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História Mister Policeman - NaLu - X. Bem Aqui


Escrita por: Ninkaerie

Notas do Autor


Oie amores~
Esse cap era pra ter saído dia 6 (meu niver) mas ocorreu imprevistos e saiu hoje~
Pessoal deu um bug e o cap 6 e 7 ficaram iguais, eu arrumei e quem viu os dois iguais por favor leiam o 6 novamente, agradeço.
Boa leitura *--

Capítulo 10 - X. Bem Aqui


Aquele domingo estava completamente entediante. Sem Levy que estava em seu encontro amoroso, sem internet, sem comida, apenas TV e sofá. Apenas. Não podia dirigir porque o policial a proibiu e isso a deixava com uma extrema raiva.

– Eu deveria chamar alguém pra sair. – Falou com as paredes. – Eu deveria. – Logo lembrou que Erza não estaria disponível naquele dia pois estava na casa do namorado, ela não tinha muita intimidade com Juvia, e eram apenas elas que a loira tinha em mente, o resto… era o resto. – Eu poderia sair sozinha, mas não teria graça.

A frustração tomava conta da jovem.

Maldito policial.

O tal policial tomava conta dos seus pensamentos o tempo todo. Ela dormira até cerca de uma da tarde e deixara o almoço de lado. A fome uma hora chegaria e não teria o que comer.

 – Que inferno!

 Se levantou subitamente, pegou o casaco, celular, chaves e saiu. O frio estava de lascar mas pouco importava.

 – Só quero que você saia da minha mente, mas por quê isso não acontece? – balbuciou enquanto andava pelas ruas.

 Ela realmente não entendia o porque daquilo, nem mantinha contato com ele e sempre que se viam ela levava bronca. Aquilo estava errado. Muito errado.

 Entrou em uma padaria que passou em frente. Não estava com tanta fome mas estava na famosa bad, se você está triste: coma, se está com problemas: coma, se está feliz: coma. Comer e dormir resolve os seus problemas. Pelo menos era isso o que ela pensava.

 O estabelecimento era relativamente grande, com cerca de cinco balcões elétricos retilíneos e paralelos a entrada, todos recheados de pães, doces, bolos e várias outras guloseimas, sete mesas redondas com quatro cadeiras cada uma e distribuídas pelo local, Lucy ocupou a mais distante e no canto.

 – Um suco de maracujá e um bolo de cenoura por favor. – Pediu quando a atendente veio anotar seu pedido. A moça assentiu e saiu, logo depois voltando com o pedido. Lucy comeu e novamente pediu outra coisa. – Me traga um suco de abacaxi e um misto GG por favor. – Novamente comeu e pediu novamente, dessa vez algo diferente. – Uma coca-cola lata e um croassant por favor.

 Aquilo tudo subtituira seu café da manhã, almoço e lanche da tarde. Sua barriga estava para esplodir e vez ou outra dava pequenos arrotos, mal educado, mas ela não poderia fazer nada para impedí-los, que se fode-se o mundo.

Pegou a conta e se assustou, não havia notado que tudo que pegara era de alto preço, buscou pelo dinheiro em seus bolsos e ele não viera ao seu encontro. Um calafrio passou por sua espinha. Não queria lavar pratos. Não queria passar vergonha. Por que a vida era tão injusta? Realmente não sabia o porque. Pegou seu celular e tentou ligar para Levy, porém lembrou o que ela estava fazendo e definitivamente não iria atrapalhar; procurou pelo contato de Erza e também lembrou onde ela estava; o resto de seus contatos não poderiam ajudar e só constrangeriam mais a loira. O policial passou por sua cabeça e logo tratou de tirá-lo de lá. Era impossível ele ajudá-la. Era.


***


– Vamos Natsu! O que há de mal? Ninguém vai morrer se fizermos isso. – Gray dizia tentanto convencer o amigo. Ele e Sting estavam com fome e queriam lanchar na padaria, o problema era que Natsu não queria ir e não deixara os outros também. – Sei que você quer comer, escutei sua barriga roncar.

