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História Minha pequena Nashi - Lucy de elite.


Escrita por: Jeff-Sama

Notas do Autor


Olá minha gente!

"Jeff, que título diferentão é esse do capítulo de hoje?"

Quem não entender neste capítulo vai entender o porquê do título ser este apenas no próximo.
Sem mais, espero que gostem porque tem muita coisa interessante e revelações chegando.

BOA LEITURA.

Capítulo 83 - Lucy de elite.


Fanfic / Fanfiction Minha pequena Nashi - Lucy de elite.

POV AUTOR.

 

O dia anterior havia sido cheio de informações e descobertas para o trio de amigos e agora também companheiros de trabalho. Natsu, Gray e Ultear fizeram um tour pela enorme empresa, sendo guiados e instruídos pelos veteranos de cada área pela qual passavam.

Ainda assim, ao fim do dia, Natsu deitou-se sem um mínimo de sono. Talvez porque sua atenção fora dividida com as palavras sobre sua atuação na companhia e com lembranças de Lucy e Nashi. Isso não o permitiu dormir, a preocupação misturada com ansiedade de voltar logo para casa.

 

- Eu não fui com a cara daquela tal de Gertrudes – Foi o que afirmou Gray, de boca cheia durante o café da manhã com Natsu e sua prima no salão do hotel – Ela é feia, chata e quando fala parece ter um apito na garganta!

- Você não gostou de nada Gray, é trabalho! – Ironizou a garota, encarando-o com desdém num gole de seu chá – Eu adorei todo mundo, vou usar todo o aprendizado que recebi... Inclusive com a Trude!

- Eca Ul, você é tão bondosa! Já deu até um apelido carinhoso para a garganta de apito – Gray cutucou Natsu, que não estava presente de interesse ali – Natsu, cê ouviu isso? A Ul batizou aquela chatonilda de Trude.

- ....

- Maninho? Você está me escutando? – Suspirou, estalando os dedos a frente do rosto do rosado – Terra para Natsu, fala alguma coisa cabeleira de glitter!

- O quê...? – O encarou vagamente – Estavam falando comigo? Me desculpem, eu não estava prestando atenção.

- É, deu para notar que não – Ultear serviu um copo com suco, empurrando-o – Precisa se alimentar colega, eu sei que não comeu nada ontem desde que chegamos.

- Gray disse isso?

- Eu vi isso – Respondeu séria – Eu sei que você é super protetor da sua família Natsu, que tem uma mania absurda de ficar preocupado com pouco. Mas, será que a Lucy não pode se virar sozinha nunca? Ela é quase uma adulta se bem me lembro, e mais, ela é uma mãe!

- Isso não a faz ser uma Lucy diferente Ultear – Natsu encarou o copo, seguindo as ondinhas do líquido – É a minha Lucy de sempre... Eu não consigo deixar de pensar se está tudo bem.

- Quando disse que é a Lucy de sempre, quis dizer que é uma Lucy que tem seus... – Ultear pensou – Seus muitos problemas? Tipo, uma vida misteriosa e uma família que não se importa com ela? – Natsu ficou em silêncio, encarando-a com olhar duro, até sorrir de leve – Então?

- Sim... É essa a Lucy de sempre. A Lucy que conheci e que amarei mesmo que seja assim para sempre... Misteriosa.

 

Igneel se aproximava, descendo a escadaria para o salão. Gray e Ultear se retiraram da mesa, cumprimentando-o na passagem para o elevador.

 

- Gray, conseguiu fazer o meu filho comer? – Perguntou ansioso.

- Eu não patrãozinho... – Sorriu, dando de ombros – O meu amigo não se deixa convencer fácil... Mas a Ultear fez ele tomar suco com dose de sermão dos bons.

- Não foi nada demais, me preocupo com o Natsu também.

- Obrigado vocês dois – O rosado continuou seu trajeto até a mesa onde Natsu estava, novamente com cara de paisagem – Hum... Bom dia meu filho.

- Ah, é o senhor pai... – Gesticulou – Senta, algo me diz que quer me dizer coisas importantes.

- Como sabe?

- Franziu a testa, só faz isso quando lá vem bomba.

