1. Spirit Fanfics >
  2. Missunderstood >
  3. Capítulo 07: Só fique fora do meu caminho.

História Missunderstood - Capítulo 07: Só fique fora do meu caminho.


Escrita por: paulinhacomic

Notas do Autor


Hey, hey! Chegay e trouxe atualização gostosinha! Eu tô pensando em começar a postar outra fic Stucky, mas tenho medo de não dar conta. O que cês acham?

Perdoem os meus erros de português (que deve ter vários) e espero que gostem! Bjks!

Capítulo 8 - Capítulo 07: Só fique fora do meu caminho.


Fanfic / Fanfiction Missunderstood - Capítulo 07: Só fique fora do meu caminho.

Capítulo Anterior:
Vesti a bermuda e a regata. Sem querer acabei de me olhando no espelho, que já estava quebrado. Senti ódio ao ver meu reflexo... Ao ver a aberração que os Stark haviam me transformado. Acabei terminando de quebrar o restante do espelho e joguei no chão, sem me importar com os estilhaços.

XXXX

Steve’s POV

Segunda-feira, oito e quinze da manhã.

Estranhamente hoje havia acordado com um bom humor desconhecido por mim, talvez, o motivo disso era simplesmente porque eu ganhara um carro e vim com ele para escola. Era a primeira vez em que meu pai não me trazia para escola, eu vim sozinho... Com meu carro. Meu. Carro.
Cheguei até a acordar mais cedo que meu pai e fiz o café para nós. Infelizmente minhas panquecas que não ficaram tão gostosas quanto as dele e eu acabei queimando as bordas, mas deu pra comer com calda de chocolate e ele também não reclamou, então deduzi que ele havia gostado.

Parei a Pick Up numa vaga livre no estacionamento e saí, trancando-o. Havia alguns alunos ali escutando músicas em seus carros e eles estavam olhando para mim com um sorriso divertido. Provavelmente estavam rindo do meu carro que não se comparava a nenhum deles, mas eu não me importava. Gostava da Pick Up, ele podia não ser um carro do ano, mas era a minha cara.

- Belo carro, novato! – Ouvi Thor falar. Ele estava sentado no capô de seu carro junto com seus amigos e algumas garotas.
- Obrigado. – Agradeci encarando-o.

Sabia que ele estava zombando de mim, não ia me abalar com isso, até porque como eu disse: não me importo. Acredito que qualquer carro é melhor do que andar a pé. Caminhei em direção a entrada da escola e vi que Peter estava escorado no portão com sua câmera fotográfica na mão, me encarando seriamente.

- Aquele carro é seu? – Perguntou animado.
- Sim. – Respondi. – Meu pai me deu. Incrível, não é?! – Falei ainda mais animado.
- Cara, não vejo a hora de nós darmos uma volta no seu carro! – Falou, dando uns pulinhos e bagunçando meu cabelo.
- Calma, rapaz! – Falei risonho. – Iremos dar muitas voltas, mas antes vamos encontrar Bruce e Tony. – Acrescentei e empurrando-o para entrar.

Entramos na escola, no nosso bloco de salas, e encontramos Bruce e Tony no corredor, perto de seus armários. Eles pareciam estar discutindo, mas quando nos aproximamos pararam e Peter para quebrar o tenso contou sobre meu carro, o que fez Bruce e Tony ficarem bem curiosos. Ficamos conversando um pouco e depois eu fui em direção ao meu armário, peguei o material que usaria para as primeiras aulas.

A primeira aula de hoje era economia e eu e Tony tínhamos aulas juntos, então, subimos a escada até a sala de economia e sentamos um perto do outro. A sala foi se enchendo aos poucos e vi quando a garota de cabelos ruivos, amiga de Bucky, entrou junto com o outro garoto, o de cabelos pretos. Ela sorriu amigável para mim e eu sorri meio tímido para ela.

Depois da aula de economia o restante das aulas da parte da manhã foram tranquilas, mas cansativas. Tive duas aulas com Bruce e ele acabou me contando um pouco sobre a relação dele e de Tony. Era bem complicada e exatamente como Peter havia me dito no dia anterior, pelo Skype.
Bruce ainda gosta de Tony, mas não sabe se Tony sente o mesmo, pois ele só pensa em ficar com vários garotos diferentes. Só que o problema não é apenas esse, pois Bruce tem a plena consciência de que eles são jovens e têm seus desejos, ele também tem seus casos com outros garotos. Porém, o problema é que Tony gosta de jogar na cara de Bruce que ele sempre pega alguém diferente e Bruce acaba ficando magoado com isso e eles acabam discutindo. O namoro deles não deu certo, mas Bruce quis continuar amigo de Tony, pois eles são amigos há muitos anos, mas não é fácil se manter amigo do seu ex quando ele é um babaca. Admitindo ou não, Tony é um babaca, claro que não do mesmo nível de babaquice de Thor, mas ainda sim um babaca.

