História Minha Namorada Virtual (Imagine Taehyung - V) - Twelve.

Minha Namorada Virtual — Capítulo 12

Kim Taehyung — Point of View.

Quarta-feira

_______: Hey, Kim

_______: Precisamos conversar

às 00:32

_______: Ei, bebê

_______: Converse comigo

às 06:55

Quinta-feira

_______: Kim, o que aconteceu?

_______: Por que não me responde?

Às 10:46.

Li e reli suas mensagens, respirando fundo e me encolhendo mais ainda nas cobertas. Durante aqueles dois dias minha rotina era essa, da casa pro ensaio, do ensaio pra casa. Eu comia pouco e Jin-hyung estava quase me jogando comida goela à baixo. Não sentia fome, estava desanimado.

Hoseok-hyung era o único que sabia a verdade e eu lhe obriguei a não dizer nada aos outros. Tudo o que eu menos precisava era que os hyung's ficassem em cima de mim por coisas pessoais minhas.

 Eu não odiava _______, estava apenas magoado.

 Era sexta-feira e provavelmente dentro de algumas horas ela estivesse em Seul. Esse pequeno detalhe me fez animar um pouco e por breves segundos cogitei a ideia de respondê-la.

Antes de tudo eu precisava pensar e ficava difícil tal tarefa com suas mensagens insistentes.

__________: Ei, bebê

__________: Estou no avião, logo mais estarei aí

__________: Você vai me ver?

Eu queria responder um grande “eu vou pra onde você for”, mas apenas chacoalhei a cabeça e tornei a afundar meu rosto no travesseiro. Eu estava confuso, magoado, ansioso, feliz... eu me encontrava em um verdadeiro misto de sentimentos.

Minha intenção era dormir e nunca mais acordar, e isso quase aconteceu, se não fosse pelo tsunami Jung Hoseok invadir o quarto como se fosse o furacão Katrina.

— LEVANTA DESSA CAMA, TAEHYUNG. — Gritou, puxando a coberta que me cobria e fazendo-me gemer sofrido. — ANDA, TAEHYUNG. — Bateu em minha perna.

— Não. — Respondi baixo, abraçando um dos travesseiros.

— Meu Deus, você ainda está assim por causa da __________? — Perguntou indignado. — Acredite, até ontem eu me encontrava intrigado com isso. — Disse. Fingi dormir e prestei atenção em suas palavras. — Mas então eu perguntei o que tanto me incomodava á _________ e ela me explicou parte da história. — Revelou. — Não vou dizer que fiquei surpreso, mas a história não é bem como pensa que é. — Afirmou, me fazendo soltar um bocejo.

— Já terminou? Então, já pode sair. — Resmunguei. 

Eu queria sossêgo. _______ estava abrindo um buraco bem fundo no meu ser e eu não sabia bem se queria ver ou falar com ela.

— Aish, não. — Fez birra. — Você vai agora comer a janta maravilhosa que o hyung fez, vai dormir e amanhã bem cedo você vai atrás da sua Noona no aeroporto. — Puxou meu pé.

— Nãããããoooo. — Resmunguei manhoso, quando Hoseok puxou e me arrastou pra cozinha.

Muito contra minha vontade eu havia comido a - deliciosa - comida que Jinnie havia feito. Depois da janta, voltei pro quarto e liguei a TV, assistindo um pouco dos meus doramas. Minha felicidade durou pouco mais de uma hora; quando por volta das 9:57 da noite, Hoseok entrou no quarto e gritou um "hora de dormir", desligando a tevê no meio de uns dos meus doramas favoritos.

— Você quer morrer? — O encarei com os olhos semicerrados. 

Minha mente bolava um milhão de maneiras diferentes para matar Jung Hoseok de forma lenta e dolorosa.

— É hora de dormir. — Cantarolou, apagando a luz. 

Bufei irritado, vendo que não conseguiria dormir.

— Você é chato, hyung. — Comentei, ajeitando-me na cama.

— Vá dormir. Vá. Dormir. V-Á D-O-R-M-I-R. — Disse de formas diferentes, fazendo-me revirar os olhos na escuridão do quarto.

— Muito chato. — Sussurrei.

 Virei para o outro lado e fechei os olhos. Depois de longos minutos em silêncio, consegui finalmente cair no sono.

Não sei bem que horas eram quando acordei com um tapa estralado na cabeça e sendo chacoalhado pelos ombros por alguém. Chutei o tronco do ser humano que me incomodava e resmunguei um sai fora, de uma forma nada gentil por sinal.

— Acorda, Taehyung. — Ouvi a voz de Hope-hyung. — É hora de ir ver a _______. — Comentou, batendo em minhas pernas.

— Não, é hora do Taehyung dormir. — Resmunguei, virando pro lado contrário ao seu.

Mas aquele ali é uma praga, e não parou até me ver acordar irritado. Me sentei na cama e cocei os olhos, parando-os em seguida no relógio. 5:20 da manhã?

Alguém me empresta uma arma pra eu poder dar um tiro em Jung Hoseok?

— Vai lamber sabão, Hoseok. — Grunhi em irritação, fuzilando-o com os olhos.

 O vi rir e me empurrar pra fora da cama, onde eu caí de cara no chão. Não tive nem tempo de levantar e já estava sendo arrastado para dentro do banheiro.

— Te dou 10 minutos pra sair pronto desse banheiro. — Foi o que eu ouvi-o dizer, antes de ser jogado dentro daquele ambiente e ver a porta ser fechada depressa.

Com um amigo desses, quem é que precisa de inimigos?