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História Miss Death - Você é uma mulherzinha do capeta.


Escrita por: flarke , greatelly , cpf e moongirly_

Notas do Autor


ótima leitura a vocês!

Capítulo 9 - Você é uma mulherzinha do capeta.


Fanfic / Fanfiction Miss Death - Você é uma mulherzinha do capeta.

As ruas de Moscou encontravam-se cheias e com um trânsito de matar – e nem era tão tarde assim, mas todos apressavam-se para chegar em seus trabalhos. Já eu, seguia sentada dentro do taxi que rumava para minha casa.

Shawn havia passado dos limites em sua residência. Tratou-me como se eu fosse uma contratada que estava lá apenas para transar e ir embora antes que sua esposa chegasse. Posso estar exagerando, porém, senti-me desta forma e foi tão humilhante que se eu não saísse de lá, botaria fogo em todos os móveis e nele.

Chego em minha casa e tenho que fugir das perguntas dos meus pais sobre aonde eu havia passado a noite e com toda certeza, eu não quero responder nada disso. Diria o que? “Mãe, pai, dormi com o policial que está tentando incriminar-me na morte de Marcel.” Está chegando na hora de eu ter a minha própria casa, mas para isso preciso de dinheiro, e infelizmente, ele ainda não cai do céu.

Subo para o quarto com pressa e tranco-me lá. É como um alívio não ter mais que ouvir o sotaque russo deles, nem a voz grossa de papai. Retiro minha roupa a caminho do banheiro e lá, de frente para o espelho, avalio meu corpo. Só para constar de que nada rolou mesmo.

Não há nenhuma marca que poderia trazer-me lembranças da noite passada. Acho que depois de bebermos muito, caímos imediatamente no sono. Pelo visto, Shawn Mendes é mais mole do que eu idealizo. Tomo um relaxante banho e ao finalizar, posso ouvir o toque de meu celular, o que faz-me sair a sua procura e ao encontrar, vejo ser Bronx.

Atendo rapidamente ao sentar-me na ponta da cama.

– William? – Pergunto rapidamente.

– Sim, eu mesmo. – Ele fala feliz. – Acabei de arrumar um trabalhinho para você e sei que vai adorar.

– Outro? Uau. – Seguro o grito de felicidade. – Muito obrigada, Wiliam, você é demais.

– Sabe que eu farei de tudo pela minha melhor garota.

– Então, vamos nos encontrar pra falarmos melhor sobre o serviço?

– Claro. Daqui meia hora em meu escritório, tudo bem?

– Te encontro lá, querido. – Nos despedimos e sigo atrás de uma roupa adequada para ir ver meu chefe.

O frio ainda é grande, então, visto uma calça grossa, blusa de manga longa e sobretudo, além de botas e deixo meu cabelo ruivo solto, e vou para o encontro com meu chefe, depois de convencer meus pais que era apenas uma “reunião” de amigos. Não sei porque estão tão preocupados comigo, eles devem estar achando que estou metida com coisas erradas.

De fato, voltei para fazer algo que é classificado como errado, mas esse não foi o único motivo. Quero minha vida profissional de volta e estou trabalhando novamente pra tê-la. Quero conquistar minhas coisas sem a ajuda deles e mostrar que já posso virar-me sozinha.

Quando Marcel era vivo, eu vivia na sombra dele e dos meus pais. Pode ser porque eu era menor de idade, mas não sei se acredito nisso. Para mim, meus pais viram a possibilidade de ganhar dinheiro “fácil” em cima de outra pessoa, porém, não creio que fizeram isso por maldade, sei que eles me amam. É que a oportunidade surgiu e eles decidiram não desperdiçar, ainda mais sabendo que mudaria nossas vidas.

Eu não os culpo, não pediram por nada que aconteceu comigo, esses fatos apenas aconteceram. É culpa de Marcel, apenas dele.

Chego no escritório de William, nos cumprimentamos e começamos a conversar sobre o trabalho.

– Mais um desfile e algumas fotos para uma revista. – Ele explica enquanto passa os papéis para mim.

– O desfile é de alguma marca conhecida? – Percebo que não havia escrito isso nos papéis, mas as sessões de fotos sim. – Vou tirar foto com a nova coleção da Adidas esporte? Que legal.

