpa.

 

 

     -- Eu não posso acreditar nisso... -- Sussurrou passando as mãos pelos cabelos enquanto olhava a Hyuuga entrando no banheiro. O café do senhor Teuchi ainda estava fechado, na verdade a cafeteria Ichiraku abria apenas a partir das nove da manhã. E nesse instante, lá estavam eles. Apreensivos, nervosos, amdrontados e envergonhados. Deixaram Naruto cair, como falharam.

 

     -- Naruto está foragido, o Kabuto foi levado pro hospital com traumatismo craniano, Jiraya acabou morrendo, a hemorragia não pôde ser contida. -- Itachi disse enquanto sua namorada ao lado levava as mãos aos lábios. Perplexa obviamente, Naruto passou a frequentar bastante a cafeteria nas últimas semanas, mal sabia ela que um desses fatores era espiar as atitudes de Jiraya, que passava constantemente no horário de pico para comprar o café da tarde.

 

     -- E o que vamos fazer? -- O mais novo perguntou enquanto a chuva escorria pela janela, pouca, céu nublado, ventos evidentes pelas árvores balançando e brigas constantes entre populares e seus guarda-chuvas. Tudo muito normal. Por pedido de Shikamaru todos deveriam estar presentes nesse fim de madrugada, estavam marcados, e bem sabiam.

 

     -- Por mais que doa dizer isso, Naruto se afundou após essa noite. É claro que virá atrás de nós, que não acreditamos nele. -- Shikamaru falou enquanto o moreno suspirou de maneira debochada. Isso estava ganhando proporções absurdas, tinha que ser mentira. Um pesadelo, ter acordado sem aquela ligação de seu irmão.

 

 

  Tudo fora tão bom, dormir agarrada a Hyuuga, o calor e sensação casta trocada na noite anterior, e infelizmente um acordar nebulozo. Escutar aquilo fizera sua expressão se perder, não gostaria de envolver Hinata nisso, mas infelizmente sabia que ela estaria no meio desse caos, afinal de contas, ultimamente sem motivo algum Naruto estava atrás dela. Isso é claro, na mente do Uchiha alheio a suas mentalizações capitalistas.

 

 

     -- O feriado começa amanhã, obviamente a polícia não estará atrás do Naruto com toda força. Temos que sair de Tokyo, somos alvos fáceis aqui. -- O Nara completou enquanto a Hyuuga sentou na mesa sendo recepcionada pelas mãos de Sasuke um tanto geladas sobre as suas. Itachi sorriu com aquilo ganhando um rubor no rosto do menor, como se dissesse "eu sabia".

 

     -- E pra onde vamos? -- Deidara sentado no balcão ganhou a atenção de todos. Por um segundo haviam esquecido a presença do loiro sempre quieto. Diferente de Naruto, Deidara falava pelos cotovelos, mas apenas quando queria. -- Meus pais foram chamados para dar depoimento durante a madrugada, e a polícia aconselhou que fossem pra Londres enquanto as investigações se aprofundam. Pelo visto acreditam que minha mãe pode acabar ajudando o Naruto por amor, ou sei lá. Só querem eles longe desse caso, e eu que não vou ficar sozinho em Tokyo essa semana.

 

     -- Eu cuido de você loirinha... -- Sasori sorriu apertando a coxa do Uzumaki sob a mesa enquanto o mesmo se voltou a batalha particular que travavam alheios aos assuntos.

 

     -- Podemos viajar pra casa de campo do Madara. -- Sasuke comentou debruçando sobre o peito da Hyuuga que escostava na janela, estavam bastante exaustos. Levando em conta que acabaram dormindo às três da manhã e acordando às seis, estavam nas últimas.

 

     -- Madara e Izuna vivem em Zagreb. É capaz de darmos de cara na porta fechada.

 

     -- Tenho a chave da sítio. Esqueceu que sou contador deles? -- O moreno sorriu enquanto o mais velho fez uma careta esquecendo disso. Sasuke era uma espécie de xodó por parte de Izuna, o sobrinho mais querido. -- Temos que viajar ainda essa noite, então prepararem as malas logo.

