Depois de jantar fui para meu quarto tentar dormir, mas eu recebo uma mensagem de Takashi:
(Amor)_ Então gata? Parque amanhã?
(Eu)_ Acho que não vou amor, meu pai teve que ficar no hospital essa noite e acho melhor ficar aqui até ele voltar.
(Amor)_ Tem certeza disso? Vai mesmo dar um bolo em mim e seus amigos por causa do seu pai?
(Eu)_ Desculpa, mas não vou poder ir, depois a gente se fala, eu tô com sono.
(Amor)_ Ok, depois a gente se fala...
Desligo o celular e fecho os olhos, mas não consigo dormir, eu fico me revirando na cama. Já eram 4h e eu ainda não tinha conseguido nem cochilar, então eu resolvo tomar uma água, me levanto e desço as escadas de pijama mesmo.
Chegando na cozinha, vejo que Rap Monster está lá, comendo um pedaço de bolo de chocolate.
- Oi – ele diz quando me vê – não está conseguindo dormir?
- Eu dormi demais de tarde – respondo indo pegar um copo de água.
- Quer um pedaço de bolo?
- Acho que sim, esse pedaço de bolo está muito convidativo.
- Aqui – ele me entrega uma colher rindo do meu comentário.
- E como está seu braço?
- Está melhor, bom não está mais doendo.
- Que bom – pego um pedaço do bolo.
- Você é fã de algum grupo de K-pop?
- Eu não chego a ser fã, mas eu gosto das músicas do Got7, Monsta X, Block B, Seventeen, e tenho que confessar que gosto muito das suas músicas.
- Você quer dizer as músicas do BTS?
- Também, mas eu estava falando mais das suas músicas solo mesmo.
- Ah obrigado – percebi que ele ficou um pouco sem graça.
- Sabia que você fica fofo assim? – ele fica vermelho, o que me faz rir – não imaginava que você fosse assim.
- Isso é bom ou ruim?
- Bom – digo com um sorriso – agora entendo porque tem tanta garota que gosta de você.
- Nem são tantas assim – ele fala coçando a nuca – a maioria prefere os mais novos.
- Você que acha – digo pegando mais um pedaço de bolo.
- Acho que já vou subir – ele diz bocejando – o sono finalmente chegou, boa noite.
- Boa noite – digo vendo ele ir em direção a escada.
Como mais um pouco de bolo e resolvo subir para o quarto, dessa vez eu consigo dormir, só acordo no dia seguinte, com meu celular tocando, era meu pai, finalmente.
- Alô pai?
- Oi filha – ele me responde, percebo que sua voz está fraca.
- Você está bem? Sua voz está fraca.
- Desculpe por não ter te ligado ontem filha.
- Não tem problema- respondo – mas o senhor está bem?
- Você poderia vir para o hospital?
- Por quê? Está tudo bem?
- Venha para o hospital que eu te explico – ele diz e desliga o telefone.
Não perco tempo e troco de roupa o mais rápido que consigo, e desço as escadas.
- Está tudo bem? – Jin pergunta.
- Eu tenho que ir para o hospital – digo pegando uma maçã – qualquer coisa me liguem.
- Qual o seu número? – pergunta Rap Monster.
- Tem uma caneta aí? – um mordomo me entrega um a caneta e papel onde eu coloco meu número – tenho que ir – são as únicas palavras que digo antes de sair correndo para o hospital.
Chegando no hospital eu só perguntei onde estava meu pai na recepção, me disseram a sala e eu fui até lá correndo, chegado na sala, vejo meu pai em uma cama.
- Pai o que aconteceu?- pergunto chegando perto da cama.
- Minha filha, você sabe que eu estou velho e não estou mais tão saudável quanto antes... – ele começa e as lágrimas começam a brotar em meu rosto.
- Não pai, não pode ser – digo, já com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto – você não pode...
- Minha filha eu sinto muito – ele também estava chorando – eu gostaria de continuar vivendo para ver você se casar, gostaria de ver meus netos, gostaria de poder contar histórias para eles.
