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História Missão Terra - Código 1303 - Mendigar?


Escrita por: Outpost

Notas do Autor


Espero que gostem do capítulo. Demorou, mas saiu :p

Capítulo 3 - Mendigar?


Fanfic / Fanfiction Missão Terra - Código 1303 - Mendigar?


     — Ainda não tô acreditando nessa merda toda — disse Nelson, enquanto ele, o alien e o drone seguiam por entre as árvores.
     — E eu ainda acho estranho o fato de você não conseguir acreditar em algo que está diante dos seus olhos — comentou Ébor.
     — Hã, senhor, tem certeza de que é seguro revelar aquilo pra esse humano? — perguntou Obvis — Tipo, a cabeça dele pode explodir ou sei lá ('-')
Nelson arregalou os olhos e falou com uma voz um tanto quanto insegura:
     — Ele não tá falando sério, né?  Alien, o seu nome era Ébor, né, ah não importa Esse seu robô aí não tá falando sério, né?
     — Relaxa. Acontece que o Obvis tem uns dados salvos e, não sei se vai querer ouvir, é uma longa história...
     — Conta aí, não é a minha cabeça mesmo que tem chance de explodir? — disse Nelson com uma voz irônica e nervosa, seguida de uma leve gargalhada.
     — Bem, vamos lá então. A minha raça desenvolveu tecnologia capaz de viajar entre galáxias mais rápido que a luz a muito tempo, tipo uns 38 milênios terrestres. Desde então, vários de nós começaram a vagar sem rumo pelo universo, procurando por vida que não fosse a nossa. E acontece que encontramos — nesse momento foi interrompido por Nelson
     — Caralho, e seriam esses nós, os humanos? 
    — Quê!? Nem ferrando — continuou Ébor — Vocês meio que são mais um entre vários outros. Voltando à histórinha: até o momento, já catalogamos 972.204.985 espécies pluricelulares distintas, e acredite, esse número seria bem maior se a gente adicionasse bactérias, plantas e afins. Entre essas, apenas 58.154 eram inteligentes e capazes de formar sociedade. É um número pequeno, se você comparar. 
     — Mas quando que a gente chega na parte que a cabeça explode? — interrompeu novamente.
     — Você poderia ao menos me esperar terminar de falar? — disse Ébor, revirando os olhos. — Mas se você tá ansioso assim, eu vou direto ao ponto: um belo dia, um dos representantes da nossa raça foi até um planeta que tinha forma de vida inteligente. O que não sabíamos era que aqueles caras costumavam explodir ao serem expostos à sentimentos de nervosismo, ansiedade e umas paradas do tipo. Feliz agora?
     — Sim, eu acho. Só que aqueles caras que explodiam... Como e porquê?
     — Nem pergunte. Lá no meu planeta eles provavelmente ainda estão estudando isso. Pode ser tanto um tipo bizarro de sistema de autodefesa quanto uma esquisitice criada pela evolução. O ponto é: a sua raça não faz nada do tipo, né?
     — Não até onde eu saiba. Se bem que tem uns caras de um tal de ISIS... — Nelson parou e pensou um pouco — Nah, deixa pra lá.
     — Ótimo. — disse Ébor — Ah, olha! Estamos quase lá.
Chegaram até o local onde a nave de Ébor havia caído. Havia destroços pra todo lado. Já não tinha mais fogo em local algum, faíscas não saltavam mais dos circuitos expostos. Ervas daninhas começavam a crescer em meio as diversas rachaduras. Era como um cadáver já entrando em decomposição.
     — Caralho... — Nelson estava de queixo caído ao ver o que restava do veículo espacial de origem alienígena — Sabe Ébor, eu te agradeço por ter impedido aqueles caras de me arrebentarem duas semanas atrás, só que isso aqui... Isso aqui é bem mais do que imaginava. — ficou admirando toda aquela tecnologia, tão avançada e tão destruída — Caramba... Nem numa alucinação eu veria algo assim.
     — É, sim, sim, é incrível e tal e etc. Mas agora temos assuntos à discutir.
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Enquanto isso, num escritório do governo, Allan se reencontrava com EdMont duas semanas após um dos dias mais estranhos de sua vida. EdMont se levantou de sua escrivaninha:
