-me passa essa merda.
-Você que manda.
Imediatamente a July apareceu. Eu gritei desesperada:
-Que droga July, eu pedi pra você ficar lá em cima.
-O que você tá fazendo com esse imbecil e isso na mão?
Ela deu um tapa na minha mão me abraçou e saímos andando
-Vem, vou te tirar daqui
Comecei a chorar e a abraçar ela enquanto íamos voltando pra debaixo do prédio, pensando no que eu estava fazendo da minha vida, parece que a garota de 8 anos atrás que ia todo domingo a missa, e dizia que jamais iria experimentar alguma droga, mudou.
-Luna, eu mesma liguei pra sua mãe, você vai dormir lá em casa hoje.
-Ah, Tudo bem.
Eu estava tão perdida nos meus sentimentos que não conseguia falar muito, estava ocupada pensando onde aquela menina há se perdeu em meio tantas festas e bebidas, porque eu tinha um desejo enorme de morrer e não de ser cantora?
-Luna, isso são cortes?
-Não, quer dizer, sim, mas não.
-Amiga você não precisa disso, você é melhor que isso, eu te amo, você tem que se amar você
-você não me ama, todas as minhas amigas me diziam isso, e cadê elas?
-A vida muda, mas elas não deixaram de amar você
-Será? Porque pelo que eu me lembre eu sempre fui a 2 opção dos "grupinhos" nunca fui alguém importante, sempre fui insignificante.
-Talvez por que você era você, e elas só seguiam umas às outras, mas eu te amo do jeito que você é.
-Supondo que sim, e então você morre, e novamente ninguém me ama, qual é o sentido da vida? De viver? Se ninguém gosta de você, você não é uma boa aluna, você não agrada seus pais, você não tem amigos, me diz?
-Não procure sua felicidade em agradar os outros, e aí você vai achar um sentido pra SUA e só sua vida.
-Eu não estou vivendo, eu estou aturando cada segundo que passa.
-Por enquanto.
(Trovão)
-Eita vai chover!
-idai, não tenho medo de água.
-mas e de raio?
-também não, se me atingir, pelo menos é uma saída pro meu sofrimento.
-Cala a boca!
-É a verdade.
-Minha mãe chegou vem.
Ela estendeu a mão pra eu levantar e então fomos em direção a chuva e ao carro.
-Oi meninas se divertiram?
-Sim né Luna?
Ela me cutucou.
-é sim, sim, sim.
-A Luna tá cansada não liga mãe.
O resto da estrada foi silêncio mortal.
-Chegamos meninas
-Chegamos Luna.
-ah ta
Descendo do carro eu tropeço. A mãe da July desconfiou, mas eu fiz cara de sono e então ela parou parou de desconfiar. Eu tentei evitar falar pra não mostrar o bafo pra chegar e tropeçar, aff né.
Assim que entramos, cheguei no quarto, fechei a porta e chorando tirei com o demaquilante a Maquiagem. E me joguei na cama e chorei até dormir.
No dia seguinte tem aula, e a ressaca vai ser braba, mas ninguém sabe o que nos espera.
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