História Missunderstood - Capítulo 34: Meu jogador favorito.

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 Acho que já está mais do que na hora de, pelo menos, nossos amigos saberem sobre a nossa relação, até porque Tony, Bruce e Peter não idiotas e já perceberam que há algo entre eu e Bucky, provavelmente Natasha e Loki também, afinal nenhum dos dois são bobos. É meio ridículo pensar que nós vamos conseguir nos esconder de nossos amigos, pessoas que nos conhecem bem e convivem conosco. Mas antes de mais nada, Pietro.

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Peter's POV

Quinta-feira, três e dois da tarde.

Como em toda quinta-feira hoje era meu dia de folga e ao invés de ficar em casa descansando, resolvi me encontrar com Wade depois do treino dele. É engraçado tentar explicar como as coisas entre nós aconteceram tão rápido e tão intensamente. Bem, há alguns meses atrás Wade jogou uma bola com força (sem querer) em mim na aula de educação física, na queimada e depois do acontecido Wade começou a me procurar, começamos a sair e hoje estamos namorando. Escondidos, mas estamos. Ainda não contamos aos nossos amigos por medo da reação deles; os amigos de Wade são os populares, os que acostumam zoar de pessoas como eu e meus amigos,  Wade não quer que seus amigos nos tratem mal. Wade é meio irritadinho quando o assunto sou eu, ele é extremamente protetor (e amável); sei que ele é assim porque contei a ele sobre o bullying que sofri durante os anos de ensino fundamental e um pouco no começo do ensino médio. Os meus amigos também são muito protetores, principalmente Tony, sem contar que Tony não se entende nenhum pouco com Wade e seus amigos. Não quero brigar com meus amigos e também não quero brigar com Wade, assim como não quero que ele brigue com os amigos deles. Nossas amizades são importantes e, infelizmente ou felizmente, nossos amigos são como são, não podemos simplesmente muda-los. Então, é melhor continuarmos do jeito que estamos.

Wade já conheceu minha tia, que o amou, e eu já conheci sua avó adotiva, que é extremamente maluca, mas um amor de pessoa. Adoro estar com Wade, ele me faz rir o tempo todo e é muito carinhoso comigo, quem o vê na escola não imagina que ele seja assim. Consegui ama-lo ainda mais depois de conhecer seu outro lado. Diferente dos seus amigos, Wade não é tipo de garoto que fica zombando dos outros sem motivo, ele só ri de alguém quando essa pessoa é tipo, ugh, o Thor. Ele diz que até hoje não sabe se ele e Thor são amigos porque jogam juntos ou porque Thor o considera engraçado. Wade também é o tipo de garoto que não se importa com o que os outros falam dele (a menos que esses outros sejam pessoas importantes pra ele). Ele é extremamente inquieto e às vezes, do nada, ele se desliga do mundo, tenho que chamar sua atenção para ele voltar ao foco. Poderia falar dele o dia todo, não me importaria. Ele é incrível e eu estou terrivelmente apaixonado por ele.

- É bom que esteja pensando em mim. –  Ouvi sua voz perto de meu ouvido e logo Wade sentou-se ao meu lado na banco da praça de alimentação do shopping. 
- Você acertou! – Falei e sorri. 
- Então, acho que mereço um beijo por isso?! – Sugeriu. Concordei e me cheguei perto dele.

Aproximei nossos rostos, roçando nossos narizes um no outro e uni nossas bocas, minha língua entrou em sua boca e se aproximou da sua, enrolando-se na mesma enquanto nossas bocas se moviam suavemente. Foi um beijo demorado e se eu pudesse ficaria ali, o beijando para sempre, mas me afastei lentamente e parei o beijo com selinhos molhados.

