1. Spirit Fanfics >
  2. Mistake >
  3. Capítulo IX - Encontro

História Mistake - Capítulo IX - Encontro


Escrita por: Minzylorde

Notas do Autor


OLHA SÓ QUEM VOLTOU...

CAPÍTULO MAIS QUE ESPERADO, EU TO LOUCA PARA SABER O QUE VOCÊS VÃO ACHAR...

Obs: Como sempre, vou pedir que vocês leiam as notas finais amores. Eu havia comentado que eu tinha apenas mais um capítulo pronto, e lá estarei explicando melhor o andamento. Por favor, deem uma passadinha nas notas finais é de extrema importância para quem realmente está gostando da fanfic.

SEM MAIS ENROLAÇÕES... PARTIU!!!

Capítulo 9 - Capítulo IX - Encontro


Fanfic / Fanfiction Mistake - Capítulo IX - Encontro

Capítulo 09

 

"Sou egoísta a ponto de quando eu te beijar,
 eu vá querer ser o único em quem vai conseguir pensar."

 

Carie Miller.

Um belo desastre... Depois de muito tempo eu me convenço que estou tendo uma queda de quinhentos metros por um único homem, que era o primeiro e único a fazer questão de ignorar a minha existência completamente e agora isso.

Maldito dia em que o rímel a prova d’água decidiu acabar, maldito dia em que escolhi para não ter ao menos um guarda-chuva reserva.

 Tudo bem Carie Miller, respira... Sem estresse! Aliás, não é como se planejássemos uma fuga, quem dirá um temporal desse.

Encarei-me por uma ultima vez frente ao espelho, ajeitei os cachos desgrenhados aconchegando os fios para trás da orelha.

Natural... Até que não estava tão ruim, aliás, se eu for entrar em um relacionamento um dia Kim Namjoon definitivamente precisa conhecer todos os meus lados.

Respiro fundo... Suspiro.

Ok, sair pelos fundos é a melhor opção.

Abri a porta do banheiro com cuidado, encarando o corredor longo e vazio.

Não podia ser tão difícil escapar sem deixar qualquer rastro, é uma casa grande.

Merda... A Jinah!

—Nossa, parece até outra pessoa. —Quase cai para trás ao sentir seu hálito quente sobre  minha nuca, e sua voz inconfundível dando o ar da graça aos meus ouvidos.

—Jeon, eu definitivamente não me dou bem com crianças. —Disse apressando os passos, sem tirar os olhos afiados do meu objetivo principal: Não ser vista por Kim Namjoon.

—Eu não entendo a quem você quer impressionar com essa quantidade de maquiagem. —Suspirou.

Eu podia sentir sua presença logo atrás de mim, Jeon parecia acompanhar meus passos.

—E por que você se importa? —Perguntei desinteressada.

—Eu não me importo, acredite. —Ele parecia estar cada vez mais perto, e a cada passo minha mente ficava em branco. E eu estranhamente me incomodava cada vez mais com sua aproximação. —Eu só fiquei surpreso, você fica bem menos intimidadora sem todo aquele peso escondendo suas verdadeiras expressões faciais. —Jeon deu um sorriso de canto, e eu só me dei conta de ter sido deixada para trás com o choque de seus ombros batendo contra aos meus.

—Aliás, Namjoon hyung prefere as garotas puras.  —Enfatizou a ultima frase em um tom alto.

Uma frase maldosa... Aonde é que eu estava com a cabeça quando se quer cogitei a possibilidade de estar sendo elogiada por esse pirralho? Ou pior ainda, ter ficado extremamente constrangida com essa suposição ridícula? Ah merda! Esse é o efeito Kim, eu definitivamente tinha medo desse sentimento.

Eu conhecia a sensação de estar apaixonada, e sabia perfeitamente o efeito que me causava, deixava-me inteiramente vulnerável.  E foi exatamente por isso que eu fechei o meu coração e pretendi suprir apenas os desejos carnais.

