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História Missunderstood - Capítulo 32: Nunca fugiria de você.


Escrita por: paulinhacomic

Notas do Autor


Alô, alô
Olha att atrasada
Graças a Deus

Mores, capítulo de hoje tá grande, fofo e meio sofrido. Espero que gostem!!!!

Capítulo 33 - Capítulo 32: Nunca fugiria de você.


Fanfic / Fanfiction Missunderstood - Capítulo 32: Nunca fugiria de você.

Capítulo Anterior:
Quando o beijo, parece que sinto fogos de artifício em minha barriga. É idiota pensar assim? Sim, muito, mas essa é a forma que eu encontro para descrever quando estou perto de Steve; quando ele me toca ou quando ele permite que eu o toque. Quando ele sorri para mim, parece que estou no paraíso. Meu dia vale a pena simplesmente por vê-lo sorrir pra mim. É meloso, mas é a verdade.

XXXX

Bucky's POV

Domingo, seis e treze da tarde.

Como na maioria dos domingos tinha ido à Nova Jersey passar o dia com Becca, fui antes do almoço e pude almoçar junto com ela e meus tios; depois de descansarmos do almoço fomos ao shopping, onde assistimos ao filme juntos, Finding Dory. Ela estava muito animada e ficou feliz em poder ver a peixinha azul mais fofa do universo – palavras de Rebecca. O dia havia sido cansativo, mas muito proveitoso e divertido, como em todos os momentos em que estou Becca. 
Geralmente quando saímos juntos sempre vamos a lugares diferentes ou a lugares novos, às vezes revezamos de ir a um domingo no parque perto de sua casa e no outro em outro parque ou outro, como o shopping ou circo, que fomos há alguns dias atrás. Sempre que estou com ela me sinto aliviado e sempre que me despeço sinto meu coração se apertar, pois não quero deixá-la, queria poder ficar com ela pra sempre. Meus tios já estão cansados de me convidar para morar com eles em Nova Jersey, mas não tenho coragem de deixar minha vó, ela mais do que ninguém precisa mim.

Estacionei a moto na garagem de casa e desliguei a mesma, descendo da mesma e indo fechar o portão. Entrei dentro de casa pela porta da cozinha e tudo estava silencioso, provavelmente minha vó tinha saído. Antes de sair da cozinha percebi que tinha algo sobre o balcão de mármore e isso chamou minha atenção. Caminhei em direção, me aproximei e vi que era o álbum de casamento dos meus pais, minha vó olha isso quase todos os dias. Sei o quanto ela morre de saudades de minha mãe, ela vivia dizendo que minha mãe era como uma filha pra ela. 
Suspirei e abri o álbum, tinha muitas fotos. Fotos de meus pais sorrindo, dançando e junto com os convidados; fotos com meus avós maternos, que já faleceram e com meu vô paterno, que também já faleceu. Também tinha fotos dos meus pais na lua de mel, eles passaram a lua de mel na Disneyland e nas praias próximas dali. Mamãe adorava a Disneyland e sempre dizia que iria me levar para conhecer, mas infelizmente isso não aconteceu. Senti meus olhos acederem ao lembrar dela falando sobre o grande parque. Becca com certeza iria adorar!
Ao virar a página duas fotografias caíram, coloquei o álbum sobre o balcão novamente e me agachei para pegar, elas estavam viradas para baixo. Quando peguei as fotografias vi que eram duas fotos totalmente fora do álbum, eram fotos aleatórias. Uma foto era eu e George pescando, estávamos sorridentes e segurando as varas de pescar, ele me abraçava enquanto fazíamos a tal pose. Ah, eu lembro desse dia! Eu deveria ter mais ou menos nove anos e insisti muito para que ele me levasse junto para o barco de pesca, ficamos horas no meio do lago e não pegamos nada, no final das contas acabamos passando numa peixaria e comprando alguns peixes, quando chegamos em casa dissemos a mamãe que eram os peixes que conseguimos pescar, até hoje não sei se ela acreditou ou sabia que estávamos mentindo. Bons tempos, tempos de quando George sabia ser pai. Depois de tudo o que aconteceu ele acabou vendendo o barco para pagar os tratamentos de mamãe, ele adorava aquele barco, era de seu pai. 
A outra foto era de mamãe no dia em que ela foi raspar todo o cabelo, sua saúde já estava bem debilitada, mas mesmo assim não deixou de sorrir quando a câmera foi direcionada a ela. Não sei de quem foi a estúpida ideia de tirar foto naquele momento, mas por mais incrível que pareça o sorriso dela realmente era um sorriso feliz. Foi a última vez em que ela sorriu de verdade, depois disso ela não tirou mais nenhuma foto e passava os dias cansada por causa das sessões de quimioterapia e remédios. Senti algumas lágrimas descendo por meus olhos e tratei de limpa-las com minha mão livre. Suspirei fundo, tentando me recompor. 
Às vezes penso que ela sabia que aquela seria sua última foto e por isso fez questão de tira-la. Passei a mão pela fotografia. Oh, Deus, eu amava tanto seu sorriso, me sinto culpado por saber que se não as fotos eu não lembraria dele. 
Larguei o álbum sobre o balcão, ficando apenas com a fotografia de minha mãe e me sentei no chão; escondi meu rosto entre minhas pernas e forcei meus olhos, tentando evitar as lágrimas, mas foi inútil, meu rosto já estava sendo molhado por elas.