     — Então, Allan, vejo que você nos procurou novamente após aquele "incidente" — disse EdMont — Você veio pelo projeto, não é? Realmente deseja entrar pra esse projeto  governamental?
     — Olha, tipo, não é bem a minha vontade, só que se tudo aquilo que eu vi for real... — fez uma pausa e suspirou — Minha resposta é sim. Eu quero participar do projeto.
     — Haha, fascinante, jovem Allan. Cremos que sua participação será de grande ajuda. Me acompanhe. Temos de ir a um "lugar".
Ambos foram até o lado de fora. Allan observou EdMont utilizando um tipo de relógio de pulso que era mais "tecnológico". Não era cheio de luzes brilhantes e neon, mas ainda assim parecia "futurístico" de alguma forma. Minutos depois desta ação, um carro prateado chegou.
     — Aqui vamos nós — disse EdMont — Vamos, entre no carro.
     — Eu não vou ser levado para um lugar isolado pra ter minha memória apagada, né? — disse Allan em tom de brincadeira.
     — Bem, você está parcialmente certo...
     — O quê!? Certo quanto a apagar a memória ou ao lugar isolado? — falou, dessa vez um pouco assustado e nervoso.
     — Logo vai descobrir. — virou ao motorista do carro — Ei, motorista, me leve até o local do projeto G.E.
O motorista acenou levemente com a cabeça e seguiram até o local. A viagem levou cerca de duas horas. Eles haviam saído da cidade, passaram por uma floresta, até chegarem à uma montanha. O motorista seguiu uma estrada que ia em espiral até cerca de metade da sua altura. O motorista disse:
     — Senhor EdMont, não posso seguir a partir daqui. A estrada é ingrime demais para continuar. 
     — Não se preocupe, é o suficiente. — respondeu.
O motorista acenou com a cabeça, dirigiu até o pé da montanha e sumiu entre as árvores, pelo mesmo caminho que veio. 
     — Cara, espero que eu esteja certo quanto a parte desse lugar ser isolado — desejou Allan.
     — Você está com sorte, jovem. Não é hoje que vamos apagar sua memória — ao falar isso, viu Allan com uma expressão desconfiada. Falou com a voz menos séria — Foi uma piada.
     — Eu realmente espero que seja. — disse Allan. Olhou ao redor e não via nada além do esperado de uma região como aquelas — Mas, fala aí, o que a gente veio fazer aqui? 
     — Bem, observe. — EdMont aproximou o relógio de pulso a sua boca e disse — EdMont chamando base da missão G.E. Respondam.
O relógio soltou um chiado e logo em seguida uma voz:
     — Base da missão G.E. na escuta. EdMont, libere o Código. — EdMont apertou um dos botões do relógio por cerca de cinco segundos. O relógio soltou outro chiado e prosseguiu — Código captado. Agente EdMont confirmado. Este outro indivíduo está sob sua responsabilidade?
     — Confirmado. Ele provavelmente se tornará logo um dos nossos.
     — OK. Gostaria de pedir que ambos desse dois passos pra trás. — falou a voz por trás do relógio, e assim fizeram — Tudo pronto. Inicar entrada. 
Nesse momento, um certo conjunto de pedras começou a se mover até revelar uma porta de metal. EdMont recomendou a Allan:
     — Agora, garoto, siga-me. É bem fácil se perder aqui. — aquela porta se abriu sozinha quando passaram. Entraram, e seguiram por corredores. EdMont ia cumprimentando conhecidos no caminho: "Como está, Ed?" "E a família?" "Boa tarde, agente EdMont." 
     — Cara, esse lugar é incrível. Como vocês esconderam isso dentro de uma montanha? Tudo aqui parece, sei lá, moderno. — disse Allan, impressionado com tudo aquilo, olhando o máximo que podia e virando a cebeça pra todo lado enquanto seguiam — Ah, EdMont, no escritório, e também lá atrás você falou sobre uma missão G.E. O que significa? É uma sigla pra alguma coisa?
     — Pode me chamar apenas de Ed. Como você mesmo disse, e ah garoto, eu gostei disso em você, você faz bons palpites, G.E. é uma sigla para "Gaia Externa". Como deve saber, o nome do nosso planeta veio de Gaia, uma deusa ou qualquer coisa assim da mitologia grega, e "Externa" é bem autoexplicativa. Resumindo, "Gaia Externa" foi escolhido como o nome do projeto para passar a ideia de algo como "Além da Terra". Responda: que você viu naquele dia, Allan?
