História Miss President - Capitulo 35

One year later:

Pov. Joana Zacherl:

Um ano passou tão rápido, talvez porque tenha sido um dos melhores anos da minha vida. Desde o meu noivado com Bastian, tudo pareceu dar certo, conseguimos a guarda de Peter, aos poucos eu fui voltando a trabalhar com meu pai e em agosto nos casamos no civil e eu virei a Senhora Schweinsteiger.

Se eu já estava feliz por ter normalizado a minha vida, fiquei mais feliz ainda ao saber da prisão de Klaus e do quanto Cathy precisava se humilhar para entrar em eventos e aparecer em qualquer capa de revista com mais um escândalo.

Hoje, quase todos os nossos familiares e amigos estão no Palazzo Cavalli a minha espera. Hoje, eu e Bastian, casaríamos no religioso.

A nossa escolha, a principio, era Viena, por ser o lugar que nos conhecemos, mas a imprensa também teve a mesma ideia e já estava pronta para “embarcar” conosco. Então, depois de muita pesquisa entramos em um acordo e escolhemos Veneza. Foi meio complicado trazer todos para cá, mas conseguimos ser discretos e chamar menos atenção.

- E então mocinha? – escuto a voz do meu pai.

Olho para trás e vejo ele vestido de forma impecável. O perfeito corte Hugo Boss o deixou muito elegante e bonito.

- Já estou pronta. – digo.

Ele me olha e sorri.

- Eu estou nervoso. – ele confessa.

Eu dou risada.

- Eu é quem deveria estar uma pilha de nervosos. – digo rindo.

- Pois é, coisas de pai. – ele diz.

Pego o meu buquê e me olho no enorme espelho que tinha no meu quarto de hotel.

- Está linda. – meu pai elogia.

- Obrigada pai. – agradeço.

Eu estava contente com o que via, eu realmente estava me sentindo linda.

- Hoje eu tenho a tarefa mais difícil da minha vida. – ele fala.

Olho para ele.

- Pensei que a tarefa mais difícil foi me passar o comando da Paulaner. – digo.

- Isso foi fichinha perto do que eu irei fazer hoje. Quando eu te passei o controle da nossa empresa, era apenas o patrimônio da nossa família que estava em jogo, hoje eu irei entregar você, que é o meu bem mais valioso, nas mãos de outra pessoa. – ele fala e segura a minha mão livre.

Eu acho que ele quer que eu chore.

- Pai...

- Eu sei o quanto Bastian faz bem para você, sei o quanto ele te ama... isso está escrito na testa dele, mas sabemos que somos seres humanos e que cometemos erros. – ele fala.

Ele está preocupado.

- Ei... eu já sou uma mulher, sei de todos os males que o casamento pode trazer, mas você e a minha mãe são provas vivas de que se existe amor de verdade, a gente consegue passar por esses problemas. – digo.

Ele suspira e sorri.

- Minha garotinha cresceu... e já vai me abandonar. – ele dramatiza.

- Pai, pelo amor de Deus... – digo rindo.

Ele me acompanha nos risos.

- Vamos lá, porque nós estamos quase nos atrasando. – ele fala.

- Vamos. – concordo.

Uma equipe de seguranças nos acompanha até o barco que irá nos levar até o palácio.

- Logo barco... você sabe que eu tenho um estomago de veneta. – meu pai fala.

Dou risada.

- Para de palhaçada, pai. – digo rindo.

- Para descontrair. – ele fala.

- Eu não estou nervosa. – digo.

- Mais eu estou. – ele fala e caímos na risada.

O nosso percurso de barco durou cerca de sete minutos.

- Ai meu Deus, tinha que ter uma grinalda e uma calda desse tamanho? – meu pai reclama enquanto me ajuda a sair do barco.

Duas cerimonialistas vem me ajudar e quando sairmos do barco, elas me ajudam a me recompor.

- Olha, tem gente ali. – meu pai aponta.

Olho na direção indicada e vejo algumas pessoas, junto dos fotógrafos. Aceno para eles e sorrio.

- É a simpatia reencarnada. – meu pai fala.

Dou risada.

- Vamos entrar logo. – digo.

As cerimonialistas entram para anunciar a minha entrada e logo depois uma vem sinalizar para entrarmos.

A marcha nupcial soa e as pessoas se levantam. Começamos a caminhar e eu vejo Bastian no altar me esperando. Senti uma vontade louca de sair correndo para os braços dele, mas contive a minha vontade e sorri de orelha a orelha.

- Eu estou te entregando o meu bem mais precioso, então cuide bem dele. – meu pai fala ao me entregar para Bastian.

- Eu irei cuidar. – Bastian diz e aperta a mão do meu pai.