- Parece bem complicado. – Comentei, depois de ouvir Bruce desabafar.
- Você não faz ideia. Não quero que ele pare de viver a vida dele por minha causa, isso é óbvio. Mas ele também não precisa me fazer a lista de quem transa por aí, eu não faço isso com ele. Quero que seja reciproco. – Suspirou triste. – Sem contar que toda a vez que brigamos ele joga na minha cara algo sobre nosso fracassado relacionamento. Isso é ridículo! – Falou meio revoltado agora.
- Já tentou falar com ele? – Perguntei. Ele riu.
- Estamos falando de Anthony Stark. – Respondeu óbvio.
- Mas vocês dois parecem tão certos juntos... Não entendo. – Falei sério.
- Diga isso ao Tony. Diga e repita. – Retrocou. – Bem, vamos voltar. Daqui a pouco a professora sente nossa falta. Apenas assenti, me afastando da pia do banheiro.

Três horas da tarde.

A última aula de hoje era educação física e o tempo estava péssimo, então, a aula seria feita na quadra coberta. Para minha felicidade Bruce, Tony, Peter e eu tínhamos aulas juntos, mas como nada era perfeito Thor e seus amigos também tinham aula junto conosco. Por conta da chuva, o treino de futebol foi suspenso por hoje e os jogadores vieram se juntar nós, meros mortais que não sabem pegar numa bola. Também percebi que Bucky e seus amigos tinham aula conosco, mas ele ficou sentado na arquibancada diferente de seus amigos que se juntaram aos outros. Ao longo dos dias pude perceber que dos três, Natasha é mais sociável, Loki não gosta, mas tenta pelo bem coletivo e Bucky, esse não faz questão de tentar. Muito pelo contrário, ele faz questão de deixar claro que quer todos longe dele. Perdi as contas de quantas vezes o vi sendo grosseiro com alguém ou apenas olhando para outro aluno de uma forma rude, enfurecido. Sua fama na escola já era bem ruim por conta do braço e ele fazia questão de piorar, tratando todos da pior maneira possível.

- Não fique encarando-o. – Peter falou aproximando de mim.
- Encarando quem? – Perguntei me fazendo de desentendido.
- Bucky. Ele não gosta. – Respondeu óbvio. – Se vai ficar olhando pra ele, tente disfarçar pelo menos. – Avisou.

O professor Logan chamou todos os alunos e disse que queria que nos fizéssemos uma grande roda. Iriamos jogar queimada, mas antes fizemos alguns aquecimentos, como: polichinelo; o professor nos dividiu em dois grupos, pois iriamos enfrentar uns aos outros e como não éramos nós que escolhíamos nossos grupos, Peter e eu acabamos ficando no mesmo grupo de Wade e a amiga ruiva de Bucky, que se chamava Natasha – Peter me contou a nome dela. Tony e Bruce ficaram no mesmo grupo que Thor, Clint e Loki – o outro amigo de Bucky que Peter também me contara o nome. Na verdade, Peter estava me contando o nome de cada aluno que ele conhecia e ele parecia conhecer bastante gente. Peter era o tipo de pessoa que tinha a língua solta. Ele não fazia isso por maldade, era automático, quando ele percebia já estava falando. E, acredite, ele fala muito. 

As regras eram: não jogue a bola forte e não jogue a bola na cabeça, barriga e partes intimas do adversário; quem acertasse nessas partes deveria sair do jogo. O professor entregou uma bola para cada aluno e soou apito, dando inicio ao jogo. A maioria das alunos estavam preocupados em eliminar os outros do jogo, o restante não sabia se corria ou ficava parado e eu era um deles. Fiquei correndo para lá e para cá, me sentindo com dez anos, com aquela bola na mão. Preferia fugir do que correr o risco de acertar alguém num lugar indesejado. Vi que Thor estava adorando aquele jogo, pois estava eliminando vários nerds do meu time e vi que Wade havia acertado Peter na cabeça, fazendo-o cair com tudo no chão. O professor mandou que todos parassem de jogar imediatamente. Larguei minha bola e corri em sua direção.

- Você está bem, Peter? – Perguntei preocupado.
- Cara, me desculpa! Juro que foi sem querer. – Wade falou, se aproximando de nós.
- O professor falou que era proibido acertar os alunos na cabeça, você não ouviu? – Tony falou, também se aproximando. Bruce estava do seu lado.
- Eu juro que foi sem querer. – Wade falou aborrecido. Ele parecia estar falando a verdade.
- Sendo amigo de quem você é, duvido muito que tenha sido sem querer. – Tony acusou-o.
- Chega, Tony! Ele já pediu desculpas. Está tudo bem, Wade. – Peter falou, levantando-se e se afastou de nós.

