História Minha vida- Renesmee e Jacob. - Verdade

Oi. Foi a única coisa que ela me disse. E fomos até meu quarto. Ela parecia estar realmente brava comigo, mas eu estava muito arrependida por ter contado pra ela. Mas foi preciso. Porque se eu não contasse, seria o Seth e seria muito pior. Eu quero muito que ela acredite em mim. Muito mesmo.

- Como vai me convencer que essa história?- disse ela sentando na cama. 

- Você tem que deixar eu chegar mais perto...- disse isso sentando mais perto enquanto ela se afastava. Eu não sou um monstro. Talvez sim. Mas isso não significa que sou nojenta. Que ela não suporta ficar bem um centímetro perto de mim. Isso me magoa.- Por favor. 

- Seja rápida. Não quero ficar mais do que o necessário.

- Tudo bem....- disse colocando a minha mao no rosto dela, mostrando tudo. Desde o meu nascimento, até agora. Quando eu cismei que queria aprender a andar de bicicleta. E vai ser essa memória que eu vou mostrar pra ela. Quando eu coloquei a minha mão, ela achou muito estranho, mas continuei sem me importar no que ela pensava sobre mim.

Flash Back ON... BICICLETA.

Eu estava sentada no sofá, esperando o meu avô. Ele iria ver o quanto eu cresci. Eu não gostava de fazer isso, quase todo mês. Era muito chato... mas tinha que fazer. Eu já tinha a aparência de 13 anos. Então eu tinha 3 anos de vida. Vai me entende, só mesmo o meu avô. Acho que nem ele entende muito bem. Mas tenta.

A  consulta já estava acabando quando eu ouvi o Jake entrar pela porta.

- Posso ir? Diz que sim, por favor? - disse eufórica. Eu queria ver o Jake mais rápido possível. Fazia uma semana que eu não o via. Ele estava com uns problemas na cAsa dele, ele não me contou muita coisa. E eu também queria que ele me ensinasse uma coisa. Era a única coisa que eu não sabia fazer, ou pelo menos umas das únicas... andar de bicicleta. Eu não sabia nem por onde começar. E meu pai falou que não queria que eu me machucasse, e por isso não iria me ensinar. Meu pai não é sempre careta assim comigo. Ele fica preocupado comigo.

- Pode sim. Mas depois volte aqui correndo, ouviu mocinha?- disse meu avô bagunçando um pouco o meu cabelo.

- Tudo bem.- disse dando um beijo na bochecha dele, e saí correndo pra ver o Jake.

Quando entrei na sala, ele estava sentado no sofá de um lugar só. Assim que me viu ficou de pé esperando o meu abraço.

- Jake! Que saudade!- disse abraçando ele, e o mesmo me levantando do chão. Eu amava quando ele fazia isso. Eu me sentia como um pássaro voando.

- Nessie! Também sentia sua falta. Muita.- disse ele encerrando o abraço. Chato.- E aí? Como foi sua semana?

- Boa. Tirando a matéria que eu não entendi muito bem, as brincadeiras do meu tio, tirando tudo isso foi boa.- todos deram risada. 

- Que bom.- disse ele bagunçando muito o meu cabelo. Ao contrário do meu avô, Jake sempre desmanchava os meus rabos de cavalos, minhas tranças.

- Ei! - disse tirando a mão dele do meu cabelo e ajeitando do jeito que estava.- Chato.- disse e ele negou com a cabeça, e dando um sorriso de canto de boca.

- Jacob. Como está o Billy?- perguntou o meu avô aparecendo na sala. Ele realmente se importava com a saúde do Billy.

- Bem. Ele só estáva com enjoo, um pouco de dor de cabeça. Só isso. E que ele é muito teimoso, e não tomou os remédios certos. Aí passou mal.

- Que bom que ele está bem.- disse meu avô voltando pro consultório. Ele passava a maioria do tempo lá dentro. Como ele estava de férias do hospital, ele aproveitava pra organizar algumas pastas que o tio Jasper o ajudava. Mesmo em dois era muita coisa, mesmo pra vampiros.

- Jake?- perguntei puxando a manga da blusa dele.

- Sim?- disse ele com um olhar de desconfiança.

- Posso te pedir uma coisa? Pedir não, mas que me ensinasse uma coisa?

- Filha, não enche a cabeça do Jacob com isso, querida.- disse meu pai lendo os meus pensamento. E o outros como sempre ficaram sem entender.

- Fale Nessie, não escute seu pai. O quer que eu te ensino?- disse ele fazendo careta pro meu pai. E eu dei uma leve risada. Na verdade, todos deram.

- Andar de bicicleta. Eu não sei andar naquele treco. 

- Ok...mas porque que que eu te ensino, sabendo que tem uma casa cheio de vampiros?- perguntou ele com a sobrancelhas arqueadas.

- Não sei. Só quero passar mais tempo com você. Agora que você fica na patrulha, não tem mais tempo pra mim. E então quero repor essa semana que passamos longe. Só isso.

- Hum... Tudo bem. - quando ele disse eu dei um pulo no colo dele que  quase caímos pra trás.- Mas agora mocinha, vá pra sua consulta. 

