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História Minha pequena Nashi - Se vai embora, nos leva em seu coração.


Escrita por: Jeff-Sama

Notas do Autor


Oieee!

Quem gosta de biscoito pode me fazer companhia para acabar logo? Comprei um monte pensando que iria viajar esse final de semana kkkkk é a life. E quem gosta de bolacha pode aceitar também porque dá no mesmo u.u

Então, eu estava assistindo Lost novamente ( Assisti quando era guri ) e gente, tem uma japonesa muito kawaii - meio sem vida - mas kawaii, o que me fez lembrar da Lucy aqui da fic rrsrs.
Sobre o capítulo de hoje, tem muito a ser visto então façam a leitura com calma para não perder detalhes.

Nos falamos lá embaixo.
Boa leitura.

Capítulo 82 - Se vai embora, nos leva em seu coração.


Fanfic / Fanfiction Minha pequena Nashi - Se vai embora, nos leva em seu coração.

POV NATSU.

 

Cuidar da Nashi tem sido não apenas um desafio diário, mas também como receber presentes todos os dias.

É adorável vê-la encolhida, tão inocente e dependente dos carinhos que recebe da Lucy e eu. Como diz a minha mãe, ela é como uma bonequinha de algodão: leve, pequena e fofa.

Faz apenas um mês que está aqui fora com a gente, mas já me encheu de experiências o suficiente para que eu possa, quem sabe, dizer como é se sentir responsável pela vida de alguém sem me perder no que expressar.

Em resumo eu diria que é como um emaranhado de emoções. Tem aquelas inúmeras boas sensações intercaladas com preocupações de estar fazendo as coisas de maneira certa.

No decorrer de um mês, vi a Nashi ficar mais espertinha. Agora não só dorme por boa parte do dia, aprendeu o que é a curiosidade. Fica de olhos bem abertos, passeando pelos brinquedos presos no alto de seu berço.

Não sei dizer se ela fica tentando descobrir o significado daquelas coisas que a cercam, é engraçado. Parece que apenas gosta de observar, mas não quer e nem gostaria de entender nada.

Acredito que seja normal, afinal ela só tem um mês. É cedo para se esforçar e focar em algo com precisão quando ainda pode curtir tudo sem mesmo saber do que se trata.

Seu corpo também ganhou um Upgrade nas ações. Antes ela parecia mesmo uma boneca, quase não se movia. Agora mexe os braços e as pernas com mais frequência. Lucy brinca dizendo que ela parece estar andando numa bicicleta imaginária. Ela já consegue mexer a cabeça para os lados também, mas não ergue-la, o que a torna uma curiosa de plantão.

Percebi que seus alvos preferidos são as cores. Tudo o que é padronizado se torna ótimo para observar, tipo as minhas camisas em xadrez ou os laços que a Lucy usa para combinar com sua roupa.

De tudo isso o que mais me impressionou foi a Nashi se concentrar na melodia das canções da Lucy, as mesmas que ela escutava de sua mãe e que costumava cantar baixinho de vez em quando. E, na melhor das hipóteses por eu não gostar nada de cantar, talvez ela já tenha se acostumado com a minha voz enquanto conversamos.

 

- Nashi você é uma fo-fu-ra! – Sorano disse de forma melosa, acolhendo a Nashi nos braços após pegá-la do carrinho – Nhaaa, que cheiro totoso! Cheiro de algodão doce!

- Você acha? – Lucy deu risada.

- Claro! Se eu fosse uma formiga com certeza a roubaria só por sentir esse cheirinho maravilhoso.

- Dá ela aqui Sorano, já cheirou muito! – Estirei os braços, marrento – Vai gastar!

- Ah que chato! Natsu, você é muito trouxa.

- Nada a ver, só quero que devolva a minha bebê depois de tirá-la do carrinho há um minuto.

- Hunf – Encheu as bochechas, devolvendo-me.

- Obrigado, tenha um bom dia – Sorri – Vamos embora princesa.

- T-Tá... Sorano, diz pro Romeu que mandei um abraço e estou com saudades dele também.

- Digo sim, mas – Não gostei da forma como ela olhou em volta pelo parque, com aquele sorrisinho – Não vão esperar o show começar?

- Que show? – Perguntei – Nem responde! Viemos trazer a Nashi para um passeio, não para assistir um show.