—O que está fazendo parada no escuro? —Arregalei os olhos ao deparar-me com sua face confusa e o olhar indescritível.

—E-eu... —Mordi o lábio com o nervosismo. —Sua casa é grande mesmo.

—Espero que não tenha se perdido, aliás, só tem uma saída ao final do corredor. —Arqueou a sobrancelha.

Eu senti um tom irônico nessa frase? É parece que sim.

Devolvi-lhe o olhar com a sobrancelha erguida, e ele sorriu fraco dando luz as covinhas que eu amava e quase nunca tinha a graça de aprecia-las.

—Você está bem? —Perguntou por fim.

—Hum? —Sibilei fitando meus sapatos encharcados.

—Por que não olha para mim?

—Aish... Você pode parar de focar em mim? —Esbravejei por fim apressando os passos, ainda com os olhos parados sobre o carpete. Mas ao invés de continuar o meu caminho fui barrada por seu peitoral macio e quente.

—O que está tentando esconder? —Perguntou divertido, enquanto passava os dedos sobre meus fios molhados.

M-Mas o que?

Minhas bochechas estavam em chamas. Não brinque comigo Namjong-ssi. Eu realmente não me preocupo em sair machucada nesse jogo.

—Você realmente não deveria mexer com a autoestima de uma garota, pode não ser seguro. É um conselho. —Disse engasgando em meu próprio nervosismo.

—Autoestima? —Eu não conseguia me afastar, e pela primeira vez Kim definitivamente não parecia ter a intenção de fazer o mesmo. —Gostaria de acreditar que você realmente tem motivos para estar tão nervosa com sua aparência.

O que havia de tão sério sobre isso? Porque você simplesmente não da uma de Jungkook e me deixa irritada a ponto de me deixar sair dessa casa com o coração ileso?

—O que o faz pensar que entende como me sinto? —Dessa vez o encarei, tão próximo que eu me limitava a respirar. E claro que se não fosse pela diferença extrema de nossas alturas eu talvez não tivesse tanta coragem para encontrar seu olhar sério e totalmente carente das expressões que eu conhecia.

—E o que te faz pensar que eu não entendo? A forma como se preocupa em ajeitar os fios desalinhados a cada cinco minutos, enquanto tira o batom vermelho do canto dos lábios e certifica-se de não estar sendo encarada enquanto está comendo. Na verdade, isso tudo é tão irritante... Se você vai acabar na loja de conveniência do outro lado do quarteirão se acabando com Kimchi e um pote de Ramen instantâneo. – Suspirou. – Por que se preocupa tanto em manter as aparências?

Minha boca só não foi ao chão, porque eu nem se quer tive tempo de pensar em algo bom o suficiente para combater a sua afronta.

Kim me fitava intensamente e isso estava me fazendo perder o único fio de orgulho que ainda me resta quando se tratava desse homem. Mas logo seu olhar se prendeu a cima de minha cabeça, e eu tive a ligeira impressão de sua incomodidade ao me encontrar devolvendo-lhe o olhar tão intenso e surpreso.

 —Talvez porque viver de aparência parece demonstrar muito mais interesse do que ser você mesmo. —Dei de ombros.

—Certo... —Colocou as mãos sobre o bolso. —Mas desperta interesse nas pessoas erradas, se você está bem com isso então eu realmente espero que não lamente.

—Mas veja só, eu despertei o seu interesse dessa forma. —Provoquei.

—Não se iluda. —Pigarreou desviando o olhar. —Despertar interesse da forma errada não se obtém bons resultados.

 

...

Kang Jinah.

 

Eu não devia me importar... Talvez eu não devesse mesmo me importar. Mas, a quem eu estou querendo enganar? Seja como for, eu sou uma mulher como qualquer outra e isso não me impede de me preocupar com a aparência mesmo que o encontro seja com o inimigo, certo? Bom, Kim TaeHyung não pode ser considerado exatamente um inimigo e quem dirá um amigo, mas se eu tivesse que definir e especificar seria algo entre uma coisa e outra.

