História Minhas canetas (poesias) - A ganância

Minhas risadas vazias,
Já não me alegram,
Essas bebidas coloridas,
Já não me embebedam.

Minha riqueza não me satisfaz,
E eu almejo mais grandeza,
Que enquanto não conseguir essa proeza,
Não ficarei em paz.

Embora tenha bebido todas as bebidas,
Depois de ter me drogado com todas as drogas,
Que esse mundo pode me oferecer,
Ainda não sinto prazer.

Satisfação é como um sentimento distante,
Que me esqueci como é sentir,
Esse sentimento parece não existir,
E sem ele vivo nessa vida entediante.

Minha ganância por satisfação,
É tão grande quanto poder,
Porque eu só irei me sentir satisfeito,
Quando tiver tudo que estou a querer.

Minha riqueza, sucesso e fama não são suficientes,
Para me deixarem contentes,
Me sinto insuficiente,
Para suprir meu lado exigente.

Então, procuro prazer em outro lugar,
Me divirto com várias garotas de programa,
Iludo todas as garotas bacanas,
Mas mesmo assim o prazer ainda estou a procurar.

Minha vida é miserável,
A ganância me deixa cada vez mais cego,
Eu fecho meus olhos por esse poder inigualável,
E meu lado doce e puro, eu enterro.

Eu quero me tornar o todo poderoso,
Quero que o poder seja prazeroso,
Quero que o meu dinheiro seja valioso,
Quero que olhem para mim e percebam onde cheguei por ser ganancioso.

Esse poder era tão grande,
Que fiquei submisso à ele,
Minha ganância era tão forte,
Que virei marionete dela.

E eu me viciei,
Em tudo isso que eu conquistei,
Esse vício não surte efeitos,
Me faz ser controle por todos os meus defeitos.

Me vejo cada vez mais enriquecido,
E cada vez mais vazio,
Estou completamente bêbado e perdido,
Com cada vez mais sede de poder.