História Miss Right - Primeiro beijo

Um dia eu chego na faculdade e pego Takashi e Hyuna se agarrando no gramado do campus.

No momento que vi aquela cena, minha vontade era de ir até lá e matar os dois no ato, mas não o fiz, simplesmente entrei no campus ignorando os dois e fui para o banheiro, sim para chorar, não acredito que ele foi capaz de fazer isso comigo, depois de tudo que passamos.

Entro no banheiro, a única pessoa que estava lá era Lizzy, na hora que a vi, não consegui mais segurar as lágrimas.

- Querida o que aconteceu com você? – ela pergunta rapidamente vindo até mim.

- O Takashi e a Hyuna lá fora – digo entre soluços.

- Ah – ela diz – eu já imaginava, mas não disse nada porque não tinha certeza – ela me abraça – quer que eu peça pro Caio dar um jeito nele?

- Não precisa – digo – eu mesma vou fazer isso, mas não agora.

- Sinto muito amiga – ela me abraça mais forte.

- Acho melhor você ir para a aula, você vai acabar se atrasando – digo secando minhas lágrimas.

- Mas e você?

- Eu vou ficar bem, só diga para o professor que não estou me sentindo muito bem.

- Vai ficar bem mesmo?

- Vou sim – dou um sorriso.

- Então daqui a pouco a gente se vê – ela diz me dando um beijo na bochecha e saindo.

Não posso acreditar que ele fez isso, se ele não queria mais namorar, ele poderia simplesmente ter terminado, seria muito mais fácil, doeria muito menos, mas isso não importa mais, vou até a pia do banheiro e lavo meu rosto.

Saio do banheiro com o rosto erguido, e o sinal do segundo tempo bate, vou em direção da sala e entro.

- ________? – o professor me vê assim que entro – está melhor?

- Sim professor, obrigada – digo indo para meu lugar.

- Amor você tá bem? – ao ouvir ele me chamar de amor, sinto uma enorme vontade de dar um soco nessa cara de santo que ele apresenta pra mim.

- Depois a gente conversa – são as únicas palavras que eu digo, depois volto minha atenção para o professor.

Não me lembro de um dia em que eu prestei mais atenção na aula que hoje, mesmo Takashi tentando chamar minha atenção, eu o ignorava e ouvia o professor atentamente.

Quando deu o horário do intervalo eu saio sem esperar Takashi como sempre fiz, fui para a cantina e comprei algo para comer e fui para uma mesa.

- Desculpa, mas não pude deixar aquele desgraçado sair impune – diz Lizzy se sentando na minha frente.

- O que você fez? – pergunto um pouco preocupada.

- Calma – Caio diz se sentando ao lado da namorada – não fiz nada de mais, só um soco, nem saiu sangue.

- Obrigada gente – digo e um sorriso pequeno se forma em meus lábios.

- Amiga tem certeza de que você tá bem com tudo isso?- Lizzy pergunta preocupada, como sempre.

- Eu estou bem – respondo – também acho que não iria durar mais tanto tempo assim – abaixo a cabeça – a gente estava cada vez mais distante.

- O que você acha de fazermos uma festa do pijama só de garotas? – pergunta Lizzy animada – eu, você e Mimi, vamos tirar esse garoto da sua cabeça.

- Adoraria – digo com um sorriso – mas primeiro eu tenho que ver com os meninos, ou talvez possamos fazer na casa do meu pai, minhas coisas ainda estão lá – penso alto.

- Que meninos? – pergunta Lizzy – como assim na casa do seu pai?

- Depois eu te explico – digo – eu só estava pensando alto.

- Acho bom você me explicar isso direitinho depois – ela diz se levantando – vamos o horário já deu.

Eu me levanto e vou para a sala com o casal, vi que Takashi já estava no seu lugar, mas ele estava com o rosto escondido, provavelmente, o soco que Caio deu deixou uma marca, isso fez meus lábios se abrirem em um sorriso pequeno.

Prestei atenção no resto das aulas, na hora de ir embora, eu estava seguindo para o carro de Kwan que estava me esperando, quando alguém segura meu pulso.

- _______ me explica por que você está me evitando – Takashi me vira de frente para ele.

- Você ainda tem coragem de vir falar comigo?

- Como assim?

-Vai perguntar par sua nova namorada, Hyuna...

- Calma aí ______, eu posso explicar.

- Eu adoraria ver você tentar se explicar, mas eu tenho mais coisas pra fazer – eu volto a andar na direção do carro.

- ______ espera – ele me segura pelo pulso de novo.

- Me larga Takashi – tento me soltar, mas ele era mais forte que eu.