- É... – Sentou-se, fitando-o com seriedade – Lá vem bomba Natsu. Infelizmente é uma bomba que já teve seu pavio queimado há muito tempo e só agora poderá explodir – Natsu tomou postura, interessado na expressão indecifrável que seu pai assumiu – Natsu, o motivo para que eu conte sobre isso somente agora é que... Eu queria poder ver a minha neta... Queria poder tocá-la, abraçá-la, sentir como é ser avô.

- Pai – Natsu começou, mas Igneel o fez parar com um gesto, fechando seus olhos – Porque está... O que a Nashi...

- Não é nada com a Nashi. Minha neta é uma adorável garota, cheia de vida e alegria... O que quero falar para você é sobre mim, seu pai, o homem sujo que se deixou corromper pela ignorância.

- Está me assustando p...

- Por favor, me deixe terminar meu filho... – Seu pai abriu os olhos, agora mostrando estar envergonhado – Me perdoa, já disse o motivo que me fez adiar esta conversa... – Engoliu em seco – Natsu, fui eu quem...

- .... Fala pai – Natsu prendeu sua respiração, ansioso pelo que escutaria no segundo seguinte.

- Fui eu quem mandei sequestrar a Lucy naquele dia. Movido pela insegurança de vê-lo com uma desconhecida, que até para você mesmo nada havia revelado sobre sua vida... Movido pela mania horrível de julgar e condenar os mais fracos... Aqueles que podem ameaçar minha família. Eu, contratei dois homens para levá-la embora para sempre de nossas vidas.

- Você... – Natsu teve um D’javu, uma sensação de que algum dia esta mesma conversa já havia acontecido. E naturalmente, tocou o ombro de Igneel, deixando-o sem reação – Está perdoado. Nós dois já o perdoamos, lembra?

- Filho... Eu... Preciso me entreg...

- Não. O senhor precisa ficar ao nosso lado, ao lado da minha mãe. É o senhor Igneel, erra como qualquer pessoa – Sorriu, levantando-se – Se arrepende e conserta seus erros como qualquer pessoa boa faz. Vamos, precisa me ajudar com as malas pai.

 

xxxxxx

 

Virgo pôs a cabeça para dentro do quarto de visita, observando sua neta dormir no centro da enorme cama. Ficou aliviada por vê-la bem mesmo sem os pais por perto desde o dia anterior, mas pensou que ficaria tranquila de verdade quando ambos retornassem.

Para sua sorte, assim ela pensou, Nashi ainda estava na fase de dormir muito. Havia tomado leite e passara boa parte da manhã acordada, brincando de olhar suas mãos. E agora estava dormindo comportada, como uma princesinha.

 

- Bonequinha de algodão, Vivi-chan vai estar lendo bem aqui ao seu lado – A rosada sorriu abrindo um livro, sentando-se na poltrona – Hun... Onde foi que eu parei mesmo? Aqui – Continuou sua leitura, mas logo perdeu-se, conversando com Nashi novamente – Sabe Nashi, eu não curti muito o final dessa história, é triste. As melhores amigas se separam no final, não porque elas brigaram, mas porque não podiam viver em mundos diferentes. A loirinha descobriu que era uma gata e a morena teve que retornar sozinha ao mundo dos humanos.

 

Virgo fez bico, desviando a atenção para a neta. Abriu um sorriso quando a viu acordada mexendo as pernas e os braços, como se tivesse prestado atenção no que ela havia dito.

 

- Nhaaa, você adora escutar a Vivi-chan não é? – Pegou uma escova de cabelo na cômoda– Que tal um penteado novo? Embora você tenha pouco cabelo dá para inovar mocinha, aprende comigo. E que tal pôr o macacão rosa que a deixa mais fofa inda? Seus pais vão amar recebê-la vestida nele.

 

Ela foi até a bolsa que Lucy havia preparado para a estadia de Nashi, pegou a peça de roupa e então retornou para a cama, começando a trocar a bebê.

Não pararia na metade se o portão da casa não tivesse batido bruscamente, fazendo o maior barulho lá fora. Rapidamente a rosada correu até a janela, com o coração disparado, viu que alguém estava de entrada. Viu uma loira tombando de mala na mão.