Encarei a embalagem perplexa... Carrie Miller, eu definitivamente vou te matar!

Batom 24 horas? Ótimo, agora eu realmente vou dar a impressão de quem quer impressionar. Mas o que raios eu estou pensando afinal? Eu não devo satisfações aquele homem, minha vaidade nem lhe diz respeito.

Corri até o armário e puxei o primeiro moletom do cabide, até que ouço o celular ecoar junto à madeira da escrivaninha.

Número desconhecido:

18:30hrs.

“Espero que não esteja surpresa, mas saber como consegui seu número vai ser uma das suas menores preocupações.”

A droga! Há quanto tempo eu estou sorrindo como uma idiota? Arqueei a sobrancelha com a possibilidade de estar realmente entrando em um colapso mental chamado Kim TaeHyung.

Antes que eu largasse o celular sobre a escrivaninha mais uma mensagem havia surgido.

Número desconhecido:

18:33hrs.

“Trip on the time... Tem um taxi de esperando, você tem 15 minutos, é melhor não se atrasar para o primeiro encontro da história dos primeiros encontros.”

Ah meu Deus! Agora está certamente óbvio que ele nem pensou antes de me enviar essa mensagem, caso contrário estaria prestes a se suicidar. Porque eu tenho que admitir que estou quase chegando a esse ponto.

Revirei os olhos, encarei o espelho novamente e soprei um foda-se alto. Peguei a bolsa sobre a cama, e corri de encontro ao táxi que realmente me esperava do outro lado da rua.

—Ahn... Isso é estranho eu sei, mas eu fui bem pago para isso. —Disse o velho de expressão cansada, entregando-me uma rosa vermelha junto a um bilhete enrugado.

Assenti extremamente constrangida... Maldita hora em que eu precisava deixar que meu orgulho fosse ferido daquela forma.

“A vida é curta demais para sermos a mesma pessoa todos os dias.”

 

...

 

Franzi a sobrancelha ao sair do carro.

Ok, de todos os lugares em Seoul eu definitivamente não esperava vir parar em um lugar como esse.

Encarei-me sobre o reflexo da janela, sentia-me patética. Encarei os lados, tirando o som abafado das caixas de som, eu podia ter certeza de estar em um lugar completamente desprovido de qualquer alma viva.

Tirando um homem alto encostado sobre a parede acinzentada do que parecia uma boate, sim uma boate, daquelas que eu jamais sonhei em colocar os pés.

Definitivamente era ele, com um boné preto escondendo os fios desbotados junto ao rosto limpo e belo.

—Essa foi sua ideia para um primeiro encontro? — Perguntei me aproximando.

Ótimo momento para quebrar o nervosismo com mais nervosismo Jinah, parabéns.

—Então é um encontro? —Perguntou sem tirar os olhos do celular. Seu olhar continuava baixo e chegava a me irritar.

—Era para ser um, não era? Um encontro falso? Achei que estivéssemos em uma missão.

Até faz parecer que eu pedi por esse encontro, eu nem queria estar aqui TaeHyung-ssi.

—Ótimo, está tudo pronto. Vamos! —Antes que eu pudesse pestanejar, Kim puxou-me entrelaçando os dedos finos sobre os meus até que passássemos pelo corredor escuro e o som alto da boate chegasse aos meus ouvidos.

—Mas o que... Taehyung. —Gritei inutilmente, pois TaeHyung só parou com os passos apressados quando chegamos ao balcão do bar no estabelecimento.

—Eu achei que queria experimentar aquelas coisas clichês do primeiro encontro, aliás, eu pesquisei bastante a respeito, mas eu acabei sendo pego de surpresa quando senti a necessidade de te impressionar e provar ao contrário. —Disse por fim, sem tirar os malditos olhos que eu tanto carecia de atenção há alguns minutos atrás.

O que disse?