– É para a coleção de verão da JK's. – Meus olhos arregalam-se. Essa marca é bem conhecida na Europa.

– Esse desfile é muito importante, Wiliam, tem certeza que quer que eu desfile nele?

– Sim. Eu confio em você. – Sorri e isso envergonha-me.

– Obrigada, você não faz ideia de como isso é importante pra mim.

– Eu sei que é. Por isso, estou tentando te encaixar nas melhores coisas que posso.

– Preciso assinar isso, certo? – Assente e entrega-me a caneta. – Obrigada. – Assino e rubrico onde era pedido.

– Você é incrível, Alyssa.

– Foi um longo processo pra isso acontecer. – Suspiro. – Mas está valendo a pena.

– Você merece tudo do bom e do melhor.

– Por que está me enaltecendo? Está com medo de me perder? Pois não vai, eu não sairei daqui.

– Quero que se sinta à vontade.

– Eu já me sinto à vontade, sei que é um ótimo profissional, por isso te escolhi.

– Agradeço. – Ele junta as folhas. – Obrigado por vir.

– Eu que agradeço. – Nos levantamos e apertamos a mão um do outro.

Bronx sempre fez um ótimo trabalho, deveria ter envolvido-me com ele antes de Marcel.

Saio do escritório, pego um táxi e sigo para casa.

(...)

– Alyssa, querida! – Ouço uma voz e logo, reconheço ser de Johanna. Ela era maquiadora e sempre estava pronta para ajudar as meninas em sessões de fotos ou desfile e lá estava ela para fazer o mesmo por mim, mais uma vez. – Há quanto tempo não te vejo. – Recebo um abraço apertado e seu sincero sorriso. A mulher não havia mudado nada, continuava gordinha e com os cabelos pretos e curtos. – Por onde andou?

– Johanna! É muito bom revê-la, estava com saudade de você também. – Eu não a vejo faz um ano e meio, talvez, não lembro-me. – Estava na Grécia, precisava pôr a cabeça em ordem, a morte de Marcel balançou-me muito. – De fato, não é mentira.

– Ah, é mesmo. Que fatalidade, não é? – Ela suspira. – Que Deus o tenha.

– Com certeza, ele deve estar muito feliz lá no céu. – Forço um sorriso. – É bom poder trabalhar com você de novo. – Mudo de assunto.

– Ah, nem me diga. Fiquei tão alegre quando li “Alyssa Campanella” nas fichas.

– Estou um pouco nervosa. – Rio baixinho. – São fotos pra Adidas, é inacreditável.

– Está duvidando de si? – Olha-me de forma engraçada.

– Não, claro que não. Confio em mim, sei que farei meu trabalho perfeitamente,

– Sempre fez. – Sorri. – Vamos, querida? – Aponta para a cadeira.

Sento-me e ela trata de fazer minha maquiagem. Conversamos bastante e sinto-me bem com Johanna. Ela distrai minha mente.

A conheci no meu primeiro dia com Marcel e como modelo, sempre esteve ao meu lado em quase todos os trabalhos que tive com aquele homem. Ela nunca soube das coisas que aconteciam, mas amparava-me quando eu aparecia aos prantos.

Nunca tive coragem de dizer a verdade para ela, Johanna era devota por Marcel, fiel até o último minuto da vida dele. Deve ter sofrido demais quando soube da morte daquele desgraçado.

Não sei bem o que se passava com os dois, mas sinto que ela o adorava até demais, como se nutrisse outros sentimentos por ele. Sentimentos que nunca foram correspondidos, porque francamente, Marcel não tinha a capacidade de amar. Ele só pensava em si, no dinheiro e no poder que gostava de ter.

Minha maquiagem foi finalizada e pentearam meu cabelo, deixando-o em um coque alto. Troco de roupa, pondo o conjunto da Adidas e vou para frente da câmera.

Soube que não tiraria todas as fotos com diversas roupas sozinha, mas parece que a primeira sessão seria. Fico feliz por poder compartilhar isso com outras garotas. Elas merecem também e lutaram para chegar até agora.

Todas as mudas de roupas são de esportes, o que não é uma surpresa, então o cenário é todo esportivo. O primeiro é uma quadra de basquete. Tiro fotos com bolas de basquetes e em cima dos aros. Isso sim, é muito divertido.

