- Uau- era a unica coisa que pude dizer diante da vista à minha frente. Sabia que era um sonho, pois me lembrava perfeitamente de me deitar em minha cama, mas ao mesmo tempo era tão real.
Eu estava em um enorme campo e sentia o vento bater em meu rosto e ele trazia o delicioso perfume das flores. Borboletas me cercavam e eu não sentia mais as dores de antes. Era o paraíso.
- Quem é você? - ouvi uma voz atrás de mim perguntar. Ao encontrar o dono da voz me deparei com uma linda garota de aparentes 15 anos. Ela tinha cabelos rosa , sim, rosa como chiclete e pele tão clara quanto o leite, e lisa como porcelana, usava roupas escuras e apontava uma espada pra mim. - Responda! quem é você? - percebi que mesmo com a espada na mão, ela n era assustadora.
- Me chamo gabriellla e você é?
- desculpe, não somos sempre assim, mas com os frequentes ataques estamos sempre alerta. - ela sorriu e guardou a espada em sua bainha e estendeu a mão para mim - prazer me chamo Hanna. - retribui o comprimento e o sorriso. Nossa conversa foi interrompida por um barulho que sai de trás de um arbusto atrás da garota, ela entra em posição de luta e eu fico atrás dela.
-Hanna ?- Escuto uma voz, masculina dessa vez, sair da direção da floresta.
- aqui - Hanna abaixa novamente a espada e sorri pra mim - não se preocupe, é o Jack.
Vejo um garoto bonito, alto e forte aparecer, ele tinha longos cabelos azuis e olhos claros, ele empunhava uma adaga em uma mão e um cantil cheio de agua em outra. Ele se aproximou veloz, empurrou Hanna e partiu em minha direção. Era meu fim.
- Quem é você? - Ele estava em cima de mim com a adaga em meu pescoço.
- M...Me chamo Gabrielle - Gaguejei. Hanna estava tentando tira-lo de cima de mim.
- Calma Jack! Ela não é um deles! Ela não tem aura ruim! - ela gritou.
Jack, muito contrariado, saiu de cima de mim e virou se pra Hanna.
- Vamos Hanna, não pretendo esperar o anoitecer para procurar um lugar para ficarmos - Disse ja andando
- Você esta certo! - ela se virou pra mim - volte para perto do seu grupo, e não se afaste novamente ! - Ela tambem ja estava se virando, quando eu a segurei de leve pelo braço.
- Espere! - Ela se assustou e pôs a mão sobre a espada e Jack me olhou atento - eu... Não sei onde estou! E não tenho ninguem... - Hanna me olhou se entender e eu soltei seu braço.
- o Jack não vai se importar se você ficar conosco, não é Jack?
- Hanna! - disse como uma criaça mimada
- Jack! - Hanna diz e ele revira os olhos.
- Tudo bem! Mas só até acharmos um lugar pra ela ficar! - Ela sorriu, o abraçou e deu um beijo em sua bochecha.
Seguimos caminhando pela floresta, e enquanto Jack ia mais à frente, pedi para Hanna me contar sobre aquele lugar. Descobri que ali era um lugar onde reinava paz e harmonia, até o rei e a rainha morrerem enquanto faziam uma viagem. A irmã mais nova do rei, assumiu o trono ja que eles não tinham outros parentes. Mas então o reino foi de mal a pior, pois como a nova rainha Millena não tinha forças pra proteger o reino sozinha ( era obrigaçao da familia real proteger todo o reino, ja que possuiam o maior poder), eles começaram a sofrer com constantes invasões, bombardeios, furtos e com pessoas desaparecendo o todos os dias.
Achamos um lugar para passarmos a noite. Ascendemos uma foqueira e montamos as barracas, enquanto Jack colocava o peixe pra assar perguntei pra Hanna o que eu mais queria saber
- Vocês são namorados?
- o quê? Eca! Nunca ! Somos irmãos ! O que te fez pensar isso ?
- bom... O jeito como conversam e até pintaram o cabelo, coisa de casal.
- quê? - ela riu - eu nunca pintei o cabelo!
- mas como...? Ele é rosa! - ela me olhou como se eu fosse louca.
- e o do Jack é azul e o seu é branco, nós nascemos assim - agora era minha vez de olhala como se ela fosse louca. Cabelo branco, aiai.
- por quê esta me olhando assim ?
- me vejo todos os dias, sei que meu cabelo é castanho! - ela riu
- onde você vive é assim que chamam essa cor ?
Eu puxei uma mecha do meu cabelo, que estava preso até então e gelei, meu cabelo estava branco.
- Ai meu deus! - ela se assustou com a minha reação.
-O que foi Gabrielle?
- isso é Branco! Meu cabelo est branco!
- foi o que eu disse !
- mas não era pra estar dessa cor!
- você, por acaso, é um camaleão? - Jack que havia terminado de assar os peixes, agora estava rindo de mim.
- não sou! Só que essa não é a cor do meu cabelo!
Terminamos aquela concersa, que estava me chateando e fomos comer. Apesar de ser um sonho eu estava faminta.
- Aii- eu falei quando espetei meu dedo.
- o que foi? - Jack falou pegando a adaga e Hanna correu para olhar olhar o que tinha acontecido.
