1. Spirit Fanfics >
  2. Minha vida com você >
  3. Todos amam Xanadu

História Minha vida com você - Todos amam Xanadu


Escrita por: aliendonnie

Notas do Autor


Boa leitura, Diamonds :3

Capítulo 14 - Todos amam Xanadu


Eu tinha acabado de entrar na escola, tinha ido para um lado e Annabeth para o outro, estava resistindo a vontade de correr atrás dela por que Thalia estava ao lado dela e pela cara que Thalia fez ao me ver, eu ia acabar apanhando se me aproximasse de Annabeth. Aproximei-me dos meus amigos no corredor, e Luke me reprovou com o olhar, a Thalia tem uma boca muito grande, eu precisava de apoio, não ia contar os fatos concretos, só ia dizer que queria conquistar a Annabeth e o Luke como um com shipper ia me ajudar, mas agora acho que não tenho mais a ajuda dele.

Calypso estava abraçada ao Leo, eles estavam conversando sobre qualquer coisa, e eu não estava prestando atenção em nada, só prestei atenção quando ouvi o Leo suspirar como uma garota e depois um monte de suspiros realmente femininos. E alguns suspiros também femininos vieram dos meus amigos em volta, Nico foi o único que se mantive na mesma, às vezes, eu tenho vontade de abrir a barriga do Nico para ver se tem órgãos na dentro, porque eu acho que tem um monte de fios coloridos, não é possível isso.

Eu fiquei entre o Frank e o Charles que eram desnecessariamente grandes e tampavam a visão e finalmente vi o motivo dos suspiros. E vê se não era o Finnick Odair. Esse moleque é uma maldição. E ele estava andando com a minha nerd, fazendo as meninas em volta (- E os seus amigos.), exato, ficarem suspirando e essas coisas.

– Quem é aquele deus loiro que está com a Annabeth? – perguntou Leo, com uma cara um pouco estranha de apaixonado – Droga, essa menina tem sorte.

– O que você disse? – perguntou Calypso sem entender.

– Você me ouviu, essa desgraçada tem sorte. Ai, ai. – suspirou ele desgostoso.

Acho que o Leo é o maior fanboy do universo, nem as garotas que suspiravam em volta do Will eram tão fangirls, elas estavam aceitando o fato que ele estava com a Annabeth assim que ele abraçou os ombros dela, ficaram um pouco triste, mas nada muito preocupante, mas o Leo estava roendo as unhas de raiva. Calypso ficou consolando-o dizendo que estava tudo bem.

De qualquer forma eles estavam passeando pela escola demonstrando seu afeto para todo mundo, eu estava lá, parado, só observando. Aquela nerd ainda gosta de mim e só porque eu fiz uma idiotice ela fica esfregando o namorado bonito dela na minha cara? (- Você transou com a Rachel, senhor Percy. Foi uma idiotice bem grande e majestosa.) (- Você não está ajudando.) (- Quem disse que em algum momento meu plano era ajudar?) (- Você é o melhor subconsciente do universo, seu babaca.) (- Obrigadinho.). O que mais falta agora? Ele ir se inscrever no time de basquete? A Annabeth parece gostar de garotos atletas, era obvio que ele ia fazer isso para agradá-la, ele até mudou de escola para ficar com ela.

Quando eles passaram por nós, Will acenou para mim. Leo deu um tapa no meu ombro.

– Você tem que apresentar ele para nós. – disse Leo – Ele parece ser bem… interessante.

Calypso esfregou a testa.

– O que eu estou fazendo da minha vida? – perguntou ela a si mesma.

– Deixa disso, Calypso, é só brincadeira. – Leo riu.

Calypso continuou séria.

– É, sei. – dito isso, ela foi embora, o Leo foi atrás dela.

– Não sabia que a Annabeth estava namorando. – disse algum atrás de nós, era Jason, aquele era outro loiro que a Annabeth tinha se relacionado e se não fosse tão bonzinho eu também quebraria a cara dele.

– Pelo menos é alguém bom pra ela. – disse Luke me olhando reprovadoramente.

– Ãhhh, tá, isso é ótimo, mas… Percy posso falar com você? – perguntou Jason.

O que ele quer? Abusar de mim e do meu corpinho? Ai Jesus, não deixa. (- Você é um garoto estranho, senhor Percy.) Jason me puxou para um canto com sua mão tocando o meu ombro, eu fiquei olhando para aquela mão boba até nós pararmos de andar e ele perceber que estava um pouco incomodado e tirá-la do meu ombro.

