História Minha professora particular - Rude.

“Saturday morning jumped out of bed and put on my best suit
Got in my car and raced like a jet, all the way to you
Knocked on your door with heart in my hand
To ask you a question
Cause I know that you're an old fashioned man yeah yeah
Can I have your daughter for the rest of my life? say yes, say yes
Cause I need to know”
                                                                 -Rude, MAGIC!

  Mike nunca tinha pedalado rápido assim. Will tinha dado a ideia de deixar a moto em casa, para já não irritar Hopper quando ele abrisse a porta. Na noite anterior, Mike tinha procurado sua antiga bicicleta. Agora, ele estava arrependido de ter escuto seu amigo. Quando chegou na casa dos Hoppers, estava  tão ofegante que teve que se apoiar uns minutos na porta. Com o dedo tremendo um pouco, tocou a campanhia. E rezou. 
   Jim Hopper estava dormindo. Geralmente, nas noites que Eleven dormia fora ou ele ia para a casa de Joyce ou ela ia para lá. O anel de noivado estava guardado em sua gaveta na delegacia. Ele não tinha dúvidas que a amava. Só estava esperando o momento certo. O toque estridente da campanhia o acordou e ele amaldiçoou quem quer que fosse. Joyce piscou confusa, acordando assustada.
-Será que a El esqueceu a chave? - Perguntou com a voz rouca de sono. Hopper fez um carinho na bochecha dela e deu um beijo em sua testa.
-Volte a dormir querida, eu atendo a porta. -O caminho entre o quarto e a porta nunca fora tão longo e a campanhia que não parava de tocar estava o aborrecendo. De todas as pessoas do mundo ele nunca imaginaria que encontraria um Michael Wheleer, extremamente vermelho dando um sorriso amarelo e meio suado.
-Bomdiasenhorprecisamosconversar. - o menino disse de uma vez. Jim aumento sua carranca tentando entender o que o garoto tinha dito.
-Wheleer, não são nem oito horas da manhã. O que você está fazendo na minha casa? Com certeza não é para falar sobre a multa do estacionamento de sua mãe.- Hopper falou grosso.
Mike respirou fundo.
-Bom dia senhor. Precisamos conversar. Sobre a Eleven.- Mike se sentiu confiante por conseguir falar tudo sem gaguejar.
-O que eu precisaria falar com você sobre minha filha? - Hopper deu passagem para Mike. Os dois foram para a sala.
-Ouça garoto. Eu ainda não tomei meu café, minha mulher ainda está dormindo na cama então sugiro que seja importante ou nos faça um favor e vá embora.- Jim falou enquanto fazia massagem nas têmporas. Antes que Mike abrisse a boca para dizer algo, pequenos passos foram ouvidos. Joyce, estava fechando seu robe quando apareceu na sala.
-Querido, não precisava ter vindo tão cedo. Apenas o irritou mais assim.- Joyce falou carinhosa para Mike. O menino deu um sorriso amarelo.
-Estava ansioso.- Respondeu dando os ombros. Joyce, sentiu o olhar de Hopper queimando em suas costas. Respirou fundo antes de se virar para o homem extremamente mau humorado.
-Will me disse que Mike viria aqui. Sugiro que você o escute. Com calma. E não quero ouvir gritos. Não cozinho bem quando estou irritada. - Hopper levantou uma sobrancelha para Joyce.
- A escolha é sua querido.- Ela disse indo para a cozinha. Mike engoliu o riso. Ele não era o único intimidado ali
-O que é tão importante que todos sabem menos eu?- Hopper disse meio bufando. Mike respirou fundo. Agora Wheeler.
-Eu amo sua filha senhor. Nós estamos separados agora. Por escolha dela. Porém eu vou lutar. Vou lutar por ela. Dessa vez, quero fazer tudo certo e por isso estou aqui. O senhor permite que eu namore com ela?
Hopper ficou vermelho. Depois roxo e por fim azul. Respirou fundo algumas vezes, antes de se atrever a falar.
