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História Missunderstood - Capítulo 39: Parte II.


Escrita por: paulinhacomic

Notas do Autor


Alô, alô
Olha quem chegou com att gostosinha
Graças a Deus

Essa é a segunda parte do capítulo 39 (que tem 6 seis partes). APROVEITEM, MORES!

Sempre bom ler as N/F né nom?! <3

[2/6]

Capítulo 41 - Capítulo 39: Parte II.


Fanfic / Fanfiction Missunderstood - Capítulo 39: Parte II.

Capítulo Anterior:
O problema agora era que eu não tenho coragem de ligar para Steve e pedir desculpas por tudo o que fiz e falei, talvez me falta coragem por saber que eu não mereço ser desculpado, por medo de ver Steve me ignorando exatamente da maneira que eu mereço. Parabéns Bucky você é um belo babaca!

XXXX

Capítulo dividido em 6 partes.

Bucky's POV

Sábado, meia-noite e dez.

Não sei onde estava com a cabeça quando concordei em ir a tal festa na fazenda de Clint com Natasha e Loki, eles praticamente me arrastaram pra cá e como não tinha uma desculpa realmente boa. Meu dia já não tinha sido muito bom, meu desempenho no trabalho não foi muito bom novamente e Fury ficou no meu pé o dia inteiro e pra ajudar, quando fui ver Becca não dei a atenção que ela merecia; até poderia usar isso como desculpa, mas não seria o suficiente para que Natasha e Loki me deixassem em paz, e não podia dizer que estava de mau humor porque tinha brigado com Steve, no fim tive que fingir que estava tudo bem e ir à festa. Pelo menos teria cerveja de graça e se eu tiver forte consigo arranjar alguns cigarros de graça também. Quem sabe um cigarro de maconha também role.

Toquei um foda-se e vesti qualquer roupa, também estava pouco me fodendo se as minhas roupas estavam boas ou não, só queria ir a essa festa e beber, esquecer que tinha sido a porra de um babaca ciumento, como Steve disse – e com razão. Não querer ir à festa porque tinha brigado com Steve é motivo suficiente, mas uma parte de mim também não queria ir porque sabia que iria encontra-lo, não tinha coragem de encara-lo. Apesar de não conhecer Tony, Bruce e Peter sabia que eles não eram tão diferentes de Natasha e Loki, eles fariam qualquer coisa para que eu e Steve saíssemos de casa. Então, é bem provável que ele vai estar lá e eu não quero encontra-lo.

Ao chegarmos à fazenda não me surpreendi quando vi uma mansão enorme, num terreno enorme e abarrotado de carros em volta, era sempre assim. Nada de novo. Loki estacionou o seu carro onde pode e nós saímos, por conta do local onde paramos fizemos uma longa caminhada até chegarmos a casa, mesmo de longe era possível ouvir a música alta tocando. 
Havia algumas pessoas na frente da casa se esfregando umas nas outras e bebendo, entramos e o cenário não mudou muito, pessoas se esfregando umas nas outras, bebendo, dançando e praticamente transando de roupa.

- Ok, vou à caça! – Natasha falou animada.
- Mas já? – Perguntei. 
- Não sei por que a surpresa, estamos falando de Natasha. – Loki comentou debochado. Nate lhe deu um tapa com força no braço. – Ai! – Reclamou, passando sua mão em seu braço. Ri. 
- A noite é uma criança, querido Bucky. – Natasha falou, sorrindo maliciosa em seguida.  – Nos encontramos mais tarde... Ou não. – Acrescentou enquanto se afastava. 
- E você, quando vai me abandonar? – Perguntei, encarando Loki. Ele franziu o cenho. 
- Bucky, querido, você está doente? Está muito estranho. Normalmente, você me abandonaria por suas preciosas cervejas e uma foda rapidinha. – Respondeu desconfiado. 
- Ah... Sabe, acho que é exatamente isso que farei. Buscar álcool, muito álcool. – Comentei rapidamente. 
- Hm, certo. Preciso procurar Samuel. – Falou ainda desconfiado. 
- Espero que o encontre. – Falei, dando leves tapinhas em seu ombro. 
- Oh, querido, eu irei. E não queira imaginar as coisas que farei quando encontra-lo. – Falou convicto enquanto observava o local. Ri. 
- Se tratando de você eu posso imaginar. – Retruquei, ele me encarou rapidamente e riu. – Como diz nossa amiga gostosa: a noite é uma criança. – Falei, me afastando. Loki apenas riu.