Depois de um longo tempo chorando sentado no chão da cozinha, suspirei fundo e peguei meu celular no bolso de minha jaqueta. Desbloqueei o aparelho e fui até o ícone de chamada, digitando o número que minha mente se viu obrigada a decorar. A chamada tocou algumas vezes, mas logo foi atendida: 
- Buck! – Podia sentir a felicidade em sua voz.
- Oi... – Falei com a voz arrastada. 
- Você está bem? – Ele perguntou agora preocupado. 
- Não muito. – Respondi. – Podemos nos encontrar? – Perguntei enquanto enxugava minhas lágrimas. 
- Sim, é claro. – Respondeu. – Quer que eu te busque ou prefere ir de moto? – Perguntou. A preocupação era explícita em sua voz. 
- Acho que estou sem condições para dirigir. Podemos nos encontrar no mesmo lugar de sempre, daí você me apanha ali. – Respondi enquanto me levantava do chão.
- Certo. – Concordou. – Não irei demorar. – Avisou. 
- Ok. Até daqui a pouco, Stee. – Falei, já de pé. 
- Até. –
Falou e eu encerrei a ligação.

Coloquei o celular no bolso de minha calça novamente, dobrei a foto de minha mãe e coloquei-a no mesmo bolso que o celular. Caminhei em direção à porta da cozinha que dava acesso a garagem, por onde saí e deixei tudo trancado. O trajeto até a escola fez bem a mim, pois consegui parar de chorar; fazia um longo tempo que não chorava dessa forma e eu tinha feito uma promessa a mim mesmo de nunca chorar desse jeito na frente de ninguém. Não queria que ninguém sentisse pena de mim,  por isso me forcei a parar de chorar, não quero que Steve me veja assim – apesar de que a minha cara de choro denunciara. Sei que vê-lo me fará bem, sempre faz. Steve é uma das poucas pessoas que consegue restaurar o melhor de mim mesmo quando me sinto na foça mais profunda.

Assim que cheguei à escola, avistei o carro de Steve parado na frente da mesma, atravessei a rua e antes mesmo que eu me aproximasse do automóvel Steve saiu do carro e ficou me encarando seriamente. A preocupação estampava seu rosto e me senti culpado por saber que ele estava assim por causa de mim. Ele não deveria se preocupar comigo nunca, eu não mereço. 
Quando cheguei perto dele, seus braços me envolveram e seu corpo cobriu o meu, já que ele é maior do que eu. Encostei minha cabeça em seu peitoral, podendo ouvir seu coração bater, e envolvi meus braços em sua cintura. A raiva e a dor que eu sentia há momentos atrás foi minimizada apenas com o abraço confortador. 
- Você está bem? – Perguntou afastando seu rosto para me encarar. 
- Eu... – Ele me interrompeu. 
- Você esteve chorando? – Fez outra pergunta sem me dar tempo de responder a primeiro.
- Steve, eu estou bem. E sim, eu estive chorando, mas estou bem. – Respondi calmo. 
- Não me parece bem. –  Retrucou, me apertando em seu abraço. 
- Estou bem agora... Aqui contigo. – Afirmei. Ele sorriu minimamente. 
- Você quer ir aonde? – Perguntou afastando seu corpo do meu, mas segurando minha mão. Fiquei admirando nossas mãos unidas por alguns segundos. –  Buck? – Chamou-me. 
- Não sei... Estava pensando em ir ao monte, me faria bem. – Respondi voltando a encara-lo. 
- Vamos ao monte, então. – Concordou.

