1. Spirit Fanfics >
  2. Missão A Dois >
  3. Capítulo 18 - Acidente

História Missão A Dois - Capítulo 18 - Acidente


Escrita por: sarahcolins

Capítulo 19 - Capítulo 18 - Acidente


– Nathan? – disse antes que meu cérebro pudesse processar a informação e que eu me contivisse. Me amaldiçoei logo em seguida, afinal depois daquilo não podia simplesmente dizer que não o conhecia.

– Annabeth? – respondeu ele no mesmo tom incrédulo, mas um pouco menos espantado que eu.

– Vocês se conhecem? – perguntou Percy olhando de um pro outro. Sua expressão mudou completamete, ele agora estava com a cara fechada e especulativa.

– É… não, quer dizer, sim – gaguegei vergonhosamente – Nos conhecemos na faculdade durante uma atividade em grupo – tentei falar o mais naturalmente possível, mostrando que aquilo não era nada de mais.

– Sim – concordou Nathan – Acho que não cheguei a comentar com você que estudo arquitetura da Cornell, não é?

– Não, não comentou – Percy dizia aquilo em resposta a Nathan, mas era pra mim que ele olhava. Como se quisesse dizer que quem tinha que ter comentado a respeito era eu. Imediatamente tentei mudar de assunto.

– Bom, acho que preciso de roupas secas – disse olhando para mim mesma - Não se importam se não puder ver o jogo de basquete com vocês né? Então com licença.

E sem mais delongas eu atravessei a sala e entrei no meu quarto. Tranquei a porta e depois encostei-me nela por alguns instantes. Respirava fundo e tentava entender o que tinha acabado de acontecer. Nathan estava no meu apartamento para assistir a um jogo de basquete com Percy. Era isso mesmo? Definitivamente minha sorte havia me abandonado de vez! Eu realmente devia estar fazendo algo muito ruim para merecer aquilo. No fundo eu sabia exatamente o que era, mas não queria admitir. Afinal, por mais errados que fossem, meus atos tinham uma finalidade boa. Além de pagar o maior mico ao entrar daquele jeito em casa e dar de cara com o veterano da minha faculdade, eu ainda entregara de bandeja que o conhecia. Com toda certeza do mundo Percy não iria esquecer aquilo tão fácil. Ele tinha ciúmes até mesmo de Sam e Tasha, imagina de Nathan.

Percebi que minhas roupas estavam pingando e molhando o carpete do chão, então fui até o banheiro. Tomei um longo banho e vesti roupas limpas e secas da forma mais demorada possível. Queria que Nathan já tivesse ido embora quando eu saísse. Coloquei o ouvido na porta e escutei a voz de duas pessoas na sala. Droga! Ele ainda estava lá. Ou eu saia e encarava a situação constrangedora, ou ficava e tentava enrolar mais um pouco. Mesmo com a grande possíbilidade de parecer mal educada, resolvi ficar trancada no quarto. Eu só iria atrapalhar o “programa de garotos” dos dois, eles com certeza não estavam sentindo minha falta no momento. Só esperava que Percy não tivesse passado a tratar Nathan mal depois de descobrir que nós já nos conhecíamos.

Enquanto tentava arrumar algo para me distrair comecei a pensar em como eu estava frustrada por não poder passar o resto do dia com meu namorado como haiva planejado. Se por acaso Percy viesse me cobrar explicações a respeito de Nathan eu não poderia deixar de jogar na cara dele o que ele tinha feito. Não que eu estivesse com razão ao não comentar nada sobre Nathan com ele. Mas Percy também não era santo. Havia me deixado muito chatiada ao me trocar por um amigo e um jogo de basquete. A melhor coisa a fazer no momento, era pegar o diário dele e continuar a ler. Enquanto Percy se divertia sem mim, nada mais justo do que invadir um pouco de sua privacidade! Me joguei na cama e peguei o bendito caderno de dentro da minha bolsa. Ele não saía mais de lá. Folheei as páginas até chegar no ponto que havia parado da última vez.