Caminhei com dificuldade entre as pessoas que dançavam, se agarravam e bebiam em busca do bar, não demorou muito para que finalmente encontrasse bar improvisado naquela enorme casa – pelo o que eu conheço esse tipo de festas com certeza deveria ter um bar em cada canto da casa, o que me deixa bem feliz assim posso beber a vontade. Me encostei no balcão do bar e pedi uma cerveja, logo o barman me trouxe a long neck e me afastei dali, indo em direção a uma enorme porta que parecia dar acesso para fora da casa. Por se tratar de uma fazenda, o terreno era enorme e havia muitas pessoas ali, também havia uma piscina, dois bares e uma pista de dança em frente ao palco do DJ; pude perceber que mais ao longe havia um lago e lá também estava cheio de pessoas, também tinha mais um DJ e bar.

Senti uma mão me puxando em seguida um garoto de cabelos ruivos e de olhos castanhos apareceu na minha frente, me encarando de um jeito bem safado. Neguei com a cabeça e puxei minha mão de volta, a colocando dentro de meu bolso da calça. Ele riu e caminhou em direção à pista da dança, onde começou a dançar de uma forma sensual enquanto me encarava. Suspirei e soltei um risinho. Certo, não é porque briguei com Steve que não posso me divertir, afinal, vim aqui justamente pra isso: me divertir. Caminhei em direção à pista de dança e colei meu corpo ao dele, fazendo sua bunda roçar em mim, ele riu e começou a rebolar em mim. Pois é, Natasha, a noite é uma criança.

Três e duas manhã.

Estava dentro da casa sentado num banco de um dos bares e consegui ficar com o meu humor pior do que já estava antes de vir pra essa maldita festa. Quatro. Esse foi o número de caras que quiseram dar pra mim e eu simplesmente não consegui fodê-los. Nenhum deles. Nem mesmo os deixei me chupar, dancei com todos, flertei todos e na hora de foder algo me bloqueou, não consegui. Não consegui ficar de pau duro, o que é uma raridade se tratando de mim, pois é só encostar em mim que já estou duro igual uma rocha e dessa vez nada aconteceu. Nenhum efeito. Maldito Steve!

Falando nele... Não o vi desde que cheguei e estava agradecendo por isso, pois não saberia como encara-lo, como enfrenta-lo – caso ele quisesse me enfrentar, o que eu acho muito difícil. É provável que ele me ignore quando me ver, sinceramente mereço ser ignorado depois do que fiz a ele. Suspirei cansado e estiquei minha mão para me pedir minha quarta ou quinta cerveja.

Voltei encarar a pista de dança e encontrei Natasha dançando com algumas garotas (lê-se: várias), pelo menos ela ainda estava de roupa; ela parecia meio bêbada, mas estava bem animada, diferente de mim. No momento Natasha tirou sua camiseta e jogou para o alto, fazendo ela e as outras garotas rirem, parece que falei cedo demais. Não consegui me segurar e acabei rindo também. Porém, meu riso não durou muito tempo quando percebi quem era o casal que estava a poucos metros de Natasha. Steve e... Pietro. 
Apertei minha mão na garrafa de cerveja e fixei meus olhos neles, minha mandíbula travou e minha respiração ficou mais tensa. Eles estavam agarrados um no outro enquanto Pietro falava algo no ouvido de Steve e ele ria. Steve vestia uma regata branca, que já estava meio suada, enquanto tinha outra camisa amarrada em sua cintura, suas bochechas estavam levemente coradas, o que indicava que ele havia bebido – e não foi pouco. As mãos de Pietro estavam na cintura de Steve enquanto as mãos de Steve estavam uma no braço de Pietro e a outra em sua nuca.