Sorrio para o meu marido e ele diz.

- Uau, que gata. –

Me controlo para não soltar uma gargalhada.

O padre pigarreia um pouco e dá inicio a cerimonia.

- Agora, depois dos votos tradicionais, teremos os votos da noiva. – o padre anuncia.

Bastian se surpreende, na verdade todo mundo se surpreende, eu não havia contado que faria os meus votos.

- Eu não preparei nada. – ele fala baixinho.

- Você não precisa fazer isso hoje, você faz isso todo o dia. – digo a ele.

- A palavra é sua. – o padre fala.

Respiro fundo e fico de frente para ele segurando suas mãos.

- Eu me lembro de tudo... como se tivesse entrado naquele bar em Viena ontem e puxado assunto com você. Me lembro do quanto foi divertido passar aqueles dias com você. – começo.

Basti me encarava com aqueles seus lindos olhos, que hoje estavam mais azuis que o normal.

- Eu não sei o dia que eu acordei e me dei conta de que eu realmente estava apaixonada por você, eu só sei que acordei e precisei ver os seus lindos olhos brilhantes, o seu sorriso que alegra qualquer um, o seu jeito delicado e gentil com todos.

Ele sorri para mim.

- Eu acho que eu já te falei isso um milhão de vezes, mas eu irei falar novamente. Eu te admiro muito Basti. Eu admiro esse homem integro, batalhador que você é, o homem que não se importa em cair um milhão de vezes, porquê sabe que isso o tornará mais forte. Eu admiro esse seu jeito moleque e infantil e principalmente o seu respeito com tudo e com todos. – continuo.

Ele aperta levemente minha mão.

- Obrigado por ter aparecido na minha vida, por ter me mostrado um outro lado da vida, por ter me ensinado, por ter me esperado e por ter me amado. Eu te amo Bastian e isso não é só hoje ou até daqui alguns anos... isso é para a vida inteira. – digo e sinto meus olhos lacrimejarem.

- Eu também te amo... para a vida inteira. – ele diz.

Trocamos as alianças.

- Pode beijar a noiva. – o padre permite.

Nos beijamos e ouvimos os aplausos de todos que estavam ali.

Recebemos os cumprimentos dos nossos padrinhos ainda no altar e todos saem para começarmos a seguir para o salão de festas.

- Você está tão linda, mãe. – Peter fala.

Meu coração se aquece a cada vez que ouço essa palavra.

- Obrigada amor. – digo sorrindo para ele.

Nós três saímos de mãos dadas da igreja e fomos atingidos por uma chuva de pétalas de rosas brancas. Seguimos para a nossa embarcação e deixamos Peter entre nós.

- Eu estou tão feliz... – Peter fala.

- É mesmo? – Basti pergunta deixando um beijo no rosto dele.

- Agora nós somos uma família de verdade. – Peter fala.

Abraçamos ele.

No salão de festas recebemos os cumprimentos de todos os nossos convidados, jogadores do Bayern e da seleção, alguns amigos que eu fiz ao longo da minha carreira profissional e dos nossos familiares.

- Mats não veio. – Basti comenta.

- Ele está viajando com a nova namorada... a moça misteriosa. – digo.

- Bom que ele está com alguém.

Basti ainda tinha uma pitada de ciúmes do zagueiro.

- Vamos dançar. – digo puxando ele para a pista de dança.

O DJ coloca a nossa musica para tocar e eu aproveito o embalo da voz maravilhosa da Beyonce e anuncio para Bastian.

Querido, querido

Eu vejo estrelas pelo caminho

Você não vê o brilho na cortina?

Eu sinto o sol sempre que você está por perto

Toda vez que você me toca eu me derreto

- Eu fui no médico a algumas semanas atrás. – começo.

- Você estava se sentindo mal? Porque não me avisou? – ele fala preocupado.

- Não, está tudo bem. Lembra quando eu falava que chegaria mais tarde? – pergunto.

- Lembro. – ele fala.

- Eu estava fazendo um tratamento com a minha obstetra e... – ele me interrompe.

- O que? Por que você não me falou? – ele pergunta.

- Não queria te encher de esperanças e depois ver que nada resultou. – me explico.

- Então isso quer dizer... – ele fica me olhando.

- Quer dizer que poderemos ter mais alguns filhos. – digo.

Paramos de dançar e eu recebo um abraço apertado do meu marido.

- Você me faz o homem mais feliz do mundo, senhora Schweinsteiger. – ele fala.

- Senhora Schweinsteiger? Eu pensei que ainda era a Miss presidente. – digo divertida.

- Pode ser, mas Senhora Schweinsteiger soa melhor. – ele diz sorrindo lindamente.

FIM