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História Missunderstood - Capítulo 13: É apenas uma atração.


Escrita por: paulinhacomic

Notas do Autor


ALÔ, ALÔ!
ATUALIZAÇÃO, GRAÇAS A RIHANNA!
E HOJE É ATT DUPLA!

Vou postar o cap 13 e depois o 14. Curtam muito, pois a gente nunca sabe quando sai a próxima att!
BJKS!

Capítulo 14 - Capítulo 13: É apenas uma atração.


Fanfic / Fanfiction Missunderstood - Capítulo 13: É apenas uma atração.

Capítulo Anterior:
Dos meus três amigos, sinto que Bruce era o mais o maduro para me ouvir e tentar me ajudar de alguma forma ou apenas me dar um simples conselho. E foi exatamente isso que ele fez. Ele ficou me ouvindo reclamar a noite inteira sobre Bucky, Pietro, sobre como eu estava me sentindo culpado por ter bebido demais e sobre tudo o que acontecera naquele final de semana.

XXXX

Steve’s POV

Segunda-feira, uma de dois da tarde.

Estava na biblioteca lendo um dos meus livros favoritos ao invés de estar na aula de educação física. Tinha essa mania de gazear as aulas de educação física desde a minha escola anterior e não seria agora que eu iria perder. Claro que às vezes eu aparecia para fazer alguns exercícios ou jogar um jogo para ganhar nota. Os únicos esportes que eu gostava eram vôlei e natação, mas natação nem conta como nota para educação física e nem mesmo extracurricular e isso me deixa bem desanimado. Mas ainda penso em voltar a praticar, até porque a piscina da escola é enorme. 

A bibliotecária era muito gentil comigo, sempre me indicava livros bons e me deixava ficar um tempo a mais com eles. A biblioteca da escola era um lugar incrível, havia um espaço com puffs e poltronas muito confortáveis para quem quisesse passar mais tempo ali, assim não precisava ficar naquelas cadeiras duras e desconfortáveis. Aquele com certeza é meu lugar favorito.   

 O sinal soou dando fim a aula de educação física e eu suspirei cansado, pois agora teria que ir para aula de física prática, o que eu realmente não queria. Meu parceiro era muito atrapalhado e esses dias ele quase colocou fogo no meu cabelo. E, bem, isso não é nada legal.
Levantei do puff e caminhando entre as estantes cheias de livros, até passar pela mesa da bibliotecária e me despedir da mesma. Saí da biblioteca e segui em direção ao bloco C3, onde fui direto para o meu armário quando entrei. Peguei o meu livro de física e deixei o livro que estava lendo ali junto com meus outros pertences.

- Hm, parece que alguém andou gazeando. – Escutei uma voz conhecida e me virei. Encontrei atrás de mim Natasha, Loki e... Bucky.
- Bem, eu não estava gazeando. É que, na verdade, estava me sentindo cansando. Então, preferi não ir. – Expliquei meio atrapalhando. Ela riu. Olhei rapidamente para Bucky e vi que ele estava me encarando seriamente.
- Relaxa, seu segredo está guardado! – Ela falou baixo e sorriu divertida.
- Deve estar cansado mesmo... Até porque o seu final de semana foi muito, hm, exaustivo. – Loki falou debochado. Senti meu rosto pegando fogo. Aposto que eu estava todo vermelho, como sempre ficava em situações assim.
- Loki, olha, não aconteceu nada entre eu... – Loki me interrompeu e eu o encarei. Só assim percebi que antes de ser interrompido por ele, estava encarando Bucky enquanto falava, como se eu devesse uma explicação.
- Steve, você não me deve nenhuma explicação. Estou apenas me divertindo com você. – Loki falou e riu.
- Vamos, antes que cheguemos atrasados na aula. – Bucky falou impaciente e saiu sem esperar seus amigos.

Permaneci em silêncio encarando Bucky subir as escadas com seus amigos, que já tinham o alcançado. Isso foi totalmente ridículo! Por que eu fiquei encarando ele quando Loki falou aquilo? Não tinha motivos pra isso. Nós não somos amigos, na verdade, nós nem gostamos um do outro. A única coisa que temos em comum é o trabalho de história que temos que fazer juntos. Apenas. Ele não deve nada a mim, assim como eu não devo nada a ele.

- Tudo bem, Steve? – Escutei a voz de Bruce e virei meu rosto para o lado, encarando meu amigo.
- Sim. – Respondi incerto. Antes que ele abrisse a boca novamente, eu falei: – Eu adoraria e ficar batendo papo com vocês, galera, mas preciso ir. Tenho aula de física prática e o professor não é um amor de pessoa, vocês sabem disso. Os vejo depois. – Fechei meu armário e andei o mais rápido possível para que nenhum deles me alcançasse e me enchesse de perguntas.