- Nem se a estrela for a sua amiga?! – Me encarou feio – Natsu malvado! Você é um trouxa.

- Para de me chamar de trouxa ô! – Suspirei – Tá, diz ai como é essa parada. Não estou sabendo de nada.

- Claro que não, você e a Lucy estão desligados do mundo lembra? – Indagou apontando para a Nashi em meu braços – A nossa ex-presidente do grêmio também mita na música de sua terra natal, muita gente veio vê-la.

 

Eu não sabia que a Mirajane cantava, mas para ter coragem de se apresentar em pleno parque das cerejeiras é porque ela deve dar pro gasto.

Ainda assim não me interessei muito pela novidade, queria mesmo ir para casa e fazer alguma coisa com a Lucy. Mas, quando tentei recusar o convite apareceram mais dois cabeças de vento a favor da Sorano.

 

- Veja Yuh, são o Natsu e a Lucy – Sting fez a careta de sempre quando vê algo que lhe interessa – E aquela garota que namora um anão.

- Anão é o teu avozinho – Defendeu-se Sorano com suas bochechas coradas – Romeu é do meu tamanho, não tenho problemas com isso.

- Eu não disse que ele ser anão a torna uma não anã...

- Calado loiro!

- Hahah isso soou como ofensa indireta hein Sting! – Pus lenha na fogueira.

- Deixa ela Natsu, eu não ligo mais para essas piadas, graças a Lucy-chan! – Sorriu – Nós viemos assistir o show da Mira-chan, vocês sabem onde vai ser exatamente?

- Lá perto do lago – Indicou sorano, apontando animada – Vamos todos juntos! – A albina encarou Lucy, que fora enfeitiçada de imediato – Amiga, sei que quer muito.

- Natsu...

- Okay, vocês venceram – Pus a Nashi no carrinho – Mas, só um pouquinho. A Nashi não pode ficar perto de barulho.

 

xxxxxx

 

Muitas pessoas do colégio realmente estavam sentadas nas cadeiras em fila próximo do lago, aguardando o inicio da tal apresentação.

Nos sentamos pelas últimas, o que não atrapalhou a visão para o palco armado. E quando menos me dei conta, alguém já estava de mão boba dentro do carrinho.

 

- Oie – Erza disse em risadinhas, pegando a bebê na cara de pau e pondo em seu colo. A cheirou, assim como Sorano – Huum... Algodão doce do rosinha.

- Erza, porque todo mundo está cheirando a minha filha como se ela fosse doce?!

- Sei lá – Respondeu séria, voltando a fungar a Nashi – Huum... morango.

- Erza – Lucy a chamou atenção – Natsu e eu estávamos pensando em... – Me encarou e logo olhou para a ruiva, desta vez corada – Se você não gostaria de ser madrinha da Nashi.

- E-Eu?

 

Sting e Yukino pararam de brincar com o Yuki só para prestar atenção na conversa, assim como a chiclete chamada Sorano.

Erza ficou sem palavras, ponderando sobre o convite como se tivesse uma espada apontada para sua cabeça e dependendo da sua resposta, esta a cortaria.

Lucy ficou sem jeito após os primeiros segundos em silêncio, desviando seus olhos para a nossa filha no colo da ruiva.

 

- É que... Você foi muito importante para nós Erza. Quando pensei que iria perder a Nashi naquele dia em que desmaiei de repente... Você esteve ao lado do Natsu e da Vivi, dando apoio para eles por estar preocupada comigo e com a Nashi também.

- .... – Erza escutou tudo, em silêncio.

- E quando precisamos de alguém que cuidasse da papelada na maternidade para que eu pudesse ir o mais rápido acompanhar o parto da Lucy, foi você quem nos ajudou – Eu arrisquei todas as fichas neste acontecimento, sorri vitorioso quando lágrimas apareceram nos olhos da Erza – Aceita o nosso pedido, boba.

- É Erza-chan, aceita! – Sting sussurrou.

 

Erza nos encarou, de olhos marejados, ainda sem poder falar nada. Ergueu a Nashi com cuidado e a abraçou, deixando que o choro baixinho a dominasse.

 

- Nashi... Eu amo a ideia de ser sua madrinha.

- Ela aceitou – Sorano disse em júbilo, até mais que Lucy e eu juntos – Erza fada madrinha!