Eu adoro essas fotos temáticas. Divirto-me muito mais e a dinâmica do trabalho floresce com mais rapidez.

A próxima sessão foi junto com as meninas. Em um cenário diferente, roupa diferente, maquiagem e cabelo também. Elas eram tão lindas que fiquei honrada de trabalhar com tais moças. Talvez nunca mais iremos nos ver, mas são boas garotas. Quem sabe, um dia, eu tenha tanto poder na indústria da moda, que consiga pedir para que trabalhem comigo em um futuro próximo? Eu adoraria tirá-las das garras de seus abusadores.

Finalizamos a sessão inteira e todas as fotos irão para um catálogo. Cansativo, mas revigorante. Eu estou desacostumada, isso é normal, logo, isso será como fazer compras.

Pego minhas coisas após despedir-me de todos sigo para fora do estúdio. Quando saio, avisto uma das garotas sendo empurrada para dentro de um carro. Ela não queria entrar e estavam forçando-a a fazer isso. Aquilo trouxe-me lembranças das minhas brigas com Marcel.

Estou prestes a fazer uma burrice, mas ao invés disso, penso melhor. Anoto a placa do carro do homem, modelo e cor, para não esquecer e tomo meu caminho para casa de carro. Parece que terei mais um em minha lista.

(...)

Sento-me a frente do computador, entro no site de rastreamento de carro e digito o número da placa do homem. Segundos depois, um mapa de onde o carro está aparece. O homem encontra-se em um dos hotéis mais caros da cidade.

Provavelmente, ele não deve ser da Capital, nem do país e afirmo isso com certeza. Ninguém fica naquele hotel se não for de fora, todos querem conforto e mordomia, nem que seja para passar um dia na Rússia.

Entro no Google e pesquiso o nome da garota que foi forçada a entrar no carro.

“Kira Lúkin, modelo há um ano e meio, 17 anos, origem Russa, trabalha com Yuri Smirnov.”

Esse sobrenome é familiar.

Jogo o nome em outra aba e o primeiro resultado fala de uma acusação de abuso em cima de Yuri, porém, nada foi comprovado.

Meus olhos alcançam o relógio do computador e levanto ao ver os números mudar para meia noite. Caminho para o guarda-roupa, abro-o e procuro por algo para vestir.

Yuri é como todos os outros e o que o atrai mais do que dinheiro, é uma mulher nua. Coloco uma das minhas melhores lingeries, uma legging e um casaco grosso com capuz. Pego minha bolsa e saio de casa, tomando cuidado para não chamar atenção de meus pais. Eles estão dormindo, mas papai tem um ouvido ótimo. Afasto-me um pouco de minha casa e pego um táxi na rua de trás, que parte direto para o hotel.

Caminho rápido e confortável. Os táxis de Moscou melhoraram bastante. Paro a frente do hotel e desço, após pagar. Entro e vou até a recepção.

– Olá. – Cumprimento o recepcionista. – Procuro por Yuri Smirnov.

– Só um minuto. – Ele vira para o computador, atrás do batente.

– Alyssa? – Viro para o lado e lá está Johanna, novamente e de forma inesperada, pronta para acabar com o meu plano. – Que estranho te encontrar aqui. – Seus olhos demonstram confusão e desconfiança.

– Te achei! – Finjo comemorar e caminho até ela. – Estava te procurando, espero que não se importe. – Minto sorrindo. – Achei que pudéssemos conversar mais, estava morrendo de saudade. Sei que está um pouco tarde, mas só consegui vir agora e não foi muito fácil te achar, tive que ficar pra todo mundo da agência. Foi uma loucura. – Rio.

– Ah, eu estava em uma festinha. – Mexe no cabelo. – Sabe como é... Eu ainda estou viva. – Assinto. – Bom, vamos subir, lá estará mais quentinho e confortável.

– Senhora? – Ouço o recepcionista chamar.

– Não preciso mais dos seus serviços, obrigada. – Sorrio para ele e aceno.

Sigo para o elevador com Johanna que tagarela sem parar e eu até que prestei atenção, mas tive vontade de soldar sua boca para nunca mais escutar um “a” de sua parte.

