História Missunderstood - Capítulo 29: Não quero outros caras, quero você!

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Quando menos percebi eram quase cinco horas da manhã, rimos ao ver que ficamos tanto tempo conversando e nem olhamos a hora passar. Nos despedimos um do outro e finalizei a ligação, coloquei o celular sobre o criado-mudo e deitei em minha cama. Estava feliz por ter descobertos coisas tão boas sobre Bucky.

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             Bruce’s POV

Domingo, nove e doze da noite.

Estava sozinho em casa, pois todo domingo meus pais saíam; era uma regra deles, sair sozinhos em todo domingo para fazer algum programa de casal, é uma forma de não deixarem a chama do amor morrer – como minha mãe adora dizer – e de não cair na rotina de ficar todos os dias em casa. Meus pais são o casal mais incrível que eu já conheci em toda minha vida, eles são muito mais do que marido e esposa, são melhores amigos e companheiros um do outro. Mamãe adora contar que na adolescência ela e papai tinham um relacionamento aberto – o que era bem raro na época deles – e no final eles se amavam tanto que acabaram se casando. Eles eram adolescentes, novos, se gostavam, mas não queriam cair na rotina, queriam ter experiências novas com pessoas novas.

Meu desejo é encontrar alguém tão incrível quanto meus pais – o que eu acho bem difícil, mas nada é impossível. Quero alguém que seja mais que meu namorado, que seja meu melhor amigo e companheiro; alguém que eu possa dividir tudo sobre minha vida e jamais seja julgado por isso; alguém que só de olhar para mim saiba que eu estou mal e diga “estou contigo”. Talvez eu tenha encontrado essa pessoa ou talvez eu tenha me apaixonado pela pessoa errada.
Por conta da história dos meus pais, nunca fui o tipo de garoto ciumento e controlar, aliás essas são características que eu abomino, mas infelizmente eu me apaixonei por Tony Stark. Não que Tony seja alguém ruim, muito pelo contrário. Tony tem um coração enorme e se importa demais com as pessoas, mesmo que às vezes não parece ou que ele não deixe transparecer. Porém, antes de fazer as escolhas certas, ele sempre faz as erradas e isso acaba me magoando. Eu o amo e ele sabe disso, e por isso ele gosta de esfregar na minha cara que anda saindo com fulano e transando com ciclano; por isso ele gosta de repetir mais de mil vezes que nosso relacionamento foi um fracasso, pois ele é jovem demais para ser fiel. Eu poderia ter um relacionamento aberto com Tony, se ele soubesse controlar seus sentimentos, mas não. Ele não sabe estar com alguém sem sentir ciúmes dessa pessoa e ele quer que eu seja igual a ele.

Durante nosso namoro Tony sempre tentava me meter em situações para que eu sentisse ciúmes dele, mas isso nunca deu certo e quando ele percebeu isso, resolveu me trair na minha frente. Posso ser a favor de relacionamentos abertos, mas tenho sentimentos e sei que não é assim que funciona. Isso resultou no termino do nosso namoro e meses sem nos falarmos. Se ele não tivesse vindo atrás de mim para que nós conversássemos, estaríamos até hoje sem nos falar. Como já disse, amo Tony, mas ele precisa crescer.
Não quero sofrer por ele mais uma vez, não posso. Se eu tiver mais uma decepção com ele, não aguentarei ser seu amigo e se tem uma coisa que eu não consigo, essa coisa infelizmente é ficar longe de Tony. Os meses que tivemos um longe do outro foram os piores para mim, mas eu precisava me valorizar e ter amor próprio. Até hoje preciso lembrar disso.

O barulho de meu celular tocando me tirou de meus pensamentos e eu procurei o aparelho, que estava sobre a mesinha de centro da sala ao lado do controle da televisão. Peguei-o em minha mão e o nome junto da foto de Tony apareceram no visor. Não consegui evitar o sorriso. É só pensar nesse diabo que ele resolve aparecer. Atendi a ligação.