– Então, Jason, o que foi? – perguntei.

– O que está acontecendo? Eu pensei que você e Annabeth eram namorados.

– Eu te disse que não éramos namorados.

– Eu sei, mas eu queria ver vocês dois juntos! – alguém anda shippando com muita força por aqui.

– Mas ela tem o Will agora, e está tudo bem e ela está feliz e…

– E você vai ter a coragem de me dizer que não gosta dela?

– Jason, onde você quer chegar? – perguntei.

– Olha, Percy, a Annabeth e a minha irmã são amigas a muito tempo e eu acabo escutando coisas quando a Annabeth vai lá em casa e ela definitivamente gosta de você, seu idiota! E você vai ficar aí olhando para mim e dizendo que está feliz pela Annabeth e pelo novo namorado dela? Não seja um idiota!

– Se você está tentando me encorajar, não está se saindo muito bem. – comentei.

– Desculpa.

– Tudo bem. Olha, Jason, é o seguinte: a Annabeth está com o cara mais perfeito do universo agora e eu não posso simplesmente tentar conseguir alguma coisa porque dificilmente sairei vitorioso, afinal, olha para ele.

Jason esfregou a testa.

– Não gosto de medrosos.

– Não é medo. Estou apenas encarando um fato.

Ele bateu em um armário ao nosso lado chamando a atenção de todo mundo.

– Não! Não! Não! Você vai conseguir conquistar a Annabeth sim, porque vocês são fofos juntos. E se a Annabeth gosta de você e você não é um babaca completo então ela deve ficar com você, porque ela merece tudo o que ela quer!

Será que eu devia comentar o porquê da Annabeth ter arrumado um outro cara tão depressa? E que talvez o jeito que ele falava dela sugeria que ele também estava afim dela, mas ele já tinha a própria namorada e Annabeth é mais minha do que dele? Acho melhor não.

– Então o que eu faço? Eu já tentei fazer umas coisas aí e só consegui um beijo e alguns tapas.

– Olha, isso pode parecer que não é bom, mas é sim, a Annabeth e eu começamos o nosso relacionamento assim. Eu tentava beijar ela e ela fugia de mim e me batia. – eu não queria ouvir aquilo, ele deve ter percebido na minha cara porque parou de sorrir na hora e me olhou sério – Desculpe.

– Parece que quem quer reconquistar a Annabeth é você.

– Desculpa, é que foi uma época boa da minha vida… a Annabeth foi a primeira garota que eu realmente gostei e ela realmente merece tudo o que quer então precisamos lembrá-la que ela gosta de você e largar desse garoto. Ela só gosta dele porque ele é bonito.

– Bonito? Só bonito? – eu ri – Você viu aquele garoto?

– Tá, tá, eu sei. Agora chega disso e vamos logo ao meu plano. A Annabeth gostava de você mesmo sendo um molenga.

– EI!

– Encare os fatos como homem! – ordenou ele.

– Eu não sou molenga. – murmurei baixinho para mim mesmo e ele me ignorou.

– Agora, ela e o Will foram para a quadra porque o Will quer fazer parte do time de basquete e a Annabeth uma vez me confessou que só aceitou sair comigo porque também gostava de basquete o que você acha de tentar entrar para o time também?

– Mas eu nem sei jogar…

– Eu sou o líder do time, eu vou ajudar você a entrar.

– Mas eu sou uma negação no basquete, meu pai quase quebrou a minha cabeça quando tentou me ensinar a primeira vez.

– Isso não é um problema. Agora vamos para a quadra antes do sinal para eu pelo menos te ensinar a fazer uma cesta.

Ele me levou para a quadra e me explicou o que eu tinha que fazer. Eu tinha que mirar, respirar fundo, dobrar meus joelhos e jogar a bola soltando o ar. Se eu consegui fazer isso? Não. A bola foi parar na arquibancada atrás da cesta. As pessoas que sabem como fazer algo fazer parecer fazer o mesmo muito fácil. Quando eu vejo alguém que sabe desenhar, desenhando, eu sinto que é algo tão fácil, aí eu tento fazer também e não tenho nenhum sucesso, eu disse. Sou uma negação.

