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História Mistakes Of Love - Capítulo 03


Escrita por: Elsa04

Notas do Autor


Olha só quem resolveu aparecer... Pois é, depois de um bloqueio horrível, aqui estou com essa capítulo. Espero que gostem e que esclareça um pouco mais as coisas...

Vejo vocês nós comentários, ok? 💋

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Capítulo 4 - Capítulo 03


Fanfic / Fanfiction Mistakes Of Love - Capítulo 03

Cinco dias antes…

Los Angeles - Prédio da Knight Holdings 

Justin

Estou há quase cinquenta horas funcionando a base de cafeína, passei dois malditos dias preparando essa missão e nesse tempo aprendi duas coisas: a primeira é que o sistema de controle de tráfego de Los Angeles é uma piada, a segunda é que Howl é um filho da puta inteligente. 

Não tipo: Nossa, ele é gênio da tecnologia e etc… 

Sim tipo: Estrategista de merda, filho da puta desgraçado que meteu todos nós nessa missão suicida e que ainda vai conseguir o que tanto quer, William Romanov.

— Você tem certeza que é ela? - Pergunto pela quinta vez a Christian que está vigiando as câmeras de tráfego junto comigo. 

Ele termina de mastigar a comida chinesa que pedimos há uma hora, antes de falar.

 — A placa do carro bate. - dá de ombros — E eu entrei no sistema de segurança do bar, ela tá tomando uns drinks com uma tira.

Sopro um farelo de biscoito da peito.

— A infiltrada? 

— Sim, a Mégara. - Joga a embalagem de comida vazia no cesto de lixo a distância, em um arremesso perfeito.  — Não entendo porque cercar essa garota de agentes, quer dizer, eu sei que o pai dela é traficante e tals, mas o governo acha que o cara vai simplesmente aparecer na porta dela com flores depois de quase dez anos e dizer: Oi, filha, voltei?

Dou risada.

— Os federais são idiotas. 

— A garota é uma idiota, sério. Ela nem percebe que tudo dela tá grampeado. - debocha. — O celular, a casa, o carro, até o terapeuta dela é um agente disfarçado. 

— Ela não foi treinada pelo pai, Chris, como vai saber? - Aperto um dos botões do teclado para mudar para câmera interna do pub, vendo-a sentada em uma das banquetas do bar, de frente para outra mulher. 

— Pelo amor de Deus, o irmão dela não sabe das coisas? Por que deixa a coitada passar por isso? 

Desvio o olhar para ele. 

— Você acha que se eu tivesse uma irmã e tivesse a escolha de envolvê-la nessa merda ou não, eu iria escolher sim? - arqueio uma sobrancelha. — Você só está aqui com a Cait porque foram pegos pelo erro dela, idiota. 

— Vai se foder, Bieber. Eu não deixaria a Cait no escuro assim, tão exposta. - Defende-se.

— Olha, eu acho que realmente nada iria acontecer antes, mas agora que o irmão dela mexeu com o velho, temos que dar um jeito de usar isso a nosso favor. 

Ele me encara com a testa franzida. 

— Como assim? Pensei que o plano de vigia fosse do Howl. 

— E é, ele mandou vigiar ela porque o William foi visto passando a fronteira do méxico para os Estados Unidos. Só que eu paguei um pessoal para ficar de olho no Tristan. 

Ele abre a boca chocado. 

— E você não ia me contar nada? Que merda de amigo é você? 

— Baixa a bola, imbecil. Fiz isso pela gente, você sabe o quanto Howl quer o William, mas ele quer subir de patente até chegar no gabinete de segurança e eu sinceramente não quero ser a escada dele. 

— Você não tem escolha, Justin. - Suspira. — Nenhum de nós tem, aliás. 

— Sim, mas se nós conseguirmos pegar o William, podemos ser livre, eu fiz algumas ligações e cobrei alguns favores… - ele me olha como se o que eu falasse foi um crime. — Qual é? Você não quer parar de limpar a merda do Howl?!

— Se ele descobrir que você tá fazendo isso, vai matar todos nós. - Vocifera. 

— Como se ele fosse nos deixar sair andando por aí depois de alguns anos aqui, não é? - arqueio uma sobrancelha. — Nós sabemos demais, somos úteis enquanto for conveniente a ele e você sabe disso. 