—Então você começou muito bem me trazendo a uma boate. —Ironizei camuflando toda a vermelhidão e constrangimento explícitos em todo o meu corpo que respondia a cada palavra vinda daquele homem.

—E quem disse que é uma boate? —Arqueou a sobrancelha.

—Bom, então eu estou sonhando agora e na verdade estou de baixo das minhas cobertas nesse sábado caloroso.

—Seria um bom sonho, aliás, eu estou nele. —Seus olhos se fechavam quando ele ria.

Uma risada gostosa e extremamente estranha que me fazia rir na mesma intensidade.

—Aish... Você não leva nada a sério.

—Ah não, acredite... —Eu não havia me dado conta, mas TaeHyung se aproximava a medida que o som ficava mais alto e a batida da música deixava-me totalmente confusa com relação aos batimentos do meu coração. —Eu estou levando esse encontro muito a sério. —Continuou.

—Não é um encontro... —Sussurrei ao pé de seu ouvido, baixo o suficiente para que talvez ele não escutasse.

—Nana... —Ele sussurrou de volta, antes de ser puxado para longe por um homem alto de cabelos longos e negros presos a um rabo alto.

Era a primeira vez... A primeira vez que ele me chamava assim, com tanta intimidade e comodidade.

—Jinah, é bom prestar bastante atenção. —Avisou-me, antes de partir.

—Para aonde você vai? —Gritei à medida que ele se afastava entrando no meio da multidão.

Era só o que me faltava, sozinha em uma boate e eu nem ao menos tinha um copo de bebida nas mãos.

Assustei-me quando o som foi cortado, e a multidão logo foi se dispersando a um circulo no meio da pista, enquanto o eco do fio do microfone sendo arrastado era tudo o que eu podia ouvir.

Acabei sendo levada pela curiosidade, meus pés tinham vida própria, aliás, TaeHyung estava naquele meio com um capuz da blusa de ganga sobre a cabeça e segurava o tal microfone.

O homem de fios longos e negros começou uma batida improvisada, e a voz de TaeHyung entrou em minha mente. Não que ele fosse um bom rapper, e não que fosse assim tão ruim. Mas, seus olhos tinham os meus como um ponto fixo e a letra improvisada me atingia tanto quanto eu gostaria de admitir.

 

“Você é como o fundo e eu sou como a superfície

Aqueles quais as qualidades estão em greve

Eles montam protestos nas minhas costas

Cara, do que você está com medo?

Estou confiante em cima da batida”.

 

A tensão sexual entre nós existia, eu o via como um homem. Mas, TaeHyung me via como uma mulher? Ou se tratava apenas de um capricho? Além disso, sua fama era tão ruim quanto a minha. Será que eu realmente tinha direito de sentir-me atraída por um Kim? Ou melhor, eu tinha alguma chance de sentir-me esperançosa dessa vez?

Jin... Você foi como um buraco sem saída. Eu entrei de cabeça e quando você se foi levou consigo todos os sentimentos que o meu coração era capaz de nutrir.

 

...

 

—Você estava realmente querendo me impressionar? —Ri com a vermelhidão em suas bochechas, caminhávamos a luz fraca das cales de Seul.

Era bem melhor do que eu imaginava. Eu gostava do silêncio da noite, mas parecia mais cômodo aproveitar desse silêncio com alguém caminhando ao meu lado.

—É o que você acha? —Colocou as mãos sobre o bolso da calça. Era como uma mania, e eu odiava continuar reparando. —Bom, não fui eu quem veio vestido para impressionar.—Arqueou a sobrancelha.

—Aish... Calado! —Ri apressando os passos.

—Jinah... —Era estranho, ou melhor, de repente se tornou estranho vendo-o chamar-me pelo meu nome.

—Hum?

—Na verdade, eu não queria um encontro. —Seus passos descompassados baixaram ao meu ritmo.

Havia tantos casais naquela noite, e não era de se estranhar o porquê, já que estávamos à caminha da Seul Tower: famosa ponte dos cadeados do amor eterno.