Eu gosto muito dela, mas sempre tão inconveniente. O elevador para em seu andar e para minha surpresa, quando as portas se abrirem, avisto Yuri. Os dois se cumprimentam e sou apresentada a ele. O mesmo avisa que está indo ao bar beber algo e nos chama para ir junto, mas Johanna faz o favor de recusar. Ela avisa que precisa descansar o fígado e a cabeça. Yuri compreende.

Seguimos para o seu quarto e entramos.

– Não repare a bagunça. Eu não tive tempo de arrumar as coisas... – Avisa ao acender as luzes.

– Você não muda nada. – Forço uma risada. – Então, como vai indo depois da morte do Marcel? – Sentamos no sofá que havia alguns metros da cama.

– Estou tentando ir. É difícil. Éramos muito ligados. – Ela suspira. – Por mais que ele negasse.

– Marcel era cabeça fria, às vezes. – Avisto um frigobar. – Sei que disse que não queria beber, mas posso me servir? – Aponto para onde olho e ela assente. – Licença.

Levanto-me, abro o frigobar e tiro 5 minigarrafas de vodka de dentro. Volto para o sofá e começo a tomar enquanto conversamos sobre meu molestador. Isso levou horas, parecia mais uma eternidade.

– Está tarde. – Alerta olhando para o relógio. – E você está muito bêbada. – Tento levantar, mas cambaleio de volta para o sofá. – Durma aí, não tem problema.

– Certeza? – Soluço e ela ri. – Obrigada.

– De nada, querida. – Ela caminha até cama, pega uma coberta e cobri-me após ajeitar-me no sofá. – Bons sonhos.

– Bom sonhos... – Fecho os olhos.

(...)

Meus olhos são abertos assim que o silêncio faz-se presente no quarto. Sento no sofá e olho em volta, Johanna já dormia. Levanto-me e saio de seu quarto silenciosamente. Há apenas três quartos nesse andar, um é de Joh, o segundo de Yuri, porém, não posso ir lá, há câmeras aqui.

Olho discretamente para o teto e percebo que as luzes vermelhas que, normalmente, ficam piscando estão apagadas, isso quer dizer que elas estão desligadas. Ouço o barulho do elevador parando no andar. A porta é aberta e meu homem de sorte caminha para fora da enorme caixa de metal.

Ele anda até a porta de seu quarto, mas enquanto procura pela chave, muda seu olhar para mim.

– Olá boneca. – Sorri e faço o mesmo. Aproximo-me dele e paro. – Está tarde demais para ficar aqui, não acha?

– Fiquei com vontade de dar uma volta. – Respondo serena. – O céu está tão bonito lá fora. Não acha? Bom, não dá pra ver direito da janela do quarto de Johanna. – Rio baixinho. – Estou indo atrás de um quarto com varanda. Será que eles alugam um só pra eu ver o céu sem passar frio? – Ele ri.

– O meu tem uma varanda. – Yuri levanta a chave. – Pode dar una olhadinha, se quiser.

– Posso mesmo? Uau, muito obrigada. – Entramos no local e não tem uma decoração diferente do quarto ao lado, mas garanto que tem mais luxo e também está bem arrumado. – Com licença.

– Pode ir olhar, princesa. – A porta é fechada e eu sorrio enquanto caminho para a varanda.

Abro a porta de vidro que dá para o lado de fora e sinto o vento frio atingir meu rosto. Estremeço, mas finjo que não.

– Está mais calor do que achava. – Minto olhando para o céu. – A lua estava tão linda. – Comento. – Venha ver, Senhor Yuri.

– Senhor não. – Ri e de imediato, suas mãos pegam em minha cintura. – Pode chamar de você, princesa.

– Oh, me perdoe. – Abano-me para fingir calor. – Aqui está muito quente.

– Está, é? – Assinto. – Por que não tira essa roupinha, então?

– Não está com calor também? – Retiro meu sobretudo que vai ao chão e ele logo direciona seu olhar para meu corpo.

– Eu estou sentindo seu calor agora.

– Tire a roupa também e venha ver o céu comigo. – Sorrio e sento-me na cadeira do terraço.

– Você é atrevidinha. – Yuri curva-se e deposita suas mãos em minhas pernas. – Eu preciso te sentir primeiro.

