História Miss President - Capitulo 34

- Cathy Fischer entrou na festa não sei como, mais eu quero que a retire daqui imediatamente. – digo discretamente ao rapaz.

- Sim senhora. – ele diz.

Após a confirmação que a minha ordem seria acatada, voltamos para juntos dos rapazes e nos sentamos a mesa para o inicio do leilão beneficente.

Meu pai iria apresentar junto com Karl e a cada duas frases, nós ouvíamos uma piadinha. Os pertences começam a ser leiloados, eu enviei o vestido que usei no dia da minha posse na Paulaner, Basti enviou a camisa que usou na sua volta para a seleção alemã, Mats deu um par de chuteiras que havia utilizado na copa do mundo no Brasil, Manuel Neuer deu as luvas que jogou o ultimo jogo da Bundesliga.

Nós tivemos muitas doações dos nossos amigos e contamos com a generosidade das pessoas ali presentes. Meu vestido foi arrematado pela minha mãe por duzentos mil euros e eu arrematei a camisa de Bastian para Peter, por setenta mil euros. O leilão foi divertido, além das piadinhas, meu pai tinha um mini ataque a cada oferta.

Na hora do jantar, a nossa mesa foi uma das mais barulhentas e risonhas. Como controlar os risos quando se tem Thomas Muller na mesa?

Ao final da festa, Bastian e eu seguimos para casa, mais algo estava estranho.

- Basti, aconteceu alguma coisa? – pergunto.

- Não, não... não aconteceu nada. – ele fala.

Não consigo acreditar no que ele disse, ele ainda parecia nervoso mais eu prefiro deixar ele quieto.

Ao entrarmos na casa dele, ele começa a andar de um lado para o outro.

- Basti, me fala o que está acontecendo. – peço.

Ele segura minha mão e me puxa levemente para irmos para o sofá. Nos sentamos e eu espero ele falar.

- Eu estou tão nervoso. – ele fala e ri.

- Basti, você está me deixando preocupada. Aconteceu alguma coisa na festa? – pergunta.

Eu realmente estava sem entender nada.

- Ok, eu vou falar. – ele fala.

- Graças a Deus. – digo e ele ri.

Ele senta mais próximo de mim e segura minha mão.

- Desde que você saiu da clinica e me disse tudo aquilo, eu... eu... eu não tirei mais aquelas palavras da minha cabeça. Ver o jeito que você encarou o seu problema, ver a sua força para lidar com tudo, a sua coragem de me contar tudo o que se passou... fez com que eu me apaixonasse mais por você. – ele diz.

Basti e o seu jeito fofo.

- Aquele nosso encontro em Viena foi um recomeço para mim. Eu estava deprimido por causa da péssima fase no Manchester United, estava sendo questionado se ainda conseguiria jogar e do nada a presidente da maior cervejaria da Alemanha se senta comigo e tomamos cervejas. Foi estranho a sensação que tive ao ficar perto de você aqueles dias, mais estranho ainda ter te beijado e posteriormente ser pedido em namoro por você. – ele diz e rimos.

- Foi diferente mais foi legal, admita. – digo ainda rindo.

- Me senti lisonjeado em ter sido pedido em namoro pela mais bela mulher de Munique. – ele diz galante.

Sorrio e balanço a cabeça negativamente.

- Continuando. Tudo entre a gente se encaixava, apesar de você ser tão culta nós cultivávamos ideias parecidas, nos entendíamos e para completar ainda tínhamos Peter. – ele fala.

Apesar de está adorando ouvir tudo isso, eu quero saber onde ele quer chegar.

- Infelizmente ou felizmente tudo desmoronou em pouco tempo, mais esse fato não merece espaço agora. – ele diz e ri um pouco.

- Basti, onde você quer chegar? – pergunto.

Ele pigarreia um pouco.

- Estamos a um passo de conseguirmos a guarda do Peter e durante todo esse tempo de visitas e passeios eu percebi que não quero ficar longe de vocês. – ele diz.

Sorrio e passo a minha mão livre em seu rosto.

- Nós podemos morar juntos. – sugiro.

- Eu sei que podemos, mais eu estou querendo outra coisa. – ele diz e se ajoelha na minha frente.

Ai meu Deus.

- Joana Zacherl, eu sei que nunca conversamos sobre isso mais eu... quer casar comigo? – ele pergunta.

Eu simplesmente paraliso.

- Pode ser surpreendente para você esse pedido, mais... uau... eu realmente estou nervoso. – ele fala e ri.

Eu não conseguia dizer nada.

- Eu quero formar uma família com você, quero te dar o meu sobrenome como prova do meu amor, dar o meu sobrenome a Peter e... e se você quiser, podemos adotar mais crianças.

Fecho os meus olhos por alguns segundos e sinto a emoção percorrer todo o meu corpo.

- Por que você tem que ser assim? Tão perfeito. – digo acariciando seu rosto.

Ele sorri.

- Dá para responder? Esse joelho velho e remendado está começando a doer. – ele diz e eu dou risada.

- Você ainda tem duvidas da minha resposta? É claro que eu aceito Basti. – digo.

Passado o susto inicial, eu enfim consigo responder.

Ele respira aliviado e pega a caixinha aveludada dentro do paletó. Quando ele abre e eu vejo o anel, eu tomo um susto.

- Eu conversei com os seus pais antes e eles me disseram que você sempre sonhou em usar o anel da sua mãe. – ele diz.

O anel de noivado da minha mãe tinha um significado enorme para mim, porque para mim a única história de amor que havia dado certo era a deles.

- Por sorte você tem o mesmo número no dedo. – ele comenta colocando o anel em meu dedo anelar.

Olho para a minha mão e me sinto num conto de fadas.

- Obrigado por tudo... eu te amo. – digo.