- O que você quer, Tony? – Perguntei.
- É assim que você trata a pessoa que traz uma pizza com seus sabores favoritos? – Perguntou de volta. Ergui uma sobrancelha e deixei um riso baixo escapar pro meus lábios. – Venha abrir a porta para mim, baby! – Acrescentou. Escutei o barulho da campainha.

Desliguei o celular e levantei do sofá da sala, caminhei em direção ao hall por onde passei e abri a porta da frente, dando de cara com Tony segurando uma caixa de pizza grande com uma garrafa de suco.
- Você não existe! – Falei sorridente e lhe dei espaço para entrar.
- Pizza grande. Metade chocolate com morango, metade margherita. – Falou enquanto entrava.
- Vou pegar copos e uma faca. Você ir pra sala, afinal já sabe o caminho. – Falei, fechando a porta e trancando-a.

Fui em direção à cozinha e ao entrar fui até os armários principais, abrindo-os e pegando dois copos e depois fui até a gaveta onde peguei uma faca maior para cortar a pizza. Quando estávamos sozinhos não costumávamos comer a pizza com garfo e faca e muito menos em pratos, comíamos com as mãos e dentro da caixa mesmo. Saí da cozinha e voltei à sala, onde encontrei Tony sentado na frente da mesinha de centro, onde estava a pizza e a garrafa de suco. Me aproximei e me sentei ao seu lado, pondo os objetos sobre a mesinha de centro. Encarei-o e ele me encarou de volta.

- Como sabia que eu estava em casa sozinho? – Perguntei curioso, mas já sabia essa resposta.
- Bruce, por favor. Nos conhecemos há quanto tempo mesmo? Sei sua rotina toda. – Respondeu. Ri. – Trouxe suco de abacaxi, seu favorito. – Acrescentou e senti sua mão em minhas costas. Suspirei.
- Por que veio aqui, Tony? – Perguntei sério.
- Senti saudades. – Respondeu direto.
- Não arranjou ninguém melhor pra transar hoje? – Retruquei. Ele revirou os olhos.
- Por que você sempre diz isso? – Perguntou parece chateado.
- Porque é o que você costumava dizer, lembra?! – Falei óbvio.
- Eu sei, mas... – Suspirou.
- Mas? – Perguntei.
- Estou cansado, sabe?! Cansado de estarmos longe um do outro. Você nunca vai ser apenas meu melhor amigo e sabe disso. – Respondeu. Apoiou seu braço no assento do sofá enquanto me encarava.
- Já tentamos uma vez, Tony. Não deu certo. – Falei, desviando nossos olhares. – Nada deu certo e saímos muito machucados, machucamos um ao outro. E se isso acontecer de novo, não poderei ser nem seu amigo. – Emendei.
- Eu amo você, Buddy. – Tony falou e senti sua mão em meu rosto.

Ao levantar meu rosto para encarar Tony novamente, vi que ele estava muito próximo a mim e faltava centímetros para que nossas bocas ficassem coladas uma a outra. Ficamos nos encarando por um tempo até que Tony resolveu unir sua boca a minha e minutos depois sua língua estava dentro de minha boca, explorando cada espaço. Nossas bocas se moviam uma contra outra de uma maneira rápida e feroz, minhas mãos bagunçavam os cabelos de Tony enquanto as suas mãos desceram de meu rosto até chegarem em minha cintura, onde apertaram sem nenhuma delicadeza.

Tony me puxou ainda mais para ele, fazendo com que eu subisse em seu colo e envolvesse meus braços por volta de seu pescoço. Suas mãos desceram ainda mais para minhas nádegas, apertando com mais força e fazendo com que elas ficassem em cima de seu pênis. Separei nossas bocas brutalmente e encostei nossas testas, nos encarávamos fixamente enquanto eu rebolava sobre seu colo simulando a penetração. Tony entreabriu a boca e baixos gemidos saíam de sua boca. Agarrei com uma mão seu rosto e apertei suavemente, lambi seus lábios em seguida voltei a beija-lo.