     — Hã, um alien...?
     — Exatamente. "Além da Terra". "Gaia Externa". O objetivo é encontrar vida alienígena. Há uns cinco anos atrás, começamos a receber um sinal estranho. Não era natural. Seguia padrões. De alguma forma, esse sinal viajava mais rápido que a luz. Sabemos disso porque um desses sinais continha uma mensagem que vinha de um sistema solar que estava há mais de 500.000 anos luz de dintância. Essa mensagem se referia a alguém específico, e como seria meio que impossível isso ter sido uma previsão ou conicidência, supõe-se que esse sinal seja mais rápido que a luz. Uma pequena parte estava em nosso idioma. Era um nome: Harry Strendford. Verificamos os dados do governo. Essa pessoa existia e morava numa fazenda. Fomos procurá-lo depois de cinco dias após captarmos a mensagem, justamente quando tinhamos identificado esse pequeno trecho com o nome. Chegamos à sua fazenda. Descobrimos que ele tinha desaparecido três dias atrás, sem deixar rastros. Sua família estava inconsciente no hospital. E suas plantações? Solta um palpite aí, Allan.
     — Aposto naqueles círculos bizarros, os "crop circles".
     — Correto novamente. E aqueles círculos eram legítimos. Tinha radiação e tudo. A família acordou uma semana depois. Fizemos perguntas, eles disseram ter visto luzes brilhantes, rádio e TV falhando, ouviram vozes estranhas dentro de suas próprias cabeças. Viram seres parecidos com aquele que você descreveu, embora os trajes fossem diferentes. Depois disso, eles disseram que acordaram já no hospital. Um carteiro os encontrou e ligou para uma ambulância. Enfim, não foi só esse caso. Houve outros. O governo formou uma equipe para lidar com isso. E esses somos nós: os Caçadores. Nosso objetivo até uns tempos atrás era apenas "caçar" esses eventos, nos prepararmos para um possível contato. Mas ultimamente as coisas estão mudando. Estamos conseguindo decifrar cada vez mais os sinais. Eles estão vindo de pontos cada vez mais diversos. E é estranho, vem da mesma espécie mas parecem ser controversos. Um deles diz algo e o outro o oposto. É estranho, como se tivessem um conflito interno. E também, menos de um décimo delas é destinada à Terra, e dentre essa, nem mesmo um terço é destinada aos humanos. Devem haver mais deles por aqui. Ah, olhe só. Chegamos.
Haviam chegado à uma sala com uma mesa e duas cadeiras. Ed pediu à Allan:
     — Espere aqui. Sente-se se quiser. Tenho que buscar algo.
EdMont voltou minutos depois, com vários papéis e documentos.
     — Allan, você disse que queria se juntar à nós. Isso seria ótimo, pois tempos sombrios se aproximam, afinal, "eles" estão chegando. Aquele que você viu deve ser só mais um entre muitos. Olhe esses papéis — estendeu-os e os entregou à Allan — São o contrato do projeto Gaia Externa. Leia-os com calma. Leve o tempo que precisar. Você só precisa assiná-los. — colocou a mão no ombro de Allan — Há muitos privilégios em se juntar à nós. E os Caçadores com toda a certeza poderiam usar alguém como você. São tempos de necessidade. Eu vou sair agora, e assim que assinar, podemos começar. — e saiu da sala, deixando Allan lá , com apenas uma caneta, para decidir o que faria dali pra frente...
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De volta aos destroços, Nelson vagueava por entre os restos da nave. Ébor observava o humano fuçando tudo. Perguntou:
     — Ei, Nelson! O quê que você tá fazendo aí?
     — Eu? Cara... Por onde começar... É tanta coisa avançada aqui!
     — Olha, sem querer te ofender, mas, tipo, você era um morador de rua. Essa tecnologia é difícil de entender até para um cidadão bem estudado da minha raça. Qual vantagem você tem em tentar entender essas peças quebradas? 
     — Tem muita coisa que você não sabe sobre mim, Ébor. Eu não nasci morador de rua.
     — Hã...  tudo bem então. Venha aqui, Nelson. Temos que repassar o objetivo.