Desapontada? Eu estou mesmo desapontada e surpresa com sua sinceridade?

—Ouça... Eu preciso ser sincero, eu não sou nada romântico e tenho gostos extremamente peculiares. Na verdade, você nem faz o meu tipo, mas é um desafio que me instiga, preciso saber mais a seu respeito.

—C-Como é? —Engasguei com minha própria fala.

—Na verdade, você me deixa irritado. Deixa-me extremamente irritado porque eu continuo vendo outra pessoa em você.

—Tae...

—Me deixe terminar. —Disse me interrompendo.

Você é bipolar ou o que? Mas o que Kim Taehyung pensa que está fazendo?

—Você me deixa extremamente irritado, porque é assim tão calada, deixa que digam tudo o que quiserem a seu respeito sem nem ao menos se importar com a gravidade do que estão supondo a seu respeito. Jinah... Eu odeio me sentir extremamente irritado e chegar a odiar pessoas por você, enquanto você... Está apenas pensando em que roupa vestir no dia seguinte. —Concluiu.

—TaeHyung-ssi, eu acho que você está interpretando mal essa situação. Nós... Nós mal nos conhecemos, o que pensa que sabe a meu respeito? Por que se importa? Por que raios acha que tem o direito de estar tão afetado com o que não lhe convém? —Apertei os punhos, era a minha saída... Contrair emoções desnecessárias. —Quer saber, isso foi um erro, esse encont... Seja lá o que isso foi, é um erro. —Antes que eu pudesse dar um passo atrás, Kim já segurava os meus pulsos, olhando intensamente sobre o fundo dos meus olhos.

—Talvez... —O vento forte bateu contra meus fios desalinhados, desatando o coque alto e firme que mantinha todos os meus fios castanhos unidos. Kim abaixou os olhos ao fio grudado entre os meus cílios afastando-o para trás de minha orelha. —Talvez você só precise dar um bom grito. —Sorriu.

Um sorriso destruidor e sincero.

TaeHyung tinha um dom, e me fazia sorrir como uma menina tola, pois era isso o que eu era. Surpreendia-me com palavras, e eu sem me dar conta sorria feito uma idiota.

—Eu odeio quando você sorri. —Minha voz havia saído como um sussurro espremido.

—Eu adoro quando faço você sorrir. —Rebateu.

—Aish... Tão clichê, vamos acabar logo com isso. —Enganchei meus braços sobre os seus, e o puxei.

 Eu ansiava em ver as famosas arvores de cadeados tanto quanto ansiava por uma explicação para aquele tipo de sentimento ao estar com Kim TaeHyung.

Lá estávamos elas, pareciam mais árvores de natal só que enfeitadas com variados tipos de cadeados. É não parecia tão impressionante quanto eu imaginava. Estávamos exatamente aos pés de uma delas, encarando-a como um quadro de uma galeria.

 —Acho que já está bom para mim, e para você? —Perguntei sem conseguir piscar os olhos.

—É está bom para mim também, foi uma boa experiência. —Kim me deu as costas, se esparramando sobre um dos bancos à frente.

—Eu esperava por algo mais... Não é assim tão extraordinário para ser como uma lei de casais vir a um lugar como esse. —Fiz aspas com os dedos, sentando-me ao seu lado.

Dessa vez ele não disse nada, continuava as encarando e por algum motivo eu não conseguia ficar quieta. Mas, me limitava a encara-lo, descaradamente e sem qualquer desculpa.

—No que você está pensando? —Perguntou-me por fim.

—Em Kimchi. —Respondi desviando o olhar totalmente constrangido com meu próprio descaramento.

—Eu odeio quando você parece estar pensando em tantas coisas, e acaba dizendo duas palavras enquanto pensa estar formando uma frase completa.

—O-que? —Ri sem poder conter a tosse forçada.

Parece que eu não era a única a julgar suas manias, seus detalhes. Odeio esse sentimento, de estar sendo desvendada por alguém.

—Vamos, apenas diga. —Insistiu sem fitar-me.

