História Minha vida mudou. - Arrependimentos...

- Onde você estava? - Ele perguntou sério. - O seu pai esta furioso,e por isso quer voltar  pra Los Angeles.
Ótimo agora to ferrada.
- O que!? - Praticamente gritei. 
- É isso mesmo que você ouviu. - Disse sério,cruzando os braços. - Ele esta bravo porque você saiu tarde da noite e voltou de madrugada,sem dar satisfações a onde você ia,e agora saiu e nem me avisou,ele fica preocupado e... - Ele ia continuar,mas o cortei na hora.
- E quem sera que contou isso pra ele né! - Ri debochada. - Se você não fosse um fofoqueiro nada disso teria acontecido. - Gritei apontando o dedo em sua cara,ele estava assustado pela minha reação.
- Eu prometi pro seu pai que cuidaria de você,por isso eu liguei pra ele,quando você saiu a noite,eu estava desesperado,não sabia o que fazer e também não podia esconder do seu pai que você saiu. - Disse tentando se explicar,ri debochada.
- Desesperado?Me conta outra!Você e seu amiguinho estava ocupados com suas putinhas. - Debochei dele.
- Não fala isso Jessica. - Me repreendeu,passando as mãos no cabelo mostrando que estava nervoso. - Eu me preocupei com você,era tarde da noite,você não me avisou pra onde ia,e eu fiquei preocupado. - Disse me olhando tentando me fazer compreender.
 - Eu tenho 18 anos e sei me cuidar sozinha. - Falei tentando buscar calma.
- Se você soubesse se cuidar sozinha,seu pai não precisaria perder o tempo dele pra ficar correndo atrás de você.Para de bancar a criança que acha que tudo é brincadeira,e não leva nada á sério! - Disse me fazendo ficar com mais raiva e logo fez uma cara de arrependido e disse. - Desculpe-me. - Tentou chegar perto de mim,mas eu o empurrei e fui em direção do meu quarto. - Falei por impulso,me desculpa Jes. - Disse me seguindo,quando ele disse "Jes" subiu uma raiva.
- NÃO ME CHAME DE JES!!!!Você não tem direito nenhum de falar de mim,você é um filhinho de mamãe,que não faz nada da vida,acha que sentar a sua bunda na frente de uma câmera é fazer algo de bom? - Gritei com todo meu pulmão,Aaron me olhou como se aquilo tivesse o magoado,logo ouvi a porta ser aberta e depois ser fechada,segundos depois vejo o Cameron no corredor com os olhos arregalados.
- O que esta acontecendo? - Ele perguntou chegando perto da gente.
- Não te interessa garoto. - Falei ríspida, e ele me olhou sério. - Vai cuidar da sua vida. - Falei e percebi que o mesmo travou o maxilar. - E você. - Apontei para o Aaron que me olhou. - Você não é,e nunca vai ser algo meu. - Falei com rancor na voz. - Você quer roubar o meu pai de mim,mas não vai conseguir,o problema não é meu que você não tenha um pai,com certeza ele se cansou de um inútil como você! - Gritei e fui em direção do meu quarto ouvi o Cameron gritando algo,mas nem me dei o trabalho de ouvir entrei no meu quarto batendo a porta,me joguei na cama,eu estava tremendo de tanta raiva,que direito ele tinha de me chamar de criança? NENHUM.Ninguém me chama de criança e sai impune.Quem disse que eu não levo nada sério? 
AAAI que ódio!!!
liguei para o meu pai e menti dizendo que na noite passada eu apenas fui na casa da Natasha,e que hoje eu fui procurar um emprego,ele acreditou na mentira e ficou mais aliviado,e ele ficou feliz por eu ter arrumado um emprego,ele diz que eu vou ter mais responsabilidade.
Estava deitada na cama conversando com a Natasha por video.
- Amiga quando que eu vou poder ir ai te ver - Perguntou do outro lado da chamada.
- Sei lá...Vem quando quiser. - Falei enquanto pensava,sobre o que eu tinha dito para o Aaron,será que eu peguei pesado com ele?Acho que não...ele mereceu.
- Jes o que você tem? - Perguntou com uma expressão preocupada,neguei com a cabeça e disse:
- Nada Nath...
- Eu sei que você tem algo. - Disse séria. - Pode me contar o que ta acontecendo Jessica. - Falou tentando parecer brava,mas acabou rindo e eu a acompanhei.