“Caro amigo,

Não tenho muito o que contar hoje sobre a garota de quem eu tanto lhe falo. As coisas não mudaram muito. É difícil conseguir fazer algum progresso com ela, sabe? Por muitas vezes já achei que iríamos começar a nos dar melhor, mas isso nunca aconteceu. E cada vez mais eu perco as esperanças de que isso um dia aconteça. Dizem que a gente não consegue mandar no coração e que por mais que não sejamos correspondimos, insistimos em continuar apaixonados. Até o momento eu tenho acreditado nisso, mas acho que tudo tem um limite. Não vou continuar investindo tanto empenho em algo que evidentemente não vai dar certo. Entende o que eu digo? Acho que no fundo, se eu decidir que não vou mais gostar dela, eu posso conseguir esquece-la de vez! E é o que eu pretendo fazer!

Tenho certeza que desculpas não vão me faltar. Afinal esse acampamento está cheio de semideusas bonitas e interessantes. Minha melhor amiga Annabeth, por exemplo, é uma das garotas mais incríveis que já conheci. As vezes ela não tem muita paciência comigo, mas não posso culpá-la. Sei que sou um pouco devagar para entender certas coisas mais do que as vezes. O fato é que ela é uma garota linda, inteligente, e o mais importante, fiel aos seus amigos. Porque é que eu não fui gostar dela afinal? Com certeza seria muito mais fácil. Não que ela me dê alguma bola, pelo contrário. Mas acho que essa paixonite que ela tinha pelo Luke nunca fora correspondida. E agora ela deveria estar muito abalada com o que ele fizera. Queria poder ajudá-la de alguma forma, só como amigo mesmo. Não suporto vê-la sofrer.

Enfim, como eu já disse, vou dar um jeito nessa situação. Já estabeleci minha meta e pretendo atingí-la. Não faço ideia se será fácil ou díficil, nem quanto tempo vai demorar. Mas acredito que uma paixão tão sem sentido pode desaparecer tão rápido quando surgiu. Talvez essa não seja a afirmação mais romântica que você já ouviu, mas faz todo o sentido pra mim!”

Eu não sabia se ria ou se chorava quando acabei de ler aquela parte. Que espécie de pessoa insensível escrevia uma coisa daquela? Comecei a me dar conta de que talvez não conhecesse assim tão bem o meu namorado. Ou pelo menos, não conhecia assim tão bem o seu passado. Eu não podia de forma alguma concordar com ele! Afinal eu sabia por experiência própria que não era verdade. Não fora nada fácil admitir para mim mesma que eu deixara de amar Luke, e que talvez nunca o tivesse amado como eu amo Percy. E ele tratava do assunto como se fosse apenas uma dor de cabeça que ele pudesse curar tomando um remédio. Eu tinha que continuar lendo imediatamente! Com certeza ele havia quebrado a cara achando que seria assim simples atingir a sua “meta”! Infelizmente fui interrompida com alguém batendo na porta do quarto.

– Annie, posso abrir? Você está descente? – perguntou a voz de Percy por trás da porta. Me perguntei como é que seria estar descente para ele?

– Pode! – gritei em resposta, me esquecendo completamente de que ainda estava com o diário nas mãos.

– Nós pedimos uma pizza – disse ele depois de abrir a porta e enfiar a cabeça para dentro do quarto – Venha comer com a gente! – Percebi o rosto dele corar assim que viu o que eu estava segurando. Acompanhei seu olhar e imediatamente tentei disfarçar.

– Ahh ok, estou indo num minito – respondi deixando o caderno de lado como se não tivesse importância, e colocando os pés para for a da cama.

Percy saiu e fechou a porta, eu levei a mão a testa e suspirei expressando meu alívio. Ainda que ele mesmo tivesse me dado o diário para ler, não era legal ser pega no flagra daquela forma. Eu tinha esperança de que ele já tivesse se esquecido de que me dera aquilo, aliás. Sem mais demora eu sai do quarto para me juntar a eles na sala. A caixa estava aberta sobre a mesinha de centro e os dois comiam os pedaços de pizza com a mão. Por sorte estavam usando ao menos guarpanapos. Se eu encontrasse alguma manchinha de gordura no meu sofá ou nas minhas almofadas a coisa ia ficar feia. Não estava nem ai se ele era amigo de Percy ou não. No mínimo eles teriam que ouvir o meu sermão e até deixaria Nathan pagar por um sofá novo se ele oferecesse. Ele não era podre de rico afinal?

