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História Missunderstood - Capítulo 46: Parte IV.


Escrita por: paulinhacomic

Notas do Autor


[MARATONA!]


Quarta e última parte do capítulo 46.

Capítulo 55 - Capítulo 46: Parte IV.


Fanfic / Fanfiction Missunderstood - Capítulo 46: Parte IV.

Capítulo Anterior:
Como se o que tivéssemos vivido juntos nunca significou nada? Não mesmo. James ira me ouvir e vai pagar muito caro por pensar que pode fazer isso... E aquele namorado dele vai pagar o dobro. Acho que James está esquecendo quem sou eu, mas farei questão de lembra-lo e depois disso ele nunca mais ira esquecer.

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               4/4

Capítulo 46: Parte IV.

Bucky’s POV

Nove e quinze da noite.

Steve e eu estávamos sentados sobre a toalha no gramado junto com nossos amigos, o primeiro filme havia sido Loucademia de Polícia e acabara de terminar assim como as pipocas que tínhamos comprado, ainda havia cerveja, mas ninguém estava mais bebendo; depois de uma tarde regada a cerveja Thor, Clint e eu acabamos cansado – por mais que eu ame cerveja, sei exatamente a hora de parar. Ainda estava um pouco incomodado por ter encontrado Pietro aqui, durante o filme fiquei observando para ver se ele não estava por perto, a presença dele muito irrita muito e parece que eu causo o mesmo efeito sobre. Confesso que depois de hoje considero Pietro um cara totalmente corajoso, corajoso e burro, pois é muita burrice ficar provocando o cara que te mandou para o hospital, parece até que ele tem um certo apreço por apanhar de mim e, sinceramente, não me importaria nenhum pouco de quebrar a cara dele e desta vez terminaria o que comecei. Mas é claro que Steve nunca deixaria que eu pusesse minhas mãos em Pietro, ele ficou o tempo inteiro pedindo para que eu ficasse calmo e ignorasse Pietro, afinal tínhamos vindo aqui para nos divertimos e não brigarmos. E também, depois do ataque que Natasha teve eu estava preferindo mesmo ficar sossegado, minha melhor amiga pareceu muito abalada pelo o que estava acontecendo e eu não queria provocar nada que fizesse sua situação piorar.

- Vou comprar mais pipoca. – Steve falou levantando-se e saindo do meio das minhas pernas. – Alguém quer mais alguma coisa? – Perguntou encarando os amigos.
- Uma barra de chocolate, por favor. – Bruce pediu.
- Traga pipoca doce também. – Ouvi Loki pedindo.
- Será que dá pra comprar outro refrigerante de uva? – Peter perguntou. Todos nós rimos. Refrigerante de uva é o vicio de Peter, isso é perfeitamente notável.
- Sim, Petey. – Steve respondeu. – Certo. Pipoca doce, barra de chocolate e refrigerante de uva. Mais alguma coisa? – Perguntou para ter certeza.
- Volte antes de o filme começar. – Tony respondeu divertido e rimos.
- Vou contigo pra te ajudar. – Falei, levantando.

Abracei Steve de lado e começamos a nos afastar de nossos amigos, caminhando em direção da barraca de pipoca, que era a próxima, nossa sorte era que ali também vendiam barras de chocolates, então depois só precisaríamos ir até a barraca de bebidas para comprar o refrigerante de uva. Peter é um viciado em refrigerante de uva e acabaria viciando a todos nós, pois já era a quarta garrafa de refrigerante de uva que estávamos indo comprar porque ele havia pedido. Apesar da pequena confusão que tivemos com Pietro e Samuel, confesso que o dia estava sendo muito agradável, melhor do que eu esperava até – é claro que nada se compararia a passar à tarde fodendo com Steve, mas teremos outros dias para isso. Nunca pensei que depois de tudo o que havia acontecido comigo, eu poderia ter um dia normal como este, apenas curtindo a tarde com meus amigos (acho que já posso chamar todos assim, não é?!) e com meu namorado. Parecia um sonho, mas por mais inacreditável que seja, era realidade, minha realidade.

Steve e eu entramos na fila, como ele estava na minha frente resolvi abraça-lo por trás sem me importar com alguns olhares feios que havia recebido, estava feliz pelo dia de hoje e nada iria estragar isso, então foda-se. Steve comprou duas pipocas gigantes, uma doce e a outra salgada, e depois fomos até a barraca de refrigerantes, onde compramos o refrigerante. Voltamos para perto de nossos amigos, entregamos as pipocas e os refrigerantes a eles.
 