Sério isso? Eu estava aqui sem conseguir foder ninguém e Steve não contou dois segundos pra voltar para os braços do descolorido como se fosse um lindo e feliz casal gay novamente? Faça-me o favor, não sou obrigado a ficar vendo tanta babaquice. Não posso acreditar que ele realmente foi atrás de Pietro como havia dito, achei que ele só tinha falado aquilo só pra me irritar, mas não. Ele realmente foi atrás do filho da puta e o pior de tudo é que eu passei o dia na merda enquanto ele está todo feliz. Oh caralho que vou deixar isso ficar assim.

Levantei e caminhei entre as pessoas em direção aos dois, passei por Natasha e ela sorriu toda animada para mim, mas infelizmente não pude retribuir o sorriso, mantive minha expressão fria e me aproximei de Steve lentamente. Por conta da quantidade de pessoas ele nem se importou quando cheguei por trás dele e quase colei meu corpo ao dele.

- Que belo casal! – Falei no ouvido de Steve, fazendo com que ele se virasse imediatamente. Ele me encarou com uma expressão mista de surpresa e espanto. 
- Bucky. – Ele falou surpresa. Levantei uma sobrancelha e ri debochado. – Você veio. – Completou.
- Parece que para sua falta de sorte sim. – Retruquei.  – Atrapalho algo? – Perguntei e encarei Pietro. 
- Stee, é melhor nós irmos. – Ouvi o descolorido dizer. 
- É, Stee, é melhor vocês irem. – Falei. – Para a casa dele, no quarto dele, talvez. – Voltei meu olhar para Steve. 
- Não é isso o que você está pensando. – Steve falou. 
- Ah, e o que eu estou pensando? – Perguntei sarcástico. – Que você fez exatamente o que disse que faria e veio procurar esse merdinha? Que você não pensou duas vezes em se jogar novamente nos braços do seu querido, amado e perfeito Pietro? – Mantive o sarcasmo no meu tom de voz. – Longe de mim pensar isso, por favor. Jamais o faria. – Completei encarando Steve com raiva. 
- Você está sempre distorcendo as coisas. Nunca para pra me ouvir, é exatamente por isso que estamos nessa situação. – Steve falou sério, mas também parecia magoado. 
- Steve, isso não vale a pena. Vamos embora, não vamos estragar a festa dos outros. – Pietro falou. Sempre tão certinho, sempre tão cheio da razão. Pior é que Steve sempre o escutava. Steve o encarou por alguns segundos e suspirou parecendo cansado, logo seus olhos voltaram pra mim. 
- Não queria que tivesse sido assim. – Steve falou triste me encarando.

Steve virou-se me dando as costas e começou a se afastar. Pietro se mantéu ao lado dele e  me encarou dos pés a cabeça por alguns instantes, e não evitou soltar um sorriso debochado – sorriso esse que Steve não viu. Não consegui me segurar e caminhei até ele, quando ele percebeu que eu estava me aproximando empurrou levemente Steve, para que se afastasse dele. Fechei minha mão em punho e soquei o rosto de Pietro, fazendo com que ele cambaleasse, mas o filho da puta infelizmente não caiu.

- Bucky! – Ouvi Steve gritar, mas ignorei.