 

     -- E onde fica? -- Hinata indagou acariciando os cabelos do namorado. Se sentia um tanto egoísta nesse momento, realmente sentia pena do Uzumaki, ainda mais sabendo de seu passado bastante conturbado. Mas em sua cabeça lembrava da imagem arrebatadora. Um Sasuke ofegante e explicitamente satisfeito dizendo que a amava. Tão perfeito, tudo o que queria, como queria isso

 

      -- Kyoto.

 

 

 

 

 

 

 

 

  O barulho dos gritos causava arrepios até mesmo nos trabalhadores comuns e alheios ao ódio prontamente dito e sentido pelo Ootsutsuki caçula. Era considerado por todos o mais arrogante, e até chamado entre funcionários de bomba relógio. Diferente de Ashura e Indra, até mesmo o primogênito de Hagoromo era mais querido, isto porquê ele desejava realmente o bem da empresa, mas com os meios certos. Já Toneri e Momoshiki eram do tipo que fariam o necessário para conseguir o que queriam. Mesmo que fosse preciso pisar a própria família.

 

 

     -- Mas que merda! -- Toneri gritou ensandecido enquanto sua secretária contraia os punhos bastante temerosa quanto ao gênio elevado do albino.

 

 

  Inevitável dizer o fogo que se apossava dele. Naruto era não era apenas uma peça, ele era fundamental nesse esquema, fisgar Hinata era a parte mais complexa de tudo isso, e agora sem o Uzumaki tudo estava se desmoronando aos poucos. Mas essa era a desvantagem de se unir a um desequilibrado emocional e mental. O loiro sempre deixou evidente sua sede de vingança, e quando o Ootsutsuki prometeu a mesma um tanto tardia, o loiro acabou se revoltando. Era óbvio que uma hora ou outra ele roeria a corda e agiria por impulso. Mas agora sem Naruto, chegar em Hinata de maneira fácil seria impossível, restaria apenas o segundo plano, aquele não tão fácil.

 

  Seu temperamento também não ajudava muito nesse momento. Nem mesmo escondia sua frustração ao cruzar o saguão da empresa pisando duro, feição rígida e atitudes ríspidas, ganhando não só a atenção de funcionários, como a de seus primos. Hiaishi estava em sua mão, não seria uma pirralha estúpida que atrapalharia seus planos, monopolizar o império Hyuuga seria simples, logicamente nesse instante qualquer erro significaria não só o fim da linha para seus planos, como custaria sua garganta e sua imagem. Se o sequestro da maior empresária oriental fosse a público seria seu fim, e ainda mais agora, que justo Hinata era artista, e em poucos dias sua série viria a tona.

 

  Toneri entrou em seu carro enquanto nada disse. Sua secretária apenas mantinha o silêncio enquanto o motorista passou a dirigir quieto pelas ruas do centro. Pouco movimento, os semáforos bastante tímidos. O albino apenas olhava pela janela enquanto as incontáveis bancas de jornais em cada esquina deixavam explícita a imagem de Naruto. O enorme acúmulo de fotos onde o casal Minato e Kushina apareciam era grandioso. Relatos de gritos dos moradores vizinhos a casa de Jiraya, fotos muito censuradas do corpo do homem, imagens de Kabuto sendo enfiado as pressas na ambulância bastante machucado na cabeça, e tudo muito abafado pela polícia que sequer dividiu informações com a imprensa.

 

 

     -- Segundo Orochimaru, Hiaishi não compareceu na consulta de hoje. Ele e Hizashi saíram ontem dos Emirados Árabes, sem qualquer motivo. -- Sua secretária finalmente encerrou o silêncio enquanto o albino mantinha contínua as batidas dos ossos de seus dedos na janela do automóvel. Não era algo a se temer, afinal de contas Hiaishi estava em suas mãos.

 

     -- Kinshiki ainda está em Budapeste? -- O Ootsutsuki indagou com a voz bastante rouca e séria. Diferente do sempre cínico e irônico Toneri, de humor cáustico e atitudes sarcásticas.

 

     -- Chega de lá após o feriado. -- Comentou com o homem enquanto o mesmo rolava em sua folha digital o jornal da cidade, obviamente Naruto era capa ao lado de Minato, Kushina e Deidara. Logo ao canto a imagem de Hinata alertava a informação na quinta página, sobre a exibição estréia da nova temporada de seu dorama durante esse feriado.

