História Mistura perigosa:Vermelho e Preto - Minha ovelhinha cinza.

Não foi um sonho-murmurava sistematicamente.
-Não vai ser tão ruim assim.-disse fazendo um leque de dinheiro.
-Isso aí, é..?-perguntei.
-É.O sei dinheiro que retirei,vai precisar,já que no Brasil não é o mesmo clima,não quero minha presa desidratada.
Fiquei tensa.
-Como você conseguiu minha senha?
-Não se lembra?
Fiz não com a cabeça.
-Ah,claro que não!Eu que te encantei.-diz como se tivesse esquecido o que fez.
Eu fiquei quieta,estou no lado de um monstro que quer me levar sei lá o porque.Melhor tomar cuidado.
 -Você me dá sede de sangue -disse ela ao me encarar.
Tentei me afastar mas como um predador,já estava em cima de mim,a alimentar de meu sangue,não doía,era uma sensação até gostosa.
Como posso gostar disso?
 Depois me soltou de forma nada delicada.
-Vamos!-Ordenou.
-Aonde?-Perguntei.
-Minha casa.
Nãoooo!Pra quê?E apaguei...
  Acordei numa cela ,presa a correntes.E me assustei com que eu vi do meu lado:um esqueleto com óculos de sol.Dei um grito abafado e descontroladamente saiu gordas gotas de lágrimas de meus olhos.
-Não chore minha flor.-Ela  aparece do nada.Quase tive um infarto.-Gostou do Adoberto?-Ela se referia ao esqueleto.
 Eu estava apenas de boca aberta,não sabia o que falar.
-Não vai ser tão ruim assim.Minha ovelhinha.Vou te tirar daí quando eu voltar da caçada.
 Abaixei minha cabeça e engoli a seco.Não sei o que vai ser de mim,apenas fecho os olhos tentando evitar olhar aquele esqueleto.
 Alarmada,escuto um barulho e vejo que é o monstro.
 -Acorda minha flor.
Abri os olhos e me arrependi no mesmo instante.Pois havia um homem loiro  se debatendo e tentando chamar por socorro,mas havia uma mordaça na boca dele.
-Isso tente gritar!Assim será divertido arrancar a sua língua-Disse sombriamente Alex com sarcasmo.
 Meu Deus!E ao pensar como foi minha imbecilidade ao lembrar que os vampiros poderiam ser mais "humanos " como em típicos livros adolescentes.  
  -Achou bonito?Ainda nem comecei-Vou ignorar que ela disse.
Após a incômoda  pergunta ,ela abre a cela e o joga na mesma.Ele tenta se debater mas ela o segura e o prende do outro lado do esqueleto.
 -          Hündin, Hündin mich los! Hilfe!               e começa a gritar algo,eu não entendo nada.
-Esse é importado da Alemanha.-Diz ela.Como é da Alemanha se estamos nos EUA?Ela é louca.ou um estrangeiro.A não ser que...
-Você também..é...mais ou menos.Espero que tenha gostado de voltar para Taubaté.
Gelei.Ela está falando a verdade?Tenho parentes aqui.Ah,Sério?Que diabos ela iria querer no meio do nada.Que estou falando!Assim tenho esperanças de escapar daqui.
-Agora .É você que terá  minha atenção.
Engoli seco.Ela foi  vagarosamente até mim e tirou as correntes e me tirou do chão como se eu fosse leve como uma pena,eu?Estou me sentindo incomodada com os meus 53 quilos.
-Aonde vo...-estava eu a nervosamente a indagar até perceber que ela tinha me colocado em um banheiro.
 -Vai tomar banho.E coloque o que está aí.Enquanto isso vou me divertir um pouco.-Seu sorriso meu deu medo,assenti e entrei no banheiro e pulei ao ouvir um "click" indicando que a porta foi trancada.
-Ao terminar,grite!-Avisou no lado dde fora.
 Eu estava simplesmente aflita,a janela do banheiro tinha grades de aço e a porta trancada.E para fechar com chave de ouro o homem estava a gritar.
 Aquilo me atormentava,logo comecei a ligar o chuveiro e a tomar banho tentando abafar os gritos do homem.

Ao terminar,coloquei um pijama com um short bem curto.É melhor eu não ficar ligando uma coisa na outra. Assim que tive coragem eu gritei:
-Terminei.
 Ouvi passos e em seguida a maçaneta foi aberta e o vapor soltou no ar.Alex só me encarou com aquela máscara medonha.

Tentei desviar o olhar mas poderia ter uma interpretação totalmente diferente para ela.
-Venha!-Ela me ordena e eu a sigo numa parte mais linda desse lugar,com parede vermelha,cheia de pinturas,joias ,uma estante de ébano,um divã vermelho de seda e o que mais me chamou a atenção:um caixão com rosas esculpidas e um desenho que não tenho entendido,e no centro um ankh cravejado de diamantes ,rubis,esmeraldas e safiras.
 Não demorou muito para eu quase beijar o chão.
-Você vai dormir aqui.-disse apontando para um colchão no chão com lençol da moranguinho,fala sério?-E vai ficar bem boazinha,sem fazer gracinha e nem tente fugir.-e me prendeu a correntes no chão.O mais legal disso,é que meu campo de  visão dava justamente no homem já machucado.Aquela cena fez meu estômago revirar,tinha carne exposta dele,era simplesmente nojento.
-Vai,durma.A partir de amanhã,começa a ser alimentada e ser útil para mim.
 Ok!Vou interpretar como:só está viva ainda porque pode ser útil.Porque?Eu!Essa ideia de utilidade me preocupa.E bastou ela sair,para que lágrimas eu pudesse liberar.