- Droga, esqueci sua barra de chocolate, Bruce! – Steve falou batendo na própria testa.
- Tudo bem, Stee. Nós podemos voltar lá e comprar. – Falei, pondo minha mão em suas costas.
- Sim, vamos lá. Não iremos demorar. – Steve falou.



- Então esse é o seu namorado, James? – Escutei aquela voz e senti todo meu corpo congelar. Eu deveria estar ficando louco, ouvindo coisas e alucinando.

Virei lentamente para trás e encontrei aquele rosto que há muito estava evitando e desejando não encontrar, a prova de que eu não estava louco (ainda) era que todos os meus amigos também olharam na mesma direção que eu; encarei rapidamente Natasha, que continha uma expressão de surpresa, e Loki, que não parecia nada feliz ao ver quem estava em nossa frente, todos os outros tinham expressões mistas de curiosidade e confusão. Olhei Steve e ele me encarava como se perguntasse quem era o garoto.
Voltei a encarar Harry que continha uma expressão debochada em seu rosto e um sorriso pretencioso, Marie e outros amigos seus estavam ao seu lado. Harry jogou o cigarro que fumava no chão, perto de nossa toalha, e pisou no mesmo.

- Oi Harry. – Falei com a voz quase falha.
- Olá Boo. – Ele me respondeu e seu sorriso aumentou. Odiava quando ele me chamava assim. – Você deve ser Seth, não é?! O namorado de James... – Acrescentou, encarando Steve.
- Na verdade é Steven, ou melhor Steve. – Stee respondeu sem se abalar.
- Oh sim, perdão. Ouvi pouco ao seu respeito, aliás, a única coisa que ouvi ao seu respeito era que você estava namorando James. – Retrucou calmo.
- É, você ouviu certo, então. – Steve afirmou.
- Se conheceram depois da clinica de reabilitação, James? – Perguntou me encarando agora.
- O que você quer? – Perguntei direto sentindo minha voz voltar.
- Estava com saudades, Boo. – Respondeu sarcástico.
- Pare de me chamar assim. – Mandei entre dentes.
- Parece que o Harry Encrenqueiro saiu da reabilitação... De novo. – Ouvi a voz de Loki e quando menos percebi ele estava em pé ao meu lado. Ouvi Loki suspirar.
- Olá Loki, como vai o seu pai? Oh, desculpe... Esqueci que ele morreu. – Harry falou sarcástico e riu.
- E como vai o seu pai, Harry? Sr. Osborn continua pagando babas para seu filho drogado e mimado, ou melhor, ele ainda não se tocou que seu filhinho ainda não está pronto para viver em sociedade? – Loki retrucou igualmente sarcástico. Harry até poderia jogar sujo, mas ele não sabia que Loki podia fazer isso também. – Andei sabendo que ele estava querendo te internar pela quarta vez. Espero que desta vez dê resultados. – Acrescentou.
- Seu merdi... – Natasha apareceu interrompendo Harry.
- Harry não sei o que você veio fazer aqui, mas nós sabemos que não queremos brigas. Aliás, estamos cansados de tantas brigas por hoje. É melhor você ir embora. – Natasha falou educadamente.
- Vadia. – Harry falou encarando Natasha e começou a se afastar junto com seus amigos.

Observei Harry e seus amigos se afastarem de nós e quando eles sumiram do meu campo de visão soltei um suspiro aliviado e só então percebi o quão tenso estava, encarei meus amigos e todos estavam me encarando confusos, como se pedissem que eu explicasse que porra havia acontecido. Comecei a juntar minhas coisas e sem dizer nada, nem mesmo Loki ou Natasha ousaram falar algo quando comecei a caminhar, me afastando deles.