 

     -- Ótimo. Diz pra ele que tenho um trabalho especial.

 

 

 

 

 

 

 

  Hinata dobrava suas roupas enquanto escutava os passos rápidos de Hanabi pelo apartamento. Levando em conta o gosto por viagens da mais nova, seria evidente que a mesma acabaria aceitando de pronto o convite. Três malas tomavam a cama da perolada que escolhia calmamente o que levaria ou não, optou em escolher seus dois belos kimonos, sabia da fama das belas mulheres de Gion, e das gueixas que exibiam formosura em suas vestimentas. Considerando todo o ambiente seria agradável se vestir com cautela, mas também não abriu mão de seu gosto pessoal, levando roupas mais informais.

 

  Estava tudo perfeito. Além de sua primeira viagem ao lado de Sasuke, era como sua namorada. Seus assuntos na escola voltariam apenas após o feriado, e a empresa seria cuidada por Hizashi que estava voltando de Dubai ao lado de Hiaishi, pelo visto tinham alguma espécie de assunto pendente aqui em Tokyo.

 

 

     -- Vamos perder sua estréia. -- Sasuke comentou entrando em seu quarto enquanto deslizou os lábios pelo pescoço branco e acidentalmente exposto pelos fios lisos cobrindo os ombros da mesma.

 

     -- Bom, eu filmei tudo. Não tem problema em perder o que já sei. -- Ela sorriu enquanto o moreno apertava sua pelve na subida de suas nádegas. Um arrepio traiçoeiro tomou sua espinha enquanto olhava a cama pensando várias vezes se seria errado puxá-lo para a mesma tendo sua irmã em casa.

 

      -- Animada pra vida de estrela? -- Sasuke sorriu sentando na beirada da cama enquanto a Hyuuga fechou sua última mala suspirando aliviada. Hinata sentou em seu colo contornando seu pescoço pensando nisso, realmente esse seria um grande divisor de águas daqui pra frente, se era conhecida apenas por ser a filha de Hikari gravando cenas, agora como atriz sua vida ganharia outras proporções. Mas de uma coisa tinha certeza, Sasuke estaria nela.

 

     -- Não quero que isso nos atrapalhe... -- Sussurrou com os lábios deslizando nos dele. Causava uma cócegas deliciosa enquanto sua perna passou pela cintura dele encaixando perfeitamente no colo do mesmo. Seus seios colavam nos dele enquanto o moreno elevou a respiração inevitavelmente deixando explícito o quanto a perolada mexia consigo.

 

     -- Confesso que fiquei inseguro com essa história. -- Sasuke comentou subindo seus dedos por baixo da camisa da Hyuuga que gemeu baixinho nos lábios dele. Os dedos do moreno chegaram até a nuca dela suprimindo os fios de maneira erótica e gostosa, uma carícia regada a ternura. -- Mas seria egoísmo te privar disso, é sua vida. Quero fazer parte dela, não escolher por você.

 

 

  Hinata puxou a nuca do Uchiha de maneira vagarosa apenas para ter certeza de que nada os afastaria. Sua língua brincou nos lábios quentes e macios dele antes de penetrar a cavidade bucal dele com vontade. O membro despertado roçava em sua bunda de maneira lenta a deixando excitada em perceber que era fácil para ela o deixar duro daquela maneira. Lembranças cáusticas tomavam sua mente, enquanto suas línguas se enrolavam devagar deixando a saliva explícita em cada virada facial que faziam se acariciando, cada toque fazia jus a noite quente que tiveram, o pênis dele lhe penetrando, os lábios dele tomando os seus, suas unhas afundando na carne e sua boca subindo o pescoço do moreno. Era tão excitante, tão inebriante, o perfume gostoso que tomava suas narinas a cada esfregar facil no pescoço dele, as mãos grossas e pesadas deslizando de sua virilha por toda coxa, até finalmente chegar em sua cintura apertando a região de maneira possessiva, como se marcasse a região.