- Eu discuti com o Aaron. - Falei e logo lembrei de tudo que ele me disse e isso fez com que eu fechasse a cara.Do nada a ruiva do outro lado da tela do notebook começa rir igual tonta,o que fez com o que eu revirasse  os olhos.
- Quando que vocês não brigam? - Falou rindo,fiquei séria e ela parou e ficou em silêncio.
- Vou beber água,espera ai que eu já volto. - Falei e então levantei da cama,eu estava descalça e com isso senti o chão gélido tocar minha pele,fazendo com que eu me arrepiasse,andei em direção a porta e abri,andei pelo corredor em silêncio,passei pela porta do quarto do Aaron,escutando alguém chorar.
Como assim alguém chorar? - Meu conciente gritou.Corri e fiquei atrás da porta escutando tudo.
                                                                                                Aaron Carpenten P.O.V
- Não sei Cameron...O que eu fiz pra ela? - Falei chorando para o Cameron que me olhava com pena,eu não me importava de chorar perto dele e de desabafar com ele,ele era meu melhor amigo como um irmão pra mim.
- Aaron ela só tem o gênio forte... - Ele disse tentando defender ela de novo. - A mãe dela morreu e é dificil pra ela ter que se adaptar a uma nova familia.
- Não é motivo pra ela agir assim Cameron,meu pai tambem morreu e meu padrasto,meu irmão,e nem por isso sou rude com as pessoas,ou sou rebelde. - Disse enterrando minha cabeça na cama,eu não tinha raiva da Jes,pelo contrario,eu tinha pena. - Ela falou aquelas coisas do meu pai ter se cansado de mim. - Eu disse chorando mais.Isso dói muito,meu pai morreu quando tinha 4 anos,eu não me lembro muito bem dele,mas eu sofri muito,pois todos tinham pai,mas meu padrasto Jeff me criou,como se fosse meu pai,mas ele veio a falecer em 2015 logo depois da morte do meu meio irmão Nick,eu sofri muito,mas tive apoio dos meus amigos,dos meus fãs e da minha familia.
- É você tem razão cara! - Cameron disse passando as mãos pelo cabelo,isso é sinal de que ele estava nervoso. - Ela não tem direito de te tratar assim,você não fez nada pra ela.Mas temos que tentar entender  e conviver com ela. - Disse respirando fundo. - E você sabe que nada daquilo que ela disse é verdade,você é um menino maravilhoso cara. - Disse me abraçando.
                                                                                            Cameron Dallas P.O.V
Eu to com muita raiva daquela garota,que direito que ela tem de tratar meu amigo assim? Aquela menina é muito folgada,eu até estava gostando dela no começo,mas na hora que ela disse aquelas coisas pro meu amigo eu fiquei com uma puta raiva dela,ela que se cuide,se ela maltratar meu amigo mais alguma vez eu vou fazer da vida dela um inferno,eu estava defendendo ela na minha conversa com o Aaron porque eu sei que ele gosta muito do Pai dela,e seria meio dificil pra ele conviver com raiva dela,já não basta ela ser revoltada daquele jeito.
Mas eu não vou deixar barato não.Ninguém fala daquele jeito com meu amigo e comigo.A garota me mandou calar a boca,ela se acha demais pro meu gosto.
Nesse momento estou indo em direção do quarto dela,parei na frente de sua porta e dei duas batidas firmes,demorou uns 10 segundos,e a porta se abriu revelando sua pele branca com bochechas coradas,o cabelo negro grande e os olhos castanhos escuros penetrantes e marcadores.Ela parecia surpresa por eu estar ali,mas logo botou a mesma carranca de sempre no rosto e me olhou com superioridade e deboche,como ela sempre fazia,isso me deixava com mais raiva ainda.
- O que você... - Não deixei ela terminar,a arrastei pra dentro do quarto e fechei a porta,a olhei com fúria nos olhos e ela me olhava do mesmo jeito. - Quem você pensa que é pra entrar no meu quarto assim? - Gritou com raiva.
- Cala a boca garota! - Falei com raiva. - Vou te falar uma coisa. - Apontei o dedo indicador em sua direção a fazendo me olhar como se quisesse minha morte. - Você nunca mais ouse a falar daquele jeito com o meu amigo,tá me ouvindo? Nunca mais! Ele não te fez nada,ele sempre te tratou bem com sinceridade,sempre quis ver seu conforto e o do seu pai! - Falei e ela me olhava com raiva. - Ele já sofreu muito,e com isso aprendeu a dar valor na vida,ao contrário de você que vive amargurada e... - Ela me cortou.
