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História Mistakes Of Love - Prólogo


Escrita por: Elsa04

Notas do Autor


💕 Estou voltando com essa história com algumas modificações, espero que gostem.

| R.E.G.R.A.S |

• Não defendo nenhum tipo de comportamento agressivo, uso de substâncias ilícitas ou qualquer tipo de violência. A história é uma obra de ficção e portanto, não se passa na realidade.

• As imagens públicas dos personagens não me pertencem, mas suas personalidades na história, sim. Todo o conteúdo é de minha autoria.

• Vale sempre ressaltar que PLÁGIO É CRIME. Não haja com má intenção e nem utilize nada que não seja seu sem dar os devidos créditos e mediante permissão.

• Sempre dedico minhas obras a pessoas que mais me apoia, ouve e motiva. @MillyFerreira você é minha luz e meu porto, sem você, nada existiria aqui. Obrigada, sempre. 💜 Obrigada por ter me ajudado a produzir esse prólogo quando minhas ideias não se encaixavam, você foi lá e fez todas as conexões, obrigada, sempre.

• Quero agradecer a fantástica @ELMNTRIX por essa capa que eu estou babando a meses e doida pra usar. E a maravilhosa @sratomlinson_ pelo banner mais que perfeito e todo o empenho do Incredible Designs por ser um dos melhores blogs que já vi, obrigada. <3

🍒 Aproveitem e não esqueçam de comentar. 💙

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Mistakes Of Love - Prólogo

Alexia 

Sonhos. Sempre gostei da ideia de sonhar. Imaginar algo que você deseja acontecendo e a felicidade que você irá sentir ao alcançá-lo é inimaginável. Reger a vida com base na realização deles não é nada mal. Mas com o passar dos anos, você sente uma imensa vontade de jogar tudo para o alto, porque é desgastante, difícil e com uma taxa de êxito minúscula. 

Não me entenda mal, eu trabalho em uma revista renomada, tenho bons colegas de trabalho, levo uma boa vida depois de pagar a faculdade. Saio com meu irmão toda quinta para comer torta de carne, no restaurante da esquina, no almoço, conversamos sobre nossas vidas monótonas e seguimos em frente. Essa é a nossa rotina em Los Angeles. Vivemos para o trabalho, infelizmente. 

Tenho poucos 23 anos, sou jovem, mas sinto como se minha juventude fosse roubada às vezes, sabe? Como se estivesse faltando algo mais radical na minha vida. Não sou ingênua e muito menos idiota de dizer que preciso de uma vida como dos personagens de filmes, não, nada de mexer com folclore, magia ou coisas do gênero. Mas, de certa forma, invejo aquelas poucas garotas que conseguem jogar tudo para o alto em nome de si mesmas, se reinventam e conseguem seu lugar no mundo. Deixam a sua marca.  

Sou covarde demais para isso. Digo isso ao meu terapeuta, um homem de cabelo grisalho, óculos fundo de garrafa e roupas largas, com um leve aroma de pêssego, o que me faz espirrar freneticamente, tenho alergia, mas eu não tenho coragem de arriscar mudar de terapeuta. 

Meu Deus, o que estou fazendo da minha vida?    

Depois de uma consulta frustrada com o Dr. Callaham, saio da clínica em direção ao meu carro. Olho para o relógio e me dou conta que estou quase atrasada, vou ter que acelerar o máximo que as vias permitirem, mas nesse horário, provavelmente, o centro vai estar um caos. 

Mais uma vez, olha que vida?! Droga. 

Pego a via expressa para o centro e concentro-me ao máximo em desviar dos carros, mas um enorme congestionamento se forma logo abaixo, o que significa que eu preciso pegar a próxima saída se quiser chegar hoje no trabalho.      

— Merda! - Suspiro tentando manter a calma. Minha vida está no controle, eu sei disso. Dou sinal para a direita e saio da rodovia para pegar uma via secundária que vai sair próximo do centro, no cruzamento principal das avenidas. Eu só preciso atravessar aquele inferno e vou chegar na minha pacata vaga de estacionamento. Tudo que eu mais quero. 

Entro na via e olho para o semáforo.    

 — Está verde, graças a Deus! - Acelero para sair do pico de carros que vai se formar em um engarrafamento, percebo muitas buzinas ao redor, o que não é estranho. As luzes do semáforo começam a piscar, como se estivesse em pane, isso sim é estranho, em uma cidade tão grande e movimentada, os serviços públicos de manutenção não tem descanso para evitar problema e danos às pessoas.  

Piso no acelerador para ultrapassar um imbecil que invadiu a pista a minha frente, me deixando no ponto cego no cruzamento, não percebi o flash vermelho em minha direção até ser tarde demais. Ele me atinge com uma força brutal, fazendo tudo girar rapidamente, em questão de segundos, tudo já estava escuro.

Acordo zonza, sendo carregada nos braços de alguém pela rua, vejo os cacos de vidro espalhados pelo asfalto, algo escuro e denso tapa minha visão parcialmente, enquanto o movimento de passos me faz choramingar de dor. Meu peito dói a cada batida.     

— Vai ficar tudo bem. — A voz grossa e desconhecida se pronuncia, me parecendo familiar. Tento encará-lo, mas tudo que vejo é o couro da sua jaqueta e a luz do sol irradiando  sobre mim, quase queimando minhas retinas.    

— Quem é você? — Pergunto num fio de voz, enquanto meu rosto cai para trás, vendo o brilho do sol contra cabelos loiros e um expressão embaçada pela minha visão turva. Suas feições me parecem familiares, enquanto tudo gira e a dor só aumenta.     