- Beleza, o Gray vai ser o padrinho – Falei animado – Não tem problema em ficar ao lado dele na foto né?

- Gente... – A ruiva sussurrou, ainda de olhos fechados com cabeça encostada na bebê.

- A Cana também será madrinha dela, estou feliz que as minhas duas indicadas tenham aceitado! – Lucy se pronunciou feliz da vida, segurando a minha mão.

- Gente...

- Erza, como que é ser competida para o cargo de madrinha da Nashi? – Yukino perguntou divertido, lá do canto.

- Gente... – Erza falou um pouco mais alto e frio. Engoli minhas palavras quando ela me entregou a Nashi, respirou fundo e nos fitou triste – Não posso ser a madrinha da Nashi!

- P-Por que...?

- Porque... Eu vou viajar para o exterior... Vou morar lá enquanto não concluir a faculdade que escolhi.

 

A decepção que eu senti com certeza não foi maior do que a da Lucy, que ao meu lado apenas baixou a cabeça e soltou um "Tudo bem" baixinho.

 

- Jellal sabe disso...? – Perguntei sério. Erza balançou a cabeça negativamente – Acha justo fazer isso com ele? O cara é louco por você e vai embora da vida dele como quem nunca existiu?

- Não é fácil... Mas Jellal irá superar. Não temos um relacionamento! – Argumentou em choro – Ele vai ficar bem.

- Já fez isso com ele uma vez Erza, ele não vai, sabe disso! Jellal tem um amor grande por você, ele trabalhou duro para tornar isso recíproco!!

- Calma amor! – Lucy tentou, segurando o meu braço antes que eu levantasse – Erza tem o direito de escolher sozinha...

- Me perdoem... – Erza disse antes de se levantar, dando as costas num sorriso nada sincero – Eu só queria me despedir de todos, mas pelo jeito não vai dar. Mandarei um e-mail para eles, não digam nada ainda.

- Erza!!! – Fiquei de pé, irritado por sua covardia. Mas o que a Lucy falou ecoou em minha cabeça, para me acalmar. Eu não posso fazer escolhas por ninguém que não esteja sob os meus cuidados, ela tinha o direito de escolher sozinha – É... Boa viagem.

- Obrigada Natsu! – Abraçou-me num vulto – Obrigada mesmo.

 

A voz de Mirajane ecoou das caixas de som pelo parque. A galera parou de conversar e deixaram a albina começar sua apresentação, sentando-se com o violão preparado.

 

- Bonjour à tous! Je vous remercie de la présence ( Olá a todos! Eu agradeço pelas presenças.) – Mirajane encarou o céu azul marcados de nuvens por toda parte e então abriu um sorriso amplo – Hoje faz meio ano que a minha irmã Lisanna se foi, eu fiz questão de praticar para dedicar esta primeira canção à ela e a todos que têm alguém que amam muito e não querem que os esqueçam por um segundo que seja enquanto estiverem longe.

- Mira!!! Mira!! – Alguns de seus admiradores gritaram.

- Eu tenho certeza que ela também está englobando o Laxus nessa dedicatória – Sting comentou.

- A canção se chama: Se vai embora, nos leva em seu coração. Espero que gostem.

 

POV AUTOR.

 

O Aeroporto da cidade estava lotado como o de costume para um final de semana à noite. Pessoas caminhavam de um lado para o outro portando suas malas enquanto falavam ao telefone ou se despediam de entes queridos com um último abraço.

No centro do lugar, Erza estava usando seu último lenço, que por sinal ficou ensopado, quando Lucy a abraçou forte dizendo coisas bobinhas e animadoras.

Sua irmã Eileen a aguardava de escanteio, apenas observando a cena enquanto olhava impaciente vez ou outra para o relógio de parede no balcão de embarque.

 

- Obrigada por essas palavras Lucy, minha amiga – A ruiva disse fungando, corada – Eu sei que algum dia poderei retornar e que encontrarei vocês todos tão felizes quanto acabou de me desejar.

- Eu queria ter aproveitado mais tempo com você – A loira tocou seus indicadores – É doloroso pensar nos momentos desperdiçados agora.

- Ah menina deixa disso – Respondeu tímida, o que surpreendeu Natsu – Eu também não sou a bolacha mais gostosa do pacote, nem de longe! Hahah... Mas eu confesso que por egoísmo adoraria tê-la roubado do meu amigo ali para curtirmos uma noite das garotas lá em casa.