Nos afastamos um do outro para entrarmos no carro, Steve no banco do motorista e eu ao seu lado, no banco do passageiro. Ligou o carro e arrancou, saindo dali e dirigindo em direção ao monte. O caminho foi um silêncio, Steve se mantéu concentrado no trânsito e eu me mantive concentrado em ficar admirando-o. Ele é muito mais do que adorável, há momentos que ele é extremamente adorável, não posso negar, mas ele é lindo. Poderia ficar observando-o por dias e nunca me cansaria. Sua beleza é comum, sim, mas a personalidade dele, a pessoa que ele é, faz com tenha uma beleza incomum, faz com que ele seja único.

Passei o trajeto todo o encarando que só percebi que havíamos chego ao monte, quando Steve desligou o carro e guardou a chave em seu bolso. Ele sentou no banco com os joelhos para cima e virou-se, ficando com a bunda praticamente em meu rosto, mas desta vez fiquei mais curioso em saber o que ele procurava no banco de trás. 
- O que está procurando? – Perguntei curioso. 
- Isto! – Respondeu, voltando a posição normal e com sua mochila na mão. 
- O que tem dentro? – Perguntei. 
- Vem que eu te mostro. – Respondeu e saiu do carro.

Ri brevemente e saí, deixando a porta fechada, me aproximei de Steve e vi que ele estava pondo uma manta na caçamba da Pick Up. 
- Pra que isso? – Perguntei desconfiado. 
- Desconfiei que você gostaria de vir aqui e trouxe cobertores, chocolate quente e amendoim para nós ficarmos aqui juntos. Não quero passar frio ou fome. – Respondeu, subindo na caçamba. – Vem. – Estendeu sua mão para mim. 
- Você é muito prestativo. – Comentei tentando soar divertido enquanto segurava sua mão e subia. Ele riu.

Sentamos na caçamba com nossas costas apoiadas na barra e Steve retirou outra manta da mochila (como coube tudo isso na mochila?), nos cobrindo até a metade das pernas, em seguida tirou duas canecas vermelhas de plástico, uma garrafa térmica azul e quatro pacotes de amendoins. Ele serviu chocolate quente nas duas canecas e me entregou uma. 
- Valeu. – Falei e encarei as nuvens do céu por um tempo. O céu não estava tão estrelado hoje. 
- Você não está bem, não é? – Perguntou quebrando o silêncio. Encarei-o. – Não quero ser invasivo e nem nada, mas é q... – O interrompi. 
- Você não está sendo invasivo, eu te liguei, você tem direito de saber. – Falei e acariciei seu rosto. Ele apenas assentiu, esperando que eu continuasse. – Você não deve se preocupar comigo, Stee. Eu não mereço nada disso. – Falei sério encarando-o. 
- Por favor, não vamos começar com esse papo de quem merece o que. Fiz isso porque gosto de você. – Ele retrucou parecendo chateado. "Gosto de você". Não pude conter meu sorriso. 
- Você gosta de mim? – Perguntei com um meio sorriso. 
- Bem, sim. – Suas bochechas ficaram levemente vermelhas e ele tomou um gole de seu chocolate. – E espero que você também goste de mim, pois estamos não juntos a toa, não é?! – Falou enrolado. Ri rapidamente. 
- Não, não estamos. E eu gosto de você. – Aproximei nossos rostos, estávamos um ao lado do outro.  – Gosto muito de você. – Lhe dei um selinho demorado. 
- Você está fazendo isso para fugir do assunto... – Falou esperto com sua boca contra a minha. Ri. 
- Odeio o fato de você ser extremamente inteligente. – Falei e me afastei. Suspirei. – Lembrei de algumas coisas do meu passado e me senti mal, sufocado. – Expliquei resumidamente. 
- Quando eu acho que estou começando a te entender, você fala algo que me prova completamente ao contrário. – Falou e desviou seu olhar do meu. – Sei que pediu para eu ser paciente contigo e acho que estou sendo, não sei, mas às vezes sinto que você não confia em mim. – Encarou sua caneca. Suspirei. 
- Ei! – Toquei seu rosto com minha mão e levantei-o, fazendo com que seus olhos me encarassem. – O problema aqui não é você, nunca será. Sei que é foda pra caralho estar com alguém como eu, mas juro que estou tentando. Não quero despejar a merda que a minha vida era e é pra você fugir de mim por medo. Vamos por partes. – Expliquei calmo. 
- Nunca fugiria de você. – Falou convicto. 
- Você fala isso agora, mas quando souber de tudo não dirá a mesma coisa. – Falei sério.
- Meus amigos falam coisas que eu gostaria de entender, Tony sempre dá a entender que odeia você e também diz que você odeia ele e o pai dele. – Falou. Stark maldito! – Sem contar que as pessoas te xingam de coisas e ninguém nunca me diz nada. Claro que eu poderia procurar qualquer curioso daquela escola e perguntar o que aconteceu contigo, mas sei que não será verdade. Prefiro que você me diga tudo, prefiro ouvir de ti. – Acrescentou. Não posso negar que meu coração se encheu de alegria ao ouvir isso, ele queria ouvir a verdade vinda de mim e não estava interessado no que fofoqueiros filhos da puta tinham a dizer sobre mim.
- Você contou aos seus amigos sobre nós? – Perguntei inseguro. 
- Não, James. Mas não subestime a inteligência deles, eles já perceberam a forma como estamos agindo um com o outro ultimamente. – Respondeu. 
- Precisamos ser mais discretos, então. – Falei. – Sobre os Stark, isso é uma outra história. Você não tem nada a ver, não deve se preocupar com isso. E pode ter certeza que logo eu te direi toda a verdade, você não vai precisar ouvir nada de ninguém a não ser eu. – Acrescentei convicto. – Você acredita em mim? – Perguntei, acariciando sua mão. 
- Acredito. – Respondeu sério, mas seu tom de voz ainda era chateado.