Quando cheguei ao bloco B, praticamente corri em direção ao laboratório de física prática, pois acabei ficando atrasado graças a minha distração com Bucky. Tive sorte ao chegar na sala e o professor ainda não ter chegado. Peguei os óculos e o jaleco cinza no armário e fui me sentar ao lado do meu parceiro, Kurt, que estava distraído com seu jogo, mas mesmo assim me cumprimentou amigável.

Quatro e dez da tarde.

A última aula do dia finalmente havia acabado e eu não via a hora de chegar em casa e me jogar em minha cama ou atacar todos os pacotes de salgadinhos que ocupavam os armários da cozinha. Depois de sair da sala, desci a escada e fui em direção ao térreo, onde ficavam os armários. Antes de chegar em meu armário, avistei Bucky em frente ao seu. Ele parecia distraído, pois seu armário estava aberto e ele encarava algo ali dentro. Precisava conversar com ele sobre nosso trabalho, então, resolvi me aproximar.

Ao me aproximar dele, percebi que ele estava encarando uma fotografia grudada na parte interna do armário. A fotografia era uma mulher, de cabelos castanhos, olhos igualmente castanhos; ela sorria na foto e segurava uma menina, que parecia ter menos dois anos, de cabelos também castanhos e olhos tão incrivelmente verdes quantos os de Bucky; e havia um menino de cabelos castanhos e olhos verdes, ele tentava pegar a menina colo enquanto a mulher sorria para a foto. Será que era a família dele?

- O que você quer? – Bucky perguntou, me despertando dos meus pensamentos e fechando a porta do armário com muita força. Engoli em seco.
- Eu estava pensando... – Encarei-o. – Bem, você quer ir a minha casa amanhã? - Ele franziu o cenho. Pigarrei e cocei minha nuca, me sentindo totalmente sem jeito. - Quer dizer, você pode ir? Sei que trabalha e tudo mais, mas é para fazer o trabalho. – Falei quase gaguejando. Ótimo, Steve. Muito bom. Eu quis me espancar nesse momento. Ele suspirou meio impaciente.
- Tudo bem. – Concordou. – Meu expediente termina às sete horas, então, lá pelas sete e meia eu estarei em sua casa. – Avisou.
- Certo. – Assenti.

Afastei-me e caminhei em direção ao meu armário, onde peguei minha mochila e apenas os livros que precisaria levar para casa. Durante o trajeto até o estacionamento da escola, encontrei Bruce, Tony e Peter, que não pararam de fazer perguntas sobre meu domingo. Eu ainda não tinha contado sobre o que acontecera no domingo e, sinceramente, não pretendia. Não que eu quisesse esquecer, mas, sei lá, eu fiquei bêbado e fui parar no apartamento do garoto que eu conheci numa boate e me chupou. Isso parecia tão errado na minha cabeça. Pietro é um cara muito bacana, mas eu mal o conheço e não sinto como se realmente estivesse interessado nele. O que é horrível, já que é visível seu interesse em mim.

Dei uma carona para Peter, como de costume, e dirigi tranquilamente em direção à minha casa. O carro de meu pai não estava na garagem e nem no lado de fora, ou seja, ele não tinha chegado ainda. Meu pai trabalha o dia inteiro durante a semana, mas ele sempre vinha em casa comer algo ou só pra saber como eu estava. Quando ele não tinha aula em algum horário em que nós dois estávamos em casa, nós fazíamos algo junto, tipo assistir o jogo, um filme ou discutir sobre um livro que gostávamos. No meio de tudo isso acabávamos conversando sobre nosso dia. E nos finais de semana gostávamos apenas de ficar de bobeira, conversando sobre assuntos aleatórios, ou saímos com nossos colegas. Meu pai arranjou ótimos colegas, amigos, no trabalho que adoram o tirar de casa para beber cerveja nos finais de semana de noite. Eu dou muito apoio a isso, desde que minha mãe morrera ele se fechou tanto quanto isso. Claro que ele saía e tinha seus poucos encontros, que raramente davam certo. Mas agora eu vejo que ele realmente está se divertindo saindo com essas novas pessoas que conhecera e eu fico feliz com isso. Ele sempre se preocupou demais em trabalhar para me dar tudo o que eu preciso, só que mesmo eu falando ele não percebe que ele já me dá mais do que eu preciso.

Larguei minha mochila em meu quarto e me joguei em minha cama, eu estava com tanta preguiça de descer e preparar algo para comer, que preferia dormir e só acordar de noite, quando meu pai chegasse com uma caixa enorme de pizza. Peguei meu celular na mochila e mandei uma mensagem para meu pai, pedindo que ele trouxesse duas pizzas metade calabresa e a outra metade quatro queijos.

Assim que a mensagem foi enviada meu celular começou a vibrar e a foto junto com o nome de Bruce apareceram no visor do celular. Atendi sua ligação.