 – É Natsu! E de barriga cheia nós funcionamos melhor. – Sting definitivamente iria lanchar na padaria.

 – E se descobrirem? Eu não quero levar bronca. – Natsu nunca teve chamada sua atenção e não seria agora que isso aconteceria.

 – Você não vai levar – dizia Gray revirando os olhos.

 – Imagina se nós passamos mal enquanto prendemos um bandido hum? – Sting exagerava pois foram treinados para não deixarem isso acontecer e Natsu não caiu nessa.

 – Sting isso jamais aconteceria – retrucou com olhar indignado.

 – E você prevê o futuro por acaso? Eu acho que não – riu.

 – Quer saber? Que seja. Eu e Sting vamos e se você não quiser problema seu. Me dá essa chave. – Pegou a chave da viatura da mão de Natsu e entrou no carro acompanhado de Sting. Os três estavam encostados no carro em frente a delegacia. Natsu bufou com raiva.

– Se algo der errado eu boto a culpa toda em vocês. – Comentou enquanto sentava no banco traseiro do carro já ligado, fazendo assim os dois amigos rirem vitoriosos.

 Chegando na padaria escolheram por ficar na mesa mais próxima à entrada do lugar, para no caso de receberem uma ocorrência saírem rápido.

– Uma coca dois litros, um pedaço de bolo de macaxeira, um de trigo, e – Gray, que falava o que queriam, olhou para um Natsu carrancudo – o que mais ele quiser. – A moça se virou para Natsu e o policial de cabelos rosa apenas murmurou que queria bolo de cenoura.

Mais além da mesa que eles estavam seus olhos encontraram aqueles cabelos louros, aqueles cabelos louros que ele tanto sentia saudade, deles e da dona deles. Natsu não entendia o motivo de sempre ter aquela garota em seus pensamento, não mantinham contato nem nada e a perseguição dela em sua mente era frenquente. Poderia prendê-la por simplesmente o atormentar. Como se isso fosse possível sem provar e por não ser verdade fisicamente. O que ele não sabia era que a jovem também era atormentada por ele em pensamento. Ficou observando-a, seu semblante era triste, por mais que tivesse com a cabeça abaixada entre as mãos sendo apoiadas pelos cotovelos que fincavam na mesa de tampo de vidro. A preocupação tomou conta de seu ser. Ele viu os copos e pratos ali na mesa e pensou que a deixaram só ou fizeram algo ruim com a moça. Pensou mil coisas mas foi interrompido por Gray o sacudindo.

– Tu é surdo cara? Teu lanche chegou. Come logo senhor certinho.

Natsu só entendeu que seu lanche havia chegado, mas naquele momento pouco importava. Levantou-se com o olhar fixado na loira e foi em direção a ela sem se importar com os olhares que todos do estabelecimento o lançavam. Não era normal um policial levantar da cadeira subitamente e ir em direção a alguém ali. Gray e Sting ficaram boquiabertos pelo fato de saberem o motivo daquele alvoroço todo. Ela voltou, pensaram os dois olhando Natsu tracejar o caminho até a mesa da garota.


Natsu Dragneel, um homem, um policial, morrendo de amores por uma garota que nem mesmo ele conhecia direito. Gray Fullbuster e Sting Eucliff já estava cansados do quanto ele falava dela, e era sempre a mesma coisa, “Eu não entendo porque tô apaixonado por ela, o que infernos aquela garota fez comigo? Eu nem consigo trabalhar direito! Qualquer mulher loira que vejo por aí penso que é ela. Nós nem nos falamos direito e tô assim. O que eu faço?” e os dois apenas diziam que não sabiam o que ele faria.


Escutar aqueles passos apressados vindo em sua direção chamou sua atenção, e ver o dono deles fez seu coração disparar e a respiração ficar descompassada. Tudo o que ela menos queria naquele momento era vê-lo. Ver o policial que a atormentava.