—Você... —Apoiei-me sobre o banco inclinando o corpo para trás. — Você é bem intenso, na verdade, isso era uma teoria para mim. E acho que eu estava certa. —Suspirei alto.

Senti seu olhar sobre mim, ele definitivamente sorria e eu nem precisava encara-lo para ter certeza.

TaeHyung apoia a cabeça sobre o meu ombro, me assusto com o seu toque e aproximação repentina, mas sua respiração pesada não deixa que eu me mova. O cheiro de seu shampoo era tão simples e ao mesmo tempo me embriagava.

—Por que parou de falar? —Perguntou com os olhos fechados.

—Hum?

—Eu não prestei atenção em nada do que disse. Mas, sim nos seus lábios se movendo.

Taehyung endireita a coluna desapoiando a cabeça de meu ombro esquerdo. Sua expressão não mudou; ele continuava me encarando como se tivesse muito a dizer, mas ao mesmo tempo não havia nada.

Kim leva os dedos até meus lábios, e começa a percorrê-los lentamente. Enquanto a sensação me devora, e me assusta o fato de não querer que ele pare. Era como se seus dedos fossem uma formigação conectada a todas as áreas mais sensíveis do meu corpo.

Droga! O que eu estou fazendo?

Afasto sua mão, engolindo em seco. Ficamos em silêncio novamente, o que antes era aceitável, mas agora era visivelmente constrangedor. Estava começando a ansiar, e a ter medo pelo que poderia vir a acontecer pelo resto da noite. Claro que se ele me beijasse agora eu definitivamente não me afastaria, e esse era o meu maior receio.

Afinal de contas era um encontro? Não seria estranho se nos beijássemos, não é? Era como se seguíssemos um roteiro, o beijo está ali, ele precisa acontecer certo?

Merda! Eu odiava esse pane mental, não acontecia com frequência, não até conhecê-lo.

Está sendo extremamente difícil me concentrar em iniciar uma conversa novamente, não agora que seus lábios rosados tornaram-se o alvo do meu olhar. Espera, será que ele vai me beijar? Ah meu Deus... Eu não me lembro de ter escovado os dentes hoje.

Droga, eu não me lembro se havia cebolas no almoço. E se ele me beijar agora? E se ele me pegar desprevenida? Acalme-se Jinah, vamos direto ao ponto e acabar logo com isso.

—Você está bem? —Pergunta.

Volto a olhar para ele, que parece preocupado e envergonhado. —Ficou distraída de repente, me des...

—Você não pode rir, eu juro que se o fizer irá conhecer os meus punhos.

—Nana eu...

—Eu estava pensando... —O interrompi. —Você é sempre assim tão vago? —Ele ri, mas não responde.

—Quero dizer, eu não sou boa com isso e é nítido. Eu nem ao menos sei o que estamos fazendo aqui e agora, isso é um encontro? Ou somos apenas dois amigos flertando como se fosse possível a existência de uma amizade colorida aonde continuamos jogando pra ver quem vai sair perdendo? Bom, eu nem ao menos sei se estamos flertando. Mas, eu estava seriamente pensando no mais tarde, se você estava pensando em me beijar, ou não, porque para ser sincera eu posso estar querendo te beijar, e mesmo sendo presunçosa eu sinto que você também quer me beijar. Então, eu só estava pensando se seria mais fácil acabarmos com isso de uma vez, assim podemos continuar o nosso seja lá o que isso seja, e eu possa parar de mapear o que vem a seguir. —Respirei fundo ao terminar, sentindo as bochechas queimarem junto a toda a minha energia.

Seus lábios estavam entreabertos, como se estivesse tão surpreso e constrangido quanto eu.

Eu nem sabia que Kim Taehyung poderia ser tão tímido a esse ponto, aliás, sua fama não deve ser pequena, beijar garotas deve ser a menor de suas preocupações.

—Essa. —Ele enfatiza. —Foi a maior frase que eu já ouvi em toda a minha vida. —Ele começou a rir.