Olho em seus olhos, em seguida, para seus lábios e beijo-o com desejo, ou pelo menos, tento demonstrar isso. Yuri fica animado. Seus dedos passam por meu corpo e apertam algumas partes, trazendo um sorriso para seus lábios.

Ele levanta-me sem dificuldade por ser um homem forte e leva-me para o quarto, jogando-me na cama, em seguida. Yuri começa a retirar sua roupa, mas paro-o.

– O que foi? – Seu olhar estreita.

– Deite e deixe que eu faça isso.

Ele sorri e vira. Subo em cima dele e retiro sua blusa com calma. É uma pena que Yuri é um homem jovem, lindo e gostoso, mas podre. Beijo seu tronco enquanto desço para sua calça e desfaço-o de seu cinto, segurando-o nas duas mãos. Passo a tira por meu corpo e bato-a em minha coxa, fazendo-o rir.

– Está gostando? – Questiono.

– Vou gostar muito mais quando estiver te fodendo gostoso. – Lambe os lábios de modo malicioso. Seguro suas mãos juntas e amarro-as com o cinto na cabeceira da cama. – Gatinha perigosa você.

– Eu gosto de ousar todas as vezes em que faço sexo. – Olho ao redor e vejo uma cômoda. – Vamos ver o que tem ali...

Levanto e caminho até o móvel, abro-o e vasculho a gaveta, encontrando uma tesoura. Não é o que eu pretendo usar, mas está de bom tamanho.

– Achei algo muito legal para brincarmos.

– Se olhar dentro da minha mala vai achar mais coisas. – Engulo em seco e passa pela minha cabeça o motivo das câmeras estarem desligadas. Ele trouxe a garota aqui e não queria que ficasse registrado.

– Que tipo de coisas? – Dou um jeito de esconder a tesoura e encaro a mala.

– Uns brinquedinhos sado. Você disse que gosta de fazer esse tipo de coisa, então olhe lá, sei que irá gostar do que tem.

– Curte praticas perigosas? – Olho-o.

– As acho interessante, mas devo dizer que 50 tons de cinza não faz jus exatamente de como rola. – Gargalha e meu sangue ferve.

– Sim, sim. É verdade. – Ando de volta para ele. – Vamos deixar do jeito que está. Eu gosto assim.

– Então vem para o papai, querida. – Volta a sorrir.

Beijo-o mais uma vez e verifico se o cinto está preso com vontade. Após isso, puxo a tesoura e de uma só vez, cravo-a em seu peito, arrancando um grito dele que fora abafado por minha mão. Yuri começa a agonizar e o sangue a sair, mas só aquilo não o mataria. Ergo a tesoura novamente e volto a golpeá-lo em todo o seu corpo, sujando a mim e ao lençol.

Levanto rápida em seguida, cubro minhas mãos com sua blusa que está no chão, abro o frigobar e tiro de lá as minigarrafas de vodka. Pouca gente sabe, mas essa bebida é inflamável, não todas, mas a da marca do hotel é, porque são caras.

Abro as garrafinhas, jogo sobre o corpo de Yuri e taco fogo com o isqueiro que achei perto de um cinzeiro. Caminho até o banheiro e escrevo “MD” no espelho com papel higiênico sujo com o sangue do homem. Aproveito para limpar-me com uma toalha, que vai parar no fogo – que alastrava-se – em seguida, pego minhas coisas e volto para o quarto de Johanna. Por sorte, ela ainda dormia.

Deito no sofá sem fazer barulho, cubro-me e adormeço sem problemas. Sabia que logo seria acordada, pois assim que deitei, o detector de fumaça do corredor começou a tocar, por sorte, não havia sprinter. Um grande erro do hotel, devo dizer.

(...)

– Que catástrofe! – Johanna diz ao meu lado enquanto olhamos o hotel. – Que horror, meu Deus. – Abraço-a e aliso seus braços. – Como isso pôde acontecer?

– Eu não sei, Joh, é uma banalidade. – Tento confortá-la. – Ele me parecia ser um homem tão bom. – Olho em volta, avistando carros de polícia, bombeiros, ambulância e é lógico, a imprensa. Eles vieram muito rápido para um incêndio às 4 horas da manhã.

Avisto um homem aproximando-se de nós muito, muito furioso. É lógico, ele estava demorando. Direciono meu foco para Johanna, para fingir que não tinha visto-o. Mas era impossível ignorar seus berros frustrados. Acho que deixei alguém bem nervosinho no dia de hoje, tirei minha sorte grande.