 

  Suas mãos desceram até a barra da calça dele puxando de maneira afoita a fivela do cinto. Suas nádegas apertavam o membro que a cada rebolar apenas acordava mais, suas mãos pequenas finalmente subiram até o peito dele o empurrando sobre a cama. Sasuke ainda gemia rouco sentindo as reboladas aumentando aos poucos após sentir o tecido da calça cair até seus tornozelos. Sua mão agarrava a cintura dela com tanta pressão que quase marcava a pele branca.

 

 

     -- O que quer fazer Hyuuga? -- Sussurrou enrolando suas mãos pelos cabelos dela devagar. Olhava a menor mordendo os lábios extremamente corada. Cavalgava com vergonha, mas bastante convicção. Seus dentes prensavam os lábios enquanto passava as mãos pelos cabelos de uma maneira que o deixava excitado apenas por admirar aquilo.

 

     -- Você me agradou ontem... -- Sussurrou baixinho enquanto sentia o líquido quente e libidinoso molhando sua virilha aos poucos, era até mesmo conveniente estar de saia nesse momento, sentia os fluídos penianos pegajosos sobressaindo a boxer até esfregar em sua calcinha. -- Quero retribuir o favor.

 

 

  Sasuke abriu de maneira forte os lábios deixando o grito sôfrego misto a desesperado sair de sua boca. Hinata concluiu o gesto o repetindo, subiu sua cintura descendo com força sobre o membro até o mesmo deslizar a língua pelos lábios totalmente pasmo e excitado com aquilo. Hinata não era previsível, era tímida e quieta, mas entre quatro paredes conseguia o deixar sem saber o que poderia acontecer a cada segundo. Suas mãos agarravam os lençóis enquanto a Hyuuga acariciou seu peitoral descendo o abdômen até beijar sua pelve molhada pelo tecido da boxer úmida. Seus dentes morderam devagar o volume abaixo da vestimenta ínfima o deixando maravilhado.

 

  Grosso, quente... absurdamente quente.

 

  Sem qualquer demora suas unhas roçaram na carne dele descendo a boxer até as coxas enquanto o pênis enrijecido pulou em direção ao seu rosto a deixando pasma, a glande rente ao seu queixo enquanto suas mãos instintivamente cobriram os testículos dele massageando aquilo devagar e com vontade.

 

  Gemidos e grunhidos tomaram o moreno que tinha prazer estampado em sua face, os olhos brilhando e boca um tanto aberta sentindo os dedos da Hyuuga suprimindo seu testículo devagar e os lábios dela finalmente tocando em sua glande num deslizar demorado da língua sobre o falo vermelho e pulsante do mesmo. Sem demora. Seus lábios tomaram a extensão do mastro causando um afundar da cabeça do mesmo nos lençóis, gemeu alto beirando ao urro, era quente, era apertado, como foder sua intimidade, os lábios apertados dela subiam e desciam o causando arrepio e tremor corporal. Seus cotovelos sustentavam na cama tentando a todo custo admirar aquela pintura que era ver Hinata de joelhos forçando sua garganta contra seu pênis.

 

  Era um tanto desajeitada no início, mas a cada abocanhar ela arrumava sua postura. Os olhos perolados cristalizavam aos poucos com as lágrimas de desespero que a tomava, engasgava com o tamanho e a grossura a fazia apertar as unhas nas coxas dele. Os fluídos da pelve lambuzavam seu rosto quando o mesmo finalmente esfregava ao afundar o rosto na região inferior dele. O cheiro, o gosto, as veias pulsando, a grossura e sensação claustrofóbica, as mãos fortes dele puxando seus cabelos e acariciando seu rosto, chupava devagar mas de maneira deliciada, queria mais e se esforçava para o obter. 

 

  Tentava manter seus olhos aos dele, conseguia ver o tesão misto ao olhar apaixonado que ele lançava, os sussurros castos que ele fazia questão de manter na entonação certa para fazê-la escutar, as frases castas seguidas de um " eu te amo " sôfrego e sincero.

 

  Se gritasse, Hanabo ouviria. Mas caso não o fizesse, morreria.

 

  Olhos vidrados ao seu, tremor absurdo, o gozo anestesiante.

 

  Finalmente o esperma inebriou seus lábios preeenchendo toda sua boca aos poucos enquanto sua mão ainda segurava o mastro para não perder um segundo daquilo, cada fluído, cada líquido e quentura grossa que abundava sua garganta a forçando a pressão na laringe.