– Você está bem? – A pergunta a assustou mais ainda. – Ei me responda! – Disse sacundindo-a, a jovem estava paralisada e com a boca entreaberta. Ela sacudiu a cabeça saindo do transe.

– E-Estou. – Logo repensou a resposta e disse rapidamente antes de ele responder algo. – Não… não estou nada bem.

Ele acertara. Havia algo.

– E o que houve? – perguntou curioso enquanto sentava na cadeira ficando assim de frente para ela.

– Você não precisa saber. – Ela não deixaria seu orgulho de lado, não passaria vergonha na frente daquele ser um tanto… irresistível. – Não mesmo – murmurou de cabeça baixa negando o pensamento sobre ele.

– Me deixe te ajudar – o pedido saiu mais como uma súplica.

– Não quero sua ajuda.– Lucy não daria o braço à torcer.

– Mas por quê? – Natsu estava ficando impaciente e achando mais ainda que suas suposições sobre alguém ter feito mal à ela verdadeira.

– É um tanto… vergonhoso – disse em tom inaldível.

– Lucy me diga o por quê.

Escutar ele dizer seu nome a deixou paralisada novamente. Não esperava aquilo. Não dele. E ele também não esperava dizer o nome dela, foi de súbito que as palavras saíram de sua boca, e ele se sentiu feliz por isso. Dizer abertamente o nome da garota que, de certa forma, gostava. O que o calor do momento não faz com as pessoas.

 – Você rirá de mim, me chamará de idiota e irá embora rindo da minha cara. Me deixará aqui sem saber o que fazer e passando vergonha. – Ela não se deixaria abalar por ele apenas ter dito seu nome, aquilo não significava nada, pelo menos era isso o que ela pensava.

– Se você não me contar eu não sei o que farei, mas de qualquer forma eu não vou rir.

– Isso é o que todos dizem, mas sempre riem – suspirou desapontada com as pessoas.

– Eu não todos. Eu não sou eles. Eu sou eu. Eu sou o cara que quer te ajudar e você fica aí sendo orgulhosa. – Disse firme com cara de raiva e se levantando da cadeira fazendo as pessoas ao redor olharem para ele.

– Espera! – Lucy segurou a barra da camisa de sua farda. – Espera por favor – disse baixinho a ponto de chorar. Natsu respirou fundo e se sentou novamente e todos obervaram aquela cena espantados, inclusive Gray e Sting que o tempo todo de longe observavam tudo, desde o momento que Natsu fora até Lucy.

– Eu conto para você. Mas me ajudará? – De que adiantaria contar se ele não fosse ajudá-la?

– No que for possível, sim.

– Eu… eu – ela não entendia de modo algum aquele nervosismo – não tenho dinheiro para pagar a conta. – Disse e logo depois baixou a cabeça se impedindo de ver a expressão do outro. Expressão essa que trazia um pequeno sorriso desenhado em seus lábios. – E isso tudo é culpa sua.

A última fala saiu firme e com ela o encarando, ela nem sabia como conseguiu dizer aquilo. O sorriso de Natsu sumiu instatâneamente.

– Eu? Nunca! Nós nem nos falamos nem nada e você diz que a culpa é minha? – sua vontade de prendê-la foi enorme, mas não teve coragem de fazer aquilo. Ficaria ela sem pagar a conta e passando mais vergonha ainda. O tempo todo ele percebera que ela estava vermelha, provavelmente de vergonha.

– No momento que sai de casa você estava em meus pensamentos, e se não... não fosse por isso eu nem estaria aqui agora. Eu não estaria passando vergonha.

O policial ficou estático com as palavras proferidas. Ele estava nos pensamentos dela e ela nos seus.

Ele pegou a conta e foi ao caixa pagar, lá pediu um pedaço de papel e caneta e anotou algo.