- Boba, como se eu fosse deixar – O rosado se pronunciou brincalhão, acolhendo Erza num abraço – Fica bem ruiva, você é uma pessoa incrível tá? Não dá desperdício à humanidade.

- Nhaaa, obrigada Natsu – Agradeceu serena, dando-lhe tapinhas nas costas – Eu vou me cuidar sim e se não conseguir sozinha tenho a Eileen para me socorrer.

- Eu mesma – Sua irmã falou convencida lá do canto – Minha irmã, faltam apenas alguns minutos para o nosso voo, a moça já está fazendo guerra para entrarmos, apresse ai!

- Tá... Adeus gente, ou melhor, até logo! Porque vou voltar para encher vocês todos quando me formar.

- Vai na paz! – O rosado disse, abraçando Lucy pelas costas – Estaremos esperando.

 

Erza e Eileen dirigiram-se ao avião.

Durante os cinco minutos corridos, Natsu e Lucy ficaram observando até a hora em que o mesmo decolou, levando-as embora para o outro lado do mundo.

 

- Erza... – Lucy sussurrou. Seu rosto estava sereno embora ela sentisse um pequeno aperto no peito. Seus pensamentos sobre a partida foram bagunçados quando uma voz já rouca ficava cada vez mais alta perto dali – Uh... Quem é... J-Jellal!

- Jellal!

- Erzaaaaaaaa!!! – O azulado gritou com sua última força na garganta, tropeçando e caindo no chão bem em frente aos amigos. Todos que circulavam por ali pararam para olhar a lamentável cena – Snif... Como pôde fazer isso comigo Erza... Como... Sniff...

- Jellal! – Natsu se agachou – Cara não fica assim! Levanta!

 

Ele levantou-se rapidamente, correndo até a pista e chegou a pegar a vista do avião cortando o céu. Os dois seguranças correram atrás dele.

 

- Erzaaaaa!!! Não faz isso comigo!! Ahhhr...

- Senhor, não pode invadir a pista! – Disseram os seguranças – Retire-se senhor, agora!

- Calma nós vamos tirar ele daqui! – Natsu o pegou do chão onde estava de joelhos – Vem comigo cara!

- Que droga Natsu... Eu a amo e deixei isso claro sempre... Ela também me ama e abandonou nossos sentimentos para ir estudar longe!! Sequer se despediu de mim... – Jellal baixou sua cabeça ao se levantar com a ajuda do amigo –  Eu sou o cara mais azarado do mundo não é?

 

Do andar de cima, Lucy estava vendo tudo com o coração na mão, morrendo de pena por seu amigo. Sentiu uma mão em seu ombro e viu Sorano respirando pesado, chorando também.

 

- Ahrr... Ahr... – A albina tocou seu peito – Ufa... E ai, ele chegou a tempo?!

- Sorano... Foi você quem disse pro Jellal sobre a partida da Erza?

- Sim amiga... Eu... Eu não conseguiria me perdoar se não tivesse contado. Ouvi tudo naquela hora e fiquei pensando umas mil vezes se deveria me intrometer... Mas, seria injusto com aquele garoto... O amor não deveria terminar assim.

- Sua intenção foi nobre Sorano – Encarou abaixo, vendo Natsu com dificuldades para tirar Jellal da pista antes que os seguranças tomassem medidas mais sérias – Mas, ele chegou tarde.

- A Erza não tem coração?! – Sorano sussurrou, de garganta apertada – Porque ela fez isso?

- Decisões. Nos deparamos na vida por muitas delas. Seria um arrependimento doloroso para Erza se outra pessoa tivesse influenciado na escolha dela em ficar e... seus planos para a vida não dessem certo aqui.

 

xxxxxx

 

Alguns dias depois, Natsu estava preparado com sua mala de viagem na casa de Gray, com o objetivo de conhecer a matriz da empresa de sua família, que desde o grande evento de meses atrás fora unida com as ações dos Strauss e Fullbuster.

Seu pai se encarregou de todos os trâmites para contratá-lo oficialmente e após o retorno Natsu estaria capacitado a continuar, em pequenos passos, o tesouro dos Dragneel.

 

- Cara, será que vamos ter que aguentar aquelas reuniões chatas e treinamentos dispensáveis?! – Gray perguntou estirado no sofá, batucando em sua mala freneticamente – Porque eu não sei se vou me acostumar.