 

- Lucy querida!!! – Virgo não sabia se terminava de vestir sua neta ou se corria para ajudar a loira, que provavelmente não estava bem – Nashi, sua mãe voltou, mas parece que ela está... Eu vou lá meu anjo, já volto! – Correu escada abaixo. Encontrou a loira de cabeça baixa na porta, chorando e respirando pesado – Lucy querida, me conta o que aconteceu!

- Foi horrível Virgo... Foi horrível... – A abraçou, desabando em choro alto – Eu nunca andei sozinha em toda a minha vida!!

- O que houve minha boneca?! Onde é que está a Cana?!

- Ela... Ela me deixou para trás.

 

xxxxxx

 

- Eu não imaginava que a Cana seria capaz de fazer isso com você Lucy querida... – A rosada disse com tristeza estampada no rosto, tomando um gole de seu chá – Senta, vem tomar chá comigo.

- Tá – Sentou-se, olhando em volta pela cozinha em tema xadrez vermelho e branco. Serviu-se do chá, com mão ainda  trêmula – Isso com certeza me fará melhor.

- Vai, vai sim – A fitou – Me conta com detalhes, porque só assim a ficha vai cair. O que a Cana tinha na cabeça para deixar você sozinha depois do que prometeu?!

- Foi tudo muito rápido – Bebericou, sem tirar os olhos da rosada – Cana me largou quando o nosso avião chegou em Clover... Ela estava estranha, disse que precisava resolver umas coisas com... Nem deu para entender direito, acho que falou da família dela.

- E...

- E então me largou. Correu para pegar um táxi e sumiu. Eu fiquei com tanto medo Virgo... A cidade a noite é um ninho de perigos, eu fiquei desorientada, tive que me encolher numa calçada para pôr os pensamentos em ordem.

- M-Mas Lucy querida... Porque não me ligou?!

- Cana. Ela roubou tudo de valor da minha mala. Inclusive o meu telefone – Seus olhos marejaram. A loira pôs mais chá na xícara, tomando com gosto – Ahr... Eu confiei nela e foi assim que me tratou, como a galinha dos ovos de ouro.

- Cana... – Virgo sussurrou, com uma dor indescritível em seu peito – Você não podia ter feito isso com a gente... Nós confiamos cegamente em você... – Uma lágrima caiu sem que percebesse – Eu a amei, a acolhi como uma filha que nunca tive... E foi assim que me agradeceu sua desgraçada?!

- .... Acalme-se Virgo. É assim que as pessoas são, cheias de surpresa. Eu sou o exemplo disso, já passei por muita desilusão na vida.

 

A loira pegou as xícaras e caminhou até a pia, onde apoiou-se e virou-se para a rosada na mesa. Virgo ainda estava tentando entender os motivos que levaram Cana a abandoná-las.

 

- Foi o granada... Só pode ter sido um plano daquele cara! – Disse furiosa – A Cana não podia ter escolhido aquele negligente, mas pensando bem, ela não quis passar a virada de ano com a gente! Ela foi ficar com ele, estava louca de amor.

- Preciso da chave da minha casa – A loira disse, tirando a rosada do transe – Preciso ir para a minha casa Virgo.

- Não Lucy querida, esqueceu do que combinamos? – Fez bico – É o Natsu quem está com a chave da casa de vocês, quando voltar pela noite poderá ir com ele.

- Mas...

- E a Nashi? Precisa dar de mamar para ela. O leite que comprei é uma mera tapeação, não pode substituir o leite materno.

- A Nashi... – Disse perdida em pensamentos – Onde está a Nashi? Eu quero ver a... minha filha.

- Está no quarto de visita, eu vou subir com você.

- Não precisa, eu quero ficar sozinha com a minha filha – A loira correu em direção à escada, deixando Virgo paralisada no meio da cozinha.

- Ela me chamou de Virgo... – Sussurrou fixada na imagem de uma traidora – Cana, o que você fez com a minha boneca não tem perdão. Quando eu encontrar você algum dia, vai me explicar esse pecado.

 

xxxxxx

 

- Preciso de roupas novas. Sapatos também – A garota disse segurando a bebê. Virgo a encarou incrédula – É sério, Cana me levou as peças mais confortáveis.