— Você não vai querer saber, princesa. — É tudo o que consigo ouvir antes de tudo apagar, novamente. 

***

Sou puxada para um abismo que nunca parece ter fim enquanto uma dor lancinante parece me partir ao meio,  arranhando cada ponto do meu  crânio, e junto com o impacto, flashes de um passado amargo começam a surgir na minha cabeça, me fazendo reviver cada lembrança daquela noite fria.   

Estava escuro na estrada, vidros embaçados, minha visão estava turva pelo álcool no sangue, Tristan estava dirigindo e cantando com a música alta que entoava pelo interior da BMW.

Lá fora, a escuridão consumia a luz dos faróis pelas beiradas, a estrada estava deserta, nada além do ronco do motor e do céu estrelado. Lembrei do fascínio de Mégara pelas constelações, ela e Kyle tinham o hábito de observar as estrelas quando não estavam a procura de criminosos.

Era inacreditável a força do laço entre irmãos, não só o de Ky com Meg, mas o meu com o Tan. Ao lembrar disso, sorri minimamente, meu melhor amigo cantava cada vez mais alto. A festa foi boa para ambos, então resolvi acompanhá-lo na melodia contagiante.

Say go through the darkest of days

(Diga que iremos juntos pelos mais escuros dos dias)

Heaven's a heartbreak away

(O paraíso está a uma decepção de distância)

Never let you go, never let me down

(Nunca te deixarei, nunca me decepcione)

Oh, it's been a hell of a ride

(Oh, tem sido uma baita de uma jornada)

Driving the edge of a knife

(Dirigindo a borda de uma faca)

Never let you go, never let me down

(Nunca te deixarei, nunca me decepcione)

Don't you give up, nah, nah, nah

(Não desista, nah, nah, nah)

Aumentei o volume, Tristan pisou no acelerador e a música continuou a entoar, de repente, já não pensava mais no amor fraternal da minha melhor amiga, nem senti mais a música no peito. Lembrei das tardes em que Tristan e eu passávamos com nossos pais no quintal de casa, meu irmão com o violão, eu com o piano, mamãe cantarolava e papai acompanhava, tempos felizes, lembranças guardadas com afinco após a tragédia de maio.

I won't give up, nah, nah, nah

(Eu não desistirei, nah, nah, nah)

Let me love you

(Me deixe te amar)

Let me love you

(Me deixe te amar)

Oh, baby, baby

(Oh, amor, amor)

 Lágrimas preencheram o meu rosto, então veio o impacto. Não ouvi mais nada, tudo girou, fui engolfada pelas lembranças felizes com os meus pais, pela batida na porta anunciando o que não tinha volta, escutei o choro do meu irmão, o pesar no rosto dos conhecidos, o céu nublado, o calor do sol em nossa viagem de férias à praia. Tudo se misturou dentro de mim, a dor irrompeu implacável em meu peito. Ouvi o chamado de Tristan ao longe. Estava tão perdida que não me dei conta da realidade até o mesmo me sacudir com força.   

  Tudo girou, o carro derrapou na areia ao lado da pista e perdemos o controle. Batemos a lateral em uma árvore e em seguida caímos em um lago. Começamos a afundar rapidamente.Tentei abrir a porta, mas a mesma estava emperrada.   

 Olhei para Tristan que estava desacordado pela pancada na cabeça. A água infiltrando-se no assoalho. Lágrimas molharam o meu colo, não havia notado que tinha começado a chorar. Não era justo morrer assim, não podia permitir aquilo.   

 Com a coragem que me restou, soltei o cinto de Tristan e o meu, rapidamente alcancei a sua porta e tentei abri-la, sem sucesso. Tirei a jaqueta que estava vestindo e enrolei no braço, olhei ao redor procurando algo que pudesse me ajudar a sair daquela prisão. O pânico queria se apossar de mim, senti minha pele arrepiada, o fôlego começou a esvair, tentei controlar o tremor, mas ficava cada vez mais difícil.    

O nível da água subia cada vez mais, tentei empurrar a porta a todo custo, mas não consegui, então bati com o braço no vidro, não consegui nem um arranhão além da dor excruciante do choque. Comecei a respirar com dificuldade, estava prestes a desmaiar quando algo entrou na água em nossa direção. Não consegui ver direito como ele era, mas ele conseguiu quebrar o vidro com a ajuda de alguma coisa.

Já não tinha mais o que respirar aqui, Tristan inconsciente, não me restava muita alternativa. Consegui passar com dificuldade pela janela e arranhei o corpo por causa dos cacos, virei-me e comecei a puxar o corpo inerte de Tristan, o esforço e a falta de oxigênio ameaçavam me vencer, mas o estranho me ajudou, já que eu estava quase sem forças. Puxei seu corpo desacordado mais uma vez e finalmente ele estava livre. Usei minhas últimas forças para nos levar para a superfície.   

Emergimos rapidamente, próximo a margem do lago. Não tive tempo para recuperar o fôlego, precisava fazê-lo respirar novamente. Inflei seus pulmões como pude e depois de um instante, ele tossiu e cuspiu a água, retomando o oxigênio. Desabei ao seu lado, a exaustão tomou meu corpo, então uma dor aguda atingiu minha cabeça e tudo o que eu enxerguei foi escuridão. 

 Lembro-me de flashes de um grito rouco, de mãos me sacudindo, então eu abro os olhos de repente e sou puxada de vez para a vida real, abandonando as lembranças que me perseguem e vejo lindos olhos castanhos.  

— Fica comigo... — Escuto sua voz rouca ficar distante e então sou engolida pela inconsciência.


Notas Finais




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