Steve e eu passamos horas no monte e a maior parte do tempo ficamos em silêncio, apenas abraçados um no outro enquanto bebíamos chocolate quente e comíamos amendoim, estávamos ali apenas curtindo a companhia um do outro. Não falamos sobre mais nada da escola ou de meus problemas. Sei que pedir para Steve apenas confiar em mim é como dar um passo no escuro, mas no momento é isso que eu posso oferecer a ele, e sei que é  muito pouco a oferecer comparando a toda paciência que ele tem tido comigo. Não é fácil para mim esconder essas coisas dele, pois eu realmente gosto dele, mas ainda não estou pronto para revelar tudo a ele. Tudo ainda é muito recente, ele nem deu fim ao seu relacionamento (ou qualquer porra que eles chamem isso) com Pietro, não posso correr o risco de contar tudo a ele e depois vê-lo correndo de volta para o babaca do Pietro. Steve diz que confia em mim, mas por enquanto ele não sabe de nada e quando ele souber as serão diferentes.

Por volta das oito e quarenta horas da noite Steve me deixou na frente da escola, ele insistiu para me levar em casa, mas eu recusei. Ainda não era hora dele saber onde eu moro e nunca sei quando George estará lá para me infernizar. Quando cheguei em casa minha vó ainda não estava e como eu estava sem fome por ter bebido praticamente toda garrafa de chocolate quente sozinho (o chocolate quente de Steve é fodidamente delicioso), fui direto para o banheiro, onde tomei um banho e em seguida fui para meu quarto, onde me joguei em minha cama. Mais tarde, liguei para Steve e tivemos mais uma conversa sobre 'nós'.


Notas Finais


Mores, mil desculpas por não ter postado ontem, meu domingo foi bem cheio e eu acabei esquecendo de postar. Desculpas de verdade, não era minha intenção. Enfim. Espero que cês tenham gostado do capítulo de hoje e eu tô lendo uns comentários da galera reclamando que Stucky tá muito feliz, só tenho um aviso: VAI TER STUCKY FELIZ EM DOBRO SIM, NÃO ADIANTA NEGUIN RECLAMAR!!!! (E vai ter treta em quadruplo, ops). Sei que tá tudo muito amorzinho, felizinho e fofo, e vai continuar assim por mais alguns capítulos. Tô escrevendo a fic sem pressa e organizando pra tudo ficar dum jeito legal, então, certas coisas vão demorar pra rolar (tipo mais lemon, tretas e etc). Apesar de tudo isso espero que vocês estejam gostando da fic. Outra coisa, 2 semestre da facul começou hoje ou seja voltamos a programação normal de eu não saber quando vão ser os dias das atualizações, só que como essa é a primeira semana ainda tá suave, isso quer dizer que essa semana eu posso postar mais uns 2 ou 3 capítulos. Porém, depois disso tudo é incerto (não me odeiem, não me culpem). Esses são avisos paroquiais BJKS!!! <3


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