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História Minotauro - Capítulo 1


Escrita por: Sou1Estrela

Notas do Autor


Oi meus amores, minhas Estrelinhas. Mil perdões pelo meu sumiço! Eu realmente sei que fui uma babaca em sumir sem avisar nada, mas eu NÃO DESISTI DAS MINHAS FANFICS! Mas eu juro que estou sem tempo de escrevê-las, estou muito ocupada mesmo, e rezando por férias para poder atualizar tudo!
Como eu disse no prólogo, esse capítulo não deveria sair nem tão cedo, mas algumas de vocês (coisas mais fofas 😍😍) me enviaram mensagens preocupadas, eu estou bem gente, apenas muito atarefada.
Semana que vem entro de recesso e começo a escrever como louca! Apenas estou postando agora essa fanfic pois já tinha esse capítulo escrito, OGDP está parado desde o último capítulo. E eu simplesmente não consigo esperar para postar Minotauro kkkk. Vcs não tem idéia de como estou apaixonada pro essa história, então não posso garantir quando vai sair cada capítulo, podem demorar, dias, semanas ou meses, mas ele vão sair sem aviso, então sugiro que favoritem e comecem a me seguir.

Enfim, boa leitura. Amo vcs, obrigada pela preocupação 😍💙

Capítulo 2 - Capítulo 1


     Aaron não se sentia nada bem enquanto caminhava silenciosamente pela floresta coberta por um manto fino de neve recém caída, já faziam três dias que nevava sem intervalos, naquela manhã o tempo permitiu uma trégua para que ele fosse em busca de comida, a caça era muito escassa no inverno, e isso dificultava muito a vida de todos em Nova Grécia, já que também nada cultivável cresce nessa época, os piores tempos também se passam durante o inverno, sem comida, com mais frio que o normal, quase nenhum alimento. Ser contagiado pelo vírus mortal é a menor de todas as preocupações já que o mesmo não se desenvolve bem no frio, mas para quem está doente é a hora de encomendar o caixão. O vírus se aproveita do calor do corpo e se fortalece com o mesmo, e enquanto isso a vítima se enfraquece e vai ao óbito.

    Aaron já havia sido infectado, por sorte aconteceu durante o verão e ele contou com a ajuda de Taylor Caniff, seu melhor amigo de infância que se tornou chefe da província Tandeline aos dezenove anos, Aaron trabalhou com ele por muitos anos, como seu braço direito. Porém, Hania sempre odiou a forma como Taylor comandava tudo, e quando começaram a namorar ela exigiu que Aaron abandonasse o cargo. Ele atendeu sem pensar duas vezes. Taylor não gostou muito da decisão, mas nunca exigiu que Aaron voltasse, e também nunca abandonou seu melhor amigo.

    Aaron sempre foi treinado para ser forte por ter sido criado com Taylor. Aari não conheceu os próprios pais, os pais de Taylor o encontraram recém nascido e criaram o bebê, eles dois sempre foram preparados para serem durões, serem líderes, para então passar no Teste do Labirinto. É aos pais adotivos que ele deve tudo, sua vida inclusive, durante o luto pelo casal os garotos precisaram aprender a sobreviver sozinhos, o treinamento do Sr. Caniff foi de ótima ajuda, Taylor conseguiu seu lugar na hierarquia e levou Aaron consigo. Mas então Hania apareceu e ele renunciou o cargo.

    Agora, Aaron respirou fundo e arrumou o casaco mais pesado no corpo, o frio estava machucando seus olhos e ressecando sua garganta, a boca rachada também não ajudava a melhorar a situação, depois de  passar a manhã inteira vagando pela floresta ele decidiu verificar suas armadilhas antes de voltar para casa, ele sentiu a falta de Hania pela décima vez naquele dia, com ela ela já teriam conseguido ao menos um pássaro. Afastou os pensamentos sobre ela e andou para mais perto da cerca de avisos, normalmente os animais ficam por ali, se aproveitando da proteção da muralha. Ele passou o arco ao redor do peito e jogou a aljava por sobre o ombro, atravessou uma árvore caída e escorregou no gelo.

    - Que droga! - levantou batendo a neve da roupa.

    - Deve ser por isso que o Taylor não sente sua falta, você é patético.. - ele ouviu uma voz masculina dizer, olhou na direção dela e viu Nash Grier, o substituto para o cargo de braço direito de Taylor. - Levanta daí, Carpenter, seu idiota! Ele quer te ver.

    - Uau, Grier! Gentil como sempre. - Aaron revirou os olhos irritado, ele percebeu o quão enferrujado na caça estava, como pôde não perceber a aproximação do garoto?