     — Tô chegando — foi descendo dos escombros e chegou até Ébor, que estava sentado na grama, com Obvis pousado à sua frente, projetando um holograma com o qual o alien interagia. Perguntou ao alienígena — Beleza, o que você tem pra falar?
     — Olhe — Ébor fez um gesto abrangente, e o holograma se expandiu, revelando uma espécie de mapa espacial — É daqui que eu venho — apontou para uma galáxia, em seguida para um sistema solar e em seguida um planeta.
     — É, é bem longe — comentou Nelson — Como vocês ultrapassaram a velocidade da luz? Não é, tipo, fisicamente impossível? — disse, como se já tivesse experiência no assunto.
     — De momento, não importa. Olhe os destroços — Nelson fez o que Ébor disse— Você acha que eu caí aqui por um erro ou algo assim? Não. Eu fui atacado. Eles se chamam Mezekron. São uma facção que quer o controle sobre as formas de vida sentientes do universo. Agora olhe — guiou o mapa de hologramas até chegar em um outro sistema solar próximo ao seu — Esse sistema solar é a moradia deles. Eles dominaram todos os planetas que orbitam essa estrela. Eles já começaram a dominar outros sistemas. Estão atrapalhando e criando caos até com outras raças. Eles são extremamente desenvolvidos no setor bélico. Agora, olhe essas imagens. — diversas faces alienígenas apareceram. Eram de seres parecido com Ébor — Eles são alguns dos chefes dos Mezekron. A face do líder deles ainda é desconhecida.
     — Todos eles parecem com você — disse Nelson, coma a mão no queixo e analizando as imagens — Vocês não são por acaso da mesma raça?
     — Achei que seria meio óbvio. Sim, eu e eles somos da mesma raça.
     — Então o que o seu planeta está fazendo enquanto eles se espalham por aí? Eles não deveriam tomar alguma ação?
     — Haha, não. A minha raça é um tanto quanto desunida. Cada planeta tem o próprio tipo de governo. Nós não controlamos eles. Somos só mais uma colônia entre várias outras. O foco do meu planeta é estudo, bio-engenharia, ciência. Já os Mezekron tem como foco a guerra. Há vários outros planetas colonizados pela minha raça. Há aqueles que tem como foco o comércio, a medicina, a socialização, etc. A minha missão desde o começo era vir a Terra, estudar os humanos e se possível, conseguir com que entrassem para a sociedade galática, sabe, para fazer comércio, conseguir aliados, novos estudos, e tudo mais. Agora, a missão mudou de rumo. Eu estou encalhado na merda desse pedaço de pedra e ainda assim tenho que achar um jeito de avisar o Conselho que esse planeta já começou a ser invadido. Só que, sem o que tinha na nave, não dá pra comunicar nem em binário. 
     — Dava pra gente construir uma antena ou um satélite.
     — E você por acaso saberia como fazer isso?
     — Sabe, há muito tempo atrás eu já fui um físico e astrônomo. E dos bons.
     — Wow. Sério? E como você veio parar nas ruas então?
     — Qualquer dia eu te conto, mas por enquanto, eu posso afirmar que sei como lidar com coisas assim. Teria como você me mostrar como essas coisas que a sua raça criou funcionam?
     — Creio que sim. Aliás, melhor que explicar seria ver com seus próprios olhos — Ébor olhou para o Emblema, tocou nele em uma sequência de pontos específicos. Isso fez com que um pequeno disco circular menor do que uma moeda se separasse. Ébor pegou esse objeto e o entregou à Nelson — Acho que é uma boa te deixar com isso. É um sub-Emblema. É tipo uma versão menor e mais fraca do Emblema. Ele está conectado ao original, então também tem acesso ao meu banco de dados. Aí pode ter muita coisa que ajude a construir. Estenda o seu pulso.
Nelson obedeceu ao comando. O sub-Emblema foi colocado no pulso de Nelson. De repente ele soltou um grito:
     — Ouch! O que foi isso? — olhou o pulso no local em que o aparelho estava. Um pequeno filete de sangue descia. O sub-Emblema havia se fixado em sua pele. 
