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História Mission G.P - Phan - Two - Legacy


Escrita por: spacemonkey

Notas do Autor


gutabend!
5 dias depois aqui estou eu novamente

Capítulo 3 - Two - Legacy


Estava sentindo uma dor de cabeça horrível, meu corpo todo parecia ter sido esmagado por um compactador de lixo, isso não era normal para alguém com colchões confortáveis e lençóis de seda.

Abri os olhos e analisei a situação rapidamente. Meus olhos doíam, estava no estágio de sono em que se os olhos parassem de doer, dormir novamente seria impossível. Mas com a luz que entrava pela janela, concluí que ja estava tarde... Eu queria ver meu pai, então resolvi levantar. Porém havia um imprevisto, eu não tinha algo... A famosa força de vontade, então fechei os olhos novamente, ganhado pela preguiça, tentei lembrar de como foi e como terminaria aquela semana.

Finalmente me dei conta do que tinha acontecido na noite passada... A missão cobaias, o discurso, o quase sequestro e Phil. Quase entrei em pânico, ele podia estar ao meu lado, ele podia ter adormecido e o cara louro não voltou para chama-lo... Ou talvez aquele não fosse o meu quarto.

Olhei em volta e me senti um babaca por ter pensado em algo assim. Phil... Quem ele era? Eu lembro de me perguntar isso ontem. O rosto angelical... As piscinas brilhantes que levava em seus olhos, elas eram realmente de um delinquente juvenil? Suspirei então, cansado de descansar. Logo após me perguntei por que diabos eu estava me indagando aquilo, por que eu só conseguia ver o rosto dele ao fechar os olhos.

Lembrei então de um trecho de um livro que tinha lido naquele ano... "Não ia poder contar para ninguém. Meus amigos iam pensar que estou pirado ou que estou a beira da homossexualidade. Vai ver estou" Randy se perguntava isso ao perder o melhor amigo. Eu me pergunto isso desde sempre.

Mas aquilo não vinha ao caso. Phil era bonito, mas estava ali, estava ao meu lado. Liguori podia entrar a qualquer instante e ia ve-lo ali...

Sentei então na cama sem olhar para trás, apenas alguns segundos depois em que tomei coragem, virei-me. Imediatamente antes de identificar qualquer característica do quarto, ouvi a porta do quarto se abrir, então fechei os olhos com medo arrependido de não ter checado antes.

-Dan? -ouvi a voz de Liguori perguntar por mim. Meu coração acelerado desejou que ele saísse logo. -O que- Por que esta com essa cara? -ele perguntou rindo enquanto ouvi seus passos, indicando que se aproximava.

Ele não tinha dito nada... Não viu Phil? Ou o mais provável, Phil não devia estar ali. Abri os olhos e soltei um suspiro aliviado sorrindo fraco logo em seguida.

-Muito bem, narcolepsia. Seu pai esta te chamando. -ele disse seguindo a sua risada, tudo era divertido para os olhos azuis de Liguori, inclusive o fato de eu ter insônia e narcolepsia somados. Quando eu dormia, se dormia, parava em um lugar aleatório... Ninguém me via sonâmbulo, apenas parava la pela manhã, ou então eram horas e mais horas, noites e mais noites na agonia de não conseguir pegar no sono.

Voltei a olhar para Liguori, agora ele arqueou uma das sobrancelhas. -Dormiu de pijama? Você nunca o coloca...

Olhei para meu corpo para conferir. Logo levantei e a calça estava ali também... Eu realmente estava de pijama. Será que... -Meu corpo automaticamente se tornou apenas pele e sangue quente. Comecei a fumegar.

-Você e seu pai são tão estranhos... Qual a doença que ainda não conseguiram arranjar? -Liguori quebrou a minha vontade de cometer suicídio repentina ou.. Diária com o comentário.

Pasquale Jordan Liguori. O nosso PJ. Ele trabalhava para a nossa família como um protegido, não sabemos como ele foi parar ali, eu não lembro de um dia que não recebi um de seus comentários engraçados ou irônicos, então... Talvez ele sempre tenha existido. Não era um mordomo ou um secretário, muito menos uma babá. Mas fazia tudo isso. Meu pai pagava os estudos dele, quando eu fosse suceder a MIA, ele seria como um conselheiro, o meu braço direito. Meu pai podia confiar a vida dele á aqueles cachinhos e olhos azuis, á aquela estatura média e aos 21 anos que levava em sua carteira. Peej era família e ele sabia.

Pisquei, um ato que poderia levar alguns milésimos durou segundos ou até mesmo minutos e eu ja estava na frente da porta do quarto de meu pai. Sorri para Liguori e adentrei sobre o cômodo. Meu pai esperava sentado em uma cadeira de madeira estofada, respirava com um pouco de dificuldade, aquilo doía profundamente em mim.

Eu tive a sorte de ter um pai que recompensava a ausência da mãe. Tenho um pai que esteve sempre ao meu lado e que, este sim, se preocupava com os meus mínimos problemas, entendeu quando eu quis aprender em casa e sempre teve o filho acima do trabalho. Ele era tudo o que eu tinha de família naquele momento e vê-lo daquela forma me fazia repudiar todo o tipo de cigarro existente.

