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História Mischievous Sweetness - Vigésimo Quinto


Escrita por: PortugaGirl

Capítulo 25 - Vigésimo Quinto


Sexta-feira de manhã, Takanori tentara manter-se o mais fiel possível ao seu cargo de Diretor temporário mas seus pensamentos concentravam-se em Tea, ela havia dado entrada na tarde anterior no Centro Medicinal, em breve seria operada e o seu assistente não poderia esperar lá. Por momentos ele imaginou que esse era o plano inicial de Tea ao coloca-lo em seu lugar, evitar que ele ficasse em horas de espera numa sala própria para tal.

Confirmava que tudo ia bem através do tablet de serviço, assim ficava tranquilo com o iniciar de férias; entrou no escritório de Tea Moretto e assustou-se ao encontrar Enrico Moretto sentado no cadeirão atrás da mesa de secretária. O homem apoiara seus antebraços no tampo da mesa, encarava a entrada do escritório e assim Takanori e não havia qualquer dica de simpatia nas suas feições italianas. – Diretor-chefe. – Takanori falou e logo fez uma breve reverência aquele homem.

- Tens gostado deste lugar, Matsumoto? – Enrico perguntou de um modo áspero

- Meu lugar é como assistente pessoal da Diretora. – afirmou ele – Nunca tive desejo em subir de posição nesta empresa. – informou e o homem mais velho chamou-o com um gesto, aproximou-se mais daquela mesa de secretária e aí Enrico revelou-lhe duas fotos, uma da inexpressiva Tea, sem qualquer possibilidade de sentimentos e a segunda foto era Tea mas com um suave sorriso e algo como um novo brilho em seus olhos azul safira.

- Tea tornou-se mecanizada, admito que eu fiz por isso, minha filha mais velha foi criada pelos meus empregados e professores privados, obriguei-a a seguir um curso empresarial ao mesmo tempo que a colocava neste lugar. – indicou a foto da inexpressiva Tea – Esta era a imagem que ela sempre passou a todos, não importava se era da nossa família ou sócio de grande poder na nossa empresa. – suspirou – Um dia… - tocou a foto em que a filha sorria suavemente – ela surgiu assim…relaxada e capaz de sorrir. Esse dia, eu memorizei e investiguei a fundo… e o teu nome surgiu, Matsumoto.

Takanori mantinha-se atento à foto da mulher sorridente mesmo que nada de muito aberto, pestanejou e voltou a encarar Enrico Moretto. – Desconheço em que nível se coloca o teu relacionamento com a minha filha mais velha. A mais nova, Milena, essa anda meio que doida, tentando destruir a reputação da irmã e tentando alcançar o objetivo de…te ter, seja em que aspetos for. Mas bom… - aclarou sua garganta – Tea passou a ser cliente daquela mansão que comandas juntamente com dois outros homens, vocês chegaram do Japão e venceram coisas inimagináveis. Neste momento, estando eu a espionar a minha filha mais velha, sei menos da sua vida do que tu. Chegaste e venceste igualmente junto de Tea, Matsumoto.

- Não entrei em competição alguma, Diretor-chefe. – Takanori interrompeu-o – Mantive segredo sobre a minha mansão, sua filha acabou por entrar lá e me descobrir. Ambos sabemos que ela tentou afastar-me daqui, ambos sabemos que ela pesquisou tudo o que conseguiu sobre aquele lugar.

- Sei bem disso. Estranho foi ver a minha segunda filha fazer o mesmo., se bem que ela limitou-se a roubar as informações que a irmã conseguira. – adiantou – Desde esse momento que Tea se tem envolvido mais e mais nessa mansão e como já falei, nem imagino em que nível estará fossa relação…se é que isso seja considerado uma. – respirou fundo – Como é que um host de luxo consegue dar vida aos sentimentos que Tea havia renunciado ou simplesmente trancado em seu coração?

- Eu disse bem na cara dela que iria derreter aquele gelo, Diretor-chefe. E eu consegui.

- E agora? – perguntou de um modo mais rígido – Uma vez cumprida essa decisão, farás o quê?

- Continuarei próximo de Tea Moretto. – declarou – Irei esperar para saber o que deseja ela mesma.

Enrico Moretto alcançou uma pasta de capa creme que havia colocado junto de seus braços e entregou-a a Takanori antes de se elevar do cadeirão – Heis minha proposta. – indicou.

Takanori abriu a mesma pasta e leu por alto o principal ali imprimido, acabou por rir de modo provocador – Não quero o seu dinheiro, Diretor-chefe. Sou milionário devido aquela mansão de luxo.

- Algum a mais não te fará mal, Matsumoto. Aceitarei sua resposta até segunda-feira. – falou e do nada o assistente de sua filha rasgou todos os documentos daquela pasta na sua frente e pousou os pedaços de papel sobre a mesa de secretária.

