Minha Namorada Virtual — Capítulo 15
Kim Taehyung — Point of View.
— Que quarto mais pequeno — Comentei, quando s/n abriu a porta do seu novo quarto.
Observando melhor o ambiente, apenas afirmei o que havia comentado.
Depois da mensagem enviada por Hoseok, _______ e eu voltamos para nosso ponto de encontro, nos deparando com um casal de meia idade e dois garotos que aparentavam ter a mesma idade que eu, provavelmente os filhos desse casal. Esse casal era Shin Yang e Shin Lee, com seus dois filhos, Shin Dong Woo e Shin Dong Hee... Quanta criatividade pra nomes.
Acontece que depois de conhecê-los e me apresentar, eu me ofereci para ajudar _______, como um mudo pedido de desculpas e acabei vindo parar aqui. Hoseok apenas concordou porque era sábado, nosso dia não estava tão atarefado, porque estaria com a Noona e porque tive que concordar com a condição de voltar cedo pra casa.
— Não, você que é espaçoso demais. — Passou na frente, varrendo cada detalhe do quarto com seus olhos.
— Não sou não, Noona. — Protestei incrédulo, acompanhando-a.
Tá, talvez eu fosse um pouco, mas isso era algo que ______ não precisava saber, no momento.
— Aham, acredito. — Resmungou desinteressada. — Deixa essas malas ali, por favor. — Pediu, apontando um lugar próximo ao pé do guarda-roupa.
Essa é boa, havia virado carregador de malas agora também. Fiz como ______ me pediu, deixando suas malas no local desejado. Fiz isso apenas porque sou um cara legal.
— Ai. Meu. Deus. — Exclamei pausado, com o meu melhor olhar horrorizado.
_________ veio de imediato em minha direção, colocando sua mão sobre minha testa e olhando-me preocupada.
— O que foi, Taehyung? Tá passando mal? — Perguntou.
— Tô sim. — Fiz um bico. — Olha o tamanho dessa cama, Noona! — Apontei o móvel, vendo-a bater de leve em meu ombro e revirar os olhos.
— Seu idiota, eu fiquei preocupada. — Inflou suas bochechas, olhando pro outro lado, como se estivesse brava.
— Mais olha só. — Fui pra perto da cama, sentando na beirada.
Beirada essa que era quase a cama toda. Era uma cama de solteiro, por isso.
— É uma cama de solteiro, Taehyung, por isso é menor. — Disse, enquanto revirava seus olhos. — E nem é tão pequena assim. — Concluiu, fazendo-me olha-lá espantado.
— Como não? Como é que a gente vai fazer quando eu vier dormir aqui? — Perguntei pra mim mesmo, fazendo uma careta. Careta essa que foi substituída por um sorriso. — Mais espera, com a cama pequena, vamos ter que dormir bem grudadinho, não é mesmo, Noona?
— Meu Deus, o que fizeram com você, Taehyung?
Perguntou horrorizada, dando às costas e indo até uma porta que tinha no quarto, provavelmente o banheiro. Ao menos tinha um banheiro.
— Nada, Noona. — gargalhei, jogando minhas costas sobre a cama e virando de lado.
Foquei meu olhar nas malas a alguns passos de onde me encontrava e notei uma com a coloração diferente, era roxa. Como é que eu não vi aquilo ali? Aquela mala não podia ser dela...
— Noona! — Gritei, ouvindo um "O quê?" como resposta. — O que têm na mala roxa? — Perguntei intrigado, ouvindo um silêncio como resposta.
— Taehyung — Ouvi-a iniciar. —, aconteça o que acontecer, não abra essa mala. — Avisou, como se eu fosse começar uma 3º guerra mundial só por abrir aquela mala.
Fiquei alguns segundos em silêncio e pensei: Por que não abri-lá? Por que abri-lá? O que demais poderia ter ali? Levantei-me da cama e fui até aquele objeto, puxando-o e o colocando sobre a cama.
Espiei se _______ vinha vindo e conferi o quanto ela se concentrava em saber o por que de não sair água do maldito chuveiro. Levei minhas mãos até o zíper da mala e abri lentamente.
— Mais o quê?
Sussurrei pra mim mesmo, sentindo meu rosto esquentar ao ver várias peças íntimas. Agora eu entendi o por quê não deveria abrir aquela mala.
— Acho que o chuveiro...— Noona apareceu no quarto, pausando sua frase ao ver a mala aberta sobre a cama e o meu olhar perdido. — Eu não te disse pra não abrir a mala?
— Errrr... E-eu não vi nada, e-eu juro. — Gaguejei, andando para trás e chacoalhando a cabeça em negação.
— Aham, sei. — Semicerrou os olhos, dando alguns passos em minha direção.
Eu estava com vergonha e sem graça por ter sido pego mexendo em suas coisas.
— Isso é invasão de privacidade, Taehyung. — Fechou a mala que antes eu bisbilhotava. — Mais espere só, quando eu for na sua casa, prepare-se porque vou revirar todo o seu guarda-roupa. — Afirmou ameaçadora, fazendo-me arregalar os olhos.
— Noona! — Exclamei constrangido, tampando o rosto com as mãos.