- Em seu guarda-roupas devem ter muitas outras Lucy querida, não levou tantas coisas assim – Sorriu – E você nem precisa se preocupar com imperfeições, não ficou com uma estria sequer depois do parto!

- Está me... negando roupas? – A fitou indiferente. Virgo sentiu culpa e arrepiou-se imediatamente – São apenas algumas roupas.

- Me desculpe bonequinha, não foi a minha intenção negar nada para você, jamais! – A acolheu com um dos braços no pescoço – Só não soube o que dizer porque nunca me pediu nada assim diretamente. Me acostumei a presenteá-la quando bem entendo.

- Normal – Sorriu rapidamente, voltando a fitar Nashi – Quero ficar linda para o meu marido. Quero que ele me veja feliz, linda e sorridente quando retornar da viagem. O que Cana fez comigo não deve ser motivo para que Natsu me encare com pena.

- Oh... É assim que se fala – Virgo pegou sua bolsa da cama – Vamos agora então? Prepare o carrinho da Nashi, vou trocar os meus sapatos.

 

POV NATSU.

 

A viagem de volta para casa pareceu interminável para mim. Embora o meu pai tentasse me animar com suas piadas antigas e Gray com suas piadas sujas, nada conseguiu me fazer sentir melhor. A sensação de que Lucy estava precisando de mim só continuava gritando mais forte.

Era por volta de 20h quando enfim chegamos. Dona Virgo correu para nos abraçar, um de seus abraços coletivos englobando até mesmo a coitada da Ultear, que só queria dormir depois de um dia inteiro escutando a “Trude”.

Assim que me livrei do aperto materno, procurei que nem um louco na direção da porta da casa há 15 metros em nossa frente. Lá estava ela, a minha loira, nos observando. Estava trajando um vestido que eu nunca havia visto, um longo e elegante vestido amarelo cujo tecido dançava com o vento, na companhia de seu rabo de cavalo lateral.

 

- Luce! – Corri, deixando todos para trás – Parece mesmo que está tudo bem, ela está bem – Pensei alto ainda me aproximando. Lucy sorriu como se estivesse vendo a coisa mais maravilhosa do mundo em sua frente, um sorriso lindo que raramente a vi mostrar – Princesa, vem cá!

- Natsu! – Eu a abracei. A girei fazendo seu vestido voar para todas as direções, como um cata-vento – Meu amor, eu estava muito ansiosa aqui! Me beija.

- Princesa, desde quando me pede beijos? – Sorri divertido, vendo-a rir – Você quer, me beija e ponto final. É assim que funciona com a gente não é?

- Claro, eu só não queria forçar – Se aproximou, envolvendo-me – Meu lindo Natsu, este será como o nosso primeiro beijo.

 

Lucy selou seus lábios aos meus.

Não consigo explicar muito bem, mas ela estava muito feliz com o momento, até mais feliz do que eu esperava. Seu beijo foi quente, cheio de desejo carnal, até mordeu meu lábio inferir quando nossas línguas deram trégua.

 

- Uau... – Eu disse, tentando recuperar o fôlego. O gosto de seu beijo foi diferente dos outros, todos eles. Lucy me envolveu com mais pegada neste, mais possessão. Fui eu quem me senti o cordeiro que sacia o lobo faminto e não ao contrário como sempre acontece em nossos beijos – Princesa, isso foi...

- Foi...? – Me fitou curiosa.

- Quente. Que mão boba foi aquela na minha bunda? – Dei risada – Estava mesmo com saudade né? Está toda cheia de energia e eu lá preocupado a toa.

- Eu estava louca para que voltasse meu amor, saudade não descreve com precisão o que eu estava sentindo sem você aqui – Corou – Olha, eles estão vindo.

- Já contou para ele Lucy querida? – Dona Virgo perguntou com uma cara nada boa.

- Me contar o quê?

- Natsu, é que... Eu não cheguei a encontrar o meu pai.

 

xxxxxx

 

Quando chegamos em casa eu fui diretamente levar a Nashi para seu berço, onde a mimei bastante e falei um pouco sobre como havia sido a experiência de ficar longe dela pela primeira vez. Dei-lhe um beijo na cabeça e senti seu toque de fofura nos meus lábios.