Ele se cala, deixando-nos em uma pausa desconfortável, mas também não digo mais nada, apenas recosto-me na cadeira e volto o olhar para a tela novamente, Alexia está saindo do pub e indo para o estacionamento, se despedindo da amiga com abraço e saindo. Observo enquanto ela paga o parquímetro, entra no veículo e sai da vaga pegando o trânsito para casa. 

Observo o mercedes sumir na esquina, só então vejo a amiga, Mégara sair do local e entrar em um carro parado na esquina com um homem sob a direção. Bufo frustrado por não ter como ouvir a conversa, mas não poderia invadir a comunicação policial sem dar bandeira para o Howl. Puxo a pasta arquivo que venho estudando há dois anos. 

Dois malditos anos.

Desde a missão falha em que William tentou entrar em contato com os filhos, o mesmo dia que achei que finalmente estaria livre dessa droga de sentença da Knight. Já estava sob o comando de Howl há um ano, era somente eu e os seus agentes de merda. Tínhamos conseguido rastreá-lo e seguimos seu rastro por toda costa oeste do país, de cidade em cidade. 

Ele sempre escapava, mas Howl descobriu sobre um desvio que ele faria no caminho, para ir atrás dos filhos. Há essa altura, Tristan já estava trabalhando com os federais para encontrar o pai, só que quando o mesmo deu a dica para o FBI sobre sair em uma curta viagem com a irmã para atrair o pai, Howl também soube. 

Dirigi por dezessete horas atrás dele, para conseguir interceptá-lo e eu teria conseguido, mas os custos eram altos demais. Eu não sou meu pai. Jeremy Bieber poderia ter feito merda, pode ser um criminoso, fraudulento e um homicida de merda, mas eu não sou assim, me recuso a ser como ele cada segundo da minha vida. Eu jamais seguiria aquela ordem de Howl, jamais atiraria nos pneus do BMW dos irmãos apenas para conseguir pegar William. 

Eu não iria tirar duas vidas inocentes em nome da minha liberdade, em nome dos planos de Howl. 

Eu só não esperava que o próprio William iria atirar no pneu dianteiro do carro dos filhos para poder escapar, supondo que os agentes iriam parar para socorrer. Bem, ele só se livrou de mim. Estremeço só de lembrar do pânico que vi em Alexia quando a segurei em meus braços depois de ajudar a tirar o irmão do carro afundando. Ela tremia, estava machucada, mas ainda encontrou forças para ajudar Tristan. 

Admirei aquela lealdade, admirei a forma como ela se atou ao corpo do irmão como se sua vida também estivesse por um fio como a dele, como se ele fosse tudo de mais importante para ela. 

Abro a pasta e foleio passando por tudo que consegui reunir de Alexia nos últimos anos. Os diagnósticos médicos que consegui copiar do sistema de polícia do agente infiltrado, os relatórios semanais escritos pelo detetive no caso, a licença de direção, o histórico criminal. Alexia costumava participar de rachas quando era adolescente, mas foi um período de apenas seis meses quando namorava um dos integrantes das gangues. 

É a única mancha em sua ficha, depois do acidente, consome calmantes, mas desde a morte dos pais utiliza antidepressivos. Conhece Mégara quase a tanto tempo quanto seu pai está “morto”. Multas de trânsito, contrato de posse da revista Poise como fundadora, diploma da faculdade de jornalismo e comunicação, fundo fiduciário zerado quando usou a herança dos pais para comprar a revista. Tudo são informações jogadas sobre essa mulher.

Sinto-me um intruso sabendo tanto e ao mesmo tempo, nada sobre ela. Come toda quarta com o irmão em um restaurante perto do trabalho. Tem o mesmo círculo de amigos e uma rotina monótona. Ainda assim, ela é a chave para todos os meus problemas. 

Como é possível?

*

Dia do acidente…

Los Angeles - Garagem da Jess

— Você tem certeza que quer fazer isso, Jay? 

Sav pergunta pela décima sexta vez desde que contei sobre o plano ontem à noite, não posso culpá-la, afinal, eu mesmo acho que tudo é uma loucura e se por um milagre funcionar, não sei como Alexia vai reagir, só que se essa é minha chance de salvar a pele de todos nós, preciso tentar. 

— Precisamos fazer isso direito. - Viro-me para Chaz, Ryan e Kane. — Vamos cumprir com a missão e seguir o plano, entendeu? 