    - Quer doçura? Vá trabalhar na padaria, faz muito mais o seu estilo assar tortas, vai se matar dessa forma, deveria agradecer aos céus pelo apoio que o Taylor te dá, mas preferiu trocar isso tudo por uma vagabunda.

    - Não me teste, Grier, retire o que disse sobre a Hania. - esbravejou Aaron levantando da neve e batendo nas vestes, Nash sempre era hostil com ele e Aaron nunca descobriu o motivo, mas desde o início Aaron nunca levou desaforos para casa, ainda mais quando o idiota atacava a Hania . - Você não tem esse direito.

    - Ui, que revoltado, para de falar merda e vamos até o escritório.

    Aaron controlou a raiva, ele sabia que não iria adiantar discutir com Nash, Taylor não ficaria feliz com aquela discussão, e seja lá o que ele quisesse falar deveria ser importante a ponto de mandar o inimigo número um do amigo entregar a mensagem, então decidiu deixar para depois e seguiu o rapaz pela floresta gelada e vazia, incomodado com a presença do loiro que estava vestido incrivelmente bem, tanto no estilo quanto na proteção contra o gelo. “Proteção contra o gelo”. Tudo o que ele precisava conseguir para a garota de sua vida, o que ele falhou em conseguir. Olhando para Nash que andava graciosamente pela neve como se flutuasse, Aaron começou a sentir a pele formigar e os olhos encherem de lágrimas, franziu a boca e fechou os olhos com força, abrindo-os logo em seguida, ele não daria para Nash o gosto de vê-lo cair novamente, e para buscar conforto decidiu deixar a mente viajar pelas memórias com a namorada.

    Com nove anos Hania perdeu os pais e a irmã, ela tentou vender alguns pertences na feira da província, porém, sem conseguir qualquer lucro a menina se viu sozinha, mas Aaron ajudou a sobreviver, ele passou o treinamento para ela, e quando perdeu a família adotiva a levou para a casa dos falecidos Caniff. Ela e Taylor nunca tiveram uma boa relação, os dois geniosos e Taylor sempre pretensioso, mas por ser o mais velho os dois menores eram obrigados a obedecer as ordens do jovem. Com dezenove anos ele tomou o cargo de comandante da província, com onze anos Aaron apoiou o irmão, com treze anos Hania desenvolveu suas habilidades de sobrevivência. Mesmo com as divergências os três viveram por vários anos juntos, até que Hania e Aaron desenvolveram sentimentos amorosos um pelo outro, ela havia acabado completar dezessete anos e teve a sorte de se safar do Teste, Aaron com quinze era o braço direito de Taylor. A menina nunca escondeu que não apoiava a forma como o amigo comandava de forma cruel, e exigiu que Aaron abandonasse o cargo.

    Juntos os dois abandonaram a morada com o Caniff e passaram a se manter sozinhos por implicância da menina com o mesmo, Taylor prometeu que apoiaria o único familiar, mas que desse dia em diante eles estariam por conta própria. Desde então o casal vive pulando de casa em casa e para conseguir algo precisam realizar trabalhos, claro que não se orgulhavam do que faziam, mas qualquer coisa é melhor do que fazer parte da sujeira de Taylor, pelas palavras de Hani. Porém, Aaron sempre soube que por trás de todo o desprezo os dois surtem um sentimento muito forte um pelo outro, um sentimento bom, talvez seja até esse o motivo da convocação dele para o QG do chefe da província, com certeza Taylor tinha conhecimento o que tinha acontecido, ele tem espiões por todo lado isso não é novidade.

    Nash passou por uma brecha na cerca metálica que marcava a propriedade do QG sem se certificar de que Aaron o seguia, o moreno respirou fundo fazendo uma fumacinha sair da sua boca em maior quantidade, e então também passou pela brecha. O terreno precisava urgentemente de uma limpeza, um monte de entulho estava espalhado por todo o espaço, assim como a neve suja, Aaron sentiu sua típica vontade de organizar tudo aquilo, seu TOC as vezes chegava a ser muito inconveniente.

    - Acho que você já sabe o caminho, tenho coisa mais importante pra fazer do que servir de babá pra otário. - Nash parou no portão do edifício e encarou Aaron.

    - Vá limpar as privadas do apartamento do Taylor, empregadinha. - Aaron precisava aumentar seu vocabulário ofensivo.

    A boca do loiro se contorceu em um sorriso sarcástico.