- Fala! – Falei, enquanto retirava meu tênis com meus pés.
- Você vai me contar o que está acontecendo? – Perguntou sério.
- Me ligou pra isso? – Perguntei de volta.
- Estou preocupado contigo, oras. Acho que somos amigos. – Respondeu. – Você anda meio estranho desde a festa. Conversamos sobre ontem, mas não parece que você me contou tudo o que tinha a dizer.  – Explicou. Suspirei cansado.
- É que... Eu não sei como dizer isso... – Falei inseguro.

- Se não me quiser contar está tudo bem, Steve. É um direito seu. Mas se precisar de ajuda sabe que pode contar comigo. E com Tony e Peter. – Falou calmo.
- Sabe, o que é?! – Falei e ele soltou um “uhum” pelo celular. – Bem, eu fiquei muito bêbado na festa do Thor. Eu realmente passei do meu limite alcoólico, nunca fui muito de beber. Daí, o Pietro me levou pra casa dele e... – Bruce me interrompeu.
- Ele fez algo com você? Por favor, não me diga que ele transou contigo inconsciente. Isso é estupr... – Arregalei meus olhos e o interrompi.

- Não! – Gritei ao telefone. Pude ouvir seu suspiro de alívio. – Ele não fez nada além de cuidar de mim e ser muito gentil comigo. – Assegurei-o.
- Nossa, que bom. Já fiquei meio desesperado. – Confessou. Ri nervoso. – Mas, então, se ele foi atencioso e gentil, qual o problema... contigo? – Perguntou.

- Ele está interessado em mim e eu não estou. – Respondi.
- Isso é normal, Steve. – Falou.
- Não é apenas isso... – Suspirei pela milésima.

- Então, o que mais te incomoda? – Perguntou.
- Descobri que Pietro é amigo do garoto que Loki está ficando e eu o encontrei no apartamento de Pietro, no domingo. E Loki está achando que nós transamos. E provavelmente contou isso a Bucky. E eu estou preocupado com isso. – Expliquei. – Mas, por que eu estou preocupado em Bucky saber isso? Ele me odeia e eu não tenho a maior simpatia por ele. Não entendo. Estou confuso. – Acrescentei.
- Uau! – Falou impressionado. – Isso é bem... Complicado. Sabe, Steve, desde que você chegou, você tem mostrado um certo interesse em Bucky e as coisas parecem estar o puxando pra ti. Provavelmente, você sente uma certa atração por ele. Porque vamos combinar, ele pode ser todo esquisito e cheio de ‘não me toque’, mas é muito bonito. Isso ninguém pode negar. As garotas da escola adoram reclamar que ele é um desperdício por ser gay e os garotos imploram por uma misera olhada dele. Não seria diferente contigo. O novo aluno da escola, que foi defendido pelo aluno revoltado e agora está fazendo trabalho com ele. Eu sei que é bem clichê, mas é isso. Confesso que até eu já senti atração por Bucky, acho que todos já tiveram. É normal você se sentir assim. – Explicou calmamente. – Mas você não deve pirar por causa disso. Daqui a pouco isso tudo passa, é apenas uma atração. Tente conhecer Pietro melhor, pelo o que você disse ele parece ser um cara realmente legal e merece uma chance. 
- É, você está certo. Estou me estressando de graça. – Falei.
- Bem, Steve eu preciso desligar. Tony chegou aqui. – Falou com a voz mais animada.
- Tony? O que ele está fazendo? – Perguntei desconfiado. – Ah, seus danadinhos! – Ri ao telefone.
- Calado, Rogers! – Bruce falou divertido. Escutei a voz de Tony no fundo perguntando quem era.
- Vou deixar vocês dois se divertirem. Até mais!
- Achei que não ia querer desligar essa porcaria nunca! – Tony é quem falou. – Até amanhã, Stev. – E desligou.

Fiquei um bom tempo rolando na cama pra lá e pra cá, pensando no que Bruce me dissera. Talvez ele estivesse com razão, o que eu sentia por Bucky era apenas uma atração. Como ele disse, todos naquela escola já sentiram atração por Bucky e comigo não seria diferente. Tenho certeza que depois que terminamos o trabalho de história, tudo isso vai passar. Toda essa tensão que eu sinto quando estou perto dele. Me sinto assim, pois estou atraído por ele. Porém, devo dar atenção a quem realmente merece: Pietro. Ele realmente é um garoto bom e eu preciso conhecê-lo. Quem sabe dando mais atenção a Pietro, eu acabo esquecendo da atração que sinto por Bucky antes mesmo de terminamos o trabalho.

 


Notas Finais


Capítulo 13 postado nessa madrugada fria e sozinha! Agora vou reler o capítulo 14 e daqui a pouco ele saí. Se puderem comentem nos dois capítulos me dizendo o que acharam dos capítulos, pois como são capítulos diferentes quero saber se vocês gostaram ou não né.


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