- Você não me conhece garoto,não sabe nada da minha vida,morde a lingua pra falar de mim. - Ela me olhou mortalmente.
- Exatamente! Tá vendo como é ruim julgar a pessoa pela a aparecia? Você fez o mesmo com meu amigo.Vou te falar uma coisa!Comesse  a dar valor antes que você perca! - Disse e sai dali sem olhar pra trás.Avisei a Aaron que ia embora que tinha coisas para resolver.Eu tinha uma sessão de fotos pra fazer.
                                                                                             Jessica Lincher P.OV
Cameron saiu pela porta do meu quarto sem ao menos olhar pra trás,esse menino me deu uma raiva.Mas ele disse coisas que me senti culpada,eu ouvi a conversa do Aaron e ele,me senti culpada,meia triste por ter falado aquelas coisas para Aaron por ter tratado ele daquele jeito,fala do pai dele,sem ao menos me dar ao trabalho de saber o que realmente ouve.
Cameron disse que ele gosta de mim e do meu pai,e sempre quis agradar a gente,isso pode ser verdade.Eu julguei o garoto todo esse tempo mas nem me dei o trabalho de procurar saber se ele era tudo aquilo que eu pensava.
Eu estava sendo egoista,por achar que a pouca atenção que eu tinha do meu pai ia pra ele,e que eu ia ser esquecida de lado.
Depois da morte da minha mãe eu fiquei com medo do mundo,medo de gostar das pessoas e depois perder elas igual aconteceu com a minha mãe,então eu construí uma barreira envolta do meu coração,para não sofrer mais.Mas o que adianta sendo que eu to sofrendo do mesmo jeito? Eu to sendo egostista  com as pessoas e não estou permitindo fazer mais amizades e me relacionar com as pessoas ao meu redor,demonstrar carinho afeto porque eu tenho medo de amar e ficar sozinha no final.Igual eu estou fazendo com o meu pai,eu o amo mais que tudo,mas só dou desgosto pra ele,sou rude,grossa,inconsequente,e isso vai me afastando cada vez mais dele.Ele não merece isso.
Mas eu não sei como mudar,eu me agarrei muito nesse meu mundinho e eu não sei mais sair dele sem sofrer mais.
Eu devo pedir desculpas ao Aaron e lhe dar uma chance.E é o que eu vou fazer.
Mas depois de eu dormir um pouco,Minha cabeça ta doendo pra cacete,e eu estou com sono,fui dormir muito tarde e acordei cedo.
Me deitei na cama,e depois de um tempo peguei no sono.
Andava com dificuldade,por conta da luz fraca,não enxergava muita coisa,o lugar era úmido e cheirava mau,eu estava com medo,medo por estar sozinha em um lugar esquisito.Eu andava...andava...e nada!Não sabia pra onde ir,onde estava,o que fazer eu estava com medo e com frio.trombei em algo duro,que me fez tremer e me gelar inteira.Tateei e vi que aquilo que eu havia trombado era uma porta,pois senti a fechadura.Eu estava hesitante em abrir aquela porta,mas era a unica saida desse lugar ate agora,tomei coragem e abri,a porta emitiu uma forte claridade que eu tive que fechar os olhos por conta da iluminação forte.quando eu me acostumei com a claridade e finalmente consegui ver o que tem por trás da porta,eu me arrepiei,lagrimas brotaram de meus olhos e minhas pernas fraquejaram.Aquele era o lugar preferido da minha mãe,onde costumavamos acampar,ele estava igualzinho,arvores altas que eu e minha mãe costumava subir pra olhar o céu e a paisagem melhor,grama verdinha que a gente costumava rolar e ficar deitada pra ver as estrelas ou ficar conversando,um lago lindo onde eu andava de bote com meus pais,ou usava pra pescar com eles.
As lembranças vieram á tona.Eu comecei a andar por aquele lugar que eu conhecia muito bem,o cheiro era o mesmo,o barulho do riacho,dos insetos e animais era o mesmo,mas uma coisa nunca vai ser o mesmo.Eu nunca mais voltaria aqui com minha mãe e isso me machuca,mas eu passo por cima desse sentimento e continuo aproveitando o lugar,continuo o explorando e deixando que as lembranças me invadem,solto sorrisos sinceros que não soltava á anos.