De repente parece que tudo a minha voltou perdeu a cor e o som, a única pessoa que eu via e ouvia era Pietro, e a única coisa que queria no momento era fazê-lo sangrar. Sangrar muito. 
Para o meu azar Pietro não era tão babaca assim, ele sabia brigar e por isso começamos a trocar porradas um no outro, acabei sendo acertado por três socos dele enquanto eu só tinha acertado dois nele. Não estava usando a mão do braço biônico, queria faze-lo sangrar, mas não estava afim de mata-lo. Pelo menos, não por enquanto.

Senti braços me puxando e como se tivesse saído de um transe, voltei a ver e ouvir tudo e todos ao meu redor. A música alta, algumas pessoas gritando e rindo, as expressões assustadas em cada rosto, expressões de preocupação. Minha respiração estava descompensada e acelerada, e sentia o lado esquerdo de meu rosto latejando fortemente. Olhei para meu lado esquerdo e vi Thor me segurando e no lado direito estava Clint, eles pareciam bem preocupados. Também vi que Samuel e Loki seguravam Pietro. Natasha veio em minha direção, ela parecia realmente preocupada.

- Se controla, Barnes! – Ouvi Thor gritar ao meu lado. 
-  Que droga, Bucky! – Natasha falou próxima a mim. – Você está bem? – Perguntou. Sabia a resposta para aquela perguntar, mas por algum motivo não consegui responde-la.

Procurei com os olhos Steve e o encontrei entre o pouco espaço que existia entre mim e Pietro, mas ele estava me encarando. Seu olhar gritava desesperadamente preocupação e parecia estar numa luta interna na dúvida de se aproximar de mim ou não. Nesse momento estava tocando um foda-se pra tudo e queria sim que ele se aproximasse de mim. Se aproximasse e dissesse que tudo ficaria bem, que nós ficaríamos bem.

Escutei uma risada vindo da direção onde Pietro estava e voltei a encara-lo, o filho da puta estava rindo enquanto limpava o sangue da boca, Samuel e Loki o encaravam confusos.

- Sinceramente Steve, não entendo o que você viu nesse perdedor. O que viu de tão interessante nele para que me trocasse por ele. – Pietro falou revezando seu olhar entre eu e Steve. Alguns olhares se voltaram para mim, outros para Steve, mas todos eles diziam a mesma coisa: confusão. Ninguém estava entendendo nada, pois ninguém sabia do nosso (fracassado) relacionamento secreto. 
- Pietro, por favor. – Steve falou, se aproximando dele. 
- Por favor, o que? – Perguntou em grito. – Quer que eu seja compreensivo mais uma vez? Acho que não. – Falou sério. – Você preferiu ficar com um ex-cheirador de cocaína. Você é o verdadeiro merdinha, James Barnes, que não conseguiu enfrentar os próprios problemas de cabeça erguida e resolveu afundar o nariz no pó. Você é uma vergonha. – Falou em desdém. Senti Thor e Clint me segurando com mais força. 
- Cara, que merda você tá falando?! – Samuel falou sério. 
- Pietro pare! – Steve gritou. 
- Você pode não saber muito de mim, mas eu sei muito sobre você. – Falou. – Se a sua mãe não tivesse morrido naquele acidente, provavelmente ela teria se matado pra evitar ver a vergonha que você se tornou. – Cuspiu mais sangue no chão. – No fim você vai ter o mesmo destino do desgraçado do seu pai e Steve vai finalmente perceber que você nunca valeu a pena.  – Completou e sorriu, mostrando seus dentes bem alinhados e sujos de sangue. Nesse momento parecia que todos tinham parado de respirar, o único barulho feito no local era da música que sim ainda tocava.