— Nem vêem, direitos iguais. — Resmungou.
Descobri um dos olhos e a vi arrastar a mala onde antes se encontrava.
— Eu só fiquei curioso. — Me defendi. — Se eu soubesse do que se tratava, nem teria passado perto. — Comentei, fazendo-a me encarar.
— Já ouviu que: A curiosidade matou o gato? — Perguntou. — E outra, cadê aquela história de "Eu não vi nada"? — Ergueu o cenho, fazendo-me sorrir sem graça. — Foi como eu pensei, você é um safado, kim Taehyung. — Apontou seu dedo pra mim.
— É claro que não! — Rebati exaltado. — Eu sou só curioso.
— Aham, acredito. — Respondeu, me olhando de relance.
Bufei e voltei a deitar em sua cama, encarando o teto. Eu não sabia e nem via o quê __________ fazia, mas estava ouvindo barulhos de gavetas, portas e zíper's serem abertos. Estranhei, entortando o nariz.
— Noona. — Chamei, sem obter uma resposta. — Noona! — Ergui meu corpo, vendo ________ arrumar suas roupas na gaveta. — Noona! — Chamei insistente, ouvindo um resmungo como resposta. — Noona, Noona, Noona. — Chamei feito criança, me levantando e indo até ela.
— O que aconteceu? — Voltou sua atenção pra mim, fechando uma das gavetas.
— Larga isso pra lá. — Segurei seu braço. — Vamos lá pra casa? — Perguntei animado, fazendo com que uma careta confusa tomasse seu rosto.
— Sua casa?
— Sim, na verdade, o dormitório que divido com os meninos. — Balancei a cabeça em afirmação. _________, negou. — Por que não quer ir, Noona?
— Tô cansada. — Respondeu, arrastando-se até a cama.
_________ tinha a péssima mania em ficar se jogando sobre a cama. O pior era saber que depois dela, ninguém mais cabia naquela cama. Bufei e fui em seu encontro, sentando-me sobre suas pernas, controlando o peso do meu corpo.
— Saí, Taehyung. — Disse abafada, por conta do travesseiro. — Ei, é sério, você é magro mas é pesado. — Resmungou, chacoalhando as pernas, na falha tentativa em tirar-me de cima das mesmas.
— Só vou sair se for comigo. — Respondi, rindo de seus xingamentos. — É feio falar palavrão, Noona. — Adverti, prendendo um riso.
— Vai catar coquinho, Kim Taehyung. — Bateu em meu braço direito.
— Vamos, Noona. Eu prometo que vai ser legal.
— Eu já te disse, tô cansada. Não aceita levar um não?
— Não. — Ri.
Ouvi _________ bufar e jogar o travesseiro longe, levantando seu corpo. Se não tivesse pulado pra frente, tenho absoluta certeza de que teria dado de cara com ________.
— Vamos, Noona. — Me levantei, pegando em sua mão e a puxando.
— Calma. Por um acaso você nasceu de sete meses? — Perguntou, coçando os olhos e soltando um bocejo.
— Yaa, não. — Respondi bufando.
— O que o Sr. e Sra. Shin vão pensar de mim? — Perguntou em voz alta, enquanto andávamos em direção às escadas.
— Que você só vai dar uma volta com seu namorado, Noona. — Respondi.
Sim, eu havia me apresentado como namorado de _________ ao Sr. e Sra. Shin. Foi uma típica e formal apresentação coreana e em coreano, obviamente... mas a s/n não precisava saber disso, não é mesmo?
— Sim, é claro. Meu “namorado”. — Ouvi-a resmungar, o que me fez rir.
Descemos totalmente às escadas e fomos em direção à porta principal, parando no meio do caminho ao encontrar um dos filhos da Sra. Shin, acho que era o Dong Woo. Sim, ainda tinha essa, os dois eram gêmeos idênticos.
— Onde vai, ________? — Perguntou dirigindo-se a ela, ignorando completamente minha presença.
— Vou dar uma volta, Dong Hee.
Ah não, era o outro. Não sei como ________ sabia distinguir um do outro em tão pouco tempo.
— Me chame só de Hee. — Sorriu de uma forma galanteadora. — Ah, só tome cuidado, jagiya. — Mandou-lhe uma piscadela, seguindo em direção às escadas.
Esse. Cara. Não. Fez. Isso. Na. Minha. Cara. Desde quando pode chamar a minha Noona de Jagiya?
Aish, respira Taehyung!
— Pode deixar, Hee. — Sorriu sem graça em resposta.
Eu quase vomitei no tapete pela cara de pau do fulano mas antes puxei ________ pra fora daquela casa. Bufei e logo me lembrei que havíamos vindo com a “família” de ________. Era tudo o que eu mais precisava. A sorte é que foi fácil achar um táxi naquela hora da manhã.
— O que foi, Kim? — ________ perguntou-me se aproximando, quando o veículo já se encontrava em locomoção. Neguei. — Ah, conta pra sua Noona, bebê. — Fez um biquinho.
Yaaa, não faça isso, ________.
— "Só tome cuidado, Jagiya". — Fiz aspas com os dedos e alterando a voz, fazendo a garota ao meu lado rir.