Percebendo que Peter estava bem, o professor mandou que nós voltássemos a jogar, menos Wade, que foi expulso do jogo e acabou indo sentar perto de Peter. Peguei a bola que estava no chão e acertei Tony, que fez uma careta descontente, e vi Bruce rindo animadamente. Também vi que o tal Loki acertou Thor, que ficou puto da vida e foi xingando Loki de tudo quanto é nome, Natasha acertou Clint, que estava próximo de mim e provavelmente tinha a intenção de me eliminar do jogo.
- Valeu! – Falei, encarando-a.
- Presta atenção, novato! Não posso te defender sempre. – Falou divertida e piscou para mim.

Assim que a aula acabou, o professor liberou todos e nos mandou para o vestiário, para que pudéssemos tomar uma ducha e trocar de roupa. Durante o banho, acabei me distraindo e lembrando do pornô gay que assisti, o que me fez reparar nos corpos dos garotos que estavam ali. O que me fez perceber que eu estava gostando do que estava vendo. O que me fez perceber que eu me sentia atraído por eles. E o que me fez desligar o chuveiro rapidamente e pegar minha toalha quase que correndo e quase caindo no chão molhado.

Sete e oito da noite.

Antes de ir embora, resolvi ficar na biblioteca da escola para procurar alguns livros que falavam sobre assunto do meu trabalho de biologia. Fiz uma pequena lista de livros em casa e trouxe pra escola, para ver se conseguia encontrar os tais livros daqui. Só que fiquei tão distraindo lendo um livro que achara e falava sobre sexualidade e acabei perdendo a hora, quando vi já era tarde e não avisei ao meu pai que ficaria na escola até mais tarde. Retirei o celular do meu bolso e mandei uma mensagem a ele, avisando onde estava e que logo já voltaria para casa. Coloquei o tal livro no lugar e peguei os três livros que encontrei para fazer o trabalho.

Aluguei os livros e guardei os mesmos na minha mochila, agradeci a bibliotecária e caminhei para fora do local. Estava escuro e chovendo. Que ótimo! Apressei meus passos até ao estacionamento da escola, onde estava a Pick Up.
Chegando perto de meu carro, retirei a chave de meu bolso e destranquei o carro, entrando no mesmo e jogando minha mochila, que estava pesada, no banco traseiro. Coloquei a chave na ignição e dei partido, dirigindo em direção à minha casa.

Fui dirigindo devagar e com muito cuidado, pois a chuva ficava mais forte a cada minuto. De repente ouço um barulho e percebo que há algo de errado no carro. Parei o carro no acostamento, deixando o pisca-alerta ligado, coloquei o capuz do moletom que vestia e saí do veículo. Ao sair, percebi que o pneu dianteiro do lado direito estava furado. Essa não! Eu não precisava disso agora uma hora dessas!

Apalpei meu bolso traseiro da calça, procurando meu celular, e quando peguei o maldito aparelho liguei para meu pai, que não deu atendeu. Liguei mais duas vezes e mandei três mensagens. Nada. Nenhuma ligação de volta e muito menos respostas das minhas mensagens. Tentei lembrar do número de alguma oficina mecânica, mas acho difícil que alguma estivesse aberta há uma hora dessas

Uma luz veio em minha direção e eu percebi que era alguém de moto. Acenei escandalosamente, parecendo um boneco de posto, para chamar a atenção de quem quer que fosse. E pareceu ter dado certo, pois percebi que a velocidade da moto diminuiu e a pessoa finalmente parou. Aproximei-me dele e comecei a falar:

- Obrigado por ter parado. Tentei ligar para o meu pai... – Parei e falar assim que a pessoa retirou o capacete. – Bucky?! – Falei surpreso. Ele suspirou parecendo descontente.
- Qual é o problema? – Perguntou, descendo da moto e largando o capacete no guidom.
- É bem... Eu... – Ainda estava meio pasmo por ver que quem parou para me ajudar foi Bucky.
- Pneu furado. – Interrompeu-me. – Não sabe trocar? – Perguntou, sem me olhar.
- Não. Eu acabei de ganhar esse carro e, aliás, fiquei admirado quando consegui tirar a carteira de motorista. – Comecei a tagarelar nervosamente.
- Certo. Eu vou trocar pra ti, mas terá que me ajudar. – Falou rudemente.
- Claro. O que quer eu faça? – Perguntei.
- Provavelmente você tem um estepe, macaco e chave de roda, não é? – Perguntou.
- Estepe? – Perguntei confuso. Riu sarcasticamente.
- É o pneu extra. – Respondeu óbvio. – Vocês filhinhos de papai não sabem fazer nada... – Comentou grosseiro. – Então, onde está? – Perguntou e finalmente encarou. 
- Na caçamba. – Respondi.
- Não espera que eu faça tudo, não é? Acho melhor pegar isso logo, a chuva está ficando mais forte e eu impaciente. – Falou grosseiro... Novamente. Suspirei e fui à caçamba da Pick Up pegar o que ele pedira. Estava tudo tapado com uma lona preta.