– Me mande mensagem – colocou a palma da mão em cima da mesa –, até logo. – E quando tirou a mão o número de telefone dele estava lá.

Saiu apressada do estabelecimento enquanto ele voltava para sua mesa, o mesmo apenas viu o seu vulto e quase parou.

Natsu comeu seu lanche sem dizer nenhuma palavra, e depois de tudo terminado e contas pagas eles foram patrulhar. Em momento algum os três trocaram palavras, Natsu estava tenso e isso foi percebido pelos outros dois rapazes. Era melhor deixar aquilo de lado. Queriam ajudar o amigo, mas ele travava uma batalha interna entre si. Eles conheciam o amigo, e quando ele estava assim ninguém poderia ajudar.


***


Ela passou feito um furacão perto de Natsu porque queria sair dali, sair de perto, acabar, ou pelo menos tentar acabar, com a vergonha que estava sentindo. Nunca mais aquilo aconteceria. Nunca mais.

Chegou em casa por volta das cinco da tarde e passou o resto do dia e noite deitada, as vezes cochilava, outras vezes ficava pensando na vida, se deveria realmente pensar no policial, se ele gostava de verdade dela. Os dois sabiam que não era amor de verdade, mas sim o gostar, o simples gostar. Ela se sentia angustiada, e isso se seguiu por vários dias. Levy chegou na segunda de tarde porque no mesmo dia na parte da manhã ela estava trocando presentes com Gajeel e consequentemente, prazer. Ver sua amiga esbanjando felicidade por ser noiva a deixou pior mais ainda. Ela queria encontrar o amor verdadeiro, e em seus 21 anos de vida isso nunca acontecera, apenas o amor fraternal fazia parte de sua vida.

Na apresentação de um seminário na faculdade foi super mau por conta de seus pensamentos estarem repletos por um policial de cabelos rosa, e ainda foi pega mexendo no celular, ela havia salvado o número dele algum tempo depois do ocorrido na padaria, e estava em um dilema entre mandar ou não mensagem, e justo na hora da aula aquilo ocorrera. Lucy não era assim. Nunca foi. Então por quê tudo aquilo? Se não era amor de verdade, o que seria? Ela sabia bem o preço do amor. Um preço alto a se pagar. E o passado definitivamente não se repitiria novamente.

Quando chegou em casa foi para o quarto, colocou para tocar uma música triste e em volume alto, o que fez Levy se irritar por estar estudando, mas pouco importava, ela só queria ficar mais triste ainda. "Se você está triste, fique mais triste ainda.", era esse o seu ditado fiel. Nada melhor do que chorar para levar os sentimentos ruins embora.

A letra da música dizia o oposto do que acontecia com ela, fazendo-a assim ficar mais triste. Right Here de Ashes Remain, na letra dizia que ele estaria ali para ela. Mas não havia ninguém para Lucy, ninguém de verdade. Em futuro distante talvez, mas naquele momento ela precisava de um amor, de colo, de carinho, de Natsu.

O motivo de querer tê-lo? Desconhecido. Ele gostava dela da mesma forma que ela gostava dele? Desconhecido. Lucy Heartfilia desconhecia tudo sobre Natsu Dragneel.

Mas ela não deixaria aquilo transcorrer para sempre. Após cerca de três semanas ela resolveu mandar a tal mensagem. Digitou rapidamente e esperava que ele respondesse logo antes da jovem ter uma crise de ansiedade. Uma mensagem rápida e cheia de esperanças.


    22:31 Lucy H.: Oi


Notas Finais


Sobre comer quando se está na bad vai contra os meus princípios, se eu estou assim: assista animes, jogue, leia e pá, apenas comer sorvete shuahsuaha.
Aquela música é a música da minha vida, escrevi aquele pedaço escutando ela e quase choro ><
Amei esse cap e nos vemos no próximo.

Minna tem alguma kpopper aqui? Se manifeste pls.

Bye~


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