— Awnt, isso tudo é ciúmes? — Apertou minhas bochechas, fazendo-me negar. — Ah que fofo, ele está com ciúmes. — Insistiu.
— Tá legal, eu tô mesmo. — Revelei. — Desde quando pode chamar a MINHA Noona de jagiya? — Frisei o minha.
— Que garoto mais possessivo esse. — Comentou, rindo.
— Sou mesmo. — Afirmei. — O que é meu, é meu. — Disse sério.
______ não teve tempo de me responder, pois já havíamos chegado em nosso destino. Saímos do táxi e eu paguei, puxando _______ em direção ao prédio.
— Uau. — Exclamou. — Não sabia que tinham tanto luxo assim — Comentou rindo.
— Você vai adorar nossa casa, Noona. — Adentramos a recepção, pegando o elevador até a cobertura. — É um pouco bagunçada só. — Às portas se fecharam.
— Taehyung, no momento, eu só preciso de uma cama quente e macia. — Resmungou, encostando sua cabeça em meu braço.
Pelo espelho do elevador, pude ver seus olhos se fecharem lentamente. Ri e balancei a cabeça em negação.
— E tem, Noona. — Respondi sorrindo. — Minha cama. — O elevador parou em nosso destino, fazendo as portas se abrirem.
— Credo, Taehyung! — Bateu em meu braço, rindo. — Pare com essas coisas. — Caminhamos até a porta.
— Mas eu não fiz nada. — Me fiz de desentendido, procurando as chaves nos bolsos da calça.
Aigoo, não acredito que as chaves ficaram com Hoseok!
— O que foi, Taehyung?
— Esqueci as chaves. — Dei de ombros, levando meu dedo até a campainha ao lado da porta.
Apertei 1,2,3,4,5 vezes e assim sucessivamente, sem desencostar o meu dedo dali.
— Para com isso. — _________ repreendeu-me, segurando o riso. — Parece criança.
— Não. — Ri, afundando meu dedo no botão do aparelho, causando eco por todo corredor.
— Espera. — Gritou alguém do outro, pelo tom deveria ser o Yoongi. — Oh cornô, em vez de apertar a campainha, use o seu dedo para apertar o cú. — Resmungou mais baixo. Oh, à educação da pessoa.
Noona e eu nos entreolhamos e começamos a rir. Depois de longos segundos, um Suga com a cara toda amassada de sono abriu a porta.
— Tinha que ser o Taehyung. — Revirou os olhos. Logo em seguida sorriu, focando seu olhar em ________. — Olá.
— Bem educado você hein, Min Yoongi. — Brinquei, puxando a Noona para dentro de casa.
— Oi, Yoongi. — O respondeu sorrindo.
Estranhei ao olhar todos os cantos da sala e não encontrar ninguém e o pior, a casa estava silenciosa. Muito silêncio para uma casa onde moram sete garotos.
— Onde estão os hyung's?
Suga fechou a porta, antes de voltar-se para mim. Espreguiçou-se e soltou um longo bocejo.
— Jin foi fazer compras; Namjoon, Jimin e JungKook foram com ele. — Respondeu.
— E o Hoseok-hyung? — Perguntei erguendo o cenho.
Onde estaria o horse?
— Está dormindo. — Disse. — Assim como eu fazia, antes de um viado apertar a campanhia que nem doido. — Semicerrou os olhos pra mim, fazendo-me rir.
— Ah tá — Sorri sem graça. — Vem Noona, vou te mostrar a casa. — Puxei-a pelo braço, levando-a até o corredor dos dormitórios.
— O meu quarto não. — Ouvi a voz rouca de Suga-hyung ao fundo, o que me fez rir e responder um: "Como a madame quiser".
— Por que ele não quer que eu veja o quarto dele? — _______ perguntou curiosa.
— Porque talvez aquilo seja um lixão e não um quarto. — Sussurrei rindo, abrindo à porta do quarto que dividia com Hoseok.
— Como você é venenoso, Kim Taehyung. — Riu, negando com a cabeça.
— Não sou não, Noona. — Respondi. — Olha só Noona. — A cutuquei.
— O quê?
— Achei um cavalo. — Observei meu hyung todo retorcido na cama. — Um cavalo que ronca. — Ri, recebendo um soquinho no braço.
— Quieto, você vai acordar ele. — Pediu-me silêncio. Dei de ombros.
Larguei ______ próxima a porta e fui até minha cama.
— E essa é minha cama. — Disse sorridente.
— Uma cama. — ________ deu alguns passos, sentando-se na beirada. — Que fofinha. — Riu, enfiando a cara no meio dos meus travesseiros. — E tem o seu cheiro. — Resmungou abafada, fazendo-me rir.
— Folgada. — Brinquei.
— Sei que me ama, Taehyung.
Levantou o rosto e me encarou, daquele jeito intenso que fizeram os pêlos da minha nuca se arrepiarem.
— É claro que não, s/n — Respondi levemente nervoso. — Bem iludida você, né? — Sorri, vendo um bico se formar em seus lábios.
Eu até poderia amá-la, mas... seria recíproco?
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