Foi então que a Annabeth entrou na quadra, estava de mãozinhas dadas com o Will, ele estava a fazendo rir, rir de um jeito tão meigo, como eu ia conseguir competir com isso? Ela até colocou o cabelo atrás da orelha quando fazia quando estava sentindo-se confortável com alguém. Como eu odeio aquele cara que faz ela feliz, eu quem devia estar ali. Eu ia mostrar que também poderia ser um atleta como ela gosta.

Peguei a bola e mirei na cesta, fiz o que o Jason havia dito e mais as coisinhas que vi na TV e joguei a bola na direção do garrafão. Eu me senti tão poderoso quando a bola realmente foi segundo na direção certa, mas aí o mundo se virou contra mim. A bola bateu no vidro do garrafão e voltou na minha direção com tanta força.

Eu só lembro da Annabeth gritando meu nome, eu sentindo aquela dor insuportável no meu nariz, a bola laranja voando em direção ao chão e eu indo junto, e a minha cabeça doendo muito. Depois ouvi alguém se aproximando e então alguém me levantou. Alguém forte, talvez fosse a Annabeth. Olhei meio tonto para quem me carregava e meio tonto vi que ela o Will.

– Vamos para a enfermaria. – disse ele.

Annabeth correu para a porta do ginásio e a abriu.

– Você é tão forte, Will. – disse a ele baixinho, só para ele ouvir, eu tava meio grogue, com a voz de um bêbado.

– Ãh… você bateu a cabeça com bastante força. – disse ele – Mas obrigado mesmo assim.

– E você é um cara legal.

– Onde você quer chegar com isso?

– Seja bom para a Annabeth, tá? Eu acho que vou ficar meio avariado, meu cérebro já era meio estranho agora nem sei mais, então cuide dela para mim tudo bem? Você promete que vai cuidar dela?

– Você tem que continuar tentando, Percy. Não desista. – disse ele.

Uni as sombrancelhas.

– O que?

– Eu disse que prometo.

– Maravilha. E se você fizer ela sofrer de alguma força eu vou acabar com a sua raça, ou pelo menos, vou chamar o Frank para fazer isso. E você não vai querer se meter com o Frank. Ele te divide ao meio.

– Entendi.

Eu fui deitado na maca da enfermaria e Annabeth passou um pano molhado no meu nariz e colocou gelo no mesmo.

– O que você estava tentando fazer, seu idiota?

– Eu queria te impressionar.

– Metendo uma bola de basquete na própria cabeça? Você não conseguiu muito bem, quase perdeu o cérebro que te resta.

– Você é uma garota difícil, nerd.

– E você é um pouco estúpido, peixinho. Você sabe que não sabe jogar basquete. Seu pai me chama para poder jogar porque você acha?

– Não esfrega na minha cara, tá bom? Eu sei que sou ruim.

– Você quase me matou do coração. – ela me bateu no ombro – Eu achei que eu ia ter que encomendar o seu caixão.

– Você ia sentir a minha falta se eu morresse? – perguntei.

– Lógico que ia. De quem eu ia rir?

Dei um sorrisinho demente.

– Cadê o seu namorado? – perguntei.

– Ele foi pro ginásio para fazer o teste do time de basquete. – respondeu ela olhando para a porta.

– Ele deve confiar muito em você para te deixar sozinha com um cocoto como eu.

Annabeth riu. E eu acabei sorrindo.

– Cocoto é ótima. Você é um demente, Percy. Um demente que quase se matou com uma bola de basquete.

– E você é linda. Mesmo meio embaçada.

Ela sorriu.

– Eu sei.

– Cadê a enfermeira? – perguntei me sentando, sentindo minha cabeça rodar.

– Ela nos deixou aqui sozinhos também. E ela disse que você deveria ficar deitado. – Annabeth delicadamente me empurrou em direção a maca, mas eu me mantive firme.

– Não, eu quero ficar sentado. – afirmei.

– Tá. Fica a vontade. – ela bufou – Ãh… Percy, obrigada por ter feito aquilo pela minha mãe… Ela ficou melhor naquele dia do que realmente fica. Obrigada mesmo.

– Que isso. A sua mãe merece saber que ela tem mais pessoas em quem pode se apoiar agora. – ela dei um sorrisinho e acariciou meu cabelo, eu me encolhi quando ela acariciou um lugar doloriso.