Em nosso quarto, Lucy estava escovando seu cabelo, virada para o espelho do guarda-roupas, concentrada numa tamanha vaidade que confesso nunca ter visto.

 

- Está linda – Falei pegando-a pelo quadril, de surpresa pelas costas, ou nem tanta assim já que ela estava me vendo pelo espelho – Princesa, você está diferente, linda como sempre, mas de um jeito diferente.

- Ah é? – Sorriu, meio convencida – O que tem de diferente em mim? Fala meu amor.

- Sei lá, está com uma expressão mais firme, mais adulta. Esse vestido, essa maquiagem, postura elegante... Tudo isso é novo em você.

- E... está gostando dessas novas coisas? – Indagou tombando o rosto de lado – Gosta do que vê Natsu?

- Por que não gostaria Lucy?

 

Aproveitei que já estava com ela presa em meus braços. Funguei em seu pescoço e senti Lucy se arrepiar, até arfou o meu nome. Seu perfume era o mesmo de sempre, doce e suave.

Minhas mãos passearam por sua bunda ousadamente, eu já havia quase esquecido o quão gostoso era apertá-la da forma que eu queria.

Lucy arfou novamente quando fui apalpando de leve até chegar em seu seios, onde apertei com gosto ao mesmo tempo que lhe beijei o pescoço. Sei que ela sentiu o volume aumentar sob minha calça nesse instante.

 

- Nharr.... – Mas, para minha frustração, ela girou impecavelmente e livrou-se de mim, andando até a porta – Não Natsu! Agora não, por favor...

- Lucy... – Sussurrei sem entender – Estávamos tão a vontade, eu pensei que você queria...

- Eu quero! Mas, não agora. Não hoje... – Tocou a maçaneta – Me desculpa, eu vou tomar um banho.

 

No dia seguinte fui surpreendido com Lucy agarrada em mim enquanto dormia. Nós sempre dormimos abraçados, sou eu quem a envolvo pelas costas, mas desta vez ela quem havia feito isso comigo em alguma hora da madrugada.

Uma nova surpresa foi no momento do café da manhã. Fiz gelatina de morango e ela não quis sentir nem o cheiro. Preferiu tomar chá de gergelim, dizendo que faz bem para a pele e fortalece os ossos.

Mas, a que se destacou entre todas foi ela ter pedido para correr comigo na praia. Eu gostei da ideia, saudável para ela também, mas o contra foi deixar a Nashi com a minha mãe novamente.

Ela havia comprado um top e uma legging com a dona Virgo no dia anterior justamente para me acompanhar. Por isso não me culpei tanto já que ela sabia que ficaria de babá e aceitou numa boa.

 

- Eu nunca pensei que algum dia veria você interessada em correr comigo pela praia princesa... – Eu disse num intervalo de respiração, mantendo-me atento na corrida a beira do mar.

- As pessoas mudam de gosto todos os dias – Comentou num sorrisinho – Nem todo mundo consegue notar Natsu, mas a cada mês nós desapegamos de um costume, uma rotina e começamos a ter outros – Bebeu um gole de água – Espera, você não me quer gostosa?

- Hum? Claro que quero, mas nunca me passou pela cabeça forçar você a nada! – Dei risada, perdendo um pouco do ritmo. Lucy fez o mesmo – Você é gostosa por natureza sua boba.

- E você não? Mas ainda assim tem hábitos saudáveis que o mantém mais disposto e irresistível ainda – Concluiu de olhar malicioso para mim – Amor, eu não quero ficar para trás. Quem não fica a nível de merecer algo acaba perdendo.

- Hahahah... Está muito brincalhona Lucy – Cessei a corrida, fitando-a – Eu jamais deixaria você, eu a amo, não importa o quanto diga essas besteiras.

- Tá... Eu já parei. Vamos continuar correndo?

- Claro.

- Eu vou revelar uma coisa – Disse encarando o mar ao nosso lado – Esta é uma das poucas vezes que venho a praia em toda minha vida. Quando eu era criança a minha mãe levou a minha irmã... E eu chorei muito para que ela me levasse junto, muito mesmo. O mar era algo deslumbrante para uma menina que vivia a maior parte do tempo presa nos estudos.