Peguei um pedaço da pizza de muzzarela e me sentei na poltrona ao lado do sofá. O maldito jogo ainda não havia terminado. Se bem que eles estavam vendo ao canal de esportes e aquele já podia ser outro jogo. Deuses! Quando é que Nathan iria se tocar e ir embora? Como se pudesse ler meus pensamentos, o garoto levantou para se despedir dois minutos depois. Fuzilei Percy com o olhar quando ele insistiu para que Nathan ficasse um pouco mais. Evidentemente eu tive que repetir o convite, para mostrar simpatia, mesmo contra minha vontade. Por sorte o bom senso do veterano falou mais alto e ele recusou, dizendo que precisava voltar para casa para resolver uns assuntos. Típica desculpa de quem na verdade vai para casa e não tem absolutamente nada para fazer.

Percy saiu com Nathan para acompanha-lo até o elevador, enquanto eu fiquei no apartamento. Aproveitei para dar tirar o lixo e a louça da sala. Lavei os poucos copos que havíamos sujado e depois dei uma ajeitada na cozinha que os garotos haviam deixado um pouco bagunçada. Quando saí da cozinha, vi que Percy já havia voltado e que estava no banheiro. O esperei sentada na cama porque sabia que dessa vez iria rolar uma DR daquelas! Nenhum de nós escaparia. Antes, porém, eu reparei em um pequeno, mas importantíssimo detalhe: eu não guardara o diário quando saíra do quarto minutos atrás. Eu o havia deixado jogado em cima da cama. Levantei e comecei a procurar desesperadamente. Ele não estava mais onde eu havia deixado. Nem em cima, nem dos lados, nem em baixo da cama! Por Zeus, eu não podia ter sido assim tão burra!

– O que está fazendo? – perguntou Percy ao sair do banheiro e me ver ajoelhada no chão olhando em baixo da cama. Levei um susto tão grande que lavantei a cabeça com tudo e a bati no estrado da cama. Fazia tempo que eu não sentia uma dor tão forte como aquela.

– AAAAAAAAI! – resmunguei enquanto restejava para fora e tentava me levantar. Então levei a mão a cabeça e senti algo molhado e quente. Quando olhei meus dedos novamente, mesmo com a visão um pouco turva, vi que estavam vermelhos – Sangrando… - foi tudo o que consegui dizer antes de perder os sentidos.

***

Ponto de vista de Percy

Não sabia o que era pior, acordar sem Annabeth ao meu lado, ou não saber que horas ela iria voltar. Aquele sábado não podia ter começado pior. Pensei em ligar para ela e perguntar que horas estaria de volta, mas fiquei com medo de atrapalhar sua aula na faculdade. Achei que era melhor arrumar algo para fazer antes que eu morresse de tédio e solidão. Peguei meu celular e comecei a olhar a agenda telefênica. A maioria dos meus amigos estava fora de alcance no momento. A maioria deles também eram semideuses e provavelmente não topariam o programa de mortal que eu poderia oferecer. Não demorou para eu chegar a letra G e ver o nome de Grover na tela. Ele havia relutado muito antes de enfim concordar em ter um celular. O problema é que quase nunca o deixava ligado. Mesmo sabendo disso eu apertei o botão para chamar o número, pois sabia que ele ainda devia estar em Manhattan. Obviamente caiu na caixa postal.

Continuei passando a lista que era espantosamente grande. Frank, Jason, Leo, todos esses estavam fora de questão. Se eu quisesse marcar qualquer coisa com eles teria que ligar no minimo uma semana antes. Depois de rolar a lista um pouco mais para baixo me deparei com um nome que me chamou atenção. Nunca havia pensado na possibilidade de convidá-lo para fazer alguma coisa, até porque nos conhecíamos a pouco tempo. Mas na situação em que eu estava de repente me pareceu uma boa opção. Havia conhecido Nathan Scott no dia em que começara a trabalhar no posto de gasolina.

