História Minha Namorada Virtual (Imagine Taehyung - V) - Seventeen.

Minha Namorada Virtual — Capítulo 17

Kim Taehyung — Point of View.

Sabe aquele momento que você anseia tanto e está cheio de coragem por algo, e de repente toda essa sua coragem vai morrendo aos poucos? Pois é, eu estava ficando assim. Talvez eu não fosse bom o suficiente para _______.

— O quê foi, Taehyung? — Fui tirado dos meus pensamentos por _______. 

Ela me encarava confusa e tenho a leve impressão de que eu não estava muito diferente disso.

— Nada não. — Balancei a cabeça, sorrindo.

Nesse momento, já havia perdido todo o meu foco de início. Eu não sabia mais de nada. Só queria correr e me trancar no quarto, gritar comigo mesmo e me auto perguntar o que estava acontecendo comigo e o quê ________ estava fazendo comigo.

Ela tinha a capacidade de arrancar o melhor e o pior de mim. O poder de me fazer sentir um misto de sentimentos ao mesmo tempo. Raiva, ciúmes, amor, alegria... Eu não sei o que ________ fazia comigo, eu só sabia que:

_________ tinha o melhor e o pior de mim. Ela tinha o pior e o melhor de Kim Taehyung... em outras palavras, ela tinha Kim Taehyung cegamente em suas mãos.

Eu não sabia se aquilo era amor. Mas tinha a plena convicção do quão especial e importante ela havia se tornado pra mim. Construímos um elo juntos e nem mesmo se eu quisesse, seria capaz de quebrá-lo.

— Taehyung, você está me assustando. — Ouvi sua voz falhada, o que me fez olhá-la. Observei cada detalhe de seu rosto e tentei achar algo que denunciasse que ela estava brincando, mas não achei nada. — Me conta, por favor, o que se passa nessa cabecinha? — Perguntou, levando sua mão à lateral do meu rosto e acariciando lentamente o local.

Não sei dizer porque do nada eu simplesmente travei, meu corpo inteiro não me respondia. Eu estava nervoso e me deu uma vontade imensa de chorar, e eu nem sei o por que disso.

— Sabe ________, eu pensei... — Iniciei. — E se não for pra ser? Quer dizer, e se foi tudo perda de tempo, e se eu não for bom o bastante pra você? — Fiz várias perguntas, encarando a parede atrás dela.

— Vou ser sincera com você. — Soltou seus dedos do meu rosto, buscando minha mão. — Eu não sei o quê nós temos e nem quanto tempo isso vai durar, mas eu quero viver o agora e o meu agora é você. —  Apertou seus dedos nos meus. — Eu também não sei se você é bom o suficiente pra mim ou se eu sou boa o bastante pra você — Levou minha mão sobre o lado esquerdo do seu peito. — Mas é você quem faz esse coração feliz. — Sorriu. Aquele sorriso doce que só _______ tinha.

— Você não é real. — Pousei minha mão sobre seu rosto, como se a um mero toque meu ela fosse desaparecer, como se estivesse num sonho perfeito demais e logo acordaria com o barulho chato do meu despertador... Mas não, _______ estava mesmo ali.

— Sou sim, pode apertar se quiser. — Riu. Apertei sua bochecha. — Ei, eu não estava falando sério sobre a parte de poder apertar. — Fez um bico fofo, o que me fez rir.

— O que você diria se eu te dissesse que quero te beijar nesse exato momento? 

 Perguntei olhando seus lábios. Sua boca me atraía como um imã, eu estava hipnotizado por aqueles lábios, e o melhor e talvez o pior de tudo:

Eu estava completamente entregue à aquela mulher. Sim, eu faria qualquer coisa que ela me pedisse!

— O quê eu diria? — Assenti. — Eu diria: "O que você está esperando para fazer isso logo?" — Sorriu, com aquela mesma boca que eu queria morder.

Sorri, sentindo seus dedos pequenos passarem pela extensão do meu braço, como um mudo pedido. Eu estava fazendo tudo da forma mais lenta que eu podia, na intenção de guardar cada gesto e toque na minha memória.

Fiz o percurso mais lento possível em direção à sua boca, até que nossos lábios se tocaram timidamente, em um breve selar. Aquela sensação de como se estivesse levando um breve choquinho sobre meu corpo, o frio na barriga, o estômago se revirando.

Separei-me rapidamente, encarando seus olhos fechados e sua boca pequena e colorida sustentando um sorriso de lado.

— O quê pensa que está fazendo? — Abriu um dos olhos para poder me olhar. — Pode terminar o que começou — Completou, voltando a fechar o olho.

Sorri pela milésima vez e tornei a juntar nossos lábios. Passei minha língua sobre sua boca e logo recebi o acesso sobre toda sua cavidade, onde fiz questão de adentrar minha língua lentamente. Explorei cada canto de sua boca como se quisesse guardar seu gosto. Eu sentia o quanto ________ me deixava conduzir o momento pela forma lenta que sua língua brincava com a minha, pelo suave movimento que sua língua causava ao invadir completamente minha boca.

Parecia surreal a forma como sua língua se enroscava com a minha, como se estivessem dançando ao som da melhor música de todos. Senti seus braços envolverem meu pescoço e uma mão adentrar entre os fios do meu cabelo. Logo _________ já estava em meu colo.

Envolvi meus braços em torno de sua cintura fina e delicada, antes de desgrudar minha boca da sua, em busca de ar. Encostei minha testa com a sua e sorri, buscando ar para meus pulmões.

— Sabe — Ouvi sua voz sair falhada. Abri os olhos e encarei seu rosto quase grudado com o meu. — eu tinha que ir embora, mas de repente ficar aqui me parece melhor — Sorriu, apertando seu abraço em meu pescoço.

Ajeitei melhor seu corpo sobre meu colo e sorri, voltando a conectar nossos lábios. 

Eu não tinha a mínima ideia de que, uma vez que provasse daqueles doces lábios, eu não conseguiria mais parar.