— Justin, você quer realmente fazer isso com essa mulher? - Ryan pergunta apreensivo. — Eu sei que ela é filha dele, mas…

— Ryan, se não colocarmos ela na equipe, nunca vamos conseguir sair dessa merda. - Luto contra um grito frustrado. — Acha que eu queria envolvê-la depois daque acidente há dois anos? 

Nenhum deles estava aqui na época, mas ainda assim, leram no meu arquivo. Não sei se fico contente por saber que está na minha ficha que escolhi ser humano e salvar alguém ou se fico triste por saber que lá também consta que eu falhei em conseguir me libertar. 

— Casar com a garota? Que diabos você tem na cabeça? - Caitlin intervém, fazendo Kane erguer os braços para o céu, como se dissesse: "Graças a Deus, alguém com juízo!"

— Se eu simplesmente trazê-la para cá, Howl vai matá-la. - Suspiro. 

— Quem se importa? Se ela morrer, fica mais fácil, vamos nos concentrar em quem aparece no velório ou se o pai "preocupado" dela, aparece querendo se vingar ou algo assim. - Continua. 

— Você só pode estar louca ou vendo filme de ação demais, idiota. - Christian replica contra a irmã, indignado. — Acha que eu quero a porra de um traficante internacional na nossa cola?! 

Sorrio, Christian dificilmente perde a calma, mas quando acontece chega a ser divertido porque ele solta tantas verdades quanto uma metralhadora é capaz de atirar balas. 

— Mas… 

Ele não deixa ela argumentar. 

— Não! Estamos fazendo essa merda pra tentar sair daqui com vida, Caitlin, não para de condenar no segundo seguinte. - Vira-se para mim e me pega sorrindo. — Tira a porra desse sorriso da cara, eu sei que merda você tá fazendo. Você não quer só proteger uma isca valiosa, você quer usá-la, você quer ir até o William e destruir ele de dentro pra fora.

Trinco os dentes, tentando manter uma expressão centrada. Não posso deixar transparecer nada, mas ele não deixa de estar certo, quero acabar com William, mas também quero acabar com a Knight. Quero acabar com essa merda toda e se o plano sair como o combinado, posso realmente obter sucesso. 

— Então é isso? Você vai casar com uma estranha? - Savannah fala, cruzando os braços, chegando a rir quando dou de ombros. — Ah, claro. Olá, estranho? Não sei quem você é, nem como me fez vir aqui, mas eu caso com você. 

Todos dão risada, até mesmo Jess, minha mecânica favorita, chegando pela porta lateral da oficina. 

— Bieber vai casar? Essa eu quero ver. 

— Não me surpreende, ele tá no celibato há três anos. - Chaz brinca. 

— Porra, por que diabos você ficou todo esse tempo sem sexo?! - Jess pergunta, horrorizada e todos explodem em uma gargalhada. 

Só balanço a cabeça e volto a ajeitar os equipamentos dentro do carro. 

— Porque ele namorava com a filha do Howl, Chloe. Só que ele não sabia que o velho é um escroto, descobriu do pior jeito. - Caitlin cochicha, a fofoqueira. — Chloe é tão ruim quando tô pai, e quando o Justin foi preso pelas merdas do pai dele, insistiu para eles se casarem em troca da liberdade dele. 

— Que vaca! 

— Você não imagina o quanto. - Respondo, simples, encerrando o assunto. 

— Seja como for, vamos ter uma nova integrante e pelo visto, inexperiente, vamos ter que treiná-la. - Christian fala, para ninguém em específico. 

— Isso vai dar merda. - Kane fala em seu sotaque profundo. 

— Já estamos na merda, basta se afundar mais. - Ryan responde.

Ele tem razão, mais tarde, depois de invadir uma corporação de TI, entrar no sistema e roubar a codificação para um sistema de lavagem de dinheiro, ajustei o trajeto de volta para coincidir com o caminho que Alexia pega para o trabalho. 

Christian criou o congestionamento que a guiou pela saída principal e trocou o sinal no momento que estávamos passando pelo cruzamento. Eu sei que não é justo entrar na vida dela assim, bancar uma de destino e me impor. 

Não queria machucá-la, continuo não querendo. Mas preciso fazê-la assinar a certidão de casamento para conseguir minha vida de volta, para conseguir que meus amigos e minha família possam ficar em paz. 

Olhando para ela desmaiada nesse quarto dentro da Knight, só consigo pensar no quanto devo a essa mulher e ela, sequer sabe. Mas eu sei que talvez, eu nunca seja capaz de pagar. 


Notas Finais


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