História Mischievous Sweetness - Vigésimo Quarto

Sentou-se junto daquela mulher no sofá do salão, observou-a a bebericar um chá e atenta a algo que lia no notebook – Foste uma fera naquele confronto com tua meia-irmã. – sorriu – Gostei da atitude protetora sobre mim, Tea. – juntou-se mais a ela e acabou por depositar um beijo na lateral ao descoberto do seu pescoço.

- Ela está a me testar Takanori e eu acabo com ela se ela insistir em falar demasiado. – suspirou e contorceu-se perante mais beijos no seu pescoço – Para com isso. – soltou uma gargalhada.

- Vou tentar concentrar-me nestes dois dias, Tea mas… na sexta-feira és operada. Porquê esta urgência? Que te disse o medico esta tarde?

- O tumor aumentou, Takanori. – ela confessou – Antes que se perca a oportunidade de ser apenas operável, o neurocirurgião decidiu assim. Não poderei ir à tua mansão nos próximos dias. – brincou com a situação.

- Fechou no Domingo, as remodelações já começaram. – informou-a – Combinamos as férias com aquelas que tenho na empresa, portanto… - suspirou – eu irei ficar por perto, ok.

- Sabes que não é necessário. – foi beijada e sentiu-se mais relaxada

- É necessário sim, eu gosto de ti e preocupo-me. Depois que sair da empresa irei ter ao Centro Medicinal. – avisou-a então.

Uruha caminhava confiante ao lado da secretária que, prontamente, se havia oferecido para o acompanhar até ao escritório da Diretoria, a mulher desfazia-se em sorrisos e seu olhar parecia memorizar cada milímetro do corpo dele e o moreno sentia-se divertido, normalmente mantinha-se nos “bastidores” da “Den of Doom” e era sobre Kai e Ruki que recaia toda a atenção feminina. – Por favor… - a mulher indicou a porta do escritório – como o Diretor temporário é o assistente pessoal da Diretora, não tem quem o anuncie. – explicou a secretária.

- Não se preocupe eu conheço o Diretor temporário. – informou e a mulher anuiu. Viu-a dar um breve toque na porta de madeira e logo um “Sim” se fez ouvir.

- Diretor… - a mulher espreitou – tem… - Uruha afastou a porta e assim anunciou sua chegada.

- Yo, Matsumoto! – acenou e o outro sorriu-lhe.

- Obrigada. Pode ir. – falou para a secretária, esta sorriu timidamente e retirou-se ao mesmo tempo que Uruha fechava a porta.

- Viva o luxo, Ruki-kun. – Uruha assobiou e começou a caminhar sem rumo pelo escritório da Diretoria e a apreciar sua decoração clássica mas bonita.

- Conseguiste alguma coisa? – Takanori questionou-lhe então.

- Hum… Milena Moretto tem andado ocupada em explorar tudo o que possa ajudá-la em nos atacar e à sua meia-irmã. Mas se ela falar para a media e a notícia seja, realmente, aprovada eu terei tudo para arrasá-la com nossos acordos de secretismo e curiosamente esta manhã um grupo, poderoso, de advogados contactou-me e apresentou-me todo um plano que poderá mesmo, arrancar muito dinheiro da herança da família Moretto, visto que a filha mais nova do teu Diretor-chefe não tem ganhos pessoais. – encarou o amigo e sócio – Ficas bem atrás dessa mesa. – riu-se e o outro suspirou – Kai falou que a tua empresária está doente. – murmurou então – Enrico Moretto não tem, realmente, conhecimento da condição dela? – o amigo negou – Supostamente ela é seguida por gente a mando do pai e irmã mais nova. Como é possível não saberem de nada?

- Enrico Moretto desconfia que algo não está certo mas creio que não tem uma pista acertada.

- Tea corre perigo nessa operação? – perguntou num tom meio de secretismo – Tumor cerebral. – apertou lábios e sentou-se na frente da mesa, mantendo o contacto visual com seu amigo.

- Felizmente é operável e não é considerado grave. – Takanori explicou – Voltando à conversa. – adiantou – Milena tem que ficar em silêncio, a última coisa que precisamos é de um escândalo com alguém de grande importância empresarial como Tea.

- Ruki-kun tu andas a dormir com essa empresária, creio que foste tu quem deu o primeiro passo para tal. – suspirou suas palavras – Se bem que isso ajudou a mansão, de certo modo, ela criou uma espécie de muralhas em nosso redor através da aquisição de terrenos. Se a tua empresária quisesse, dificultava-nos a vida. Kai aceitou o pedido da filha dos novos sócios de Tea Moretto. – riu-se – Primeira vez que aquele tipo aceita uma requisição e… por uma semana. – confessou divertido o que arrancou uma breve gargalhada ao outro – Vais mesmo terminar carreira de Host? – lembrou de questionar.

- Tenho 33 anos, Uruha. À três anos que sou Host principal e atração, ambos sabemos que no Japão também tive minha dose como Host a fim de pagar estudos. – recostou-se – Tenho dinheiro suficiente para viver em constante luxo. O meu substituto foi bem escolhido, não haverá problema com tal, depois de mim é ele quem mais é desejado.

- Muito bem. Apos a remodelação a abertura será brindada por ele. – Uruha disse – Vais participar, tipo, entregar o testemunho ou assim?

- Pensarei nisso nos próximos dias, ok. – respondeu e o sócio assentiu.

- Diz-me Ruki-kun…a tua aposentação da carreira de Host tem algo a ver com Tea Moretto?