- espetei meu dedo!
- em quê?
- em uma espinha de peixe, está sangrando!
Jack arqueou uma sombrancelha e e voltou a se sentar.
- espere um minuto! - a garota disse, entrou em uma barraca e voltou segundos depois trazendo consigo o cantil - aqui está, estenda a mão.
Eu estendi e ela virou a vasilha deixando o liquido gelado escorrer em minha mão.
- ué, mas onte está? Pela quantidade de sangue deveria ter um corte profundo! - procuramos nos outros dedos mas não achamos nada.
- Qual o seu tipo de magia ? Ainda não tinha conhecido alguem que tivesse cabelo branco. - quem perguntou foi o Jack
- magia? Eu não tenho isso. - pronto virei uma paida pois os dois começaram a rir.
- qual a graça? - perguntei ja sem paciência.
- Gabrielle, todo mundo tem magia!
- bom, mas eu não tenho!
Teminei de comer e entrei na barraca pra dormir logo atrás de Hanna.
- Não queriamos irrita-la, sinto muito.
- Eu que não deveria ter sido grossa daquele jeito, ainda mais com quem está me ajudando.
Nós duas rimos e ela me explicou algumas coisas sobre magia, e logo peguei no sono.
Acordei no meu quarto, ainda era tarde, me levantei me sentindo suada, fui até o banheiro e me despi. Senti uma dor em minha mão e vi que dela escorria um liquido vemelho, fui até a pia para lavar a minha mão e, MEU DEUS! Meu cabelo estava branco, olhei novamente para meu dedo que sangrava e me lembrei da espinha. O sonho era real.
Tomei meu banho e me deitei colocando um gorro para que minha mãe não pirasse quande visse meu cabelo branco, eu o pintaria quando tivesse oportunidade. Pluguei o fone no meu celular e comecei a escutar música de olhos fechados.
Me assusto com alguém tocando meu rosto gentilmente
- Gabi ?
- Oi mãe - falo quase num sussurro
- esta na hora de tomar o remédio.
Apoio as duas mãos sobre a cama e com a ajuda da minha mãe escorada na cabeceira da cama. Minha mãe me entrega o remédio com um copo de água, Engulo o remédio com água rapidamente e devolvo o copo pra ela.
- Eu vou prepara um lanche pra você - minha mãe fala se levantando e me dando um beijo na testa, logo em seguida ela sai do meu quarto.
Fico olhando pra janela do meu quarto observando as pessoas passarem na rua. Minutos depois minha mãe volta e ouço quando ela fechar a porta.
- gabi ?
Olho pra porta e a vejo parada com uma bandeja na mão com um copo de suco e um pedaço de bolo. Eu estava faminta
- Você tem visita!
Minha mãe fala colocando a bandeja sobre minhas pernas
Em seguida uma ruiva aperece e relembro da noite anterior, meus olhos começam a merejar
- eu ... Vou deixar vocês a sós - minha mãe fala abrindo a porta do quarto, dando espaço para a ruiva entrar no quarto e se aproxima da cama
- Gabi ...
- por favor. ..vai embora - falo com a voz embargada pelo choro
- eu sei que você esta com raiva eu entendo, não te julgo por isso, você tem toda razão de estar, eu errei ok ?
- vai embora - fala sentindo as lágrimas escorrer rapidamente
- Gabi por favor ...
- sabe o que mais me decepciona kimberly ? E que eu realmente estava acreditando que você era minha amiga e que eu podia confiar em você pensei que você era diferente, mas você... Você é como todos os outros... Como eu fui tão cega ao ponto de confiar em você? - olho pra ela e vejo suas lágrimas sairem - sabe... Eu só não entendo por que elas fizeram o que fizeram comigo
- Gabi ...
- fala pra mim, por que elas fizeram aquilo?
- kimberly ? - minha mãe aparece na porta - ela precisa descansar
- não, mãe - falo
- kimberly - minha mãe fala olhando séria para ela
- tchau gabi
Kimberly sai do quarto.
Depois de uns minutos recebo uma mensagem dela, abro e leio
"Elas me disseram que você deu em cima do Lucas clark, namorado da Melanie, por isso ela queria conversar com você. Não imaginei que aquilo aconteceria "
Eu estava frustrada, eu esbarrei no garoto sem querer e me fraturaram duas costelas, imagina se fosse querendo!
- maaaãe - gritei para ter certeza de que ela ouviria.
- ooi - ela gritou subindo as escadas
- me faz um favor? - falei quando ela passou pela porta.
- ta bom, o que você quer ?
- Nunca mais deixe aquela garota por os pés aqui em casa.
- por que isso ?
- só me prometa.
- prometo.
- obrigada.
- vou buscar umas panquecas que acabei de fazer. - balançou o celular na minha frente - da proxima vez mande uma mensagem. - saiu fechando a porta.
Quando minha mãe voltou, senti o cheiro das panquecas, recém preparadas, inundar meu quarto, e eu estava faminta. Assim que ela saiu peguei o telefone e fui no google pesquisar sobreo meu sonho, mas como eu imaginei, não havia nada de últil ali. Comi minhas panquecas e voltei a ouvir música pensando em meu sonho.
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