– Desculpa! – pediu ela sentindo culpada.

– Seja só mais cuidadosa. – pedi.

Annabeth pediu que eu segurasse o gelo e acariciou meu cabelo com calma fazendo um carinho na minha cabeça dodói. Fiquei olhando para aquele rostinho lindo e suspirei. Tirei o gelo do nariz e aproximei meus lábios vagarosamente dos dela, ela continuou quietinha só esperando, olhando meus lábios se aproximando. Finalmente nos beijamos. E o bom de eu ter me acidentado é que ela não poderia me bater, eu estou dodói.

Toquei os lábios dela com calma e ela deixou suspirando. É eu sei, sou irresistível. Continuamos a nos beijar com calma. Se meu nariz tocasse o dela eu começaria a gritar. Annabeth teve um ataque de bom senso e separou-se de mim.

– Não! Volta aqui! – ordenei.

– Percy, eu to… to namorando. – ela parecia meio inserta ou estava mentindo mesmo.

– E o que ele tem que eu não tenho?

Ela abriu a boca para responder.

– Deixa quieto. – pedi a fazendo rir – O que eu preciso fazer para provar que eu sou um cara legal? Hein? O que eu preciso fazer para você gostar novamente de mim?

– Percy…

– Quer que eu mate a Rachel? – perguntei a fazendo rir – Quer que eu te mande a cabeça dela? Melhor: o coração? Eu faço de tudo.

– Eu quero que você me surpreenda completamente e não pode ser cópia de nenhum filme ou livro, porque eu vou saber. Se eu gostar, posso pensar no seu caso. – Annabeth jogou o desafio – Quero ver se você vale a pena correr o risco.

Dei de ombro.

– Pensarei no que vou fazer.

– Quero só ver.

Annabeth não sabe o quão insistente eu sou. E o quanto vale a pena correr o risco para ficar comigo. Eu fiquei sem assistir as três primeiras aulas porque estava enfermo. Então tive tempo mais do que suficiente para pensar, me livrar da minha tontura e ver que meu narizinho ainda era perfeito, não estava roxo ou inchado, só estava vermelho era só dar uns tapinhas nas bochechas que eu ficava parecendo que estava corado e seria a coisa mais fofa do lugar.

Na hora do intervalo, fui até a caixa de som que o diretor usava para fazer anúncios e essas coisas e pedi para um amigo meu que sabia mexer com essas coisas me ajudar. Peguei o microfone ajeitei a minha blusa, dando um laço fazendo minha barriga linda ficar de fora e puxei minhas calças para mostrar as minhas panturrilhas cabeludas. Pedi para o meu amigo colocar a música quando eu desse o sinal e subi na primeira mesa que eu vi na frente, era uma mesa afastada da mesa em que Annabeth estava sentada, mas ela conseguia me ver até seus olhos se arregalaram. Will estava ao lado dele, ele acabou sorrindo e olhou para ela sorrindo mais ainda.

O que aquele cara estava fazendo? Ele tinha dito para eu não desistir da Annabeth que eu lembro e ficava sorrindo olhando para ela quando ela olhava para mim e me deixava sozinho com ela. O que ele era? Um cupido da vida, um anjo do amor? Devia ser por isso que era tão bonito. Uma vez meu pai me disse que certas pessoas aparecem em nossas vidas só para nos ajudar a concertar algo e assim que conseguimos, elas vão embora. Quem sabe Will não era uma dessas pessoas e sumia logo para a Annabeth voltar a ser minha.

– Gente? Gente? Posso ter um minuto da atenção de vocês? – pedi no microfone e todo mundo olhou para mim ficando em silêncio, respirei fundo para controlar a vergonha e continuei o meu plano

– Gostosa! – gritou Leo.

– Deliciosa! – agora era o Tyson.

– Assassino de rãs. – ai, hippies.

– Bom, gente, eu estou gostando de alguém e…

– Eu sabia que você me amava, Percy! – gritou Charles.

Revirei os olhos me controlando para não rir e estragar tudo.

– Eu estou gostando de uma garota – olhei para Annabeth e ela me perguntou movendo os lábios: “O que você está fazendo?”, pisquei para ela – e ela uma vez me disse que não importava o que os outros pensassem de mim se eu soubesse quem realmente sou e ela me lançou um desafio e acho que só para me provar que eu não seria capaz de me humilhar só por ela porque eu sou muito preocupado com a reputação que eu tenho ou talvez a falta dela. Mas como todo mundo tem amigos maravilhosos, acho que já me humilhei aqui por causa deles.