Me aproximei dele, desconfortável sentei sobre a cama ao seu lado. O hobby azul com canecas de chá rosas que ele estava usando tinha sido roubado uma vez... E isso me veio imediatamente a cabeça. Eu tinha pouco mais de 5 anos quando resolvi tomar banho de mangueira como tinha visto fazerem em uma historinha no jornal. Tive pneumonia pela primeira vez e foi engraçado, não quis ir ao hospital de forma alguma, eu estava com calafrios... esses estranhamente me faziam sentir calor. Então ninguém ousou tentar me cobrir. Porém, o senhor Howell, teve a brilhante idéia de fazer o filho vestir o tal hobby, e surpreendentemente, deu certo, não senti calor, mas não piorou a situação.

Olhei para os cabelos ja brancos resultados dos 46 anos do Howell-pai e sorri fraco. -Sabe, os Howell tem pulmões fracos. - disse segurando sua mão, sentindo o calor que ela emitia. -Mas um coração forte. - continuei abrindo um maior sorriso. Qualquer um que me visse ali, fazendo aquela pose, acharia que estava fingindo, Daniel nunca sorria assim... Mas era o meu pai, ele me fazia sorrir assim, ele conseguia, eu podia ter pensamentos suicidas ou achar que a minha importância era insignificante, mas ao lado dele, eu sentia que tinha de cuidar de quem amava.

-Daniel...- ele me chamou em um tom fingido de repreendimento enquanto sorria para mim, completando com uma tosse chiada. -Eu me sinto um pouco fraco ainda...-complementou com uma outra tosse. -Pode passar na loja, filho?

-Loja? -perguntei confuso, logo, vendo Liguori entrar e respirar fundo.

-Os garotos de ontem. Seu pai é brilhante. -O sorriso de Liguori era contagiante, troquei olhares animados com meu pai. -Montou uma loja de penhores falsa para usar como sede, la no porão tem beliches para os 6, eles vão "trabalhar" la quando não estiverem nos servindo. -ele fez gestos indicando uma explosão que não tinha muito a ver com o assunto. -Aliás, um foi pego ontem de madrugada, ele ficou pra trás e estava perambulando pelos corredores. -Liguori terminou seu show com a frase.

-Um? -perguntei baixinho, nem mesmo eu sabia se aquilo precisava de resposta. -Como ele era? -Talvez eu tenha parecido um pouco desesperado ao perguntar.

-Eu não o vi. -Liguori respondeu dando importância ao seu relógio. -Deixe de se preocupar com o vigilante da noite e vamos, coloque uma roupa... Ja devem estar nos esperando la em baixo. -ele disse suspirando e iniciando o passo até a porta.

-Ja? Mas... Preciso tomar banho e escolher minha roupa... o que vestir-

-Filho. -meu pai me cortou. -Tenha mais confiança. Apenas troque de roupa, não tenha tanta cerimônia, vai apenas dar uma olhada neles, checar se tudo está bem. -ele me motivou, logo que levantei, o abracei.

Eu saía raramente de casa.

-Obrigado. -Agradeci beijando a sua testa e seguindo Liguori para fora.

Suspirei calmo ao fechar a porta. Eu ia sair, ia tirar o nariz para fora e... "ver como eles estão". Provavelmente ser ameaçado algumas vezes e voltar, ou talvez eu nem volte. Então, eu deveria me vestir menos como o dan? Menos moletons menos sueters, e mais camisas xadrez como a de ontem e jeans apertados?

Foi apenas pensar e eu ja estava vestindo as roupas, me olhando no espelho de meu quarto, com Liguori apressado atrás de mim.

-Vamos, está ótima madame! -ele disse me apressando e me entregando o pente. -Faz isso no carro, agora, vá!

-PJ... - o chamei curioso com um certo assunto. -Os delinquentes tem algum documento? Sabe... Uma ficha criminal, passaporte e tudo por aqui?

Liguori pareceu pensar e depois de alguns instantes em silêncio, pareceu chegar a uma resposta.

-Quando os escolhemos... Olhamos coisas assim. Devem ter ficado no escritório do seu pai. - ele respondeu revirando a minha cômoda. -Agora, vamos!

Bufei e agarrei o pente novamente.

Logo que eu voltasse, ia olhar esses documentos, e descobrir qual foi o crime que colocou um anjo em algum reformatório. Talvez roubar para dar aos pobres?

No carro, comecei a arrumar o cabelo com a ajuda de um espelho. Tentei não olhar para fora, ficar no carro me enjoava, as coisas la fora ficavam nausenates, me faziam querer vomitar. E por falar em vomitar, ao que estávamos a caminho, descobri que tínhamos dois destinos, sendo um, apenas um ponto de parada. Anthony Padilha, era um excelente jogador de tênis que estava sempre frequentando nossa casa, por ventura de seu pai ser um grande amigo de meu pai. Anthony era gentil e doce, o que era incomum em alguém tão talentoso como ele, mas assim que ele entrou no carro, percebi que estava diferente...