    - Não sou eu que ando lambendo o cu dele pra conseguir abrigo, é uma pena que não tenha adiantado de muita coisa, fiquei sabendo que você chegou muito tarde, a sua vadia está bem?

    Aaron sentiu os pelos da nuca arrepiarem com a raiva que lhe subiu a cabeça, ele deixou o impulso agir por si só e ergueu o braço com a mão fechada, desferindo um soco com força no olho do garoto que desfez o sorriso com o impacto e se afastou em passos rápidos.

   - Filho da puta!

   Nash cambaleou pesadamente na direção de Aaron erguendo o braço em um movimento veloz pronto para desferir o golpe, o moreno levantou os braços acima da cabeça formando um X que defendeu seu rosto do murro de Nash, e então girou os punhos e agarrou as mãos dele torcendo seu braço, o garoto soltou um berro grutal e em um impulso se desvencilhou das mãos de Aaron se agachou em um movimento ágil e derrubou o moreno com uma rasteira, e então pulou sobre o corpo do mesmo e esmurrou o rosto dele, mesmo sentindo uma dor extraordinária Aaron segurou um dos punhos de Nash e chutou sua coxa o tirando de cima de si, estava preparado para bater no rosto do rapaz quando um grito com convicção os interrompeu.

   - Parem agora com essa palhaçada! - berrou Taylor descendo os degraus da escada corroída do prédio velho. - O que pensam que estão fazendo?

   Ele andou pesadamente até os dois que estavam na imóveis ainda no chão e agarrou a parte de trás da gola da capa invernal de Aaron o jogando para o chão de pedra sem nenhuma cerimônia, Aaron caiu pesadamente e se levantou logo em seguida em um só impulso. Taylor então agarrou a gola de Nash e o pôs de pé em um solavanco, Nash se afastou e arrumou as vestes amarrotadas com uma careta.

   - Nash, sua missão era entregar uma mensagem para Aaron vir me encontrar, e não quebrar a cara dele! Posso saber o que aconteceu?

    Taylor sempre impassível e absoluto, todos conheciam o gênio difícil do Comandante Caniff, e todos concordavam que não é uma boa ideia desafiá-lo. Com seus vinte e quatro anos era o comandante mais jovem já visto em toda Grécia, e também o mais estiloso, mesmo vivendo em meio a uma província destruída e carente, Taylor ainda conseguia se manter com aparências, naquele dia usava um casaco marrom claro que cobria o suéter cinza por cima da camiseta, calça preta térmica, coturno da mesma cor que o casaco, e a bandana que nunca deixava seu figurino desta vez era amarela. Aaron costumava brincar que as bandanas eram as coroas de Taylor, pois ele realmente poderia se passar por um rei, mesmo com a pouca idade o Caniff era um líder nato, poderoso e temível. E o irmão de criação sempre foi o único com direito de resposta.

   - Essa pergunta deveria ser feita para mim. - Aaron levantou do chão e arrumou a roupa - Da próxima vez que quiser falar comigo, mande um mensageiro, e não uma besta. Você sabe que…

    - Chega, Aaron. - Taylor o calou com um aceno de mão. - Não me importa, Nash, espero que tenha terminado de organizar a papelada que eu te mandei.

    - Eu estava terminando quando..

    - Então vá terminar!

    - Sim, senhor.

    Nash se encolheu, fez uma reverência de cabeça e subiu as escadas indo para sua sala. E então Taylor se voltou para o amigo que estava com cara de paisagem.

    - Quanto a você, me acompanhe.

    Aaron baixou a cabeça e seguiu Taylor pelo prédio decadente, subiram as escadas mal feitas e atravessaram o corredor até o sexto andar onde ficavam os escritórios de Taylor, ao contrário do térreo a partir do segundo andar estava tudo bem limpo e organizado, a sala dele era bem iluminada e ficava no início do corredor, na porta de madeira lustrada estava fincada uma plaquinha de madeira com os dizeres “Comandante Caniff, bata na porta ou mando arrancar seus dedos”. Aaron se lembrou da vez em que ainda tinha onze anos e não sabia ler, ele entrou sem bater e presenciou algo que gostaria de apagar da mente, Taylor estocava uma prostituta sobre sua mesa e os dois estavam completamente nus, Aaron bateu a porta de olhos arregalados e bochechas incrivelmente coradas, Taylor gritou com ele por vários minutos, mas depois teve a decência de lhe explicar o que sexo era, além de pagar um professor para ensiná-lo a ler. Ele sorriu ao se lembrar disso e então entrou na sala.