Senti as mãos de Tony nos botões da camisa de pijama e foi abrindo-os um por um até que todos estivessem fora de suas casas, arrancou minha camisa e a jogou em algum canto da sala sem ver. O ritmo do beijo aumentava a cada segundo e eu já podia sentir o pênis duro dele sob mim. Separei nossas bocas mais uma vez e retirei a camisa de Tony. Voltei a beija-lo, mas desta vez desci meus beijos por seu pescoço, onde mordi e lambi por longos minutos. Retirei sua calça sem a menor educação e retirei a minha em seguida, nós dois estávamos apenas de cueca. Vi o enorme volume sob sua cueca preta e não evitei morder meus lábios. Subi em seu colo novamente e sentei exatamente sobre o seu pênis duro, deixando escapar um gemido sôfrego de meus lábios. A mão de Tony foi em minha nuca, puxando minha cabeça para ele e fazendo com que nossos lábios se chocassem um contra o outro. Mordeu deliciosamente meu lábio inferior e invadiu minha boca com sua língua.

- Bruce... – Tony gemeu entre o beijo e apontou para sua calça, que estava jogada ao nosso lado. Não precisei perguntar, já sabia o que aquilo queria dizer.

Sem precisar sair de seu colo, alcancei sua calça e retirei do bolso da mesma a carteira de Tony, onde ele guardava as camisinhas. Peguei uma e coloquei a calça e carteira ao nosso lado novamente. Sentei sobre a coxa de Tony e abaixei sua cueca lentamente. No momento em que sua cueca estava totalmente fora de meu corpo, o pênis dele praticamente pulou. Senti todo meu corpo (mais) agitado quando vi a cabeça de seu pênis lambuzada de pré-gozo. Abri o pacote metalizado, retirei a camisinha e coloquei-a devidamente no pênis de Tony. Retirei minha cueca e voltei ao colo de Tony, só que desta vez fui sentando lentamente. As mãos de Tony agarrando minha cintura enquanto eu sentava sobre seu pênis. Gemi baixo quando senti a cabeça dele em minha entrada.

Quando o pênis de Tony estava todo dentro de mim, comecei a me mover para cima e para baixo sobre o colo dele enquanto uma de suas mãos me ajudava nas descidas e subidas e a outra masturbava meu pênis. Ora rebolava sobre seu colo, ora subia e descia. Às vezes Tony me dava tapas na bunda, coisa que eu simplesmente adoro. Gemíamos juntos e não fazíamos a menor questão de gemer baixo, os gemidos de Tony eram tão altos e escandalosos quanto os meus. Ele é terrivelmente barulhento.

Tony apertou com mais força minha cintura e eu senti meu corpo formigar, era o sinal de que logo gozaríamos. E não demorou muito para gozarmos juntos, gemendo ainda mais alto. Joguei o restante de meu corpo sobre ele, sem me importar de sua barriga estar toda melecada de esperma – que era meu, na verdade.

- Como vai ser agora? – Perguntei minutos depois de minha respiração normalizar.
- Não sei. – Tony respondeu. – Só sei que não quero outros caras, quero você! – Acrescentou rapidamente. Encarei-o e sorri.
- Podemos deixar isso em segredo por um tempo, uma coisa só nossa. Não quero ninguém se metendo no nosso lance. – Falei sério. – Mas se você quiser ficar com outros garotos, sabe que não tem problema desde que você não seja um total babaca. – Emendei.
- Ser um total babaca é minha principal característica. – Falou divertido. Rimos juntos. – Você é legal demais comigo, sabia? – Perguntei enquanto acariciava minhas costas.
- É, eu sei. É porque eu gosto muito de você. – Respondi óbvio, mas sorridente.
 

Assim que Tony e eu ficamos totalmente recuperados, decidimos comer a pizza que naquele momento já estava fria, mas não importava. Eram os meus sabores de pizza favoritos, com meu suco favorito e com o meu cara favorito. Estava tudo perfeito para um domingo e eu não queria que acabasse tão cedo. E não acabou.