Ele parou para abastecer seu carro esportivo importado e de cara eu pensei que fosse um desses filhinhos de papai convencidos e arrogantes. Depois que ele começou a passar por lá com mais frequência percebi que eu estava enganado. Para ser mais exato, nos tornamos amigos quando ele trouxe seu carro para fazer uma revisão completa. Além de abastecimento o posto também tinha a área de mecânica e funilaria onde eu ajudava de vez em quando. Alguns minutos de conversa foram suficientes para eu perceber o quando Nathan era legal e humilde. Desde então, toda vez que ele ia abastecer seu carro, parava um pouco para jogar conversa fora comigo. Era bom fazer uma amizade com alguém que fosse mortal e que não estivesse relacionado diretamente com nenhum dos meus ambientes de trabalho.

Nathan já havia me convidado algumas vezes para assistir jogos de basquete em sua casa. Em uma de nossas conversas, descobrimos que torcíamos pela mesma equipe. Por isso achei que ligar naquele momento para propor algo parecido não teria nada de mais. Então foi exatamente o que fiz. Depois de três toques o garoto já me atendeu. Nathan. que era fissurado por basquete, fez a mesma sugstão de sempre. Fui sincero e disse que estava sem televisão em casa. Não havia escondido dele que minha situação financeira não era das melhores, então ele sabia que seria difícil eu ir até sua casa. Então ele, de forma muito inteligente e generosa, disse que levaria a sua televisão para podermos assistir a partida. Não tinha como recusar.

Apenas desci para ir até um pequeno mercado que havia próximo ao prédio e comprei alguns salgadinhos e um engradado de cerveja. Não deu nem meia hora depois que eu havia ligado e Nathan já estava tocando o interfone do apartamento. A tevê que ele trouxe era maior do que eu esperava. Pensei que ele ia trazer uma dessas menores e mais leves, que eram mais fácies de transportar. Acho que subestimei a paixão do meu amigo pelos jogos de basquete. Ele disse que fazia questão de assistir numa tela grande em alta definição. Não discuti mais, afinal eu até concordava com ele. Eu instalei os cabos da antena na teve enquanto Nathan foi até a cozinha pegar uma tijea para os salgadinhos. Faltava pouco tempo para o jogo começar quando ouvi o barulho da fechadura da porta sendo aberta. Logo em seguida uma Annabeth encharcada adentrou o apartamento.

Não pude conter o riso ao ir até ela. Achei ainda mais engraçado quando ela se mostrou um tanto sarcástica com a situação. Sabia que ela não iria ficar muito feliz, mas achei melhor já avisar logo que tinhamos visitas. A cara dela foi impagável. Era óbvio que ela não havia gostado de saber daquilo. Deixei de achar tudo divertido quando ouvi Annabeth pronunciar o nome de Nathan e ele pronunciar o dela em resposta. Os dois se conheciam, que legal! Que eu soubesse Annie não tinha nenhum amigo além de Sam, Tasha e o pessoal do café. Por que será que ele nunca tinha mencionado Nathan? Tudo bem que eu também não mencionara que o havia conhecido, mas aquilo era diferente. Ele era um garoto e provavelmente era considerado bonito pelas mulheres. A questão era que eu não havia gostado nenhum pouco de descobrir aquilo e ponto.

– Vocês se conhecem? – perguntei olhando de um pro outro. Nem me importei em disfarçar meu descontentamento.

– É… não, quer dizer, sim – gaguejou Annabeth, visivelmente constrangida – Nos conhecemos na faculdade durante uma atividade em grupo – ela dizia aquilo como se não fosse nada de mais. Apenas um detalhe que ela esquecera de mencionar. Continuei com a cara fechada, ainda não havia engolido aquela história.

– Sim – concordou Nathan – Acho que não cheguei a comentar com você que estudo arquitetura da Cornell, não é?

– Não, não comentou – respondi a Nathan, mas era para Annabeth que eu olhava. Se alguém ali tinha que ter comentado algo sobre o assunto, deveria ter sido ela. Afinal se algum dos dois me devia satisfação, seria minha namorada e não um amigo que eu conhecera a pouco tempo.

