História Minhas canetas (poesias) - Com seus olhares

As pessoas me olham,
Com seus olhares me reprovam,
Elas passam e fingem que não me notam.

O mundo de mim se isola, ou eu que me isolo do mundo?

Para elas sou uma aberração,
Uma pobre aparição,
Apenas mãos uma coitada sem nenhuma aptidão.

Então me deixem isolada, me deixem no mais vazio profundo.

Nesse mundo sou um fardo,
Nesse mundo eu aos poucos me desfaço,
Nesse mundo eu vivo num vazio e triste árduo.

Agora o mundo conseguiu me dar um sentimento imundo.

Desprezo, é o que as pessoas pensam quando me vêem,
Desprezo, é o que as pessoas sentem por mim,
Desprezo, eu vivo minha vida assim.

O mundo aos meus olhos se tornou sujo.

Ele que virou cruel,
Ele que se tornou infiel,
Ele que tirou dos meus olhos o mel.°

O mundo então se tornou inquieto,
O mundo então me entristeceu,
O mundo se tornou incerto.

O mundo com suas atitudes me poluiu, e tirou meu tudo.

As pessoas com suas forças me isolaram,
E eu frustrada chorei,
Pelas ações por mim não cometidas me incriminaram.

Então se for para me julgar por ações não cometidas, me isole.

E de novo as pessoas me julgam,
Como se fossem melhores!
Mas na realidade são muito piores.

Eu vou continuar vivendo mesmo que o mundo me abandone.

A verdade né dói,
Mas eu vou fugir,
Porque eu não aguento mais essa realidade que me corrói.

Mas eu preciso do mundo como as abelhas precisam do pólen.

E quando elas me olham por cima,
Eu desejo apenas sumir,
Mas meu rosto até parece um imã.

Me deixe partir, e tentar ser feliz, onde me aceitam como eu sou.

E eu como uma covarde fujo e choro,
Porque trajes eu seja uma fraca que não mais  aguente,
Mas eu largarei a corda que me segura antes que arrebente.