-É impossível não perceber que ela está triste. Eu amo minha filha e a quero feliz. Não gosto muito de você não.Gostei da sua coragem de ter vindo aqui. Seus créditos cresceram comigo. Não vai se animando não. Tenho que pensar. E o que te faz achar que a minha permissão a trará de volta para você? - Jim disse cético torcendo o bigode. Ele tinha visto o poderoso chefão na noite anterior. Pareceu apropriado para a situação. Mike como de costume coçou a parte traseira da nuca.
-Ela ainda gosta de mim. Eu posso sentir isso. Se o senhor dessa vez aprovar Hum...- Mike tosssiu- será um problema a menos.
-Está me chamando de problema, garoto ?- Hopper levantou a sobrancelha.
-Não senhor.- Mike respondeu apressadamente.
-Bom. Devo supor que a Maxine está envolvida nisso. Já que convenientemente Eleven ainda não chegou.-Hopper pensou alto. Mike tentou não se entregar ficando vermelho. Falhou miseravelmente.
-Preciso juntar todas as forças né ?- Respondeu dando os ombros. Um silêncio amigável se instalou na sala. Mike, deixou Hopper perdido em seus pensamentos. Ele precisava. E ele  já se sentia vitorioso. Ele ainda não tinha sido expulso, pelo seu futuro sogro.
-Você só se veste com calça jeans e jaqueta de couro? Isso é toc? - Hopper perguntou de supetão. Mike riu se surpreendendo com a pergunta.
-Não. Apenas gosto de me vestir assim.
-A juventude de hoje está perdida.- Hopper responde balançando a cabeça.
-Escute garoto. Duas regras. ela não sobe naquela moto. De jeito nenhum e nada de portas fechadas. Aliais nem do quarto dela você chega perto. E o mesmo se aplica a sua casa. Acha que não sei que você fica querendo se enfurnar com a minha garotinha naquele porão ? Portas abertas lá também.
-Sim senhor.- Mike não podia conter o sorriso em seu rosto. Hopper, por outro lado estava com uma expressão indecifrável. Joyce, que escutava a conversa da cozinha, estranhou o silêncio e preparou um café. Seria uma ótima desculpa para ir até a sala e ver se um dos dois ainda  estava vivo.
-Me de sua carteira garoto.- Hopper disse sério e Mike ficou confuso.
-Me entregue logo antes que eu mude de ideia.- Mike piscou atordoado e coçou os bolsos até achar sua carteira e entregá-la para Hopper, que prontamente começou a procurar  algo lá dentro. Quando Mike se deu conta do que ele estava procurando ficou vermelho escarlate. Assim, como os pacotes de camisinha que ele segurava em suas mãos. Hopper levantou a sobrancelha para ele. E se levantou caminhando para o lixo. Joyce segurou o riso.
-Não vamos precisar disso aqui, concorda?- Hopper perguntou enquanto as jogava no lixo. Mike engoliu em seco.
-Minha mãe sempre diz que é melhor andar prevenido, nunca se sabe quando vai precisar.-Mike coçou a nuca sendo fuzilado pelo olhar de Hopper. - senhor.- ele acrescentou rapidamente.
-Algo me diz, que no seu caso não será preciso andar prevenido. Porque não vai acontecer nada, não é ? - Hopper deu um sorriso. Não um sorriso caloroso ou amigável. Mas aquele tipo de sorriso que um predador da para a sua presa.
- O senhor está certo.- Mike disse Rapidamente.
-Ah, quero minha filha em casa as dez. Não dez e um. dez em ponto . Se tem uma coisa que a história nos ensina, é que se pode matar qualquer um. Principalmente se você for policial e tiver como encobrir. Não esqueça, ela em casa as Dez. Me ouviu Wheleer?- Mike balançou tão rápido a cabeça que chegou a estalar. Hopper sorriu internamente. 
-Bem vindo a família garoto.- Hopper deu uma olhada em Mike antes de beber seu café. Mike soltou um suspiro aliviado e não deixou de sorrir quando reparou que Joyce fazia sinais de positivo para ele.
- Ah e senhor, meu pai ontem, também viu o poderoso chefão.- Mike disse com riso na voz. Reconhecendo uma das falas do filme, durante a conversa que tiveram minutos antes. Hopper olhou sério para o adolescente antes de Joyce soltar uma gargalhada.