- Deixa só eu me explicar.

- Eu não quero ouvir Takashi – digo – só me diz uma coisa, desde quando?

- O parque de diversões – ele diz baixando a cabeça – mas _______...

- Mas nada Takashi.

- Está tudo bem aqui? – Kwan chega do meu lado.

- Está sim Kwan – digo e me solto do aperto de Takashi.

- Então é isso? Não vai nem deixar eu me explicar?

- Não tem explicação para isso Takashi – digo dando um soco na cara dele – agora vê se me deixa em paz.

Eu vou na direção do carro, e Kwan vem correndo atrás de mim, logo abrindo a porta do carro para mim, e logo dando a volta no carro para entrar no mesmo e começar a dirigir.

- Você está bem? Ele te machucou? – Kwan pergunta enquanto dirige.

- Eu estou bem Kwan, obrigada – digo apoiando minha cabeça na janela – eu só quero não pensar nele agora ok?

- Tudo bem – Kwan diz virando uma rua.

No caminho de volta eu não pensava em nada, só em como queria que minha mãe estivesse aqui para me consolar, e pensava em meu pai dizendo que nunca confiou nele e que ele é um cafajeste que só queria me machucar, pensando nos dois, lágrimas escorreram por meu rosto.

- Chegamos – Kwan diz, me tirando do meu devaneio.

- Obrigada Kwan – digo saindo do carro.

Assim que entro na casa, subo as escadas correndo, a única coisa que eu quero fazer é ficar no meu quarto em paz.

Subo o último degrau e abro uma das portas, mas logo a fecho, não era meu quarto, era do Namjoon, e ele estava só de cueca e uma camiseta, massageando seu membro por cima da cueca.

- Desculpa – grito ainda com a porta fechada – eu errei de porta, eu não... – paro quando ouço um gemido de dor – Namjoon você tá bem?

- É que eu cai, você me assustou – outro gemido de dor.

- Nam você tá bem? – pergunto um pouco preocupada.

- Acho que eu bati na quina do criado-mudo – ele diz – espera um pouco – ouço movimento dentro do quarto – entra aqui, por favor.

- Posso entrar mesmo?

- Pode, já coloquei uma calça.

- Então estou entrando – digo abrindo a porta – desculpa, eu não quis entrar no seu quarto, é que eu errei a porta e...

- Tudo bem – ele diz – eu que peço desculpas, mas você pode me ajudar, é que tá sangrando – então eu vejo sua camiseta está com sangue em seu peito.

- O que aconteceu? – pergunto chegando perto dele.

- É que quando você abriu a porta eu me assustei, aí eu acabei caindo e bati na quina do criado-mudo.

- Tira a camiseta pra eu ver – digo - p-pra eu ver como está esse machucado – fico vermelha.

- O-ok – ele diz tirando a camiseta e me deixando de baca aberta com seu abdome definido.

- Foco ______ - murmuro baixinho para que ele não ouça – acho que não vai precisar de pontos, mas acho melhor fazer um curativo.

- T-Ta bem então – ele diz, vejo que o mesmo estava vermelho feito um tomate, o que eu me fez sorrir.

- Por que você tá assim todo vermelho? Eu que deveria estar assim – digo.

- É que não estou acostumado a ficar assim na frente de uma garota.

- B-Bom, então eu vou pegar uns curativos e já volto – saio do quarto e encosto na parede ao lado - _______ se controla – digo para mim mesma respirando fundo.

Vou para onde tinha uma caixa de primeiros socorros, pego a caixinha e volto para o quarto.

- Voltei – digo assim que chego.

Eu faço o curativo nele, e percebo que em nenhum momento ele tira os olhos de mim.

- O que você tem hoje? – ele pergunta quando termino o curativo.

- Como assim?

- É que sempre que vejo você fazer algum curativo ou cuidar de nossos machucados, seu olhar fica muito fofo, não sei explicar, mas hoje está diferente.

- É que hoje descobri que meu namorado está me traindo há uma semana.

- Ele tem problema mental?

- Hã?

- Como ele pode querer te trair? Você é linda, divertida, inteligente, atenciosa... Quer saber não dá mais pra segurar – ao dizer essas palavras ele segura meu rosto com suas duas mãos e me puxa para um beijo.

No começo eu tentava resistir, mas aos poucos eu cedo ao beijo, queria continuar a beijá-lo, mas ele para o beijo.

- Desculpa por isso – ele diz me soltando – é só que desde que te vi no hospital eu estava com vontade de fazer isso.

- Não se desculpe – digo o beijando de novo.