- Pai não fala assim – eu já estava soluçando de tanto chorar.
- Olá _____ - ouço uma voz conhecida atrás de mim.
- Yao, por favor, me diz que isso não está acontecendo.
- Venha comigo - ele diz saindo da sala - ______ eu sinto muito...
- Quanto tempo ele tem? – pergunto tentando me controlar.
- No máximo uma semana – não pode ser só uma semana, minhas pernas fraquejam e eu caio no chão.
- _______ vai para casa, se acalme um pouco, depois você volta e conversa com seu pai, você não quer que ele te veja desse jeito certo? - ele diz se abaixando – você sabe que tudo que ele faz é por você e se ele te vir desse jeito vai querer acabar com seu sofrimento mais cedo, isso não faz sentido para mim, mas conhecendo seu pai do jeito que conheço sei que ele é muito capaz de fazer isso.
- Você tem razão – digo me controlando – só vou dizer adeus ao meu pai.
- Venha eu te ajudo – ele me ajuda a levantar e nós entramos na sala, meu pai estava chorando.
- Me desculpe minha filha.
- Pai não se desculpe – digo indo até ele – não é sua culpa – eu seco suas lágrimas – eu tenho que ir, mas eu volto mais tarde para te ver combinado?
- Ok filha – ele diz sorrindo.
- Até mais tarde pai – digo lhe dando um beijo no rosto.
Eu saio do quarto e desabo numa cadeira, as lágrimas correm por meu rosto.
- Quer que eu te leve para casa? – Yao me pergunta.
- Obrigada Yao – digo me levantando.
Nós vamos até o estacionamento e ele me leva até a casa dos garotos do BTS, eu o agradeço e entro na casa, os garotos estavam na sala, nem me dei ao trabalho de os cumprimentar, só subi para o quarto e deitei na cama.
Fiquei na cama chorando por horas, ele era a única família que eu tinha, agora ele estava morrendo, por que isso acontece comigo?
- _______? – ouço alguém bater na porta – você está bem?
- Oi Rap Monster – digo abrindo a porta.
-Me chame de Namjoon, por favor – ele diz me entregando um copo d’água – está tudo bem?
- Desculpe, é que meu pai ficou doente e está para morrer, eu... – minhas lágrimas começam a escorrer de novo.
-Ei, olha pra mim – ele levanta meu rosto – se acalma, toma um pouco d’água- faço o que ele diz, me acalmo e tomo a água que tinha no copo – isso, está melhor?
- Obrigada Rap... Namjoon, estou melhor sim, mas vocês se importariam se eu trouxesse uma amiga aqui? – precisava conversar com alguém e sabia exatamente quem chamar, quem me ouviria.
- Sem problema – ele diz – quer que peçamos para Kwan buscar ela?
- Tem certeza de que não será um problema? Não quero incomodar o Kwan.
- Não se preocupe com isso, é só me dizer o endereço que eu passo para Kwan – eu faço o que ele pediu e anoto o endereço dela.
- O nome dela é Mayumi, vou mandar uma mensagem para ficar preparada – digo – obrigada Namjoon – digo o abraçando.
- Bom, vou lá pedir para Kwan ir pegar ela – ele diz indo embora.
Eu mando mensagem para Mayumi:
(Eu)_ Amiga preciso conversar.
(Mimi)_ O que foi meu amor?
(Eu)_ Você pode vir aqui?
(Mimi)_ Claro já estou saindo.
(Eu)_ Não estou em casa, um motorista vai passar aí para te pegar, o nome dele é Kwan, só não dá uma de fã quando chegar aqui.
(Mimi)_ Por que eu daria uma de fã?
(Eu)_ Você vai ver...
Em pouco tempo alguém bate na minha porta, eu me levanto e abro a porta.
- Está melhor? – pergunta Namjoon.
- Estou sim, obrigada – digo.
- O que está acontecendo? – Mayumi estava do lado dele.
- Entra aqui – digo a puxando pelo braço e fechando a porta.
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