Chegou em casa com as lágrimas que tanto segurava, já desabando. Seus pais estavam na sala, vidrado em um programa que passava na televisão, e nem perceberam sua presença. Subiu para seu quarto, trancou a porta, colocou suas coisas em cima da cama, e abriu seu estojo. Pegou o apontador de seus materiais da escola, quebrou e pegou a lâmina. Foi direto ao banheiro, e se sentou no chão.
“Ninguém precisa saber” ela repetia para si mesma “ninguém se importa”.
Colocou as costas da mão virada para baixo, pegou a lâmina e começou a fazer cortes em seus pulsos. O sangue ia escorrendo por seus braços até caírem no chão e cirar com gotas vermelhas no piso branco. Conforme cortava, a dor externa aliviava sua dor interna, a dor de seu coração.
Por que contaria a alguém? Afinal, ninguém se importava com ela.
As lágrimas e os cortes refletiam toda sua dor e sofrimento. Pena que ninguém se importava.
No dia seguinte, quando perguntarem o porquê de ela não tirar o agasalho, ela dirá: “é só frio”
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