– Bom, acho que preciso de roupas secas – disse Annabeth cortando o assunto. Ela provavelmente queria quebrar o clima tenso que surgira. No fundo era até melhor, não queria fazer uma cena com os dois ali - Não se importam se não puder ver o jogo de basquete com vocês né? Então com licença.

Ela nem esperou nossa resposta, atravessou a sala e entrou no quarto. Olhei para Nathan e ele estava com uma cara de profundo constrangimento. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas desistiu no meio do caminho. Resolvi tentar me acalmar. Afinal que culpa ele tinha de ter conhecido Annabeth? Como ia saber que era minha namorada? Além do mais, segundo os dois, eram apenas conhecidos muito distantes. Não havia com o que me preocupar, certo? Era fácil dizer aquilo a mim mesmo, mas realmente deixar de ficar preocupado já era outra história. De qualquer forma me esforcei para manter as aparências e fingur que estava tudo bem. Eu ainda queria assistir ao jogo afinal. Estava com saudades de ver tevê em casa.

Antes da partida começar fui até a lavanderia pegar um pano para secar o rastro de água que Annie havia deixado por onde passara. Na sala, Nathan já havia colocado os salgadinhos na mesa e abriu as garrafas de cerveja. Assistimos ao jogo como qualquer par de amigos: comentando os lances, reclamando das penalidades e comemorando a cada cesta. Quanto mais o nosso time ficava em vantagem, mais o clima se amenizava. Ao final da partida nem me lembrava mais do porque eu havia ficado irritado. Já se passara quase uma hora e Annabeth não havia saido do quarto. Certamente ela não queria ter que me encarar, ainda mais antes de Nathan ir embora. Eu pretendia poupá-la daquilo, porém, quando pedidmos pizza para comer não pude deixar de ir chamá-la.

Bati na porta do quarto e perguntei se podia abrir. Quando ela respondeu, eu coloquei a cabeça para dentro e a chamei para comer. Percebi que ela estava deitada na cama com o meu “caderno secreto” nas mãos. Já nem me lembrava que tinha dado aquilo a ela. Quando percebeu para onde eu olhava, Annbeth deixou o objeto de lado rapidamente, como se estivesse envergonhada por ter sido pega com ele. Ela respondeu que já estava vindo então fechei a porta e sai. Se ela estivesse lendo a parte que eu imaginava, não era a toa que não quisesse fazer aquilo na minha frente. Um sorriso se formou em meus lábios quanto eu senti a diverção que aquilo me causava. Eu sabia que minha namorada devia estar com os miolos fervendo por causa de tudo que estava lendo.

Voltei para a sala e depois de dois minutos Annabeth se juntou a nós. Comemos a pizza em silêncio. Ninguém parecia saber o que dizer, ou se devia dizer algo. Agradeci aos deuses quando Nathan se levantou e disse que precisava ir embora. Insisti para que ele ficasse, torcendo para que recusasse. Na verdade eu queria era poder ficar a sós com Annabeth logo. O acompanhei até o elevador para nos despedirmos. Quando voltei ao apartamento, Annie estava na cozinha arrumando as coisas, então aproveitei para ir ao banheiro. Depois de quatro garrafas de cerveja, até um filho de Poseidon precisa se aliviar. Antes porém, encontrei meu “caderno secreto” em cima da cama. Provalvemente Annabeth esquecera de guardá-lo. Não resisti aquela oportunidade de pregar uma peça nela, peguei o caderno e então o escondi nas minhas coisas.

Quando saí do banheiro encontrei minha namorada abaixada e com a cabeça enfiada em baixo da cama. Eu não tive a intensão de assutá-la, mas acabei fazendo com que ela batesse a cabeça com força no estrado da cama ao perguntar o que estava fazendo. Quando ela rastejou para fora e tentou se levantar percebi que a pancada tinha sido mais forte do que eu imaginava. Annabeth estava sangrando. Quando a mesma levou a mão a cabeça e se deu conta disso, já era tarde para eu tentar chegar até ela. Vi seu corpo cair imóvel no chão. Meu coração quase parou de bater, mas me obriguei a tomar controle suficiente de meu corpo para ir até ela e prestar socorro. Não queria nem pensar que poderia perdê-la por causa de uma das minhas brincadeiras estúpidas.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...