Peguei as coisas que precisava e as entreguei a Bucky, que as pegou e começou o procedimento para trocar o pneu do carro. Enquanto ele trocava o pneu, fiquei ajudando-o entregando as ferramentas que ele precisava.

- Pronto! – Falou e se afastou do carro.
- Devo lhe agradecer ou fez isso também porque sua amiga pediu? – Perguntei cínico. Não sei da onde tirei coragem pra dizer algo do tipo. Ele suspirou impaciente.
- Só fique fora do meu caminho. – Entregou-me as ferramentas e se afastou lentamente.

Fiquei observando-o subir em sua moto, pôr seu capacete e sair dali sem olhar uma vez sequer para trás. Depois de perceber que estava fazendo papel de bobo e me molhando mais do que necessário, coloquei as ferramentas e o pneu vazio na caçamba da Pick Up. Entrei no carro e dei partida, saindo dali e dirigindo em direção à minha casa. Há uma hora dessas meu pai já estava muito preocupado e a ponto de telefonar para polícia.

Ao chegar em casa, estacionei o carro na garagem e logo que entrei em casa dei de cara com meu pai de bermuda de dormi e camisa de manga curta, com o telefone na mão direita andando para lá e para cá. Assim que ele me encarou sua expressão suavizou, mas logo mudou novamente, ficando sério.
- Onde você estava, Steve? – Perguntou e eu me aproximei dele.
- Fiquei até mais tarde na biblioteca, procurando uns livros para meu trabalho e o pneu do carro furou no meio do caminho. Tentei te ligar, te mandei mensagens e nada. – Respondi. Ele suspirou.
- Merda! – Xingou baixo. Meu pai não costumava falar palavrões e quando ele o fazia era porque estava muito brabo. – Meu celular acabou a bateria e eu acabei esquecendo de coloca-lo pra carregar. – Explicou, dando um leve tapa em sua testa.
- Desculpe, pai. – Falei sincero.
- Não, cara. Tudo bem. A culpa foi minha. – Acariciou meus cabelos molhados. – Melhor você subir e tomar um banho quente, depois você desce e janta. – Pediu.
- Certo. – Concordei.

Subi a escada e andei até meu quarto, onde joguei minha mochila úmida no chão e fui em direção ao guarda-roupa, onde peguei roupas limpas  e minha toalha de banho. Saí do quarto e fui para o banheiro, me despi e coloquei toda a minha roupa no cesto de roupa suja. Liguei o chuveiro e coloquei a temperatura no quente, entrei debaixo da ducha e a água quente fez meu corpo gelado se arrepiar.

Depois de tomar banho, desci para comer e eu e meu pai jantamos juntos. Ele cozinhou arroz, frango e batatas fritas, mas esperou por mim para comer, como sempre fazia. Conversamos sobre a escola, sobre o tal trabalho que eu deveria fazer e ele disse que no fim de semana levaria meu carro à oficina para trocar os pneus, que estavam quase carecas, por novos. Após terminar de comer lavei a louça e subi para o banheiro, onde escovei meus dentes e logo saí, indo para meu quarto.

Deitei em minha cama, mas fiquei rolando de um lado para o outro tentando de todas as maneiras possíveis encontrar o sono que não vinha. Não conseguia parar de pensar no maldito Bucky. Chegava a ser muito, mas muito, clichê, não é? O cara pede pra eu sair do caminho dele e o que eu faço? Isso, fico pensando nele e querendo saber qual é a dele. Na verdade, eu já entendi que ele quer que eu fique longe dele, evite falar com ele, olhar para ele ou qualquer coisa do tipo, mas eu queria entender porque ele é assim. Ninguém é solitário sem motivo. Bucky, infelizmente, mexia com a minha curiosidade, com a minha vontade de pensar. E ao mesmo tempo que isso me irritava, pois eu deveria ignora-lo, me deixava curioso, pois eu realmente queria saber sobre ele. Saber tudo o que eu pudesse. 


Notas Finais


Capítulo de hoje é isso, gente! Desculpe estar postando os capítulos tão tarde, vou tentar postar mais cedo. Espero que tenham gostado e qualquer coisa cês podem comigo. Podem falar pelo twitter (@badgalpaula), adoro falar sobre fics, Stucky e Evanstan! Bjks e até terça-feira! <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...