História Minha Namorada Virtual (Imagine Taehyung - V) - Eighteen.

Minha Namorada Virtual — Capítulo 18

Kim Taehyung — Point of View.

Duas semanas. Esse era o tempo desde que ________ havia chegado na Coreia. Digamos que se éramos próximos antes disso, com isso nos tornamos ainda mais próximos, se é que isso era possível. Não vou mentir, apesar de agora morarmos na mesma cidade, não era sempre que podíamos nos ver. Ainda mais agora com o nosso comeback tão próximo. Faltavam pouco mais de 15 dias e os meninos e eu estávamos à flor da pele. Mas até que não era tão ruim assim esses dias em que passávamos longe, porque isso me fazia ficar com saudades, mas uma saudade boa. Algumas vezes nossos horários não batiam e, na maioria das vezes eu sempre acabava escapando dos ensaios ou _______ aparecia de repente. É claro que ela não era louca de entrar na empresa, nos encontrávamos no café que havia no final da rua. Também não vou negar de que sempre que nos encontrávamos, alguns beijos rolavam...

Os meninos graças ao bom Deus não tinham nada contra _______, muito pelo contrário, até que se tornaram bem próximos dela (senti aquela pontinha de ciúmes mas passou), o único que andava meio estranho era o Yoongi; até fiquei sabendo que semana passada ele havia ido com ________ na mesma cafeteria em que ela e eu íamos. Mas eu não fiquei preocupado com isso, Suga é meu amigo. Com quem eu deveria mesmo me preocupar era com o tal de Dong Hee, que por sinal morava na mesma casa que ________. É sério, pensa numa pessoa chata, ignorante e que se acha dono do universo. Pensou? Multiplique por dez e eu acho que ainda não chegará ao nível dele. Aquele garoto, que eu descobri ser um ano mais novo que eu, já me deu vários motivos para que minha mão fosse conhecer a cara dele. Ele fazia questão de ficar se insinuando para _________ quando eu estava por perto, e isso me preocupava muito, simplesmente por todas eu ter que me lembrar que aquele lá estava embaixo do mesmo teto que _______ em uma casa do outro lado da cidade. Mas para esse problema havia uma solução, o irmão gêmeo de Dong Hee, o Dong Woo havia se tornado um grande aliado. Ele era totalmente o oposto do irmão, ele era um cara legal e obviamente ele ficava de olho em Dong Hee e ________ para mim, quando eu não estava por perto. _______ não sabia e nem precisava saber disso. Digamos que era apenas um segredo entre Dong Woo e eu.

Mais uma das coisas que eu mais gostava era ir até sua “casa” como se fosse uma surpresa, que já não era mais tão surpresa assim. Era sábado, então eu não me meteria em problemas tão grandes assim. É claro que a minha intenção era ir sozinho, mas Hoseok fez questão de encher o meu saco e implorar até que concordasse em que ele viesse junto. O que eu poderia fazer? Só deveria aceitar e ter paciência.

— Hoseok, não se deve subir com o carro na calçada, sabia? — Perguntei irônico, olhando pela janela.

— O QUÊ? Mas eu não subi na calçada! — Exclamou. 

No susto, o desesperado largou o volante e colocou a cabeça para o lado de fora da sua janela.

Meu Jesus Cristo, eu não quero morrer.

Meio que no susto e totalmente na cagada, eu peguei o volante e desviei de um poste. Que droga, Hoseok. Era só uma brincadeira, não era pra levar a sério.

— Que merda, Taehyung! Não me faça levar outro susto desses! 

 Recolheu sua cabeça, ajeitando-se no banco e tornando á guiar o volante, como se nada tivesse acontecido.

E eu quase morri do coração, seu doido.

Depois da minha “pequena” brincadeira e do meu quase ataque do coração, Hoseok voltou a dirigir tranquilamente pelas ruas agitadas de Seul. Para poder me distrair do percurso, comecei a jogar um jogo qualquer no meu celular.

— Falta muito ainda, Taehyung? 

 Perguntou depois de longos minutos de silêncio. Pausei o jogo e ergui meu rosto para encará-lo.

— Não muito, no máximo mais uns 6 ou 7 minutos. — Respondi, fazendo-o assentir.

Digamos que nenhum de nós dois conhecia muito bem aquela parte da cidade e talvez muito por isso usávamos um GPS para localizar o endereço da casa de _________. Eu sei que já havia vindo aqui alguma vezes mas não lembro-me bem das paisagens do percurso e pra melhor, Hoseok havia feito um caminho diferente do qual costumava fazer.

— Acho que não leva tudo isso não. — Comentou. Percebi que o carro estava devagar quase parando, o que me fez erguer o rosto e encarar á rua. — Aquela é a ________, não é? — Apontou para uma das casas na rua, fazendo minha atenção voltar-se para o local apontado.

— É sim.

Respondi, olhando em frente à casa no meio dos jardins, avistei os cabelos de _______.

Abri um sorriso involuntariamente e ouvi Hoseok rir do meu lado, mas logo ele calou a boca e murmurou um "Ihhh". Logo eu entendi ao que ele se referia, foi quando vi Dong Hee sair pela porta principal e ir em direção à ela. Até aí eu estava só irritado, mas eu fiquei puto quando eu vi que ele havia sorrido para ela e ela sorriu de volta.

Mais que merda tava acontecendo?

— Mais que merda é essa? — Pensei em voz alta, semicerrando os olhos. Encostei minha mão na porta e destravei-a, saindo do veículo.

— Taehyung, não vai arrumar confusão. 

Ouvi a voz distante de Hoseok preencher meus ouvidos. Dei de ombros e respondi um "Não prometo nada", indo a passos firmes em direção à casa, onde toda aquela baixaria estava rolando.

— Será que eu tô atrapalhando o casalzinho aí? — Indaguei cruzando os braços. 

Os dois estavam a pouco menos de cinco metros de distância e se encontravam de costas para mim.

No instante seguinte, __________ virou-se em minha direção, me encarou por longos segundos e depois sorriu. Levantou-se do gramado fofo do jardim e veio até mim.

— Oi, bebê. — Disse. Virei à cara e reprimi um sorriso ao ver seus braços pequenos envolverem meu pescoço. — O quê foi, Taehyung? — Perguntou preocupada. Permaneci na mesma posição e logo ela soltou um "ahhh". — Ei, esse é o Woo. — sussurrou próximo ao meu ouvido.

Oi? Mais o quê? Como você é burro, Taehyung.

Desfiz minha cara de bosta e virei meu rosto em direção ao seu, depositando um curto selar em seus lábios.

— Oi, amor. — Sorri, passando meus braços ao redor da sua cintura.

 __________ fez uma careta engraçada e depois riu.

— Como você é bipolar e ciumento. — Comentou, apertando a ponta do meu nariz.

Talvez eu fosse um pouco bipolar mesmo...

— Não sou não. — Respondi. — e se eu sou ciumento, eu tenho meus motivos, não é mesmo? — Ironizei, franzindo o cenho.

— Você é bobo, isso sim. — riu, apertando minhas bochechas. 

Fiz uma careta e logo á respondi com um sorriso de lado:

— Vai ver quem é o bobo quando eu te pegar, noona.