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História Místicos - Espelho de Latlul-tly


Escrita por: MorganKylos06

Capítulo 16 - Espelho de Latlul-tly


Suas costas doíam devido ao passado que ele queria esquecer. Ele andava mancando devido a dor que sentia. A espada era seu apoio, com o tempo ele conseguiu se apoiar com ela.

            - Por que você atirou aquela flecha nela? – Foi Griffen que perguntou espantado, mas era algo que os irmãos queriam perguntar a irmã.

            - Eu só fiz o que me mandaram fazer – disse ela fria como uma lâmina. – E ela tinha que morrer segundo o que diziam para que um mal do mundo não fosse liberado.

            Griffen viu que Cameron ficou indignado com o que tinha ouvido.

            - O que você disse? – perguntou Cameron com um tom de ira na voz. – Quem mandou você fazer isso? Não me diga que foi o Yvon!

            Isabela não disse nada. Tudo foi muito rápido. Cameron por um algum motivo começou a respirar forte e seus olhos ficaram num lilás mais forte do que já se mantinha. Miguel que estava assistindo tudo ficou assustado com o alguém nunca tinha ficado. Cameron começou a expelir uma energia, como um cosmo saindo de seu corpo. Ele pegou o pescoço da irmã com força e a jogou para o canto.

            - Ela não merecia aquilo – dizia ele com voz grave -, você fez uma aliança com alguém que fez nossos pais morrerem por fanatismo. Fanatismo por Ariel, alguém que está morta há muito tempo – ele apontou a mão para irmã e ela gritou de dor. Cameron a levantou do chão só com o movimento das mãos e a levou até o teto. Com força ela foi jogada contra o lustre e despencou no chão. – Você que deveria estar morta!

            Griffen tinha que intervir daquele momento. Ele andou até Isabela que estava deitada sobre cacos de vidros e inconsciente. Ele nunca tinha visto irmãos brigando tanto assim por algo errado, ele nunca tinha visto isso em toda sua vida.

            Griffen apontou a espada para Cameron com firmeza nas mãos.

            - Saia da minha frente ! – exclamou Cameron. – Não é bom interferir em assuntos familiares – falou com ironia.

            - Sua irmã fez uma coisa errada – disse Griffen aproximando a espada do peito de Cameron -, mas ela não merece esse castigo vindo do próprio irmão, isso é o pior dos castigos no mundo.

            - O que você sabe sobre esse castigo? – perguntou Cameron com os olhos borbulhando de raiva. – Pelo que sei você é um ser solitário que vive nesse mundo destrui... – a espada de Griffen foi afundando a ponta da espada no peito de Cameron.

            Cameron agarra a espada e a segura com força fazendo o sangue escorrer. Griffen arregalou os olhos quando ele viu aquilo, ninguém resistir a sua espada, principalmente quando toca na pele. Ele nunca tinha visto nada daquele jeito. Cameron torceu o metal e com força Griffen foi jogado contra o trono.

            Griffen sentiu a dor fluir novamente por todos seus ossos, uma dor que nunca pensou em sentir novamente. Sua visão ficou turva, não estava vendo nada com clareza. Ele tentou se levantar, mas sentiu a dor tomar seu corpo; as lágrimas escorreram de seus olhos.

            Quando Griffen voltou ao normal, levantou os olhos e viu que Miguel estava num canto da sala do trono tremendo de medo dor irmão gêmeo. Esse não é o Cameron que eles conhecem, pensou Griffen ao se levantar silenciosamente indo até Cameron que andava lentamente até o irmão.

            Griffen correu até Cameron pensando em surpreendê-lo com um golpe imobilizador, mas isso foi antes de Cameron se virar para atacá-lo com uma dor interminável que fez desabar no chão. Era como se várias lâminas estivessem furando sua pele de dentro para fora, era uma dor que ele saiba como transmitir, ele já havia “criado” essa dor. Ele olhou para Cameron que estava parecendo um cão raivoso.

            - Não é possível... – começou Griffen a dizer a ser interrompido por um zunido que veio de trás. Ele olhou aquele zunido parou no abdômen de Cameron. Era uma flecha de cabo escuro. Uma linha vermelha escorreu e pingou no chão e a dor de Griffen foi escorrendo. Ele ficou em pé e viu que a flecha tinha vindo do lustre quebrado no chão. Era Isabela que tinha atirado a flecha.

            Seu rosto estava todo ferido devido aos cacos de vidro, seu sobretudo estava rasgado em algumas partes.

            - Por que fez isso comigo, Isabela? – perguntou Cameron para Isabela.

            - Por que fez aquilo comigo, Cameron? – rebateu com ironia na voz. – Eu fiz o que eu fiz, mas você nunca tinha o direito de se machucar Griffen! Eu sei o que fiz, mas ele não merecia pagar pelo que eu fiz.

            - Você não acha que ele tem culpa nisso? – Cameron disse ao puxar a flecha sangrenta no chão, o sangue era vermelho forte. – Se ele não tivesse irritado Kyara, ela nunca teria se transformado e você nunca teria feito isso com ela.