– Tira a roupa! Mostra os mamilos! – gritou Luke. Ele deve ter entendido já o que eu estava fazendo e voltou a ser o velho Luke de sempre e fez o refeitório todo rir.

– Mas de qualquer modo. Vale a pena me humilhar por ela, na verdade vale a pena fazer tudo por ela. Todos nós fazemos coisas idiotas que deixam as pessoas que gostamos chateadas, contudo também podemos fazer coisas idiotas para sermos perdoados.

– EU QUERO MAMILOS! – insistiu Luke quando eu ia pedir para o meu amigo ligar a música.

– MAMILOS! MAMILOS! MAMILOS! – Nico começou a puxar o coro, ele é quietinho, só que adora ver o circo pegar fogo com o palhaço dentro.

A mesa deles era a segunda à minha direita, desci da mesa que eu estava fui até a dele e puxando a gola da minha camisa mostrei meus mamilos a eles e ganhei aplausos, gritos, torcidas de garotas, muitos “Gostosa”, “Deliciosa”, “Tesuda” e afins e assim voltei para a minha primeira mesa, eu ia fazer uma ronda por aquele negocio todo. Pedi para ele ligar a música e comecei a me soltar.

A place where nobody dared to go
The love that we came to know
They call it xanadu

And now
Open your eyes and see
What we have made is real
We are in xanadu

Comecei a dublar lindamente, as pessoas foram batem palmas no ritmo da música, aquele filme não presta, mas essa música é muito diva. Fui rebolando andando pela mesa enquanto cantava. Pulei da mesa e segui para a próxima. Eu nunca me senti tão diva na minha vida. E como meus amigos são garotos completamente normais quando musicas que te fazem divar tocam, é lógico que eles estavam cantando, estavam balançando os braços e Luke até tinha um isqueiro. Até Nico estava cantando, fingindo que não era com ele, mas dava para ver a boquinha dele se mexendo.

A million lights are dancing
And there you are
A shooting star
An everlasting world
And you're here with me
Eternally

Xanadu, xanadu,
(now we are here)
In xanadu
Xanadu, xanadu,
(now we are here)
In xanadu

Xanadu, your neon lights will shine
For you, xanadu

Quem não quer ser a Olivia Newton John não sabe o que é ser diva. Fui divando e cantando para lá e para cá, ganhei até dinheiro, colocavam dinheiro nas minhas calças e nas minhas meias. Olhava para Annabeth subentendidamente, não acho que estava na hora de levar um soco de Will por estar literalmente cantando a namorada dele, porém ele também estava cantando e batendo palma. Ela ria sem parar e estava até chorando da minha divacidade.

Quando a música acabou eu já estava na mesa de Annabeth e fui ovacionado como se fosse a própria Olivia, o que eu quase era, só por causa de detalhes capilares eu não era ela. Eu olhei Annabeth e tirei um bilhetinho do bolso, ela estava soluçando de rir. Ela abriu o bilhete e assentiu. No bilhete estava escrito “Surpreendente o bastante?” e eu saí ganhando mais aplausos. Sou tão bela que merecia um Grammy agora.

Eu fui para o meu armário, guardei meu celular e guardei o dinheiro que ganhei, se ser prostituta fosse fácil assim, eu tava feito ainda mais com esse corpinho gostoso que puxei de papai. Quando me virei depois de fechar o armário, Annabeth estava encostada nos mesmos na parede do outro lado do corredor. Ela me olhou sorrindo e se aproximou de mim, me prensando contra os armários.

– Você é impossível. Eu achei que você faria no máximo um bilhetinho escrito “Você gosta de mim? Sim / Sim”, aí você vai no refeitório da escola e canta “Xanadu”? – ela riu – Você não existe.

– O que você acha? Você acha que eu mereço uma chance? – perguntei tocando a cintura dela - Você vai pensar no meu caso?

– Depois de “Xanadu”, acho que tem mais garotas querendo você do que um dia você poderia imaginar. Acho que quem vai ter de pensar no caso de alguém é você no meu. Se você ainda vai querer a mim.