   Uma lareira estava acesa no canto, a mesa quadrada e lisa coberta de papéis estava na parede oposta, uma estante rústica repousava ao lado de vários armários metálicos onde ficavam os documentos de todos que viviam em Tandeline, acima da lareira estavam vários porta retratos com fotos de Aaron, Hania e Taylor quando ainda moravam juntos. À esquerda da mesa ficava um suporte de madeira onde estavam as medalhas bem organizadas dos antigos chefes e a de Taylor, e na parede direita uma enorme janela de vidro com visão ampla para as casas e a muralha.

   - Muito bem, sente-se. - Taylor ordenou e se sentou na própria cadeira, Aaron sentou em uma das cadeiras de visitantes em sua frente e esperou que ele começasse a falar, mas o mesmo enrolou enquanto arrumava seus papéis.

   - E então? Porque estou aqui? - perguntou impaciente.

   Taylor levantou a cabeça devagar e encarou o garoto em sua frente, tão frágil como qualquer outro adolescente, porém muito forte como qualquer um que tivesse sido criado pelos Caniff. Os cabelos pretos estavam bagunçados como um ninho de ratos, o olho começava a inchar em consequência da recente briga, e a neve que contrastava com o preto de suas roupas começava derreter pelo calor do fogo na lareira. E por mais que Taylor o tratasse de forma dura, era apenas para tentar protegê-lo, aquele era o único garoto por quem ele daria a vida.

    - Sinto muito pelo que aconteceu com Hani…

   Aaron bufou entediado, já haviam passado três dias e Taylor decidiu apenas falar algo agora.

    - Não, você não se importa. Tem noção que.. - Aaron começou, mas foi interrompido pelo outro.

    - Eu ainda não terminei! E sim, já fazem três dias. eu tenho meus motivos para não ter aparecido, sinto muito por isso também. De qualquer forma…

    - Ela é sua irmã, Taylor! - Aaron se levantou bruscamente derrubando a cadeira e apontou o dedo para o rosto dele. - Você nem ao menos foi nos visitar, demonstrar que fez alguma diferença!

   Taylor também se levantou e deu um tapa na mão de Aaron, e então apontou o seu dedo indicador para ele.

    - Espero que saiba o que está fazendo! Minha irmã? Se fosse assim deveria ser sua também, mas isso não te impediu de fugir com ela!  - gritou ele. - Sente nessa droga e escute!

    Aaron levantou a cadeira e se sentou bufando irritado e apoiou o queixo na mão.

    - Não é sobre ela que eu quero falar, mas eu realmente sinto muito… - Aaron abriu a boca para contestar, mas Taylor o calou levantando a mão. - Mesmo que você não acredite. Agora, o que interessa. Aari, você completou dezessete anos.

    - Oh não…

    - Arron, se me interromper mais uma vez vai sair daqui coberto de sangue, e direto pra uma cela no porão!

    Aaron se calou e se arrumou na cadeira.

    - Você tem dezessete anos, e estamos à um mês da seleção, entende que precisa se preparar?

    - Não vou ser escolhido, e se eu for…

    - Vai ganhar! Não quero saber o que se passa por sua cabeça, apenas irá passar por aquele maldito labirinto, vai se livrar para sempre dessa praga, e vai orgulhar meus pais, onde quer que estejam.

    - Você já os orgulha.

    - Não se finja de inocente, Aari. Talvez não esteja sabendo de tudo, mas sabe que não sou nenhum santo. O que estou dizendo é que quero que fique a salvo, tenha uma boa vida, se passar no teste terá tudo isso e mais.

    - Deveria saber que eu apenas serei feliz se estiver com a Hani.

    - Então nunca será.

    - Se já terminou, eu preciso ir.

    - Não terminei. O ponto é que quero voltar a te treinar, de última hora, quero que venha morar aqui.

    Aaron sorriu cínico.

    - Vai me colocar no quarto do Grier também? - Taylor abriu a boca, mas Aaron continuou. - Sem chance, quero distância disso aqui, eu prometi a ela…

    - Isso não importa mais. Sua vida é que está em risco agora.

    Aaron se levantou novamente, pensou um pouco antes de responder, andando de um lado para o outro e gesticulando freneticamente.

    - Tay, eu não me importo! Nada mais importa, estou vivendo no automático! Entende? Apenas acordo e vou em busca de comida, volto e durmo de novo, com ela eu… Tenho um motivo pra sorrir.

    - Aari, eu entendo, mas isso não significa que acabou.

    - Talvez eu queira que termine, pra nós dois. Já se foi tudo que tinha que ir, já vivemos o que tínhamos que viver… - havia um nó na garganta dele, e seus olhos arderam com lágrimas que ele não deixou escapar.