Logo o clima começa a mudar,o sol que antes brilhava fica escuro,o céu que estava azul claro fica negro,mas ainda tinha iluminação,a brisa fica violenta e toda a vida que aquele lugar adquiria morre.Eu começo a entrar em desespero,um aperto no peito surge e então ela aparece,por um tempo eu fraquejei,arregalei os olhos,e cai ajoelhada no chão por conta da fraqueza que me deu.Ela estava ali,sem vida,pálida,com olheiras fundas e escuras,olhos sem vida iguais o cabelo que não emitia nenhum brilho,ela estava do mesmo jeito que estava no hospital antes de morre,ela me olhava triste e parecia estar com medo.
Minha vontade era de correr e abraça-la com todas as minhas forças,mas eu não me mexia,não conseguia me mover,e por conta disse eu estava em desespero,por que o que eu mais queria agora era abraça-la e dizer o quando a ama,mas parecia que eu estava paralizada.
Ela me olhava como se precisa-se de mim,e eu lutava pra levantar,eu tentava e tentava me mover,mas nada acontecia,então eu tentava falar "Mãe! Eu te amo,vai ficar tudo bem!" mas nada saia,parece que eu tinha perdido a voz.
Então ela começou a caminhar pra longe de mim,e meu desespero foi ficando maior,minha respiração estava desregulada e eu chorava incansavelmente,e gritava chamando por ela mesmo não emitindo nenhum som."Mãe!!?? Não vai!! Eu preciso de você mamãe,eu não consigo mais viver sem você,você era a única que me entendia!! Não me deixaa!!!! Mãe!!!???" Eu tentava gritar mais nenhum som saia,eu gritava com toda a minha alma,chegava até a queimar minha garganta.
- Jessica,pelo amor de Deus acorde! - Ouvia a voz do Aaron,só então percebi que estava gritando e chorando igual louca,tudo era um sonho.
Minha respiração estava acelerada e falhada,eu tentava buscar por ar,minha garganta doia de tanto gritar,meu rosto estava todo molhado por lágrimas,minha roupa estava toda molhada por conta do suor.
- Você esta bem? - Aaron perguntou,ele estava com uma cara de preocupação,não falei nada e apenas o abracei,eu vi que ele ficou surpreso mas depois me apertou em seus braços,eu me permiti a chorar,chorava feito criança,e ele apenas afagava o meu cabelo e repetia "Tá tudo bem!" "Vai ficar tudo bem!" "Foi só um pesadelo".
- Foi horrivel Aaron! - Eu dizia enquanto chorava mais e mais. - Eu á vi,vi o nosso lugar preferido,mas tudo ficou tão sombrio,ela tava péssima,a aparencia,ela transmitia medo e tristeza. - Falava enquanto chorava sem parar. - Mas eu não conseguia chegar perto dela ou falar com ela...foi horrivel. - Dizia enquanto chorava e ele permanecia em silencio me ouvindo.
- Foi só um pesadelo,não precisa se preocupar. - Disse e me olhou no fundo dos olhos. - Eu estou aqui com você,okay? - Disse e eu assenti.
- Que horas é agora? - Perguntei tentando me recompor e me levantando.
- quatro horas da manhã! - Disse me fazendo arregalar os olhos,na hora que eu fui dormir era de tarde e agora é de madrugada.Meu Deus!
- Nossa! Eu dormi bastante, - Disse e dei uma risada fraca arrancando uma risada nasalada do mesmo.
- Sim. - Disse e ficamos um temo em silencio.
- Me desculpa! - Falei um pouco baixo olhando para os meus pés descalços.
- O que?Pelo o que? - Parecia confuso e então o olhei e suspirei.
- Por eu te te tratado mau sem ao menos ter te conhecido,ou por ter falado aquelas coisas de você que não são verdades. - Disse e ele deu um sorriso e veio até a mim me abraçando apertado.
- Tudo bem!Eu te perdoei faz tempo! - Disse e eu suspirei.
- Eu acho que vou ir dormir. - Falei e ele assentiu.
- Eu tambem,não dormi muito! - Disse e deu um meio sorriso. - Boa noite Jessica. - Disse a caminho da porta.
- Boa noite Aaron. - Disse e o mesmo fechou a porta.
Me joguei na cama me permitindo a chorar.Por que eu ando tendo esses pesadelos?Por que em todos minha mãe nunca esta bem,nunca é a mesma? Eu só queria poder ter ela aqui de volta,será que é pedir muito?Depois de tanto chorar acabei dormindo.