Era sábado de manhã, Lucy e Levy acordaram cedo, o dia seria longo, e bem cansativo. No domingo Levy sairia para comemorar cinco anos de namoro com Gajeel, estava completamente nervosa.
Tomaram o café da manhã preparado por Lucy, a loira preparou torradas com doce de banana, leite quente, e um suco de laranja caso Levy não quisesse o leite. Estava delicioso. As duas sentaram-se à mesa e saborearam o café da manhã.
– Já decidiu o que comprar pra ele? – Perguntou Lucy, até a noite passada a mais baixa não havia decidido qual presente daria para seu amado.
– Já – disse rapidamente.
– E o que é? – Lucy estava alegre por isso e mais ainda curiosa para saber o que era. – São duas coisas. Uma é bem simples, é um relógio que ele viu em uma loja, ele amou aquele objeto, seus olhos brilhavam, mas ele nunca conseguia comprar, não por falta de dinheiro, ele simplesmente não conseguia, nunca entendi o porquê. E a outra coisa é uma das coisas mais importantes da minha vida. Essa eu não conto, só depois do meu encontro.
– Uau – Lucy estava boquiaberta. – Bem, se não quiser me contar o que é não vou te obrigar, mas tem tanta coisa importante que eu não consigo decidir.
– Ah Lucy! Eu sei que você não é burra. Loiras não são burras. – Levy comentou, realmente ela não achava Lucy nenhum pouco burra, para ela Lucy era a garota mais inteligente da faculdade.
– Depois eu penso com mais calma. – Mordeu o penúltimo pedaço de sua terceira torrada, sempre que Levy falava algo ela aproveitava para comer. – Que horas vai ser o encontro?
– Ele falou que viria me buscar aqui onze da manhã.
– O quê? – Perguntou abismada. – Por quê raios tão cedo?
– Sei lá, ele apenas disse isso. – Comeu sua torrada toda logo antes de conversar novamente, pois diferente de Lucy, ela não comia enquanto outras pessoas falavam, só conseguia comer mesmo quando era Gajeel que falava, e ela não entendia o porquê disso. – Bem, ele me ligou ontem depois que você foi dormir e conversamos super pouco, estávamos nervosos.
“ – Gajeel? – Indagou Levy assim que atendeu o telefonema do namorado. – O que foi amor?
– Eu só liguei para avisar que domingo eu vou te buscar onze horas da manhã aí viu?
– Tá-Tá bom. Mas por que tão cedo?
– É surpresa meu bem. Só esteja pronta esse horário?
– O-Ok. – Um silêncio se instalou por cerca de quinze segundos até Gajeel puxar assunto.
– Le-Levy?
– Oi amor – a baixinha respondeu com sua voz mais calma e doce que o normal, ela notou que seu namorado estava nervoso e queria ajudá-lo de alguma forma.
– Eu te amo. – Disse por fim, aquelas palavras saíram calmas por mais que a voz de Gajeel fosse exaltada e grossa.
– E-Eu também te amo Gajeel. – Levy também disse, ela não imaginou que ele falaria aquilo e por isso meio que se assustou.
– Agora vá dormir está bem? Amanhã tens que acordar cedo. – O moreno resolveu terminar o assunto ali, já se sentia envergonhado, ele não era de falar essas coisas, e quando falava era do nada.
– Sim. Você também vá dormir viu – soltou uma breve risada. – Boa noite amor.
– Boa noite baixinha. – Gajeel desligou o telefonema antes que Levy respondesse algo, ele sabia que ela ficou com raiva pela palavra ‘baixinha’”
– Nossa, não entendo esse cara. – Lucy não conseguia compreender ainda o porquê de um encontro tão cedo.
– Talvez ele tenha algum compromisso depois. – Mentira, Levy tinha completa certeza que ele estava tramando algo para o dia, se não tivesse certeza não teria preparado o segundo presente. Ela só não sabia o que ele estaria preparando para ela.
***
Já era de tarde, cerca de 14:00, as duas estavam em frente ao shopping da cidade. Gajeel e Levy sempre iam naquele lugar, e agora ali estava a baixinha, indo em direção à loja que ficava ali dentro, atrás do relógio que seu amado sempre cobiçara.
– Já sabe que roupa vai usar amanhã? – Perguntou Lucy enquanto caminhavam em direção à relojoaria.
– Um short branco com pedras brilhantes nos bolsos traseiros e uma blusa laranja caída dos ombros que o Gajeel me deu. Ah e aquela minha sapatilha branca com flores na ponta e cheia de bolinhas pretas.
– Que fofa! – Bateu palmas. – Mas você não vai usar isso por mais que seja lindo – deu uma risada maléfica.
– Ué? Por que não? – Levy perguntou, sua roupa estava ótima, não havia sentido para usar outra.
– Porque não. Agora vamos comprar o relógio. – Disse rapidamente tentando acabar com o assunto da roupa.