- Deixa de pessimismo mano – Natsu o repreendeu – Nossas famílias trabalham com seguradoras, é claro que vai precisar de muita paciência. Mas não leva como trabalho, pensa no que vamos fazer como diversão!

- Por exemplo...?

- Por exemplo, não vamos nos intrometer diretamente com números! Entraremos na alma do negócio que é a propaganda. Diretor de marketing ou designer auxiliar... Tem duas opções.

- Qualquer uma que não tenha calculo serve, sou criativo, não louco.

- Bem, foi o que o meu pai adiantou pra gente! – O rosado sorriu – Eu não me importo de começar pequeno, prefiro conquistar minhas ambições como qualquer pessoa lá.

- Okay, senhor certinho – Brincou.

- E a Ultear?

- Já deve estar chegando.

 

Assim como Natsu e Gray, Ultear fora convencida por Silver e Igneel a dar uma chance para trabalhar na grande “Seguradora e Administradora Dragneel”.

Os três atuariam juntos na área de Marketing, começando do degrau zero como auxiliares. Para Natsu e Ultear a proposta de crescer profissionalmente no ramo da família fora as mil maravilhas, já Gray teve suas contradições. Mas, por incentivo de Juvia ele deu-se por vencido.

 

- Bom dia meninos! – Disse a morena cruzando a porta da casa com duas malas, fazendo-os um pequeno susto – Não me atrasei né?

- Não, mas por que duas malas enormes assim? – Perguntaram.

- Coisas... Ué.

- Hun... O que é que o Lyon está fazendo contigo Ultear? – Seu primo perguntou na safadeza, recebendo um tapa na cabeça – Auu! Só perguntei.

- Fica na sua tá safadão, não fico perguntando o que você e a Juvia fazem ou usam nas suas brincadeiras.

- Olha, ela admitiu maninho!

- Me deixa fora desse papo Gray...

- Quando que o senhor Igneel vem pegar a gente? – A morena perguntou de olho no celular – Ah, ainda temos uma hora. Vou tomar café por aqui mesmo Gray, fez as compras do mês ou a preguiça não deixou?

- Tem café e pão lá na cozinha sua chata! Aqui é assim, sou pobre não posso ficar de frescurinha não tá? – Fez bico – E quando comer aproveita e lava a louça.

- Mereço... Deveria ter tomado café com meu Lyon... – Resmungou a caminho –  Maldito relógio.

 

Natsu deixou sua mala em cima do sofá e foi até a porta enquanto teclava em seu celular. Gray curioso como sempre, pensou que seu amigo estava fazendo algo proibido.

 

- Hun, tá mandando mensagem para quem?

- Lucy.

- Ahã... Acredito. E porque está tão sério?

- Sei lá, por mais que eu tenha me despedido dela como eu queria... E que nossa viagem só vá durar um dois dias... Estou com um pressentimento ruim, não quero ficar longe dela e da Nashi.

- Cara, elas estão com a tua mãe! Alguém que anda para todo lugar com uma bolsa recheada de bolas de boliche é mais do que você precisa para deixá-las seguras.

- Mesmo assim... Eu confio na dona Virgo, mas não consigo parar de pensar que o mundo pode acabar a qualquer momento e nisso eu estarei longe das pessoas que mais amo.

- Mano, cê tem demência? O mundo não vai acabar assim do nada – Gray deu risada, tocando o ombro de Natsu – Olha, se está tão angustiado assim, vai lá na casa dos seus pais e dá aquele beijo demorado na Lucy que passa!

- Bestão... – Resmungou – Se bem que não é uma má ideia. Ainda temos uma hora até que o meu pai chegue aqui.

- É vai lá e volta relaxado – Sorriu de canto – Manda um abraço para a minha afilhada querida, aquela kawaii.

- Não mando nada – O rosado riu ao correr porta a fora – Se quiser me acompanha.

- E deixar a Ultear tomando café sozinha aqui na minha casa?! Não maninho, não sou louco. Alguém precisa supervisionar se ela lavou a louça direito.

 

Natsu pegou sua moto no quintal da casa e partiu diretamente para a casa de seus pais, com uma ansiedade profunda de ver sua filha e esposa uma última vez.

Aquilo o deixaria menos preocupado.