Graças ao meu braço biônico consegui me soltar de Thor e Clint, não dando sequer tempo para que eles pensassem como isso aconteceu, voei para cima de Pietro, o prensando na parede; segurei a gola de camisa com meu braço biônico e com o outro comecei a socar sua cara, não deixando-o ter tempo de defender-se. Senti braços sobre mim, tentando fazer com que eu parasse, mas não obtiveram sucesso, apenas continuei socando Pietro. Minha cabeça estava a mil, minha respiração cada vez mais rápida, raiva circulava por cada milímetro de meu sangue e só queria fazer com Pietro engolisse cada maldita palavra que havia dito – e os dentes também. Troquei de braço, segurando Pietro com braço normal e deixando livre o braço biônico para soca-lo. Quando me preparei para socar, ouvi a voz de Steve:

- Bucky, não faça isso, por favor. – Ele falou e senti sua mão sobre a minha mão biônica em seguida ele apareceu em minha frente. Lágrimas escorriam por seus olhos. – Você não é assim, esse não é você, Bucky. – Acrescentou, apertando minha mão.

Voltei a encarar Pietro que estava com o rosto coberto de sangue e quase inconsciente, larguei-o e ele caiu sentado no chão, cuspindo sangue. Me afastei e encarei Steve mais uma vez, ele tentou me tocar, mas o afastei brutalmente. Saí dali de uma vez, corri para qualquer cômodo daquela casa e por sorte encontrei a cozinha, onde tinha uma quantidade menor de pessoas, ali eles estavam fazendo disputa de bebidas. Fui em direção a pia onde lavei minhas mãos e meu rosto. Havia uma garrafa de vodka sobre a mesa, peguei-a e toquei um pouco sobre a minha mão não-biônica, sentindo-a arder levemente, e toquei um pouco no meu rosto, o que doeu bastante, fazendo com que eu soltasse um grunhido. Por fim, acabei colocando a garrafa na minha boca, bebendo uma grande quantia, que fez minha garganta queimar.

- Você tá legal, cara? – Escutei uma voz conhecida. Virei-me e encontrei Thor. Ele se aproximou de mim, apoiando-se na pia e cruzando os braços na frente do peito enquanto me encarava. Ri de má vontade. 
- Você realmente está perguntando isso? – Perguntei curto e grosso. – Aliás, você se importa? Não somos amig... – Ele me interrompeu. 
- Amigos? É, eu sei, mas não quer dizer nada. – Falou sério. Ficamos um tempo em silêncio e eu preferi beber. Foda-se essa merda toda. – É foda ver quem a gente gosta com outra pessoa, né?! – Falou enquanto olhava pra baixo. 
- E o que você entende sobre gostar de alguém? – Perguntei irritado. Que porra ele queria, afinal? Ser a merda do meu psicólogo? 
- Mais do que você pensa, apesar de não parecer. – Respondeu e suspirou. Ele ergueu seu rosto e me encarou rapidamente, pude ver que ele parecia frágil. Nunca pensei ver Thor desse jeito. O brutamonte, o valentão, estava triste e indefeso.
- De quem você gosta? – Perguntei realmente curioso. Ele riu descrente e tomou a garrafa da minha mão, bebendo um grande gole. 
- Você não acreditaria se eu disse. Ninguém acreditaria... Nem mesmo ele. – Respondeu encarando a garrafa de vodka. 
- Ele? É um garoto? – Perguntei surpreso. Thor Odinson o maior hétero dos tempos, na verdade gosta de um garoto?! 
- É, é ele. – Respondeu e riu novamente. – Se você conhecesse meu pai, talvez me entendesse. – Falou e bebeu novamente. Entregou a garrafa a mim novamente. 
- Não conheço seu pai, mas sei que você deveria contar a esse garoto o que sente por ele. Não deixe que vire uma triste história como a de Steve e James. – Falei com um sorriso sarcástico. Thor apenas assentiu em concordância e suspirou. 
- Não deveria desistir dele. – Falou e me encarou. 
- Eu não deveria fazer muitas coisas, mas faço. – Retruquei. – E, aliás, ele estará muito melhor sem mim. Farei um favor a ele por sumir de sua vida. – Falei e me desencostei da pia. – Até mais Thor. – Entreguei a garrafa a ele. 
- A festa não acabou ainda. – Avisou. 
- Oh, cara, para mim nem deveria ter começado. – Falei. 
- Certo, você não vai conseguir carona até em casa e aposto que seus amigos estão bastante ocupados. – Falou mexendo no bolso de sua calça. – Então, toma. – Retirou uma chave do bolso e ergueu em minha direção. 
- O que é isso? – Perguntei com uma sobrancelha erguida. 
- É uma chave de um quarto, duh. – Respondeu. – É a última porta do lado direito do terceiro andar. Como a casa está sempre cheia e com gente fodendo em todo canto, Clint, Wade e eu sempre separamos três quartos para nós, onde podemos dormir em paz e que não esteja fedendo a porra e álcool. – Explicou. Soltei uma risada anasalada. 
- Por que está fazendo isso? – Perguntei ficando sério. 
- Só acho que você não conseguir um táxi ou carona agora, então é melhor se trancar num quarto daqui e tentar dormir. – Respondeu despreocupado. 
- Obrigado, cara. – Falei e peguei a chave. Comecei a me afastar, mas parei na porta da cozinha. – Ah, Thor! – Ele me encarou enquanto bebia – Você não é o babaca que mostra ser na escola. Você deveria ser você mesmo e foda-se seu pai. Se ele te ama realmente, vai entender. – Falei e pisquei pra ele, que levantou a garrafa e deu um meio sorriso como resposta.

