História Mistic Leews - "Meu refúgio"

Ele sobe na moto e eu vou atrás.  Envolvo sua cintura.
                            *
Depois de alguns minutos, finalmente quebro o silêncio.
-Para onde está me levando? -pergunto
-Relaxa, já estamos chegando. -diz
-Relaxar? Como relaxar quando eu estou na MINHA moto, sendo levada para Deus sabe aonde, por um desconhecido, também um possível psicopata, que pode ter segundas intenções ou pior, QUERER ME MATAR!. -digo.
-Segundas intenções? Matar você? -pergunta Conor com um tom de deboche.
-Claro! Pelo que percebi estamos indo rumo ao meio do nada deixando a ocasião favorável. -digo.
-Sinceramente, anjo, se eu tivesse segundas intenções, não que eu não tenha -percebo um sorriso malicioso em seu rosto. - mas a "ocasião favorável" teria sido aquela no seu quarto, na noite passada. -completa.
Depois do comentário irônico de Conor dou o assunto por encerrado.
                           *
-Chegamos. -diz Conor.
O lugar era sombrio por conta da noite, havia neblina por volta de um casa, poucos detalhes eram notados.
-Onde estamos? -pergunto.
-Podemos chamar de meu refúgio. -diz
-Se você acha que vou entrar aí, você está enganado querido.
-Será que vou ter que te obrigar a isso também? -diz Conor.
-Você não me obrigou a nada, eu subi na moto por vontade própria.-digo revirando os olhos.
-Ah não, é? -diz
Descemos da moto e entramos na casa.
-Uau -digo, boquiabeta, pois o lugar é sofisticado.
-Também  gosto daqui  -diz ele rindo.
 Ainda sorrindo ele se joga em um sofa preto de couro. 
  Me observando lentamente com malícia  no olhar  e  um misto de sentimentos  difíceis de decifrar.
  - O que foi? - pergunto meio sem jeito 
   - Só estou apreciando a vista -novamente Conor esboça um sorriso malicioso
   - Afinal porque me trouxe aqui? Oque realmente quer comigo Sr Conor Miller ? - começando a ficar irritada  ao ver sua expressão de deboche. 
   - Sinceramente? Talvez eu tenha segundas intenções, talvez queira esclarecer alguns fatos sobre Avalon... Mas por hora  vamos cuidar das minhas segundas intenções...- e como imaginei  o seu famoso sorriso malicioso aparece.
-Anjeline, por que não se senta aqui comigo para conversarmos melhor, parece desconfortável -fala e da leves tapas no lugar ao seu lado, para que me sente.
Estou bem aqui. -digo, mesmo estando desconfortável.
-Ah, qual é anjo? Eu não mordo -fala, com aquele típico sorriso.
Hesito um pouco mas me sento ao seu lado mantendo una distância  segura.
 Conor me observa atentamente me deixando ainda mais desconfortável. 
  -Você está muito atraente anjo.
  - vamos deixar bem claro, se você acha  que eu vou cair na sua, você está muito enganado querido -digo quase perdendo a paciência 
  -Sabe, você fica muito sexy quando está brava  
   Respiro fundo tentando nao perder a calma, e percebendo que essa conversa não chegará a lugar algum, me levanto em direção à porta mas antes que eu possa abri-la Conor segura meu pulso.Seu toque fez meu coração acelerar 
  -Olha anjo,você  nem sabe o caminho de volta, além do mais isso não é hora de você  estar andando sozinha na rua 
  -Não sou obrigada a ficar aqui ouvindo seus deboches, e estar sozinha  é mais seguro que estar com você.-falo
  -O que  Ethan tem que eu não tenho?
 Fico intrigada, como Conor pode conhecer Ethan?
- Bom, primeiro,ele não entra no meu quarto toda a noite e segundo, não fica agindo como um psicopata me perseguido. -falo
Eu não... -fala fechando os olhos e tentando manter a paciência.
-Olha a única vez em que te segui foi hoje, no Oregon -diz, com sinceridade no olhar.
-E aquela vez na floresta? - pergunto. 
Sinto uma pontada no estômago.
-Naquela noite eu seguia Avalon.
Percebi que ela estava tramando algo e comecei a abserva-la melhor e me surpreendi quando vi você, pois são idênticas. - diz
 Nesse instante minha mente estava atordoada , confusa, tentando absorver suas palavras, quando digo:
-Pode ser mas e naquela outra noite em que, primeiro você me observava depois do banho - provavelmente corei nessa hora - e aquela cena toda logo depois, no meu quarto? 
Conor se aproxima  e acaricia meu rosto, seu toque é reconfortante. Minhas bochechas coram ainda mais.
-Anjo, se eu tivesse te visto depois do banho eu teria me lembrado, com certeza, além do mais, não sou de ficar olhando, eu chego e faço.
Ele se aproxima ainda mais, nossos pés quase se tocam, sinto seu hálito fresco. Dou um passo para trás. Abaixo a cabeça e fecho os olhos.
-Eu... Eu só quero saber o quê está acontecendo... Quero saber porquê eu estou envolvida nisto... O quê você tem a ver com essa história... -digo com a voz falhando.
Ele se aproxima novamente, levanta meu queixo e olha fixamente em meus olhos.
-Anjo, tudo o quê você tem que saber, é que eu estou aqui para te protejer. 
Conor me puxa e  me toma para si. Um calor intenso invade meu corpo, então ele me beija. Seu beijo era quente.
Envolvo seu pescoço, querendo cada vez mais  do seu beijo.
Conor me pega e me deita no sofá, seu corpo por cima do meu. Passo minhas mãos por dentro de sua camisa, sentindo seu abdômen definido