Em questão de oito minutos ele já estava estacionando na rua. Correu portão à dentro e ao longe conseguiu ver Lucy, Cana e Virgo paradas em frente à porta, as três encarando alguma coisa que Lucy segurava.

 

- Lucy!! – Gritou, chamando suas atenções – Preciso saber... Não tem nada de errado com você? E a Nashi, ela continua bem desde ontem a noite?!

- Natsu... – A loira o fitou. Só então ele percebeu que ela estava chorando em silêncio, segurando um papel, precisamente uma carta – Você voltou amor...

- Sim princesa, eu quis vê-las mais uma vez antes de... – Natsu encarou o papel – O que é isso? Está chorando?

 

Lucy nada disse, apenas voltou a encarar sua carta, pondo a mão livre no peito. Virgo deu um passo a frente, de olhar ansioso e preocupado.

 

- Filhote... A poucos minutos o carteiro trouxe esta carta que Lucy querida está segurando...

- O que tem? Quem mandou?

- Foi... – A rosada esperou, mas Lucy não tomou a palavra. Ela entendeu que poderia continuar – Foi o pai da Lucy querida que mandou.

- O pai?! – Cada pelo de seu corpo fora eriçado. Lucy assentiu, mostrando a carta.

 

“Lucy, minha filha.

Estou precisando da sua ajuda. Já não consigo suportar a solidão desta casa. Sei que está morando com os Dragneel, vi você naquela revista de eventos famosos. Superei minha vergonha, estou implorando para que venha me ver uma última vez e nada mais, porque sinto que a qualquer momento partirei dessa para a melhor.

Seu pai, Jude Heartfilia.

 

- Ele... – A loira sussurrou com mágoa – Não falou nada sobre a Michelle... Nem sobre... Igh... Eu preciso saber onde a minha irmã foi enterrada.

- Lucy... – Natsu estava desnorteado – Não vai! Não pode ir sozinha, não confio no seu pai!

- Calma filhote... Estávamos conversando sobre isso no momento que você chegou... – Virgo respirou fundo – Eu ficarei cuidando da minha neta enquanto vocês dois estiverem fora.

- Mas mãe! – Natsu quase gritou, encarando a loira – Ela...

- Ela não vai sozinha, sim, era do que iria reclamar – Cana o calou, abrindo seus olhos – Eu vou com a Lucy. Se tem podre nessa história, sou eu quem não deixarei barato.

- T-Tá... Se é assim, eu creio que não terá problemas.

 

Natsu e Lucy foram até o quarto onde Nashi estava. O rosado brincou uma última vez com ela e deu seu beijo de até logo na loira.

 

- Nashi – Ele sussurrou, segurando as mãos da bebê, que o fitou – Nós voltaremos para te buscar logo, hum?

- Não vamos demorar minha pequena – Lucy sorriu, tocando-a de leve – Porque a amamos muito e não suportamos a saudade.

 

xxxxxx

 

Eram 17h quando Cana e Lucy estavam subindo no avião, acenando para Virgo que tinha sua neta nos braços.

Assim que sentaram-se em suas poltronas, Lucy apertou o coração de prata, fazendo para ele um desejo. E então, ela lembrou-se da canção de Mirajane, aquela que escutara dias atrás e a deixou maravilhada.

 

- Se vai embora... Nos leva em seu coração – Sussurrou.

- O que disse? – Cana indagou com um pequeno sorriso – Lucy, não se preocupe ou se encolha. Eu estarei lá com você o tempo inteiro – Concluiu com ar sério – Se o seu pai é uma nuvem escura, serei como a sua luz.

- Obrigada Cana... Eu não sei o que faria sem você amiga – A abraçou, deixando uma lágrima escapar – Papai... O que ainda nos mantém conectados será destruído para sempre.


Notas Finais


...Começa aqui o desenrolar de muitas coisas a qual me referi capítulos atrás.
Me digam, será mesmo que o Jude só quer ver a Lucy antes de bater as botas?! A Lucy só está interessada em saber da Michelle e quem sabe de algo mais.

Os três se distanciaram agora... No que isso vai dar?
Espero vcs no próximo cap. Ah sim, estou pensando em trazer a continuação do capítulo especial ( Vulga parte do hentai Nalu ). Mas não sei ainda se vai ser no próximo, intercalando a continuação da história normal, ou apenas no final da fic.


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