 

 

     -- Perfeita... -- O sussurrou tomou seus ouvidos ao ter o líquido grosso passando por sua garganta a fazendo suspirar aliviada após digerir aquilo. Sasuke estava ofegante com a cabeça bamba para a frente enquanto suas mãos acariciavam o queixo dela adorando aquela visão.

 

 

  Suas pernas se mantinham um tanto dormentes pela posição agachada que ficara. Sasuke finalmente a ajudou a levantar para então a deitar ao seu lado na cama regada aos lábios dele mais uma vez. Sem tempo, parada, respiração ou fôlego. Somente fome e vontade, carícias e beijos, gemidos e confissões. Tudo silencioso, mas entre o pequeno espaço entre ambos, era gritante o amor e o desejo.

 

 

 

 

 

 

 

 

  O automóvel parou de maneira calma no estacionamento vinte e quatro horas, do outro lado da estação ferroviária. Itachi segurou suas malas, que na verdade eram apenas uma mochila e uma mala, e pegou as incontáveis de Izumi. Deidara e seu fiel escudeiro Sasori vieram após si com suas bagagens. Shikamaru acabaria chegando com Temari em alguns momentos, enquanto Neji e TenTen foram convidados por Sasuke.

 

  Kyoto ficava há poucas horas de Tokyo, então sendo já onze da noite acabariam chegando na cidade ao amanhecer, por volta das quatro ou cinco da manhã, isso levando em conta que o trem que pegariam era expresso, direto entre ambas as cidades. Por fim acabaram estrando enquanto iriam esperar o restante, o Nara chegou junto de Temari e seu irmão Gaara, amigo dos Uchiha. Na mente de Itachi o maior contingente de pessoas era melhor, assim poderiam curtir o feriado, e manter as aparências para seus tios caso estranhassem a apareçam de dois ou três gatos pingados.

 

 

     -- Chegamos. -- Sasuke comentou arrastando a voz enquanto Hinata segurava a risada. Em seu excesso de cavalheirismo e orgulho quis carregar as suas malas e as da namorada, coisa nada fácil levando em conta as três malas grandes da Hyuuga. Hanabi por sua vez pediu a Asuma que a ajudasse a levar suas coisas, sempre bastante extravagante. TenTen sempre mais simples trouxe poucas coisas, auxiliada por Neji, que estava um tanto desconfortável com situação em que ambos estavam. Típica amizade colorida.

 

     -- O trem parte daqui quinze minutos. -- Itachi comentou olhando seu celular.

 

     -- Perfeito. -- Shikamaru comentou mais tranquilo.

 

 

  Os passageiros eram poucos para esse trem. Então todos entraram, Sasuke com bastante dificuldade sendo auxiliado pela Hyuuga que gargalhava a cada tropesso e batida de cabeça dele no corredor. Finalmente acharam seus lugares e o trem dera sua partida causando bastante barulho. Deidara sempre sendo molestado pelo ruivo abusado e de mente poluída que até mesmo sugeriu economizar passagens dizendo que seria melhor o loiro sentar em seu colo, todos riram muito. Seria uma viagem calma, e em breve estariam na cidade mais calma do mundo, nas palavras de Itachi que a essa altura contava suas várias teorias mirabolantes para Izumi que sorria não entendendo nada, o fazendo perceber que realmente o amava.

 

  Hinata exausta apenas mantinha a cabeça no peito do moreno que sentia o shampoo gostoso inebriar sua narina. Suas mãos acariciavam os cabelos dela enquanto seus olhos miravam a janela do trem. Falhou com Naruto, todos falharam, e agora onde ele estaria? Deveria ter medo dele? Ou medo do que mais o mundo poderia fazer a ele?

 

  Ter pena?

 

  Realmente valeria a pena, e isso fez apenas o sorriso da pessoa ao lado de fora alargar. O grande espaço daquela estação escura pela noite era companhia para os cabelos róseos que miravam com exatidão o destino da viagem. Kyoto, lar das belas gueixas, das queimas de fogos, da mais linda primavera e mais glorioso inverno, e lar de um amor antigo acabado em Londres.

 

  Lar de Tayuya.