            - Eu ia fazer isso de qualquer maneira – afirmou Isabela. – Eu ainda estou tentando entender o motivo para você querer ajudar uma pessoa que só nos fez sofrer em questão de dias, não deve haver razão clara para isso, tem?

            Griffen olhou nos olhos de Cameron e pode ver que ele iria explodir a qualquer momento.

            - Sim, tem uma razão – disse ele com firmeza. – Eu me apaixonei por ela. Eu a amo. Ela me prometeu morreria por vocês caso algo acontece e ela se perdeu, podendo levar a morte dela.

            Miguel foi até Cameron e disse:

            - O quê?

            - Sim – disse ele olhando para irmã que ficou espantada ao ouvir aquilo. – Ela prometeu que nada aconteceria com vocês, caso acontecesse ela mesmo morreria para salvá-los.

            Griffen viu aquilo e também ficou espantando. Ele não conseguia entender como alguém daria sua vida por alguém que tinha acabado de conhecer, aquilo era novo para ele. Antes que Isabela pudesse dizer qualquer coisa. O som de um trombeta tomou conta do recinto, foi algo que fez todos tamparem os ouvidos.

            - O que é isso? – Isabela quis saber ao olhar para Griffen. 

            - Não sei – respondeu quando o som já tinha cessado. – Nunca ouvi esse som na minha vida...

            Miguel pegou o livro que Kyara tinha trazido. Aquele livro trazia lembranças ruins para Griffen, de um passado que nunca conseguiu esquecer. Se ela me visse agora ficaria com medo, pensou. Ele olhou aquele livro de capa preta com o símbolo de Ariel bordado na capa e aquilo lhe causou embrulhos no estômago. Miguel abriu o livro e começou a procurar por algo, como se soubesse que algo estivesse naquele livro.

            - Aqui – falou apontado para o livro e começou a ler alto. – A Trombeta do Veléria – mais conhecido como Navio dos Mortos. Eles nunca são visto por ninguém, somente quando a morte chega. Eles colhem os mortos de todas as dimensões. Muitos dizem que eles têm sangue feérico vindo de outras dimensões, mas isso poucos acreditam. Os tripulantes do Veléria são conhecidos como Coletores dos Mortos.

            - Ah. Os Coletores –, lembrou-se Griffen do que tinha no livro, mas logo um pensamento tomou conta de sua cabeça, e esse pensamento fez sua expressão do rosto mudar para uma cheia de medo. – Não pode ser! 

            - Griffen. – Dessa vez foi Cameron que chamou. – O que foi?

            Ele olhou para Cameron, sentiu pena dele. Alturas tinha ficado desolada depois de muitos anos em vida, Griffen foi único que sobreviveu naquele lugar. Ele era o único naquele lugar até Kyara e os trigêmeos chegarem. Os Coletores dos Mortos coletavam os mortos, não havia mais ninguém para coletar. Se não... Oh.

            - Vamos tem que procurar Kyara – disse Griffen. Ele correu para trás do trono, pelo menos onde ele ficava e puxou uma cortina enorme, assim que Griffen puxou o pano escuro foi revelado um portal. Era um arco de dois metros de altura que trazia um brilho e fumaça além dele. Griffen notou que os trigêmeos ficaram maravilhados com aquilo, parecia ser algo novo para eles.

            - Um portal – falou Miguel maravilhado. – Para onde você pretende? – eles se aproximaram subindo os degraus.  

            - Este não é um portal comum – explicou Griffen. – Este é o Espelho de Latlul-tly, ele mostra o que queremos ver. Se alguém o atravessar vai se perder em um limbo dos medos, vai por mim, você não vai querer entrar aqui – ele colocou a mão dentro do espelho, pequenas ondas se formaram quando ele tocou. – Mostre-nos a Fênix Místicas – tirou a mão e o espelho foi iluminado por uma luz vermelha.

            - Esse espelho não mente? – perguntou Cameron.

            - Não – disse sem emoção na voz. – Tudo que você pedir para ele mostrar, ele vai mostrar! – mesmo que seja muito difícil de ver.

            Logo alguns minutos depois a luz vermelha foi embora com névoa que rondava o espelho e como uma imagem foi se criando. No começou foi difícil de ver, mas logo ficou clara a imagem. A sala do trono destruído foi interrompida por um grito de pânico vindo da boca de Isabela, os rostos de Cameron e Miguel traziam uma expressão de medo e pânico. Griffen sentia pena de como a morte deveria ter sido.

            O espelho mostrava o corpo de Kyara caído perto da entrada de uma caverna. Seu rosto estava virando para entrada da caverna, mas espelho mostrou seu rosto. Ele estava coberto por linhas de sangue que escorriam do nariz, boca, orelhas e olhos. Os olhos azuis estavam abertos, pareciam vidros quebrados.

            Kyara estava morta.

            Griffen não notou, mas Cameron vinha correndo e o jogou pelas escadas antes do trono. Quando viu Cameron estava para atravessar o espelho.

            - Não! – gritou Griffen. – Não entre no espelho!

            Mas já era tarde demais.

            Cameron já tinha atravessado. 



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