– É ali – Levy apontou e assim caminharam rapidamente.
– Até que enfim.
[…]
– É esse Lu-chan! – Disse Levy mostrando o relógio assim que encontrou.
– É lindo! – Lucy admirou-se. Era um relógio bem bonito e sofisticado, todo preto com detalhes e ponteiros em dourado, os números em algarismo romano e o visor quadrado no lugar de redondo.
– Quanto custa? – Levy perguntou à atendente.
– Custa 630 reais – respondeu.
– Vai mesmo levar? É muito caro Levy-chan. – Lucy questionou tombando a cabeça para ver o rosto de Levy, as duas estavam em frente à o balcão de vidro cheio de jóias.
– É claro que vou! O Gajeel merece tudo e muito mais. – Respondeu olhando fixamente para Lucy. – Moça vou querer ele – disse apontando para o relógio dentro do balcão e olhando para a atendente.
– Certo. – A mulher pegou o relógio, foi para um quartinho ali perto e logo depois voltou trazendo o objeto dentro de uma caixinha de veludo, colocando-o dentro de uma sacolinha preta com o nome da relojoalheria e entregando à Levy que lhe deu sete notas de cem reais. A moça foi pegar o troco trazendo-o quase imediatamente. – Aqui está! Muito obrigada e volte sempre.
– Obrigada. – As clientes responderam de volta em uníssono.
[…]
– O Gajeel vai adorar! – Comentava Levy com grande expectativa enquanto davam uma volta pelo shopping, elas resolveram lanchar na praça de alimentação.
– Tenho certeza que sim – falou e deu pequenos risos.
[…]
Após chegarem na praça pediram seus lanches, bem saudáveis, nada gorduroso. Comeram bem, conversaram um pouco, e quando deu 16:00 resolveram ir para casa.
– Escutou esse barulho? – Lucy perguntou.
– Que barulho? – Levy perguntou de volta parando de andar.
– Hmm… – o tal barulho voltou – esse ó! – Comentou apontando um dedo para cima e olhando para o nada.
Levy rodou um pouco procurando o tal barulho, e achou. – Olha Lu-chan! É um cachorrinho! – A baixinha saiu correndo para pegar o bichinho.
– Ele parece ser de raça. – Comentou Lucy.
– Sim! – Disse pegando-o no colo enquanto Lucy se aproximava. Elas estavam em frente ao jardim do shopping. – Ele é cara do Gajeel! Que filhotinho mais fofo né! – Disse acariciando o pequeno. Ele era de cor marrom. – E esse corte no olho esquerdo dele o deixa bem feroz, assim como o Gajeel. Meio fofo, meio feroz. Vou levá-lo!
– Como assim vai levá-lo? Talvez ele esteja perdido e o dono esteja o procurando.
– Que nada! Devem ter deixado ele por aí por causa do corte. Segura ele para mim – entregou para Lucy que o segurou.
– O que vai fazer? – Indagou, porém a menor não respondeu, apenas pegou o celular e procurou alguém em sua agenda telefônica.
– Alô, Juvia? – Perguntou Levy assim que alguém atendeu o telefonema.
– Olá Levy-chan.
– O Gajeel está em casa?
– Não, por quê? – A outra perguntou meio assustada com a pergunta.
– Eu vou passar aí ok, tchau. – E desligou sem deixar a outra responder. – Ok, vamos.
Lucy não estava entendendo nada, mas não se pôs a falar e seguiu a menor. A casa do Redfox ela ali perto, por isso não demoraram a chegar. Depois de uns 15 minutos andando rapidamente chegaram. Tocaram a campainha e Juvia correu para atendê-las, não dando tempo para os serviçais fazerem isso.
– No que devo a honra de sua visita Levy-chan? – Perguntou Juvia assim que abriu a porta enorme de madeira pintada de branco.
– Bom – começou a falar, nem se deu ao trabalho de entrar na casa, foi rápida e direta, Lucy apenas observava tudo –, amanhã é meu aniversário de namoro com Gajeel, e eu achei esse cachorrinho a cara dele, por isso eu quero que você o esconda, e quando eu o pedir de volta você me entrega. Porém ele não pode nem sonhar com esse cachorro ok?
– Sim, sim. – Pegou o cachorro no colo e assentiu para Levy sem dizer nenhuma palavra. Elas se entendiam apenas com gestos se possível. Lucy e Levy foram para casa, já Juvia…
[…]
– Lyon-san por favor guarde esse filhotinho em algum lugar longe de Gajeel. – Pediu assim que o empregado entrou na sala após a garota chamá-lo.
– Certamente Juvia-sama. – Assentiu e saiu, guardou-o no seu quarto que ficava nos fundos da mansão.
***
Já um pouco mais longe da mansão dos Redfox Lockser, Levy e Lucy estavam em casa, passaram o resto do dia e noite assistindo e comendo. Levy estava a mil com o dia de amanhã, e ele prometia ser maravilhoso.
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