– Você acha que eu vou querer outra garota?! Não seja idiota! – eu estava pronto para começar a brigar porque era gostoso e Annabeth continuou antes de eu poder me retratar.

– Você não especificou que garota que era e a maioria das garotas do refeitório começaram a suspirar apaixonadinhas! Faltava pouco para elas mesmas levantarem e te beijarem! Da próxima vez que quiser dar uma de interprete para me conquistar, veja se diz “Essa é para a Annabeth Chase”! Vai deixar as garotas com menos fogo!

Ela se afastou de mim e eu agarrei o pulso dela e a fiz bater de encontro com meu peito. Ela me olhou com raiva e me deu um soquinho no peito. Eu toquei o rosto dela com a outra mão, enquanto eu ainda mantinha preso o pulso dela, puxei a nuca dela e a beijei. Droga, aquela boca era gostosa demais.

– Sai! Me solta! – ela se afastou de mim, me deu um tapa no ombro e se jogou em mim, agarrando meus cabelos e me beijando.

Ouvi várias engasgadas abismada, contudo não parei de beijar Annabeth.

– Percabeth é real? – perguntou alguém ao nosso lado direito, era Leo.

Olhamos para aquele lado. Leo, Nico, Charlie, Grover e Tyson nos olhavam e pareciam chocados com o que viam. Annabeth e eu nos afastamos no mesmo segundo e nós dois ficamos vermelhos. Só as amigas de Annabeth pareciam estar conformadas, elas devia saber que Annabeth gostava de mim antes de eu me catar com Rachel e talvez mais um pouquinho agora.

– Eu to confuso. – disse Charlie. Eu também estou, Charlie, uma hora eu desisto, aí depois eu volto atrás da Annabeth, brigo com ela e agarro ela, tenho vontade de bater nela e também tenho vontade de dar tapinhas na bunda dela, é muito confuso sentir os sentimentos oscilarem assim.

– Vocês dois estão juntos? – perguntou Tyson.

– E o gostosão loiro lá no refeitório? – perguntou Leo.

– Não estamos juntos. – afirmei.

– Foi só uma coisa do momento. – disse Annabeth.

– Eu acho que eles têm vergonha de contar que estão juntos. – disse Nico.

– Ela tem namorado, Nico! – disse.

– É! E ele é…

– Gostosão. – todos nós dissemos uníssono completando a frase de Leo.

– É. – disse Leo ficando vermelho. Calypso deu um tapa na nuca dele.

– Você tá com fogo hoje! – exclamou ela.

– Eu to brincando com você, minha linda.

Enquanto todo mundo prestava atenção em Leo e na tentativa fracassada dele de dar um beijo em Calypso e ela batendo nele e empurrando o rosto dele, eu e Annabeth fugimos muito sorrateiros. Nós dois nos enfiamos no laboratório de biologia e sentamos atrás de uma das bancadas para ninguém nos ver. Olhei para ela e ela para mim e ficamos assim por alguns minutos até alguém falar alguma coisa.

– E agora? – perguntei – Eles não deviam saber disso.

– Os seus amigos você diz?

– É, eles vai ficar me enchendo eternamente. Cantando musiquinhas e inventando nomes para nossos filhos. – bufei – Eles faziam isso antes de nós nos beijarmos a primeira vez.

Ela riu.

– Pelo menos, os seus amigos não ficavam tentando chamar a minha atenção para você. – murmurou ela.

– Como assim?

– Você não lembra das várias vezes que a Thalia ou a Silena te perguntaram se eu não estava linda?

Assenti, então era por isso.

– Eu nunca achei que iria admitir isso, para você em um laboratório de biologia que cheira a clorofórmio e a peixe, mas eu gosto de você, Annabeth Chase, sua nerd macumbada chata do caralho. – ela me olhou e deu um sorrisinho.

– Eu também gosto de você, Percy Jackson, peixinho dourado lento do caralho.

Então nos inclinamos um na direção do outro e nos beijamos com calma, como se não houvesse tempo para sairmos dali antes desse lugar ser invadidos por alunos e um professor. Éramos só nós dois. Pela primeira vez. Sem pais, sem amigos, sem frustrações por provocações feitas anteriormente. Só a nerd e o peixinho. Eu sinto que isso pode nem dar certo, mas deve valer a pena tentar.


Notas Finais


O que acharam? Comentem e me digam.

Beijinhos, amo vocês, até a proxima e tchau.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...