- Ai, ai, cada vez fica melhor. – Wade falou com um sorriso esperto no rosto e me abraçou de lado. Apenas ri. 
- Como foi seu treino? – Perguntei. 
- Cansativo, mas bom. Estamos todos animados com o jogo de sábado. – Respondeu. 
- Também estou. Tenho certeza que vocês se sairão bem. – Falei convicto. Ele sorriu abertamente, mostrando todos seus dentes branquinhos e desalinhados, que eu adoro. 
- Você vai? – Perguntou surpreso. 
- É claro que sim, não fui ao último porque tive trabalho, senão iria, você sabe. – Respondi. – Vou e ainda usarei uma camisa com o número noventa e dois, do meu jogador favorito. – Acrescentei animado. O sorriso de Wade cresceu mais em seu rosto, se possível. Noventa e dois era o número da camisa dele. 
- Se você quiser posso te dar uma camisa exclusiva do jogador noventa e dois. – Falou contente. 
- Eu vou adorar! – Concordei igualmente sorridente. – Mal posso esperar por esse jogo e tirar várias fotos do meu jogador favorito. – Emendei.

Wade uniu nossos lábios, me beijando sem que eu esperasse, seus lábios sedentos e movendo-se rapidamente contra os meus, seus lábios tão dominantes aos meus. Ele estava sendo agressivo e eu gosto quando ele age assim, isso me excita. Suas mãos apertaram minha cintura e as minhas subiram até sua nuca, arrancando sem nenhuma delicadeza o local.

Ouvi um barulho atrás de nós e lembrei que estávamos no meio da praça de alimentação do shopping, um lugar público. Parei o beijo com selinhos molhados como da outra vez. 
- Estamos em um lugar público. Acho que não queremos ser presos por atentado ao pudor, não é?! – Falei com a voz ofegante. 
- Depende, na cadeia teremos uma cela só pra nós? – Perguntou com sorriso malicioso. Ri alto de sua pergunta e lhe dei um tapa de leve no braço. 
- Wade! – Repreendi-o. Ele riu. 
- Foi uma pergunta inocente, oras. – Comentou. 
- Nada quem vem de você é inocente. – Retruquei. 
- Vou levar isso como um elogio. – Falou e fez um bico com os lábios, o qual eu mordi com vontade. 
- É melhor irmos. Está quase na hora da sessão do nosso filme. – Falei enquanto olhava o relógio em meu pulso. Wade apenas concordou e levantamos.

Wade pegou em minha mão, entrelaçando seus dedos aos meus e caminhamos assim até a área do cinema. Sempre andávamos de mãos dadas, apesar não assumirmos nosso namoro, não nos importávamos de sermos pegos demonstrando afeto em público. Se algum de nossos amigos ou conhecidos nos vissem diríamos a verdade. É aquele ditado, não fazemos questão de contar a verdade, mas se virem e/ou perguntarem não iremos mentir, inventar desculpas idiotas e nem nada do tipo. No fundo, nós sabemos que é só uma questão de tempo até nós começarmos a nos agarrar do nada na frente de nossos amigos.

Fomos assistir Independence Day 2, mas acabamos não assistindo nada, pois ficamos nos agarrando durante o filme todo dentro da sala de cinema que estava praticamente vazia. Depois do filme comemos alguma besteira e fomos para minha casa, tia May havia convidado Wade para jantar lá e ele acabou pedindo pra dormir lá, e é claro que aceitei. Ele já dormiu em minha casa algumas vezes. Na primeira vez foi uma desculpa, pois estava chovendo muito e minha tia não queria que ele fosse dirigindo num tempo daquele, então, ele dormiu lá e não aconteceu nada de mais, apenas dormimos de conchinha, foi ótimo. E na segunda vez ele dormiu, pois a própria tia May convidará e, bem, digamos que a segunda foi muito melhor. Transamos e foi maravilhoso. Eu não era virgem, mas o primeiro garoto que eu transei não foi muito bom, já Wade foi incrível. Ele foi carinhoso, gentil e muito atencioso. Sinceramente, Wade é incrível em todos os sentidos, não tenho o que reclamar. Claro que ele não é perfeito, tem seus defeitos, todos têm, mas suas qualidades suprem.