- Espera! – Escutei a voz de Steve e logo senti suas mãos agarrando meu pulso. Fechei meus olhos por alguns e voltei a abri-los. – Aonde você vai? – perguntou em seguida.
- Vou embora. – Respondi sem encara-lo.
- O que? Você nem ao menos vai me explicar o que aconteceu lá? Quem era aquele garoto e o que ele queria com toda aquela conversa? – Perguntou indignado.
- Ele é Harry Osborn, um garoto que me ajudou a destruir eu mesmo. É isso que você quer saber? – Perguntei irritado. – Eu achei que ele me amasse e que o que nós tínhamos era especial, achei que ele fosse a luz no fim do túnel, mas na verdade ele só estava fazendo com que eu me enterrasse mais. Graças a ele eu me tornei alguém que eu desprezava e que desejava morrer todos os dias. Ele é só mais um garoto rico sem ter alguém para se divertir. – Respondi rude finalmente o encarando. – Se essa sinopse sobre Harry Osborn não estiver boa, vá até o Google e pesquisa, terá muitas informações lá, garanto.
- Você age como se eu fosse te julgar, como se fosse a primeira pessoa que apontaria o dedo na sua cara para dizer que você está errado. Mas eu não vou e o que mais me magoa é que você ainda não entendeu isso. – Steve falou triste e vi seus olhos marejados, ele soltou meu pulso.
- Steven. – Chamei-o.
- É melhor você ir embora mesmo, ou sei lá, faça o que você quiser. Não me importo. – Ele falou visivelmente magoado e se afastando de mim.

Antes que eu pudesse impedi-lo, ele correu de volta para perto dos nossos amigos e em nenhum momento olhou para trás. Nesse momento percebi que mesmo que Harry estivesse no mesmo local que eu, a presença dele nunca seria tão importante e significante quanto a de Steve e eu sou um idiota por perceber isso só depois de fazer as merdas que faço. Steve jamais me julgou, mesmo não sabendo de toda a verdade sobre mim, ele apenas quer saber a verdade e tentar me ajudar, ou simplesmente tentar entender minha história e criar alguma empatia por mim. O fato de Harry estar no mesmo local que eu me incomoda sim, pois não quero mais vê-lo, não quero mais nenhum contato com ele e mesmo assim ele força isso, e meu maior medo agora é que Harry tente algo contra Steve, que ele use o que sabe sobre mim e sobre meu passado para fazer com que Steve se afaste de mim. Não saberia viver num mundo sem Steve, eu realmente preferia me entregar as drogas novamente ao ver Steve me ignorando ou me julgando como todos os outros. Steve é mais importante do que parece para mim, não posso cogitar a ideia de perdê-lo e quando Harry está por perto eu sinto que posso perder Steve a qualquer momento.

Cheguei ao ponto de ônibus e me sentei nos bancos que ficavam ali, era melhor eu ir embora, hoje com certeza não é meu dia, primeiro Pietro e depois Harry. Acho que alguém lá de cima está querendo me ver perder a cabeça, ou melhor me ver arrancando a cabeça de alguém. Peguei um cigarro do maço e acendi, colocando-o em minha boca. Amanhã conversaria com Steve e tentaria me entender com ele, sinceramente não estou com cabeça para pensar sobre isso agora e é provável que se eu fosse tentar consertar a merda que fiz, faria uma merda maior e deixaria Stee puto de vez. Tinha álcool no meu sangue e estou fodidamente irritado, não seria legal tentar algo nesse momento.