- Você havia comentado algo assim da última vez que viemos – Refleti, atento na expressão vazia assumida por ela – Mas não haviam detalhes tão ricos assim.

- É? Então que bom eu ter adicionado eles desta vez.

- Quais outras coisas você pode me contar sobre sua infância princesa? – Perguntei animado, afinal era um passo dado naturalmente pela Lucy – Está disposta hoje, talvez queira me contar mais coisas.

- Ehr... Eu contaria mais coisas Natsu – Desviou seu olhar – Mas apertar o gatilho é a parte mais fácil da coisa... Suportar o que vem depois disso é o complicado.

- Entendo... – Estranhei algo que estava faltando na Lucy e automaticamente apontei – Lucy, onde está o coração de prata?

- O quê?

- O colar do coração de prata – Repeti atenciosamente, tocando seu pescoço – Você nunca tira ele fora a hora do banho.

- Cana me roubou Natsu – Disse melancólica, aparentando pensar longe – Ela foi capaz de me roubar tudo. Mas não se preocupa, era só um colar meu amor. Pode me comprar outro igual não é?

- S-Só um colar? – Pensei surpreso.

 

xxxxxx

 

Ao fim da tarde quando retornamos para pegar a Nashi, encontramos dona Virgo cuidando do jardim, ao seu lado estava Sanchinne toda trabalhada em laços e Nashi quietinha em seu carrinho rosa-olha-que-eu-tô-aqui-dentro.

 

- Oie meu amor! – Beijei a bebê – Desculpa a demora, o papai estava tentando convencer a sua mãe a não correr mais uma maratona! Fala que ela deve ir com calma.

- Hahah... – Lucy riu – Natsu você gosta hein...

- Se divertiram? – Dona Virgo questionou de olhos entreabertos – Que bom, a minha neta precisa de muito amor e carinho dos pais depois do dia inteiro sem eles.

- Pega leve mãe, não faz a gente se sentir mal – Nashi me olhou como foco e sorri tocando seu rosto – Olha, até a Nashi já desculpou a gente.

- Eu sei, estava brincando, embora só tenha falado a verdade eu adoro ficar com ela filhote.

- Virgo, me desculpa – Lucy disse, nos fazendo olhar para trás – Mas, preciso que fique com a Nashi somente mais desta vez...

- Lucy querida, o que houve? – Ela tirou as palavras da minha boca.

- Quero que Natsu me acompanhe... Eu preciso ir até o meu pai ou não dormirei em paz.

- Está falando que quer mesmo ir até ele Lucy? – A vi assentir encolhida – Certo, eu estarei ao seu lado dessa vez. Nada vai dar errado.

- Obrigada meu amor – Corou – Você enfim vai saber quem é o meu pai, me sinto segura com você ao meu lado. Se conseguir um voo para hoje ainda eu ficarei aliviada de acabar com isso logo.

 

xxxxxx

 

Eram 23h quando nosso avião chegou em Clover. Lucy não havia levado nada desta vez, somente sua bolsa. Eu também não levei nada mais que uma mochila com uma muda de roupa, remédios contra dor por precaução e os meus documentos.

Pegamos um táxi e Lucy foi guiando o cara até o destino. Melhor chamar o destino de mansão sinistra isolada no final da rua. Do portão, pude ver árvores mal cuidadas e um jardim apodrecido a frente da propriedade.

Abri o portão enferrujado vagarosamente e dei o primeiro passo para dentro daquilo. Lucy olhou em volta antes e então me acompanhou com passos curtos.

 

- Então... – Engoli em seco, andando até a enorme porta – Não precisa responder nada do que ele perguntar se achar melhor. Apenas saiba o motivo pelo qual ele a quis aqui e sobre onde ele enterrou a Michelle.

- Natsu...

- Depois, vamos para o hotel mais próximo, descansamos e vamos para casa em seguida.


Notas Finais


Hahahah isso vai ser divertido a cada capítulo de agora em diante.
Isso é, dependendo do que cada um entender por diversão.

O que vcs acharam dos acontecimentos de hoje?
Até logo o/


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