História Miss President - Capitulo 4

Só percebi que o encarava, quando ele fez o mesmo comigo. Por algum motivo mantivemos o olhar preso um no outro. Bastian deu um leve aproximada e eu me senti convidada a beijar aqueles finos lábios rosados. Não resisti aos meus instintos e o beijei.

Foi um beijo calmo. Nossas línguas dançavam no mesmo ritmo e o beijo foi simplesmente incrível. A mão de Bastian dando leves puxões no meu cabelo era a cereja do bolo.

Quando partimos o beijo Bastian ficou me olhando.

- Olha... me des... – o interrompo.

- Por favor, não peça desculpas. – peço.

Ele franze o cenho.

- Beijo é um ato praticado por duas pessoas e se uma não quer, o beijo não acontece. Você não tem porque se desculpar, já que eu também te beijei, então nesse caso não foi você que me beijou ou eu que te beijei, nós nos beijamos. – digo e passo a mão no cabelo dele que estava caindo na testa.

Ele começa a ri.

- Você conseguiu fazer com que eu me sinta um adolescente inexperiente beijando uma mulher cheia de experiência. – ele diz.

Dou risada.

- Só quero que você entenda que não precisa se desculpar. Eu quis tanto quanto você, somos adultos o suficiente para lidarmos com beijos como algo normal. – digo.

Ele balança a cabeça positivamente.

- É que... sei lá, eu ouvi dizer que vocês mulheres tem um tempo certo para tudo... quer dizer, eu comprovei também. – ele diz.

Dou risada.

Aquilo era estranho para mim, nos dias de hoje, mais eu também já fiz isso.

- Bastian, você está de frente para uma mulher moderna, comigo não tem essa de “só depois do quinto encontro”, para mim é na hora que dá vontade. Essa coisa de limite de tempo para fazer o que tem vontade, é algo extremamente machista e eu adoro dá um pé nesses paradigmas. – explico.

- Se soou machista da minha parte, eu juro que não tive intensão. É que as minhas experiências com mulheres se limitaram a ser assim. – ele diz preocupado.

- Eu entendi o que você quis dizer, fique tranquilo. – o tranquilizo.

- A chuva passou. – ele diz olhando para o céu.

- É... podemos ir? Nós estamos meio molhados e isso não é confortável. – digo.

- Claro, concordo com você. – ele diz.

Mais uma vez ligamos para Félix e minutos depois ele estava lá para nos levar de volta para o hotel.

Quando chegamos ao hotel, olhares curiosos foram dirigidos para nós, mais nós relevamos, eramos pessoas publicas.

Fui para o meu quarto tomei um banho e me troquei, como havia combinado com Bastian, o encontraria no restaurante do hotel. Optamos, como algumas outras pessoas, por uma mesa ao ar livre, o sol havia reaparecido e estava um bom tempo para tomar um ar puro.

Apesar de estarmos na Áustria, nós não pedimos comida local, pedimos pasta e para acompanhar um vinho.

Bastian estava sentado ao meu lado e riamos de algo.

- Ei, você tem covinhas. – ele diz apontando para as minha bochechas.

Tapo minhas bochechas.

- Deixa o meu defeito genético, no canto dele. – digo.

Ele ri e bate a mão na testa.

- Eu acho covinhas uma coisa fofa. – ele diz e apoia os braços na mesa.

- Você disse isso para uma mulher de vinte e sete anos. – digo e dou risada.

Ele franze o nariz.

- Até hoje tem gente que diz que eu sou fofo. Eu gosto desse adjetivo. – ele diz.

- Mais você é. – digo e aperto a bochecha dele.

- É, eu sei. – ele diz convencido.

Nossa comida chegou e nós emendamos um assunto no outro enquanto comíamos. Bastian era incrivelmente divertido e inteligente. Para mim, duas das melhores qualidades que uma pessoa pode ter.

Quando terminamos nossa refeição, resolvemos descansar um pouco.

- Até mais. – ele diz quando chega no meu andar.

- Até. – digo.

Fomos nos despedir e ele ficou confuso na hora de me beijar. Segurei o rosto dele e selei os nossos lábios.

- Não pensa muito capitão. – digo e saio do elevador.

Ele sorri e balança a cabeça negativamente.

As portas se fecham e eu vou para o meu quarto.

Assim que me jogo na cama meu celular começa a tocar. Olho a tela para ver quem era e estava escrito “mãe”. Atendo.

- Oi peixão. – digo e ela ri.

- Pare de entrar na brincadeira do seu pai. – ela reclama rindo.

- O que deseja Senhora Zacherl? – pergunto.

- Hum... a senhorita não tem nada para me contar? – ela pergunto.

Paro e penso, mais nada vem a minha mente.

- Acho que não, pelo menos não estou me lembrando. – falo a verdade.

- Tem certeza? – ela questiona.

- Mãe, vai direto ao ponto, porque eu não estou me lembrando de nada. – digo direta.

- Bastian Schweinsteiger. – ela diz.

- Você está falando das fotos de ontem? Como você pode ver, não tem nada demais. – digo.

- Nas de ontem não, mais na de hoje sim. – ela diz.

- Oi?

- Você e ele estão dando o que falar com o beijo de cena de filme. – ela fala.

Tiraram fotos e nós não vimos. Que droga! Isso vai trazer uma avalanche de especulações e de matérias da imprensa cor de rosa.

- Não tem nada a declarar? – ela pergunta.

- O que você quer ouvir? São dois adultos se beijando, não tem nada demais. – digo.

- Tem tudo demais, é a presidente da Paulaner beijando o ex capitão da seleção alemã. – ela fala.

- É só não dá atenção e já, já isso passa. – digo.

Quero acreditar nisso também.

- Desculpe te acordar do país das maravilhas, querida Alice, mais você sabe que as coisas não são assim. – ela fala.

Pegou as gracinhas do meu pai.

- O que você quer que eu faça? – pergunto.

- Bom, nesse momento a Alemanha está eufórica com o novo casal. Se de fato isso o que vocês estão tendo ou tiveram, vai para frente, trate de ser mais discreta, já que você não quer ter o domínio das capas sensacionalistas. – ela aconselha.

- Como se eu tivesse gritado para o mundo que estava em Viena e passeando com Bastian. – digo irônica.

- Você entendeu o que eu quis dizer, mais se acha que esconder vai gerar mais curiosidade, então mate ela logo e assuma no mínimo uma amizade com ele. – ela fala.

- Irei pensar no que vou fazer. – digo.

- Aproveita os seus últimos dias de folga com o Bastian. – ela diz rindo.

- Está engraçadinha, em peixão? – rebato e dou risada.

Rimos e desligamos.