- Aqui está a minha resposta, Diretor-chefe. – declarou – E antes que me despeça, recordou-lhe que não tem esse direito, só Tea Moretto poderá dar ordem sobre tal.

- És corajoso, rapaz. – Enrico falou aborrecido.

- Fiz muita coisa que muitos chamam indecente ou não aceite a bons olhos na sociedade mas venci mesmo assim, se trabalho aqui é porque tenho o necessário. Não aceito contratos, que sim, são uma ofensa à sociedade. Por isso… - olhou os papéis rasgados sobre o tampo da mesa – pode usar estas jogadas com outros, comigo não funciona.

- Acho que posso perceber porque Tea deixou que tu entrasses em sua vida. – comentou.

- Diga-me…você sabe onde sua filha mais velha está neste exato momento? – encarou – Não. Ela conseguiu barrar suas redes de informação, estou certo? – viu que o homem se movia nervoso.

- Presumo que ela esteja a iniciar um aborto. – arriscou o mais velho e Takanori conteve a vontade de rir.

- Eu não a engravidei mas se fosse o caso, certamente que Tea tomaria suas próprias decisões. Eu não irei falar a verdade, até porque, ontem a sua filha fez-me prometer que não iria falar nada sobre mas eu não poderia evitar de atirar na sua cara que…realmente, Tea Moretto está a sofrer uma intervenção médica. – desviou olhar e tomou caminho para o lugar que Enrico ocupara antes – Agora, se me permite, tenho assuntos para resolver antes de entrar de férias, oficialmente.

Entrou naquele quarto VIP, observou a mulher ainda a dormir devido à anestesia que recebera horas antes; seus cabelos estavam apanhados e uma ligadura envolvia o couro cabeludo, seu rosto estava pálido mas sua respiração era calma. Colocou as flores numa jarra de vidro, puxou o cadeirão para junto da cama e sentou-se, estudando aquela imagem feminina.

Uma enfermeira entrou, observou as máquinas e confirmou que ainda havia soro e medicação suficiente para as próximas horas – O ritmo dela está estabilizado. – a mulher comentou e só assim, Takanori quebrou a sua atenção de Tea ali adormecida e encarou a enfermeira. – Sua namorada deverá recuperar bem, a operação foi muito bem sucedida e os médicos julgam que quimioterapia não será necessária.

- Ah…obrigada. – o homem respondeu numa voz cansada.

- Você deveria descansar também. – a mulher voltava a falar para si e saiu daquele quarto.

Despertou repentinamente e percebeu que havia adormecido contra a cama onde Tea estava, elevou seu tronco e passou a mão pelo rosto, ficou estático olhando aquela mulher sentada na cama e a olhá-lo de um modo fascinado. – Tea. – murmurou.

- Estava giro, podias ter continuado a dormir. – ela falou animada e o homem sorriu – Estamos a meio da noite. – acrescentou.

- Como te sentes? – perguntou enquanto levava sua mão ao encontro do rosto dela e lhe acariciava a bochecha – O que estava giro? – lembrou-se de questionar também.

- Estou bem. Seguravas a minha mão enquanto dormias aí. – disse-lhe e sorriu perante a ausência de resposta ou jeito dele – Mas foi bom ver-te aqui e melhor ainda não ver tudo nublado, era um dos possíveis sintomas quando acordasse.

- Ainda bem que tudo correu bem. Talvez não precises de quimioterapia.

- Eu sei. – anuiu – O médico passou aqui à pouco e eu pedi que não te acordasse.

- Eí… deviam ter-me acordado. – encostou-se no cadeirão – Algo mais que eu precisa de saber? – espreguiçou-se rapidamente.

- Soube que meu pai foi ao teu encontro esta manhã. – falou.

- C..Como? – pestanejou e voltou a se aproximar da mulher.

- Pedi aos meus advogados que me avisassem por mensagem caso fosse criado algum acordo inesperado. – falou – Sou mais do que imaginas, Takanori. – riu-se – Seria uma questão de horas até Enrico Moretto lançar um acordo. Que te ofereceu ele em troca de te afastares de mim? – perguntou

- Imenso dinheiro, gerência na filial no Japão e caso estivesses mesmo grávida eu iria exigir um aborto ou abdicar da paternidade. – cruzou os braços ao peito e voltou a se recostar.

- Neste momento ele já sabe o que se passa comigo. – disse e percebeu que ele procurava sinais de uma possível passagem de Enrico Moretto por aquele quarto – Só tu tens autorização de aqui estar, Takanori.

- Porquê? – olhou-a atentamente.

- As coisas mudaram imenso e nós nem tivemos uma pista antes, Takanori.



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