– Hm... Parece estar cansada. – Foco em Johanna. – Pode ir para casa, querida. Vou arrumar outro lugar para ficar.

– Não vou te deixar, ficarei com você. – Garanto. Johanna fez-me tirar a sorte grande. Ouço o barulho dos sapatos de Shawn aproximando-se. 5,4,3,2,1. – Vamos, te levo pra minha casa...

O celular dela toca e vejo-a afastar-se, após pedir um minuto.

– Campanella! – Olho-o e ele sorria abertamente. – Estranho te achar por aqui e nesse horário... Depois de um incêndio “acidental”. – Suas aspas irritam-me.

– Não é uma surpresa de te ver, Shawn, sei que gosta de um fogo. – Cruzo os braços e ele fita-me. – O que foi? Acha que fui eu? Pois não foi!

– Não te acusei de nada. Por que está trazendo a culpa para si?

– Eu te conheço, Mendes, mas não tenho tempo pra isso agora, deve estar menos zero graus aqui agora, precisamos ir para um lugar quente, para não morrer de frio.

– Pode me acompanhar até a delegacia, o que acha? – Arqueia as sobrancelhas.

– Já demos nosso depoimento, não preciso ir com você a lugar nenhum.

– Não lembro de pedir seu depoimento em nenhum momento.

– Então por que quer que eu te acompanhe até a delegacia?

– Lá falarei o que quero.

– Não, se quiser conversar, fale aqui, não tenho motivos para ir à delegacia. – Sou firme na negação.

– Você é uma mulherzinha do capeta. – Ele balança as mãos com raiva. – Não sei porque ainda não te prendi por atrapalhar minhas investigações e por desacato.

– Atrapalhar? Não estou fazendo absolutamente nada. Desacato? Estamos conversando, eu só não sei exatamente o porquê. O que você quer? – Olho para Johanna, ela ainda fala no telefone.

– Eu quero fazer o meu trabalho em paz. – Seu indicador cutuca meu peito com força e sua voz fica sombria. – Então, não se meta no meu caminho, ao menos que queira parar atrás das grades para o resto de sua vida.

– Tire seus dedos de imundos de mim, Shawn Mendes, ou menos que queira que eu te denuncie por assédio sexual. – Ameaço-o.

– Assédio? Está louca ou o que?

– Sei como essas coisas funcionam, o lugar está cercado de polícia e você está aqui, falando com uma mulher às 4 horas da manhã, enquanto deveria estar fazendo seu serviço. Por que? Eu já dei meu depoimento. Vai dizer o que se eu te acusar? Me deixa em paz, Shawn, eu não fiz nada, estou cansada de suas acusações sem fundamentos! – Grito e começo a chorar. – Você está me magoando!

– Pare de chorar. – Ele põe as mãos em meus ombros e bato nelas.

– Você está assim por causa da noite que passamos juntos, mas eu não causei aquela noite. Achei que estamos nos divertindo, eu pelo menos estava. Você me tratou feito lixo. – Abraço meu corpo e continuo chorando.

– Alyssa, agora não é momento para falarmos disso. – Murmura. – Vá pra casa.

Dou as costas para ele e sorrio vitoriosa. Shawn é tão ingênuo. Caminho até Johanna, sua ligação já havia sido encerrada, e peço para irmos para minha casa, antes que congelássemos.

Pegamos um táxi e antes de entrar, olho mais uma vez para Mendes. Ele está confuso e perdido, do jeitinho perfeito para que eu continue com o meu plano. Nunca vou entender porque homens ficam confusos quando uma mulher chora na frente deles.

Dou meu endereço para o taxista e abraço Johanna, para aquecê-la. Tivemos uma longa madrugada, uma das melhores da minha vida, meu coração ainda está acelerado e a adrenalina está correndo solta por minhas veias.

Eu estou pronta para dar mais um ponto final na vida de alguém, mas ainda pergunto-me: quem será minha próxima vítima?


Notas Finais


esperamos que tenham gostado, e galerinha não esqueça de comentar, sério, o comentário de vocês nós ajuda demais da conta e nos incentiva a trazer o melhor a vcs, bjks sz


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