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História Misplaced - Ajuda


Escrita por: Me_Myself_I

Notas do Autor


BROTEI, REAPARECI!
Hihihi
Bem, esse cap. Tem Ponto de vista tanto da Amy quanto do Darren, começando pela Amy, ok? Não se preocupem, não se confundam.
Bjins
~Me<3

Capítulo 23 - Ajuda


Fanfic / Fanfiction Misplaced - Ajuda

Aparentemente a tempestade que eu causei havia dado o que falar.

Soube que meus raios destruíram alguns projetos.

Rir disso faz de mim má? Talvez, mas eu parei de me importar com isso.

Meu avô me chamara para conversar sobre o ocorrido. Não foi uma conversa interessante. Nem serviu para nada. Ele pediu para eu ser menos impulsiva (o que é muito irônico já que eu nunca ajo por meus impulsos, aquela vez foi a primeira) e me acalmar pois tudo vai ficar bem.Depois ele chamou aquela garota para conversar a sós. Não sei sobre o que falaram, mas não quis descobrir. Eu não queria saber mais nada, na verdade. Aquele lugar me dava nos nervos. Decidi que deixar com que tudo aquilo e todos aqueles me afetarem não era saudável. Então adotei uma postura... Fria? É, acho que é isso. Não ligaria para mais nada, não sentiria mais nada. Talvez fosse o mais inteligente a se fazer.

Não prestei atenção em nenhuma das aulas. Sei que deveria, e que isso é algo que nunca ninguém esperaria de mim, mas minha cabeça não era capaz de absorver nenhuma informação naquele estado.

Em relação às pessoas, as coisas só pioraram. Elas me olhavam de um jeito mais estranho e me evitavam ainda mais. Até os professores pareciam assustados ao me encontrarem. Mas tudo bem. Eu sempre preferi ficar sozinha, de qualquer maneira.

Nas horas livres eu não ficava mais com Sarah. Eu estava cada vez mais isolada, mas eu não me importava. Eu me escondia em um pequeno espaço no meio da plantação de maçãs. As copas das árvores eram altas e as frutas ainda não estavam maduras  suficiente para serem colhidas, portanto o lugar ficava abandonado. Era perfeito para mim. Eu me sentava encostada no tronco de uma das árvores e treinava minhas habilidades. Descobri que eu conseguia congelar as coisas, colocar fogo nelas, controlar água, vento, causar pequenos terremotos. Eu só conseguia imaginar o estrago que eu poderia causar.

Eu continuei assim por alguns dias. Parei de ligar para Mitchie. Só trocava algumas mensagens com ela perguntando se estava tudo bem e afirmando que eu estava bem. Eu não queria vê-la, porque sempre que eu a via eu sentia falta de casa, e saudades acabariam com minha estratégia fria.

Percebi que quanto mais a minha frieza aumentava, mais o tempo esfriava no lugar. Ninguém mais percebeu, mas nevou numa madrugada. Era assustador ver o tipo de coisa que eu conseguia controlar.

No dia seguinte eu não teria aulas. Isso não significa que o movimento diminua: os celestiais seguiam trabalhando em projetos para o lugar ou apenas se divertindo com os amigos. Eu não. Não tinha projetos a realizar. Nem amigos. Isso soa um pouco deprimente, mas acredite, não é. Eu não me incomodava de ficar sozinha no meu quarto, apenas lendo e assistindo séries. Por sinal, Grey’s Anatomy é muito legal. Me distraí em meus pensamentos (ou em minha vontade de afastá-los) , mas foi interrompida por um movimento e barulho esquisitos vindos do a clareira. Pude observar pela janela que uma certa multidão se formava ao redor da entrada do Lar – o que é bem estranho por aqui, já que as pessoas sempre andam espalhadas. Sarah, que vivia sempre ocupada , fora acionada, então a coisa era feia.

As pessoas se amontoavam ao redor de algo. De alguém.

Era uma figura alta e encapuzada, vestindo um grande manto negro. E foi tudo que eu pude perceber do meu quarto.

Sarah foi falar com o sujeito. Gesticulava, incomodada. Achei melhor descer e ver o que estava acontecendo.

As pessoas estavam assustadas. Tentavam manter distância da figura, até mais do que tentavam manter-se distantes de mim. Percebi que elas estavam realmente com medo, pois não notaram minha presença.

O rosto por trás do capuz estava muito encoberto. Pude perceber uma pele pálida, e assustadoramente não consegui distinguir nenhum rosto.

E por que diabos ele usava um manto no calor?

- Não! Isso é impossível! Você não vai levá-la! – dizia Sarah com certo desespero na voz.

- Levar quem? – cheguei perguntando, mais inconveniente impossível.

- Amy, volte para o quarto. – murmurou Sarah.

- Você. – respondeu o sujeito, mesmo sem eu ter visto uma boca em seu rosto.

Antes que eu pudesse dizer ou pensar qualquer coisa, tudo ao meu redor começou a se transformar em fumaça aos poucos. Tudo menos ele.

E isso é a última coisa da qual me lembro.

 

P.O.V DARREN

Isso estava ficando sério.

Mais do que sério: seríssimo.

Mais do que seríssimo: urgente.