    - Pare! Não quero mais ouvir isso. - rosnou Taylor. - Aaron, você tem uma chance de vida nova. Não jogue fora.

    - Não posso levá-la comigo…

    - Chega! - Taylor gritou e se levantou apoiando as mãos na mesa. - Treine, se prepare, se for escolhido vai ser o vencedor. E pronto. Agora, quero falar sobre a casa.

    - Ótimo, mais um motivo, eu não sei para onde ir, já procurei em cada buraco desse lugar, não existem mais casas vazias.

    - Você pode vir para cá. Mas precisa devolver a casa, tenho uma fila de sem tetos para abrigar, e eles me pagam.

    - Eu já disse que posso pagar.

    - Você não consegue nem comida para duas pessoas, quanto mais pagar um aluguel. - Tay jogou a mão por sobre o ombro em um gesto rápido.

    - Eu não me importo, mas não volto para cá. Não se preocupe, terá sua casa, em poucos dias, menos de uma semana. Eu juro. Agora, preciso ir.

    - Passe na cozinha e pegue alguns pães, está magro como um gato de rua. Faça algo a respeito ou mando te buscar e não sairá daqui.

    - Tchau, Taylor. - Aaron jogou a aljava no ombro e saiu sem olhar na face do amigo.

    Limpou a lágrima fugitiva e correu até o segundo andar onde ficava a cozinha, o cheiro da sopa para o jantar fez sua barriga roncar, a contragosto pegou alguns pães da cesta de vime sobre a mesa e encheu seu cantil com caldo de carne, haviam várias frutas espalhadas pela mesa de pedra encostada na parede, pegou uma maçã e saiu antes que algum dos empregados de Taylor brotassem por lá. Passou pelo buraco na cerca e correu pelos moradores que desmontavam seus negócios falidos.

    Aaron sabía que recusar a oferta do amigo era egoísmo, muitos daquelas pessoas matariam por uma morada segura, confortável, quente, com comida e água, mas não. Ele não ia desonrar sua palavra, ele não abandonaria a namorada, nunca. E o teste do labirinto seria um grave problema se Aaron fosse escolhido. Não, ele não podia ir, não sem a Hania. Mas várias perguntas retumbava em sua mente, como se livrar do teste? Como sobreviver sem Hania ao seu lado? Como colocá-la dentro da disputa quando a garota já tinha dezenove anos? Como ele faria para que ela sobrevivesse caso conseguisse realizar o ato? Mas a maior pergunta de todas, como curar a menina sem dinheiro e sem meios?

    Atravessou a rua e escalou um monte rochoso tomando cuidado para não escorregar no gelo acumulado, no topo conseguiu ver a minúscula casa que o Caniff lhes emprestou, e onde Hani repousava. A hipotermia deu lugar a uma gripe muito forte que precisava de tratamento com pílulas, Aaron tirou o último comprimido do bolso e olhou para ele. Algo tão pequeno, mas com o poder de salvar vidas. Ele ia precisar conseguir mais, se quisesse a namorada viva. E ele queria, mais do que a própria vida ele prezava a da morena debilitada, e perder a mão de obra dela foi um golpe para a sobrevivência dos dois, Hani sempre foi ótima caçadora, e muito boa com suas habilidades e com a barganha. Claro que ela utilizava de seus dotes biológicos, o belo rosto, os olhos azuis como o céu, e o corpo estonteante, mas apenas para convencer, Hani não era uma prostituta, ela sabia o que fazia, e respeitava Aaron mais do que tudo. E com esses artifícios ela garantia 50% da vida deles, mas com ela de cama garantir os outros 50% estava muito complicado.

    Maldita ideia de deixá-la sozinha, se Aaron tivesse mais autonomia teria arrastado a garota até o QG quando foi atrás de ajuda, mas obviamente ele não comandava as ações da namorada teimosa, e por isso sabia que era o culpado. Hania não tinha consciência das consequências das suas ações impensadas e egoístas, mas ele sim, e por esse motivo deveria ter lutado. Aaron não cometeria o mesmo erro duas vezes.


Notas Finais


É isso queridos, espero que tenham gostado. PQ EU TÔ AMANDO ESCREVER ISSO KKKKK.
Logo eu volto com OGDP.
Comentem o que acharam pra me incentivar, por favor 💜
Favoritem
Divulguem pq estou sem tempo para isso 😢.
Bj Bjs ❤ ❤ ❤
Amo vcs, obrigada por tudo


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