Ele entrou com com uma certa dificuldade, e assim que sentou ao meu lado, senti imediatamente o cheiro forte de álcool, resmungava como se estivesse machucado e mantinha um dos olhos quase que fechado.

Arregalou os olhos então. -Dan! Você... por aqui! -entre os soluços ele falou com uma voz arrastada. Nada parecido com o doce Thony, encarou-me pela viagem toda.

Assim que chegamos, zarpei para fora do carro. Liguori deu instruções para Anthony ficar no carro antes de me seguir.

-São nove da manhã, o que Padilha faz bêbado? Ficou virando até as seis? -Liguori perguntou tomando a frente e fechando a porta do carro furioso. -Sinto pena desse motorista.

Depois de ouvir o comentário do meu companheiro de guerra, adentramos sobre a loja e percebi algo estranho. Meu coração, parecia descontrolado, estava batendo extremamente rápido, podia o sentir pulsando até em minha veia jugular no pescoço... Talvez fosse por estar saindo de casa.

A loja tinha prateleiras por todos os lados, com artefatos diferenciados e sem cor, davam o tom escuro e marrom a loja. Fitas preenchiam uma das paredes, livros outra, bicicletas e triciclos estavam sobre as prateleiras, onde nem crianças, nem pessoas normais sem serem um Dan enorme podiam alcançar.

Roupas estavam em cabides e materiais de cerâmica dividiam espaço com relógios e copos de vidro. Atrás do balcão de vidro, estavam jóias, armas, munição e espadas antigas. Ja sobre a parede que do balcão, estavam guitarras e violões lindos e a maioria assinados por algum famoso.

-Seu pai podia me dar uma dessas. -Liguori comentou rindo e tocando o sininho sobre o balcão. Em um susto, um jovem pareceu surgir de trás do balcão, onde devia estar dormindo em um colchão.

Era louro também, um cabelo louro escuro e penteado para trás. Olhos verdes azulados coloriam seu rosto junto com um grande sorriso.

-Oh mais um. -resmunguei ao ver os olhos verdes. Ficou claro para Liguori do que eu estava a falar quando bufei.

-Dan, você é rico, não precisa de olhos bonitos pra conquistar alguém. -ele disse sorrindo brevemente e dando tapinhas leves em meu ombro. -Com licença, meu nome é James Liguori, sou representante do senhor Howell, este é o filho dele. Estamos aqui apenas pra supervisionar e perguntar se precisam de algo. -ele declarou, não dando muita atenção para mim, o que me fez fechar o rosto.

-Ah... claro, Eu sou Tyler Oakley. -estendeu então a mão e se cumprimentam. -Fizemos uma vaquinha e fomos comprar alguns mantimentos, acha que pode nos dar um pouco de dinheiro depois? Ah... Preciso te mostrar uma goteira. -ele disse chamando Liguori para o outro lado do balcão, virando-se de repente para mim. -Tem olhos lindos, Dan, não se preocupe. -Tyler disse rapidamente antes de acompanhar Liguori la para baixo, me deixando sozinho.

Aquilo tinha sido um... elogio? Comecei a me indagar e de repente encher-me de preocupações e a ficar nervoso. Não entendia o motivo até que andei até a porta e comecei a espiar o tal porão... Phil não estava la. Meu coração, antes acelerado a um nível em que a adrenalina quase me desmaiava, pareceu voltar aos batimentos calmos e entediantes de sempre.

Suspirei. Eu não sabia o motivo de estar tão obcecado por ver o rosto dele novamente, apenas queria olhar para os olhos Azuis... que agora em minha mente, pareciam ter um tom vermelho e amarelo misturados. O motorista do carro passou ao meu lado e correu direito ao banheiro que ficava ao lado da porta que levava ao porão enquanto eu pensava sobre os olhos de Phil, comecei a andar na direção do carro.

Ao que entrei, lembrei da presença de Anthony no mesmo, ele certamente não era dialogavel, então voltei a colocar a mão sobre a porta na esperança de abri-la. Mas fui impedido pelo bêbado ao meu lado.

-Dan! Veio ficar comigo! -A voz arrastada de Anthony anunciou abraçando-me e passando as mãos pela minha cintura e me puxando. -Senti a sua falta!

Eu podia rir daquilo se não estivesse assustado. Anthony simplesmente tinha ficado carente depois de beber, eu estava a me debater para sair e ele continuava abraçado a mim, descansando seu rosto em meu ombro. Eu ria ao mesmo tempo que gritava, detestava que me tocassem.

Com o escândalo, a porta do carro abriu e assustei-me imediatamente. Uma arma de fogo foi apontada para Anthony, o portador dela, estava também assustado, certamente tinha ouvido os gritos e visto as sobras de mim me debatendo e tinha achado que era algo mais sério, ele parecia assustado até que eu o reconheci e ele reconheceu a mim.

(spirit bugou essa parte, valeu aí spirit, tu é mais um motivo pelo qual eu choro a noite, gostoso)

Era Phil, eram os olhos brilhantes e azuis, era a pele pálida e os cabelos negros. Era o rosto em que eu tinha pensado o dia todo.


Notas Finais


uma boa noite e... obrigada por ler


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