- Finalmente estamos a sós. – Escutei aquela voz tão conhecida. Ergui minha cabeça e encontrei Harry em pé a minha frente, me encarando com aquele velho e típico sorriso doentio.
- O que você quer? – Perguntei impaciente. Agora não, vá embora, por favor. Pensei. Mas lembrei de que se tratava de Harry.
- Estava preocupado contigo... De verdade, Boo. – Respondeu se aproximando mais.
- Você? Preocupado comigo? – Ri sarcástico. – Não encontrou outro otário pra se divertir? – Perguntei.
- Você sabe que nós nunca foi apenas uma diversão, éramos mais do que isso. – Respondeu. Ri sarcástico mais uma vez.
- Sim, éramos mais do que uma diversão. – Concordei, levantando e jogando o cigarro no chão, pisando sobre o mesmo em seguida. – Éramos dois adolescentes inconsequentes, drogados e ladrões, que só faziam merdas achando que iriam conseguir algo, mas no final a única coisa que conseguimos foi uma overdose e uma clinica de reabilitação. – Acrescentei agressiva, encarando severamente.
- É isso que você pensa que nós fomos, Boo? – Perguntou.
- Já disse pra não me chamar assim, porra! – Gritei, fazendo com que ele desse passos para trás. É, é bom mesmo ele se afastar de mim. – Nós éramos uma droga um para o outro, Harry. Será que você ainda não entendeu isso? Você não pensa em ser melhor do que aquilo? Quer continuar pra sempre roubando, sendo que você não precisa, e usando drogas? – Perguntei rude. – Aliás, pra sempre não, porque uma hora você vai ter outra overdose e não terá salvação. É isso que você quer, morrer? Quer ver seu pai sofrer? – Emendei.
- Meu pai não liga pra mim. – Retrucou irritado. Era só tocar no senhor Osborn que Harry ficava assim.
- É você que pensa. Ele faz tudo por ti, dá pra você tudo de melhor e sabe quantas pessoas queriam estar no seu lugar? Muitas, milhares e você joga tudo o que tem fora por coisas banais, coisas que vão acabar matando não só tu, mas como seu pai também. Norman pode não ser o mais atencioso do mundo, mas ele te ama. – Retruquei ainda rude.
- De todas as merdas que você já me disse, essa foi a pior. – Confessou parecendo indiferente.
- De todas as merdas que eu já te disse, essa foi a mais verdadeira. – Corrigi-o.
- Você não me ama mais? – Perguntou, voltando a se aproximar. Senti suas mãos na gola da minha jaqueta.
- O que nós tínhamos não era amor, Harry. Nunca foi amor, nós éramos uma droga um para outro e era apenas isso. – Respondi rude mais uma vez.
- Você ama aquele garoto com quem diz estar namorando? – Perguntou. Ele se referia a Steve.
- Sim. – Respondi. Não tive tempo para pensar, só entendi que havia levado um tapa no rosto quando minha cabeça virou para o lado e a minha pele do lado esquerdo do rosto ardia. Engoli em seco e virei meu rosto lentamente para encara-lo, seus olhos estavam marejados, mas sua expressão era de raiva.
- Você não é igual à Loki ou Natasha, nem nenhum daqueles que você pensa que são seus amigos. Você é igual a mim, é um fracassado como eu e no final você vai entender que eu sou o único que te entende, vai entender que eu sou único que você precisa. Seus amigos nunca vão entender como eu, Steve nunca vai te entender como eu e muito menos te amar como eu, porque só eu fui capaz de te amar por inteiro, James. Apenas eu sei como é se sentir abandonado, sem ninguém para confiar e amar. Você vai voltar pra mim quando se der conta disso tudo e se for preciso, sim, nós morreremos de overdose juntos. –Ele falou entre dentes, com a voz baixa e fria. Agarrei suas mãos que ainda estavam segurando minha jaqueta.

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, Harry retirou suas mãos de mim e se afastou, atravessando a rua e caminhando em direção a um carro onde havia vários jovens em volta do veículo, ele se juntou aos outros e em nenhuma vez voltou a olhar para trás. Poucos minutos o ônibus finalmente chegou e entrei, pagando minha passagem ao cobrador, me sentei em um banco qualquer e durante o caminho até minha casa fui pensando no disse a Harry. Afirmei a Harry que amo Steve, mas não sei se fiz isso porque realmente amo Steve ou porque quis ver Harry triste (e consequentemente longe de mim). O que sinto por Steve é forte e isso ninguém pode negar, mas amor? Será que realmente sou capaz de amar alguém que não possuam lanços sanguíneos comigo, como minha vó ou minha irmã mais nova?
Steve é importante em minha vida, sim, e quando digo que não já posso viver sem ele, falo sério, realmente não posso. Mas quando falam sobre amor, acho um pouco de mais, na verdade, nunca achei que pudesse amar alguém depois de todos os problemas que tive com Harry; para ser sincero, nunca achei que muitas coisas pudessem acontecer comigo depois de me envolver com Harry. Só quando penso na possibilidade de, sim, eu amar Steve, me sinto acuado. Amar significa sofrer. Estou pronto para sofrer por Steven? 


Notas Finais


Repetindo mais uma vez que estou fazendo essa maratona por motivos de: vou viajar amanhã e é provável que onde eu vá não tenha internet, então resolvi fazer essa maratona porque ficarei muito tempo sem atualizar e não quero vocês sofram com a espera de jeito de nenhum. Enfm, espero que tenham gostado dessa pequena maratona e se tudo der certo logo teremos mais maratonas. É isso, mores. Espero que tenham gostado das quatros partes e me digam o que acharam. Bjks! <3


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