     — Vacilo da minha parte. Esqueci de avisar que doía — disse Ébor, erguendo as mãos — Voltando ao assunto, agora que você está conectado com isso, o primeiro passo já foi dado. Ele vai escanear seus dados cerebrais. Em alguns minutos, ele terá escaneado tudo. Você será capaz de usar a interface somente com o pensamento. Vai facilitar as coisas.
Alguns minutos se passaram. Ébor falou:
     — Já deve estar pronto. Tente pensar em "dispositivo de transmissão" ou algo do tipo.
     — Não custa tentar — disse Nelson. Ele fechou os olhos e depois de alguns segundos, uma imensa sessão de hologramas apareceu em frente à ele. Haviam imagens de esquemas de construção de tecnologias avançadas, várias blueprints, relatórios que haviam se traduzido automaticamente sobre como elas funcionavam, etc — Meu. Deus. Isso... Isso é simplesmente incrível! Haha!
E ficou estudando os esquemas até tarde da noite. Ficaram ambos na floresta, no acampamento que Ébor já tinha começado à montar. A noite foi ligeiramente fria, ouviam-se todos os tipos de barulhos da natureza: corujas, cigarras, etc.
No dia seguinte, Ébor acordou cedo. O sol mal havia nascido ainda. Viu que alguém havia acordado antes dele: Nelson. Ele continuava a estudar o conteúdo apresentado pelos hologramas. Ele já conseguia manejar bem a interface, tinha pegado o jeito. Estava sussurrando sozinho, compreendendo as informações. Ébor levantu e o chamou:
     — E aí, Nelson. Você virou a noite lendo isso daí? Ah, não importa. Você conseguiu compreender como essas coisas funcionam?
     — Ah, oi. Bom dia — disse Nelson, ao tirar a cara dos hologramas. Coçou um pouco a cabeça — Acho que comecei a entender os conceitos. Tem bastante matemática envolvida. Sabe, aqui na Terra tem uns que dizem que a música é a linguagem universal. Eles estão errados. A matemática é a linguagem universal. Um mais um vai ser dois tanto aqui quanto  no outro lado da galáxia.
     — Não poderia ter dito melhor. Mas, então, isso significa que conseguiria montar algo útil pro nosso uso, né? 
     — Bem, tenho quase certeza que dá. Cara, essas informações... A humanidade avançaria muito com ela. Agora que eu olho tudo isso, caramba, vocês conseguiram criar tanta coisa usando física quase básica, tipo, usaram os conceitos de tal forma que transformaram um pedaço de lata em algo capaz de viajar entre planetas em questão de minutos! — falou enquanto gesticulava, impressionado, com as mãos. Deu uma longa respirada — Ah, e já que você tá aqui, você viu aquele seu robô? O Obvis? Ele tá meio sumido.
     — Não liga pra isso, eu mandei ele colher informações: composição da atmosfera, flora, fauna, DNAs, e outras coisas do tipo. Logo ele volta. E quanto aos materiais, dá pra usar os restos da nave?
     — Olha, eu conferi tudo lá. E pelo jeito, não vai dar não.
     — Agh, droga. Era o que faltava — disse com os dedos nas têmporas — Hã, alguma ideia?
     — Felizmente, o que a gente precisa dá pra achar fácil na Terra. Dá pra conseguir de uns lugares chamados "Loja" — disse fazendo aspas com os dedos.
     — Uau... "Loja"... Como funciona? Você tipo entra e pega o que quer lá?
     — Mais ou menos. Você precisa fazer uma troca.
     — E o que eles iriam querer em troca dos materiais? 
     — Tem uma coisinha chamada "dinheiro" que eles adorariam trocar por aquilo que a gente precisa.
     — E como eu consigo esse "dinheiro"?
Nelson nesse momento deu um largo sorriso. Tirou de algum lugar umas bandanas e óculos escuros. Colocou-os em Ébor, cobrindo praticamente toda sua face. Ele poderia até se passar por um humano agora. Nelson em seguida pegou um pedaço de papelão, e com uma caneta escreveu coisas como "Preciso de $" e "Tenho uma doença facial grave. Por favor ajude", e também lhe deu uma caneca de alumínio.
     — Pra quê tudo isso? —  perguntou Ébor.
     — Você já ouviu falar de "Mendigar"?


Notas Finais


Gostaram? Sugiram alguma coisa, ideias, sugestões, sei lá '-'. Depois de um tempo, a porra vai ficar séria, esperem pra ver (°u°) eu ainda tô preparando o terreno


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