—Aish! Eu disse para não rir. —Levantei as mãos o ameaçando com o punho a altura de seu rosto, que em segundos foram limitados por sua mão firme que me puxou de encontro a seu rosto. Nossas respirações se misturavam e a distância entre nós não existia de certos ângulos, e mesmo assim seus lábios ainda me pareciam distantes dos meus.

Ótimo! Eu praticamente implorei para que ele me beijasse, e ele critica minha frase? Maravilha, agora eu só consigo pensar em me enterrar no asfalto e ter uma morte fria e silenciosa.

Seu polegar fazia cocegas em minhas bochechas, e seus olhos não se desviavam dos meus, nem mesmo com a proximidade. Ele se aproximava lentamente, sem dizer nada, não que fosse necessário, mas foi o suficiente para que eu fechasse os olhos.

Não era como eu imaginava ser beijada em um suposto primeiro encontro, não depois de praticamente ter lhe implorado. Mas, eu precisava por um fim naquilo, e estava decidida.

Espero.

Espero.

Mas, nada acontece.

Abro os olhos embora o tamanho do constrangimento, Kim também estava com os olhos fechados, e sua aproximação é tanta que sinto meu estomago se contorcer.

—Nana-ah... —Ele sussurra.  Seu hálito brinca com meus lábios. —Eu não estou entrando em nenhum tipo de jogo com você, não me interprete mal. Mas, quando eu vim a esse encontro, eu já estava decidido. Não vou te beijar hoje.

Meus olhos se arregalam, a sensação de estar sendo rejeitada me atinge em cheio e eu me afasto no mesmo instante. Minha autoconfiança acabou de ser pisoteada por um mulherengo como Kim TaeHyung.

—Por quê? —Pergunto instintivamente.

Eu estava a sua mercê. Droga, isso era tão nítido agora.

Desde que eu coloquei a droga desse vestido, eu queria que ele me enxergasse como eu nunca havia me mostrado a nenhum dos meus casos perdidos.

—Você estava prestes a me beijar, aqui e agora. Eu não entendo quando diz coisas que contrariam suas ações. —Continuo.

—Nana, eu quero beijar você. Acredite, eu estou me controlando desde que te vi com esse batom vermelho, merda... Seus lábios estiveram me deixando louco a noite toda. Eu estou louco para deixar esses lábios inchados e borrar todo o seu batom, eu estive a ponto de fazer isso agora. —Aquele sorriso sarcástico ganhará os seus lábios, e meus olhos não se afastavam por nenhum segundo.

—Então o que te impede? — Eu nunca pensei que pudesse ficar apavorada com a rejeição.

—Tenho medo que você não vá sentir. —Suspirou profundamente. —Eu sou um cara egoísta Jinah, não quero competir com o Jin, disso pode ter certeza. Mas sou egoísta a ponto de quando eu te beijar, eu vá querer ser o único em quem vai conseguir pensar.


Notas Finais


TAEHYUNG MEU FILHO VENHA CÁ!!!

UM MULHERENGO DESSE, ATÉ EU QUERO NA MORALS...

Amores, como eu havia comentado com vocês, esse definitivamente é o último capítulo que eu tenho pronto. Por isso, tenho que confessar que demorei um pouco mais que o esperado para postar. Eu pretendo continuar escrevendo, eu juro, mas eu to com muito receio já que não sei se tá despertando interesse em vocês. Até porque também não sei se estão percebendo mais a fanfic já está chegando no auge dos acontecimentos.

Eu quero muito continuar a escrever e postar com mais frequência, mas agora definitivamente vai depender do interesse de vocês pela fanfic. Porque eu to voltando aos poucos para cá, e to terminando de escrever Dark Paradise. Então... Eu espero contar com vocês amores!

Obrigada por todo apoio e carinho de alguns dos meus leitores nas notas finais, não sabem o que significa para mim sz

Beijinhos.

Até o próximo capítulo sz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...