Minhas notas estavam terríveis e o ano estava acabando. Se as coisas continuassem daquele jeito, eu não conseguiria recuperar as notas. E se minha mãe descobrisse, provavelmente nada disso contaria, porque eu estaria morto até lá.

Já perdi as contas de quanto tempo faz que este bloqueio criativo infernal me consome. Ria à vontade, mas eu preciso fotografar para me concentrar em qualquer coisa. É meu único meio de extravasar meus sentimentos, angústias, raivas, de ser quem eu sou sem cobranças ou julgamentos.

Bem, era.

Eu tentei estudar. Eu juro. Mas as matérias simplesmente não entram na minha cabeça, não importa o quanto eu me esforce. Deus, eu queria que Amy estivesse aqui.

Tentei procurar a causa disso tudo, mas minha maldita vida continua a mesma maldita droga. Nada mudou. Exceto, é claro, que eu não tiro mais fotos e que Amy está fora.

E se o problema for Amy?

Conversei num fórum de artistas na internet. Sim, eu estou desesperado, qualquer ajuda é válida. A mínima alteração na sua rotina diária de inspiração pode causar um bloqueio.

A falta de uma aluna insignificante causaria isso?

Ah, tudo bem, Amy não era insignificante. Ela é uma boa pessoa. Me ajudou muito. Devo alguns favores a ela.

Naquela manhã, eu estava indo comer com os caras do time. Algo que eu sempre faço. Faria de novo, se não fosse por Mitchie, que agarrou meu braço com urgência.

- Você. No pátio. Agora. – ela me olhou nos olhos com uma mescla de raiva e preocupação no rosto e saiu.

Achei melhor acompanhá-la. Mitchie é bem ameaçadora quando está com raiva. Uma vez ela bateu num garoto com um caderno. Ele foi parar na enfermaria.

Ela nos guiou para um pátio praticamente deserto, o mesmo no qual eu dei a Amy uma de minhas fotos em seu aniversário. Me pergunto o que ela fez com a imagem.

Mitchie me empurrou para um canto e respirou fundo, como se odiasse a ideia de precisar me contar aquilo.

- Tudo bem. Eu vou tentar ser direta. Preciso de você. – ela disse.

- Para que? – perguntei.

- É a Amy.

- Aconteceu alguma coisa, não é?

Ela estava visivelmente preocupada.

- Aí está: eu não sei.

- Peraí, eu não estou entendendo nada. O que houve?

- Eu e Amy conversávamos constantemente por Skype e por mensagens enquanto ela estava lá. Mas então, de repente, ela parou de falar comigo. Ficamos sem conversar por mais ou menos uma semana...

- Só por isso você acha que... – eu comecei, mas ela me interrompeu.

- Cale a boca, me deixe terminar. Esses dias, ela me mandou uns códigos muito estranhos por mensagem e desde então não recebeu ou visualizou nenhuma das minhas mensagens. Depois de investigar um pouco eu entendi. Ela me mandou código Morse.

- Morse? – perguntei. – Mas não é Morsa?

- Morsa?

- Aquele animal do polo norte...

- Darren, cale a boca, você só fala besteira. É importante. Código Morse é um Código usado pelo exército, eu acho... baseado em pontos e tracinhos, bipes longos e curtos. Ela tentou me ensinar no terceiro ano, mas eu não prestei atenção. A questão é que eu pesquisei e a tradução foi “SOS”.

- SOS?

- Pelo amor de tudo que há de mais sagrado, você sabe que SOS é um pedido de socorro, não sabe?

- Ela te mandou um pedido de socorro?  - tudo bem, aquilo sim era realmente preocupante. – Mais nada?

- Depois ela me mandou uma série de números. Não sei o que significam.

Ela pegou o celular e me mostrou uma série de números anotados no Bloco de Notas.

- Isso pode ser um endereço. Uma localização.

- Como sabe? – perguntou, duvidando que eu pudesse ter dito algo útil.

- Já vi filmes o bastante. É possível traduzir localidades em sistemas numéricos. Sabemos que Amy conseguiria, ela é um gênio.

- Tem algum aplicativo que pode ler isso? Transformar em um endereço?

- Provavelmente sim. – ela guardou o celular. – Mas para que você precisa de mim, exatamente?

- Eu vou atrás dela. – ela disse, decidida. – É a minha melhor amiga, eu a conheço. Ela não faz drama por banalidades. E ela não é daquelas que não atendem os telefonemas. Estou tentando contato há dias. É uma coisa séria.

- Você não me respondeu.

- Porque eu não sei se consigo sozinha. Preciso de cobertura, não sei o que podemos encontrar. E você é a única pessoa que além de mim, se importa com ela.

Isso era verdade. Amy podia ser calada e não gostar de absolutamente nada comigo, mas ela fez tanto por mim e é uma pessoa tão boa que não vejo por que não ajudá-la. E, honestamente, eu estava preocupado.

Respirei fundo.

- Tudo bem. Eu vou com você.

 

 


Notas Finais


A partir de agora eu vou focar um pouco mais nos p.o.v.'s do Darren.Vocês querem da Mitchie também?
Comentem o que acharam!
Beijos!
~Me<3


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