- Mas como você sabe?- perguntei indignada. Como ele sabia??

- Eu tenho uma boa audição. Agora vá. Depois conversamos sobre isso.

Eu acenei com a cabeca e fui até o consultórios do meu avô. 

Alguns minutos depois...

Eu já tinha acabado. Então fui até a sala e reparei que o Jake não estava lá. Onde ele estaria? 

- Foi buscar uma coisa na oficina.- meu pai me respondendo. De novo. 

-Hum... entendi. 

Se passou alguns minutos e vi o Jake chegar com o carro dele. Eu fui até lá for acompanhada por minha família. 

Jake coloca uma bicicleta no chão e me pede pra monta-la. Eu fiz. Ele me segurou pra que eu não caísse. E me explicou o que eu tinha que fazer.

- Não pare de pedalar, equilíbrio, e foco. Eu vou estar aqui do teu lado. Tudo Bem?

Somente acenti com a cabeça e comecei  pedalar. Quase cai mas ele me segurou. Eu consegui manter o equilíbrio. Estava indo bem. Até que eu percebi que não está mais do lado dele, e sim mais a frente. Eu olhei pra trás, por um momento, pra ver o quão longe eu estava. Mas quando eu olho novamente pra frente, eu me deparo pra uma árvore gigantesca na minha frente. Não deu tempo pra mim desviar, só consegui frear no último instante, mas já era tarde demais, eu bati contra a árvore. Não tão forte quanto eu imaginei que fosse. Não doeu no início. Mas percebi que eu não sentia o meu braço esquerdo. Até que meu avô foi ver, eu tinha quebrado. Eu vi o olhar de preocupação dos meus pais, e principalmente do Jake...

Meu avô me levou até o consultório dele pra voltar o meu braço no lugar. 

- Vai doer.- afirmou ele. Não deu tempo nem pra mim responder que ele já tinha voltado o meu osso no lugar.

- Aí!- gritei. Ele engessou o meu braço. Depois de alguns minutos eu apareci na sala.

- Não foi tão ruim assim.- disse reparando o olhar de preocupação no olhar do Jake. 

- Nunca mais me aponte uma dessas.- disse ele se aproximando de mim. Eu só afirmei com a cabeça.

Depois de duas semanas eu já estava sem nenhum arranhão. Um nada. Novinha em folha.

Flash Back OFF...

Quando tirei a minha mão do rosto da Lola, ela estava paralisada. Eu vi o olhar de culpa no rosto dela. Agora ela sabia de toda a verdade. De toda mesma. Desde o meu nascimento aqui aquele meu acidente com a bicicleta.

- Isso... foi você? Então esse mundo de vampiros, lobisomem existe?

-Sim.

- Mas como isso é possível?- ela diz com uma cara incrédula.

- Eu não sei. Só sei que você não pode contar pra ninguém. Nem pra sua mãe, ninguém. Você me entende?

- Claro. Então... o Jake, o Seth.... São Lobos?- ela disse isso como se fosse algo ruim.

- Sim. Mas não é algo ruim. Pelo contrário, e é algo maravilhoso. Namorar alguém diferente. Um pouco fora do comum. Faz bem. Principalmente quando se ama.

- Sua família... ela vai me quer...

- Como jantar?- a interrompo assim que percebo que ela não consegue achar á palavra certa.- Não. Eles são "Vegetarianos"- ela me olha com uma cara que não faz a mínima ideia do que eu esteja falando.

Eu explico tudo pra ela. Tudo mesmo. Sobre a minha família, sobre os Vulturi, sobre os Lobos. Com cada ponto-final, vírgula que pude, pra que deixasse tudo  às claras. E realmente ficou. Porque agora ela não me olhava como um monstro. E sim como a sua melhor amiga que eu sempre fui. Depois de muita explicacao ela resolve falar.

- Então... Você me perdoa? Por não ter acreditado em você? 

- Claro. Eu também reagiria assim. Não é algo que se acredite logo de cara. Leva tempo, e muita explicação.

- Bota muita nisso.- nós duas rimos.- Amigas?

- Amigas.- quando disse, ela já veio me dar um abraço tão apertado, que eu fiquei até sem ar.- Lola... Eu preciso... De... ar...- disse meio que ofegante.

- Desculpa. Eu estava com muita saudade. 

- Eu também.

- Eu preciso ir. Minha mãe deve estar preocupada comigo. Mas são 22hs. Já esta na hora.

Eu a companhei até a porta, ela se despediu dos meus pais e saiu. Eu dei um tchau de boa noite pra todos e subi junto com o Jake.

Quando chegamos ao quarto, eu me joguei na cama e fiquei fitando o teto, enquanto o Jake trocava de bermuda e tirava a blusa.

- Ela acreditou em mim. Imagina como eu estou feliz?- disse me sentando na cama.

- Posso ter uma noção. - disse sentando ao meu lado.- Amanhã você me conta como foi. Você deve estar cansada.

- Pois é.- quando disse me joguei na cama novamente, e o Jake deitou ao meu lado me puxando pra mais perto.

- Boa noite.- disse ele me dando um selinho demorado.

- Boa noite.- disse me ajeitando no peito dele.