Saí da cozinha e caminhei o mais rápido possível, passando por várias pessoas que me encararam curiosas por conta do estado lamentável que meu rosto estava ou porque tinham assistindo minha briga contra Pietro. Subi os degraus da escada até o terceiro andar, o caminho até o quarto estava cheio de pessoas se comendo nos corredores, até parecia uma orgia, em outra situação eu teria participado; segui as instruções de Thor, ao chegar em frente a tal porta tentei abri-la sem a chave só pra ter certeza de que aquele quarto estava fechado e não dar de cara com alguém fodendo outra pessoa. A porta não abriu. 
Retirei a chave que Thor me dera de meu bolso e coloquei na fechadura, abrindo a porta. O quarto era grande e tinha uma cama enorme e parecia ser bastante confortável. Entrei no quarto e tranquei a porta na chave novamente, não queria ser incomodado, retirei meus coturnos e joguei-os em qualquer canto do quarto; pulei na cama e senti todos meus ossos e músculos doendo, principalmente os da face. Também retirei minha jaqueta e a deixei ao meu lado. A cama realmente era confortável e tudo o que eu queria agora era descansar e tentar esquecer o que aconteceu aqui hoje – o que seria bem difícil.


Notas Finais


Mores pra comemorar a apresentação do meu trabalho hoje que foi um sucesso. Na verdade, consegui um tempo e vim postar, porque sei que esperar até o final de semana seria tortura. Agora vamos falar sobre o capítulo de hoje que tá enormeeeeee e cheio de babados. Não vou negar que fiquei com pena do Pietro sim, pois a surra que ele levou foi feia, mas ao mesmo tempo acho que ele mereceu. É aquele ditado né: falou merda, levou. Fiquei triste também por ver como Bucky tratou o Steve e fiquei mais triste ainda por ver como o Steve tava preocupado com o Bucky e o Bucky ainda sim não quis se aproximar dele (apesar de ao mesmo tempo querer o Steve juntinho dele). NOW, vamos falar sobre o nosso loiro precioso: Thor. Gente, o que foi isso? O Thor todo bonzinho e bff do Bucky, será que isso vai rolar BROTP??? E mais, ele falando do garoto (repito: GAROTO) que ele gosta?!?! AAAAAAAAA! Quem cês acham que é? Digam aí. Enfim, chega de falaçada. Por hoje é isso, como tenho prova quinta-feira, é provável que a 3 parte saía só final de semana mesmo. Então, é isso. Beijokas e até! <3


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